segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Como Conquistar a Felicidade Duradoura


A FELICIDADE DENTRO DA VISÃO MESSIÂNICA


“Todo ser humano precisa saber que a maior felicidade que se pode sentir na vida é aquela que a gente saboreia quando consegue, verdadeiramente, fizer a felicidade de alguém”.
                                                             (Mokiti Okada/ Meishu-Sama)

Num dos ensinamentos do fundador do Movimento Messiânico, Mestre Mokiti Okada, existe um trecho em que ele faz a seguinte afirmação: “Deus alegra-se quando o homem é feliz”. Portanto, o fato do ser humano levar uma vida harmoniosa e agradável corresponde inteiramente á Vontade Divina. Se o mundo estivesse de acordo com essa vontade, já seria um verdadeiro Paraíso. Mas, então, por que sofremos tanto nesta terra onde deveria estar estabelecido um mundo de saúde, paz e prosperidade? Por que tanta dor e tristeza? Por que tanta infelicidade? 

Na verdade, é o próprio homem a origem de tudo isso, porque ele veio se distanciando de Deus, na exata proporção em que transgrediu, desrespeitou e se afastou da Lei da Natureza, em virtude do seu excessivo materialismo e egoísmo. A filosofia messiânica orienta que o homem deve mirar-se no exemplo da natureza, que é regida por um conjunto de leis. Esta filosofia, observando a mesma natureza, nos mostra que tudo no universo tem espírito e sentimento, portanto pulsa e respira. 

E a respiração é um movimento duplo que compreende dois atos distintos: o ato de inspirar e o ato de expirar. Imagine o leitor o que aconteceria a um homem que vivesse só inspirando? Certamente, de tanto inspirar, ele morreria sufocado pelo próprio ar. Para viver, é preciso também expirar. Esse movimento inspirar e expirar pode ser comparado as fases da vida do homem: a fase de receber e a fase de doar. Por isso, é uma grande verdade aquele pensamento religioso que se tornou popular: “É dando que se recebi”. Dessa forma, a fase de inspiração pode ser comparada ao período da infância. Qualquer criança só consegue crescer e viver ganhando amor. 

Ela recebe a energia da vida por meio do amor que recebe do pai ou da mãe, ou de alguém que a cuida. Por isso, é lógico que nessa fase ela seja egoísta. Será que o leitor já viu alguma criancinha preocupar-se em não chorar para respeitar o cansaço da mãe? Não existe criança assim. Quando esta com fome, ela chora, gritam, esperneia até ser atendida e saciada na sua vontade. Depois de alguns anos, chega um momento em que a criança, começa a mudar sua característica. É a fase da pré-adolescência para a adolescência, quando surge o interesse em possuir e cuidar de um bichinho de estimação. Sua natureza física também começa a se modificar. 

A menina torna-se moça e ganha a capacidade de ser Mãe, e o menino de tornar-se Pai. Surge o interesse pelo sexo oposto, o despertar para o namoro. Nasce a paixão pelo ídolo. Essa mudança determina que chegue o momento de ganhar a energia da vida não mais pelo ato de receber, mas sim, pelo ato de dar amor a alguém. É dando amor que ela passa a ganhar a energia para viver. Dar amor significa tornar-se uma pessoa útil que consiga servir ao próximo e á sociedade. Infelizmente, como se desconhece essa verdade, as crianças não são orientadas para essa nova fase da vida. O pensamento comum é que amar é continuar dando tudo ou satisfazendo tudo o que a criança deseja ou pede. 


(Ideograma Felicidade)

E ela acaba sufocada por receber amor e proteção. Ela fica fraca, egoísta e inútil de tanto ser mimada. Na verdade, existe em toda criança o desejo latente de servir. Porém, quando ela dá os primeiros sinais de demonstração desta vontade, o egoísmo dos pais não estimula a manifestação dessa espontaneidade. Muitas vezes, pior eles até impedem. Por exemplo: mesmo que a criança ainda não tenha segurança, experimente pedir a ela que traga uma xícara de cafezinho. Certamente, pode ser que, por falta de equilíbrio, ela quebre a xícara ou derrame um pouco de café e acabe sujando o chão. E,quando enfim o cafezinho chegar, pode ser que seja bem menos que a metade da xícara. Nessa hora, mesmo que tenha restado somente um gole, ao invés de reclamar ou repreendê-la por ter derramado o café ou sujado o chão, experimente dizer: “Obrigado, meu filho”! ou “Obrigada, filhinha querida, que gostoso!”. Você vai ser surpreender com o sorriso de alegria que imediatamente brota no rosto da criança. Esse sorriso é a expressão do sabor da felicidade que ela está sentindo em ter conseguido servir e ser útil. 

Peça a ela que faça outras vezes, e assim, pouco a pouco, vai se ensinando aos filhos o sabor de ser altruísta, estimulando aquele desejo de ser útil a criança possui guardada dentro de si. A capacidade de servir não é uma simples opção; é certamente uma necessidade do ser humano. Sabemos que a verdadeira educação começa nos primeiros anos de vida. Desde essa época, a criança precisa ser orientada para sentir o sabor de dividir, de compartilhar e de servir. Infelizmente, existem muitas pessoas que não compreendem essa necessidade. Acham que ser feliz é conquistar tudo para si. Algumas chegam ao ponto de prejudicar ou até fazer os outros sofrerem na busca da própria “Felicidade”. 

Dessa forma, um dia elas também acabam sufocadas pelo próprio ar que respiraram. Por isso, a filosofia de Mokiti Okada preocupa-se em conduzir as pessoas para a consciência dessa verdade tão simples: O homem deve seguir o exemplo da natureza, tornando-se útil a Deus e ao seu semelhante, praticando o altruísmo e respeitando o espírito e sentimento que existem em tudo e em todos. Quem consegue dedicar a sua vida dando amor ao próximo é que consegue sentir o sabor do altruísmo. E o altruísmo é que nos conduz á verdadeira auto-realização. Não existe outro caminho para se alcançar a felicidade. 





Fonte: Revista do Novo Milênio 
(Sexto Sentido/ Ano. 1 – N.12 – Junho/2000)
Mythos Editora
www.mythoseditora.com.br
Págs.(28/29)




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