quinta-feira, 8 de novembro de 2012

GRAVURAS JAPONESAS


Gravura Japonesa 

Hanga, traduzido literalmente, quer dizer "estampa" ou "gravura" através de chapa. No Ocidente a gravura japonesa ficou conhecida pelo nome genérico "Ukiyo-ê", ou desenhos do mundo flutuante. O Japão usa os dois termos concomitantemente: Hanga, referindo-se à técnica e Ukiyo-ê, referindo-se ao gênero. 

Origens 


Após a unificação do Japão, por volta de 1600, levada a cabo pelo Shogum Yeyassu Tokugawa e com o estabelecimento da nova capital, Edo (atual Tokyo), o país entrou em uma era de isolamento e com isso viu um período de tranqüilidade que iria durar cerca de 300 anos. A estabilidade política trouxe consigo paz e desenvolvimento.
 A nova capital borbulhava de gente, de todos os níveis sociais. O comércio prosperava e bairros inteiros dedicavam-se a diversões. A vida era vivida intensamente nos teatros, restaurantes, casas de chá e bairros reservados. Os habitantes de Edo chamavam esse modo de vida de "Mundo Flutuante". A filosofia então prevalecente era baseada na impermanência das coisas, onde nada é definitivo nem permanente; ou como o ditado "A vida de um samurai tem a duração de uma pétala de cerejeira”... Para retratar esse estilo de vida, os artistas da época, pintores, desenhistas e gravadores, juntos, num esforço comum, produziram desde o final do século XVII uma forma de obra de arte de baixo custo, destinada ao consumo de toda a população. Retrataram tudo aquilo que era caro a todos - as cenas do mundo flutuante - determinando assim o gênero "UKI" (flutuar); "YÔ" (mundo); "Ê" (desenho). 


Os Grandes Artistas e Suas Obras 


Foi a partir do século XVIII que artistas individuais importantes fizeram história. Torii KIYONAGA (1762/1815) desenhou a elegância e a beleza das mulheres, de corpo inteiro, e artistas do Teatro Kabuki em poses clássicas. Seguiu os passos de Shunshô (1726-1793) que também fez esse gênero, com linhas mais simples. 
Kitagawa UTAMARO (1753-1806), considerado o mestre dos mestres, apresentou grandes "gueixas", em retrato de meio-busto (Okubi-ê) e de corpo inteiro, dando especial destaque às atitudes "eróticas" de suas beldades. As expressões no rosto de suas mulheres são de sonho e irrealidade e fortemente carregadas de sensualidade. Junto com ele, e trabalhando "porta-a-porta" Eishi, Eisho, Eiri e Tchoki seguiram a mesma linha; são desse período as famosas cortesãs Hanaogi, Kassugano, Ohissa e Ossen. 
As gravuras desse tipo correspondiam, então, aos nossos atuais "posters" de "pin-up girls"... e a mesma conotação era dada às gravuras retratando os famosos atores de teatro Kabuki. 
No final do século XVIII aparece no cenário um artista misterioso de nome Toshussai SHARAKU (que produziu somente entre 1794 e 1795). Pouco se sabe da sua biografia. Teria sido um protegido do grande editor Tsutaya Juzaburo e, eventualmente, um samurai desempregado. As gravuras de Sharaku retratavam apenas atores de teatro Kabuki nas suas expressões mais fortes das peças que representavam e o realismo colocado nas expressões dos personagens. Chegou a chocar tanto os outros artistas como também o público que comprou suas gravuras. Como já foi dito, sua carreira foi curta e termina abruptamente, sem explicações. Suas gravuras são raríssimas e extremamente caras. O período que vai de 1800 a 1870 é de total desenvolvimento, onde se encontra o maior volume de estampas. Neste período (1825-1850) surgem também os dois grandes mestres da paisagem japonesa. 
O primeiro é Ando HIROSHIGUE (1797-1858), com sua obra prima "As 53 Estações da estrada de TOKAIDO" (estrada que ia desde Tokyo até Kyoto). Produziu também outras tantas séries de estampas de paisagens e lugares famosos do Japão. Em algumas instâncias foi chamado de "Poeta da Paisagem" e também de "Poeta da Chuva". 
Outro tão importante e não menos famoso foi Katsuchika HOKUSSAI (1760-1849), com sua obra prima "36 vistas do Monte Fuji" que inclui a mais famosa das estampas, a "Grande Onda" e outra também muito importante, o "Fuji Vermelho". Seus desenhos são extremamente arrojados e muitas vezes insólitos, com maravilhoso colorido. 
A partir de TOYOKUNI, surgem outros "Kuni": Kunissada I, Kunissada II, Kuniyoshi e Kunitchika. Todos fazem a mesma escola e basicamente têm o mesmo nível artístico. São freqüentes nesse momento e nessa escola, retratos de personagens históricos, heróis, atores, lutadores de Sumô, grandes cortesãs. Kuniyoshi especificamente destacou-se pelos trípticos mostrando batalhas de samurais. Suas figuras têm vida e movimento.  
A última grande estrela é YOSHITOSHI (1838/1892), com sua série mais famosa; "Os 100 aspectos da Lua". Os desenhos são de uma linha muito mais atrevida, as perspectivas e proporções diferentes e fora do comum. Um verdadeiro inovador, com um novo estilo, mas que manteve, porém, um grande interesse pelo desenho japonês. 
A Produção das Gravuras 


A produção requer a participação de várias pessoas; o artista original que vê e pinta a cena em forma de aquarela; o gravador, que irá gravar o desenho em blocos de madeira, um para cada cor usada, sendo esta a parte mais difícil e demorada; o impressor, que vai imprimir cada uma das folhas, quantas vezes forem as cores utilizadas, cuidando da pressão e da intensidade das cores; o editor, que contrata os trabalhos, age como diretor de produção, edita e distribui ao público. Em tese cada estampa traz informações completas: título da série, nome do local ou do personagem, nome do artista original, carimbos de data e de censura e o nome da Editora. 


Conclusão: 


O que foi em sua época uma arte destinada a um consumo popular veio a tornar-se objeto do mais alto conexionismo mundial, tendo em vista sua representatividade iconográfica, seu valor estético e artístico. O Hanga é um verdadeiro legado. 


































Nossos Antepassados querem ser úteis a Deus

Nossos Antepassados querem ser úteis a Deus 

Meishu-Sama ensinou que um dos caminhos para se fazer Difusão Mundial é começar pela agricultura natural. Quando se entende bem seu mecanismo de cuidar e respeitar o solo para se ter uma boa colheita, consegue-se também perceber a verdade da natureza. Dessa forma, fica mais fácil a compreensão da Filosofia de Meishu-Sama. 

Falando nisso, na semana que vem, estou partindo para a África para visitar Angola e Moçambique. O objetivo dessa viagem é participar do lançamento da pedra fundamental da primeira escola da Agricultura Natural no continente africano. Hoje, na África, mais de 27 mil Famílias já fazem a horta caseira com base nos ensinamentos de Meishu-Sama. E agora, com a construção dessa escola, queremos formar milhares de instrutores para ensinar a técnica agra florestal a todos os países africanos. 

Nosso desejo é levar a Salvação a toda África por meio da Agricultura Natural, erradicando a miséria, a doença e o conflito e ensinando cada família a se tornar auto-sustentável. Visamos igualmente o reflorestamento e á preservação do meio ambiente. Esse é o melhor meio de transmitir o Evangelho da Salvação de Meishu-Sama na África. Bem, estamos no mês de agosto e vamos começar nossa preparação para o Culto dos Antepassados em todo o Brasil. 

Nidai-Sama nos ensinou que um ponto importante que precisamos entender é que nossos antepassados não conseguem se elevar no Mundo espiritual, por si mesmos. Eles precisam de apoio de seus descendentes, que vivem no Mundo Material. E os antepassados sabem que, se os descendentes somarem méritos, sendo úteis a Deus, todos se tornará felizes. Assim eles nos enviam mensagens para que possamos despertar o mais rápido possível para esta verdade. E algumas vezes, essas mensagens vêm na forma de purificação na família. Outro dia, estava conversando com minha irmã mais velha, que é pedagoga. Durante toda sua vida, ela se dedicou á educação de crianças na cidade de Nagoya. Nessa conversa, ela me disse: Quando eu olho para você, fico feliz que você tenha seguido os passos do papai, e feito Difusão Mundial, sendo muito útil a Deus. 

“Olhe para mim, eu criei uma escola, trabalhei 50 anos como Pedagoga, e foi só isso acho que não fui tão útil a Deus, como você e papai, para merecer a felicidade que sinto hoje”. Então, eu disse a ela Eu não penso assim, não! Como Pedagoga, por longo tempo, você foi muito útil a Deus na formação de muitas pessoas. Mas olha você também foi muito útil na Obra Divina de Meishu-Sama, viu? Quando você era criança e teve Leucemia, papai pegou você no colo e a levou aos melhores Hospitais de Tóquio. Todos os médicos a desenganaram e ninguém deram esperança de cura. Até que então, um amigo do papai, sabendo desse problema, disse: Se você quiser, vou te levar para conhecer um grande Mestre chamado Mokiti Okada, que está curando qualquer tipo de doenças. Você quer tentar? Ele aceitou e foi conhecer Meishu-Sama. Nesse primeiro encontro, papão recebeu muitas orientações de Meishu-Sama e recebeu o Ohikari. 

Então, ele voltou para casa e ministrou muito johrei em você. Foi aí que aconteceu o milagre, você ficou curada de Leucemia e está bem até hoje, não é? Papai ficou impressionado com a força do johrei que ministrou e decidiu largar tudo e se tornar um discípulo de Meishu-Sama. Eu segui seus passos, tornei-me Ministro e fui para o Brasil fazer Difusão Pioneira. Logo no início da Difusão no Rio de Janeiro, trouxeram uma menina chamada Lucinha, que também tinha Leucemia e já tinha sido desenganada pelos médicos. Falaram que ela só tinha três meses de vida. Então, eu contei aos pais da menina que você ganhou o milagre da cura da Leucemia só com o johrei. Com isso, eles também decidiram confiar no johrei. 

Depois de dois meses recebendo johrei intensamente, a Lucinha ficou totalmente curada. Foi um grande milagre, que ficou conhecido em todo Brasil, porque saiu na Revista “O Cruzeiro”, que era muito famoso na época, com isso, muitos pessoas conheceram johrei. Além disso, todos os membros e freqüentadores que presenciaram o milagre ganharam mais confiança no johrei e aprenderam bastante sobre o processo de purificação. Isso também criou grande motivação em todos os pioneiros para difundir o johrei no Brasil e no Mundo. 

Graças á sua purificação de Leucemia, não só nossa família, mas muitas outras também tiveram a felicidade de se ligar a Meishu-Sama. Isso criou uma grande onda de expansão da Obra Divina, não só no Japão como no mundo inteiro. Por isso, você foi muito útil a Deus e a Meishu-Sama. Depois que expliquei tudo isso a minha irmã ela me disse: “Puxa vida! Será que eu fui tão útil assim?” E eu falei: “Foi sim! Sua purificação foi muito importante na Difusão Mundial”. Acredito que a purificação da minha irmã foi uma manifestação do desejo profundo dos meus antepassados em querer servir na Obra divina, pois foi graças a ela que meu pai e nossa família se ligaram a Meishu-Sama. Portanto, eu concluo que a missão de todas as famílias é concretizar a vontade dos seus antepassados de se tornarem úteis a Deus. 

Muitos dos senhores também tiveram a permissão de se ligar a Meishu-Sama devido a alguma purificação de doença, pobreza ou conflito, não foi? Eu pergunto: Será que todos se lembram da purificação que os levou a conhecer a igreja e ensinou os senhores a se tornarem úteis a Deus para mudar suas vidas? Se conseguirem agradecer aquela purificação, vão poder agradecer qualquer problema que tiverem hoje ou que poderá surgir mais tarde. Assim, conseguirão aceitar a purificação como amor de Deus e como mensagem dos Antepassados para despertarem para a importância da missão. Outra pergunta: Será que os senhores se lembram do primeiro johrei que receberam? Acho que todos sentem gratidão por aquela pessoa que encaminhou os senhores á igreja. Que ministrou o primeiro johrei não é? 

Se hoje sentimos alegria por conhecer Meishu-Sama, é porque lá atrás, existiu alguém que nos encaminhou, atendeu-nos, ministrou-nos johrei e se tornou o número um da nossa felicidade, não é? Contudo, será que cada um de nós está procurando tornar-se também o número um da felicidade de alguém, encaminhando, atendendo e ministrando johrei? Não sabemos o tamanho da Obra Divina que vai se apresentar depois de ministrarmos o primeiro johrei a alguém ou de encaminharmos uma pessoa até o Johrei Center. 

Se aquele amigo do meu pai não tivesse falado sobre o johrei, minha família não teria conhecido Meishu-Sama e certamente, eu não estaria aqui hoje. Por essa razão a partir de hoje até o Culto dos Antepassados, procurem ficar atentos, pois vão encontrar alguma pessoa sofrendo, esperando a Salvação. Na verdade, o sofrimento dessa pessoa é a manifestação da Vontade dos Antepassados dela, querendo que você estenda a mão da salvação, para tornar esse descendente útil a Deus. Se conseguirem ministrar johrei a essa pessoa, encaminhando-a para serem úteis a Deus, os antepassados dela ficarão muito felizes. 

Será que os senhores conseguem encaminhar pelo menos uma pessoa a tornar-se útil a Deus até o Culto dos Antepassados? Conseguem? Com essa decisão, seus antepassados também vão ficar muito felizes e, como todo amor, vão trabalhar junto com os senhores! 



Muito Obrigado e Boa Missão a Todos!



(Palestra do Revmo. Tetsuo Watanabe – Presidente Mundial da IMM)
Solo Sagrado de Guarapiranga – São Paulo/SP.
Em: 07/08/2011
Fonte: Revista IZUNOME
N. 44 / Agosto /2011













        




Se olhássemos as coisas colocando-nos ao menos uma vez de cabeça para baixo

Se olhássemos as coisas colocando-nos ao menos uma vez de cabeça para baixo 


Época em que a voz dos Deuses ecoava em nossos corações 


Logo após a orientação de Kyoshu-Sama, tomei conhecimento de um Livro escrito pelo Psicólogo Americano Julian Jaynes, intitulado “A origem da consciência no colapso da mente bicameral” (Tradução livre do título original. The Origen of consciousness in the breakdown of the bicameral mind). Nesta obra, Jaynes afirma que a consciência do ser humano teve origem há cerca de três mil anos. Antes disso, o que ele tinha era uma mente dividida em duas, denominada “mente bicameral”. De um lado, estava a que dava as ordens e era compreendida como “Deus” e, do outro, a mente que obedecia a ás ordens recebidas, denominada “ser humano”. Sem unidade entre os lados direito e esquerdo do cérebro, o ser humano vivia em obediência á voz dos Deuses, que era sussurrada no lado direito do cérebro. Depois da aquisição e do desenvolvimento da linguagem, mais precisamente da escrita, a mente bicameral entrou em colapso, dando origem á consciência. 

Ao longo da história, Deus deve ter enviado os grandes sábios e santos para suprir as imperfeições da nossa consciência. Durante as celebrações do culto do início da Primavera realizado nos dias 4, 5,6 e 7 de fevereiro de 1954, Meishu-Sama anunciou que, após três mil anos de exílio, um Deus muito correto e rigoroso, chamado Kunitoko-Tachi-no- Mikoto, havia retornado a este mundo,por volta do dia 03 de Fevereiro daquele ano (1954) para manifestar-se como o Grande Juiz e realizar o Juízo Final no plano material.Conta-se que, há três mil anos, o mundo era governado por este Deus, conhecido também como Ushitora-no-Konjin. Ele fora aprisionado e exilado (em determinado lugar da direção nordeste) porque as divindades que viviam sob sua autoridade queriam se vê livre dele. 

Tenho a impressão de que existe uma misteriosa “coincidência” entre o que Meishu-Sama disse sobre os três mil anos de aprisionamento do Deus Kunitoko-Tachi-no Mikoto e a teoria de Jaynes sobre os três mil anos de “silêncio” dos Deuses, em outras palavras, da perda da capacidade humana de ouvi-los. 


Para por fim aos três mil anos de Silêncio 


O ser humano já não ouvia mais a voz dos Deuses e, com sua imperfeita consciência, foi criando um mundo muito diferente de que era esperado. Na antiguidade, a doença, a pobreza e o conflito ocorriam em escalas menores. Hoje, tomaram proporções mundiais. Calamidades naturais é uma preocupação em todo o planeta. Vírus e bactérias nocivas atravessam mares e oceanos, contaminando várias partes do globo. A ambição indecorosa das grandes nações se transfigurou em conflitos bélicos e guerras econômicas, fazendo surgir uma legião de pessoas que padecem de severas doenças e pobreza. 

O físico Torahiko Terada advertiu há mais de cem anos: “Quanto mais à cultura avançar, mais rigorosas serão as calamidades”. Desta forma, os sentimentos, palavras e atos incorretos do homem civilizado, que não escuta a voz de Deus, provocam terríveis calamidades naturais, fazendo com que se percam muitas vidas. Durante a orientação citada no início deste artigo, Kyoshu-Sama afirmou ainda: Se reconhecermos que o julgamento terminou e que, junto com todos os seres, fomos perdoados por Deus e se, depois disso, retornarmos ao Paraíso que é a dimensão inicial poderemos, verdadeiramente, encerrar o “Juízo Final”. 

Ou seja, ele nos deixa claro que, por meio do empenho em aprofundar nossa confiança no infinito amor de Deus, que a tudo perdoou, conseguiremos alcançar a consciência que nos permite aceitar e receber este amor, possibilitando-nos, enfim, concluir o “Juízo Final”. E o momento é agora. Sinto que, três mil anos depois, Deus está promovendo uma grande mudança capaz de fazer surgir uma nova consciência, muito mais aprimorada do que aquela que emergiu na antiguidade. Conseguiremos ouvir novamente sua vez. 

Observando-se as mudanças da Natureza aprendemos mais sobre a mudança de Consciência 

Deveríamos almejar ter uma consciência da qual emana, ininterruptamente, a mais profunda gratidão pelo amor de Deus; um coração, totalmente preenchido pelos bons sentimentos, os quais podem ser compreendidos como a própria vontade de Deus. Sabemos, porém, que não se consegue chegar a tal ponto de um dia para o outro. Para atingirmos esse nível, é necessário que ocorram diversas “mudanças de consciência”, que purifiquemos e renovemos várias vezes, o nosso coração. No ensinamento “Transição da Noite para o Dia”, de 1947, Meishu-Sama afirma: “Temos o contraste entre o dia e a noite não só no espaço de um dia, mas também em intervalos de um, dez, cem, mil, milhares ou milhões de anos”. 

Nesta passagem, “dia” e “noite” não se referem aos períodos em que determinada faixa terrestre está sendo iluminada ou não pela luz do sol. Trata-se, pois de uma alusão a aspectos que se encontram em relação de correspondência e reciprocidade, ou seja, aspectos duais, como construção e destruição, yin e yang, vida e morte, bem e mal, alegria e sofrimento etc. A harmonia e a evolução de tudo o que há no Universo são garantidos por meio da constante oscilação entre um aspecto e outro. No ensinamento “Sejam Sempre Homens do Presente”, Meishu-Sama nos ensina este fato: Observemos a Natureza. Ela procura renovar-se e progredir constantemente, sem um minuto de interrupção. Ora, se tudo continua evoluindo, é natural que os homens também devam evoluir continuamente seguindo o exemplo da Natureza. Nesse sentido, eu mesmo faço esforço para elevar-me e progredir cada vez mais; este mês, mais do que no mês anterior; este ano, mais do que no ano passado. É indispensável o progresso do espírito, a elevação da individualidade. Portanto, devemos prosseguir passo a passo, pacientemente, visando á perfeição principalmente no que se refere á espiritualidade. Logo, assim como Meishu-Sama orienta neste ensinamento, gostaria que todos nós pudéssemos evoluir, renovando nosso sentimento e mentalidade cotidianamente. 

É preciso cuidar para que a Mente e o Coração não fiquem estagnados 

Bem, um ponto importante a ser observado para a renovação do sentimento e do modo de pensar é encarar as coisas como se estivéssemos de “cabeça para baixo”. A professora Miyako Yoshioka, filha de Meishu-Sama, relata sobre a maneira como seu pai gostava de analisar as coisas. Parece que Le sempre dizia: “Será que, se olhássemos as coisas colocando-nos, ao menos uma vez, de cabeça para baixo, não começaríamos a compreendê-los melhor? “Ela nos conta, ainda, que Meishu-Sama costumava dar os seguintes conselhos á família: 

Não podemos ficar presos ás mesmas coisas e idéias, é preciso mudar. Não seja cabeça-dura: A cabeça tem que ser “macia” como um pedaço de tofu. As pessoas que repetem sempre a mesma coisa e que quase nunca mudam de pensamento têm muitas toxinas na cabeça. Aqueles que conseguem mudar o próprio sonen, o modo de pensar são verdadeiramente inteligentes. Não devemos sentir nenhum rancor por aqueles que vêm para nos polir muito pelo contrário, devemos ter gratidão. Do topo de uma montanha, nós nos damos conta de quão pequena é a existência humana. A partir do momento em que uma pessoa começa a se julgar importante, tem início sua decadência. 

Depois de uma série de acontecimentos ruins, as coisas começam a melhorar. Ouçam até mesmo o que uma criança de três anos tem a dizer. Eu faço isso. As máximas acima nos falam da importância de nos livrarmos dos preconceitos e das idéias fixas. Há muitos ensinamentos que abordam este assunto: Dúvida, Daijo e Shojo (Amplo e Restrito) O que é limite, Espírito de “Izunome”, sejam sempre Homens do Presente, Egoísmo e Apego, Bom Senso, o Homem Depende de seu pensamento, Escravos das Tumbas, Teoria sobre os Efeitos Contrários e muitos outros. Enfim, é como se Meishu-Sama estivesse nos ensinando: Não permitam que sua mente e seu coração fiquem estagnados. Procurem observar as coisas a partir de diversos ângulos. Ajam sempre com a mente Alberta, de forma livre e desimpedida, aprendendo com os exemplos que a própria natureza nos dá. É “esta atitude mental que nos conduzirá naturalmente, á felicidade”. 

O Apego faz com que nos equivoquemos em relação á verdadeira natureza dos Fatos 



“A mescla da ambição desmedida e do apego destrói o corpo e a alma”. (Meishu-Sama) 


No passado, encontrei muitas pessoas que, por viverem apegados ás suas idéias e experiências, não conseguiam mudar a maneira de sentir e de pensar, e, por este motivo, viviam num sofrimento sem fim. Por exemplo: Diretores de Empresas que, presos somente á própria experiência e incapaz de adequar-se ao progresso do tempo, levaram suas firmes á bancarrota e deixaram funcionários na rua da amargura. Um pai que, tomado pela tristeza e pelo ódio, ficou completamente perturbado e acabou assassinando a família amada. 

Mães que, sem compreender o verdadeiro sentido da morte e se sentindo responsáveis pelo falecimento do filho, viviam em total desespero. Pais que, totalmente seguros de que estavam educando seus filhos de maneira perfeita, acabaram fazendo com que estes caíssem na marginalidade. Sogras que viviam sofrendo por estarem convencidas de que eram odiadas pelas noras. Mulheres que, por desejarem demais ser bem conceituadas, acabaram tornando-se depressivas. Mulheres que não conseguiam construir bons relacionamentos devido ao profundo sentimento autodestrutivo, que as fazia sentir-se horríveis. Homens presunçosos que se achavam melhores que todos e, em decorrência de tal atitude, foram desprezados e acabaram na solidão. 

Eu não conseguiria enumerar a quantidade de homens que vi perder oportunidades de ascensão porque julgavam que já tinham um currículo escolar suficientemente elevado e não se preocuparam em se aperfeiçoar, em aprender um pouco mais. Enfim, estes são apenas alguns exemplos dentre muitos. Eu ministrava johrei a essas pessoas e orava a Deus e a Meishu-Sama para que o coração delas fosse tocado e que elas pudessem ser libertadas daquele sentimento egocêntrico e tão preso ás aparências. Escutei, com toda atenção, cada uma dessas pessoas. Baseado nos Ensinamentos de Meishu-Sama tentei explicar a elas o significado da purificação, manifestação do amor de Deus, e a maneira correta de entender as coisas e de viver uma vida com verdadeira paz e segurança alicerçada a prática do amor altruísta. Desta forma essas pessoas em sua maioria, conseguiram libertar-se dos grilhões que as acorrentáveis da que eram antes da purificação. 

“Antes de tudo, tente colocar-se de cabeça para baixo” 

A “mudança de consciência”, de mentalidade, se mostra particularmente necessária quando nos deparamos com um problema. E quanto mais grave, quanto mais difícil ele for, menos enxergamos e mais somos tendenciosos. Além disso, preocupação gera mais preocupação, o que só faz aumentar o sofrimento assim funciona o coração humano. Devemos primeiramente tomar conhecimento desta característica de nosso sentimento e, depois, tentar mudar um pouquinho nossa maneira de ver as coisas. 

Por exemplo, quando alguém se interna para passar por alguma cirurgia é comum ficar ansioso e apreensivo. Contudo a preocupação diminuirá bastante se, em lugar disso, pensarmos: “Esta purificação é uma prova do amor de Deus, que a concedeu para meu crescimento. Deus utilizará o cirurgião como seu instrumento. Vou confiar e agradecer.” Entrego tudo nas mãos de Deus”. Além disso, acredito que, se nos dirigirmos aos médicos e enfermeiros, sempre com verdadeira gratidão, e dissermos: “Confio plenamente em vocês. “Estou em suas mãos”! O bem maior brotará em seus corações e isso fará com que tudo se encaminhe melhor. Aqueles que cuidam de pessoas que estão passando por purificação devem procurar entender o sentimento delas: chorar junto, ás vezes; animá-las em outras. De vez em quando, devem ficar calados para que a mudança de consciência dessas pessoas se realize de maneira tranqüila. 

Se elas desconhecem completamente o conceito de purificação, é melhor não disparar coisas do tipo: “Purificação é amor de Deus, você deve ter gratidão”. Se as pessoas que vivem com você não compreendem sua fé, procure refletir e auto-analisar: “Será que são eles mesmos que não estão entendendo a minha fé? Será que, ao contrário, não é a minha conduta que está provocando a aversão deles á fé que professo?” Tenho certeza de que tal reflexão levará a uma solução. Para quem reclama, por exemplo, dos filhos, que dão muito trabalho, ou da nora, que é desatenta, que tal rememorar o passado/ Se assim o fizer , é bem possível que se lembre que, quando criança, também deu trabalho ou que, quando se casou, também não sabia muita coisa. 

Com isso, certamente será mais fácil compreender o sentimento do outro e perdoá-lo. Conseguirá, até, aconselhar com mais amor. Há também os membros que se dedicam de corpo e alma á obra de Deus, pelo bem do próximo, e acabam se cansando. Sabemos que as pessoas que dedicam com fervor possuem um forte senso de responsabilidade. Assim, muitas vezes, aquele sentimento inicial, puro, de “quero ter a permissão” de dedicar, um dia acaba se transformando em “tenho” que dedicar, como se isso fosse uma pesada obrigação. Conseqüentemente, essas pessoas sofrem. Portanto, quando se sentir cansado, é bom mudar de ares: ler, viajar, apreciar obras de arte, enfim, fazer alguma coisa para renovar o sentimento e retomar as dedicações com prazer e alegria. É este estado de espírito que se encontra em concordância com a sagrada vontade de Meishu-Sama. 

Desta forma, chega a ser interessante o quanto o mundo muda só de modificarmos um pouquinho nossa maneira de ver as coisas. Entretanto, este é só o primeiro passo, o primeiro nível. A professora Miyako, filha de Meishu-Sama, nos conta que, quando o mestre observava algo, ele conseguia captá-lo de todos os ângulos, mesmo que estivesse observando-o apenas de frente: “Meishu-Sama conseguia ver o todo a partir da observação de um aspecto. Quando nos aproximávamos dele, tenhamos a sensação de que ele estava lendo tudo o que se passava dentro de nós. Por isso, talvez, nós nos tornávamos dóceis na sua presença. Ou seja, Meishu-Sama não assimilava as coisas somente de um ou dois ângulos. Ele captava sua essência, em todos os aspectos, de uma só vez, num instante. Quanto mais elevado o nível, maior se torna a capacidade de ver as coisas por diversos ângulos e variados olhares. Não ficando presos somente a uma maneira de olhar, tornamo-nos donos de um coração livre e generoso. 

O que é Garantido 

Bem, para finalizar, gostaria de citar uma história contada por Daisetsu Suzuki (1870/1966) um grande estudioso do budismo. Trata-se da lenda de um monstro, chamado Satore (que em japonês, significa também “Iluminação”, “Sabedoria”. Satori gostava de perturbar as pessoas. Ele conseguia ler a mente delas e vivia nas montanhas, no meio da floresta. Certo dia, um lenhador estava cortando madeira com seu machado quando Satori apareceu e começou a dar palpite em seu trabalho, insistindo para que este abandonasse o que fazia e o acompanhasse. 

O Lenhador, cansado de ser importunado, começou a pensar numa maneira de capturar Satori. Porém, como este conseguia ler a mente das pessoas, o lenhador não conseguia prendê-lo de maneira alguma. Já cansado, acabou desistindo desta impossível tarefa e voltou a se concentrar em seu trabalho. Ao levantar o machado para cortar a árvore, a lâmina escapou e atingiu Satori, que acabou morrendo. Moral da história: Quanto mais queremos alcançar com todo nosso esforço Iluminação, a Sabedoria mais nos afastou dela. Conscientes disso, devemos nos empenhar para fazer o que se apresenta diante de nós, pois quando conseguimos eliminar totalmente o apego, alcançamos a felicidade que tanto almejamos. 

A Iluminação não é algo que consigamos conquistar, apreender. Com base nos termos da nossa fé, poderíamos dizer que Iluminação é “ter um sentimento, uma mentalidade, que esteja de acordo com a Vontade de Divina”. Contudo, não conseguimos alcançar tal estado somente citando essa definição. O que devemos fazer é livrar-nos das idéias, fixas, viverem uma vida correta, como Meishu-Sama nos orienta, com seriedade e persistência e, acima de tudo, trilhar o caminho da fé com o coração e a mente abertos. Somente assim, receberemos a oportunidade que deus nos preparou para realizarmos a mudança de consciência que culmina em felicidade. 

Meishu-Sama nos ensina: “Não devemos exagerar na Fé. Não devemos definir tudo nem devemos deixar tudo vago. Não podemos nos entregar de corpo e alma em um primeiro momento e logo depois abandonar tudo. O ideal é ser constante. Devemos agir assim sempre”. 

(21/11/1935) 


         Orientação: Revmo. Tetsuo Watanabe
 (Presidente da Igreja Messiânica Mundial – IMM) 




Fonte: Revista IZUNOME
N. 52 – Abril / 2012 – São Paulo /SP.
Site: www.messianica.org.br
Igreja Messiânica Mundial do Brasil




















O Sentimento com que devemos Sufragar os Espíritos dos Ancestrais


Culto aos Antepassados

O Sentimento com que devemos Sufragar os Espíritos dos Ancestrais
Acreditamos ou não na existência de Deus, comemoramos o nascimento de um novo ser e sofremos com a perda de outro. Este sentimento é comum a todos os seres humanos. A figura da mãe aconchegando seu filho enternece o coração de qualquer pessoa. 

Desde tempos remotos, seja no Ocidente ou no Oriente, essa imagem, usada como tema de quadros e esculturas, mostra nos como traz alegria o nascimento de uma criança e como os pais depositam nos filhos as suas esperanças, idealizando-lhes o destino. Se o nascimento de uma criança nos causa alegria, a perda de um ente querido nos causa tristeza. Suas lembranças envolvem o pensamento dos que ficam; estes supõem ouvir sua voz; um objeto de seu uso lembra seus dias, faz com que as pessoas o recordem com incontida saudade, e é comum o pensamento: “Que bom seria se estivesse vivo”! Segundo a Mitologia Grega Orfeu, músico, poeta e cantor lamentava tanto a morte de sua esposa que, querendo-a de volta foi ao seu encontro. 

A mitologia japonesa conta a história de um poeta que também amava demais sua esposa e depositou todo o seu sentimento e pesar neste poema: ”Toda vez que contemplo a ameixeira que plantaste com tanto amor, lágrimas escorrem a sufocar-me o coração”. Assim, quem quer que tenha perdido um ente amado cônjuge, pais ou filhos passam por uma dor tão profunda, que transpõe o tempo e o espaço. Entretanto uma vez tendo recebido a vida, o homem tem de morrer; é uma predestinação á qual ele não pode escapar. Ele sabe disso, mas não consegue esconder a sua natural tristeza em face da morte. 

Sobre o sentimento e a maneira de sufragar os Espíritos dos Ancestrais, Meishu-Sama nos ensina que o Culto realizado de coração alegra os espíritos, ao passo que o formal não; e que é importante realizá-lo ser realizado com magnificência, e com a máxima sinceridade, mas de acordo com a posição social de quem o realiza. Os budistas costumam praticar boas ações em prol da pessoa que se foi, realizando, em seu lugar, o que ela desejava realizar em vida, mas não conseguiu, ou que começou, mas não pode terminar. Entre essas boas ações, podemos citar o apoio dado á construção de templos, a doação de objetos e dinheiros á igreja, esforço em vivificar as qualidades do falecido através de práticas virtuosas. 

Atualmente, porém esses atos assumem, muitas vezes, um sentido puramente saudosista, tornando-se uma simples oportunidade para relembrar o passado. Um concerto antigo considerava que a vida e a morte pertenciam a mundos diferentes e que esta nos separava totalmente dos ancestrais. Entretanto, coisas misteriosas acontecem á nossa volta as quais não confirmam isso: um antepassado nos aparece em sonho; nosso filho consegue um emprego no aniversário do falecimento de um parente; pensamos numa determinada pessoa e a encontramos na condução. Experiências semelhantes estão sempre ocorrendo. Não teria esses acontecimentos algum significado? 

Certamente, pelo respeito aos nossos parentes e ás pessoas com as quais nós nos relacionávamos, realizamos com gratidão o sufrágio de seus espíritos. Mas a vontade dos ancestrais se manifesta invisivelmente em nosso mundo através de acontecimentos que ultrapassam os limites do natural; com isso sem dúvida, eles querem transmitir-nos alguma coisa. Sendo assim, precisamos conhecer o verdadeiro significado da vida e da morte, e a relação entre o Mundo Material e o Mundo Espiritual. 


Através dos Sufrágios os Ancestrais elevam sua posição no Mundo Espiritual 


Mesmo antes do surgimento das religiões tradicionais, o homem tem cercado seus ancestrais de profunda consideração. Somente os que não têm fé e nada sabem sobre o assunto é que se negam a aceitar esse vínculo com os ancestrais, deixando de refletir mais detidamente sobre a organização do universo. 

Na época atual, o sufrágio aos mortos é um costume muito enraizado na sociedade; porém como as pessoas que o entendem em profundidade são em menor número, é provável que, na maioria das vezes, ele tenha um caráter meramente formal ou saudosista. Os Japoneses têm o hábito de sufragar os espíritos não apenas pelo sentimento de amor, carinho e respeito, mas acreditando que o sufrágio feito de todo coração evita sofrimento para os ancestrais e os ajuda a viver em paz e felicidade. 

Na China e na Índia, também existe este conceito sobre os ancestrais. Na China, segundo o pensamento “Ko-o” (sentimento de amor, respeito e dedicação aos pais) que caracteriza a doutrina de Confúcio, devemos servir aos nossos pais não só durante sua existência terrena, mas também quando estiverem no Mundo Espiritual; por isso, o Ofício Religioso de Assentamento e Sagração dos Ancestrais é considerado muito importante. Na Índia, segundo o pensamento “Tyu-in”, os pais ao morrerem, ficam num Mundo Nebuloso, interregno entre o Mundo Material e o Mundo Espiritual, só depois que os filhos realizam o Ofício Religioso de Assentamento e Sagração dos Ancestrais é que eles se tornam Ancestrais. 

Meishu-Sama nos fala sobre este assunto: “Se os parentes, amigos e conhecidos lhes oferecem Cultos após a morte, Cultos feitos de coração, com toda a sinceridade ou somam méritos e virtudes praticando o bem, fazendo feliz o próximo, a purificação do espírito desencarnado será acelerada. Por essa razão, a dedicação aos pais, a fidelidade ao cônjuge etc.; aqui no Mundo Material, revestem-se de grande significado mesmo após a sua morte, e eles ficam muito contentes com os cultos feitos em sua memória. 

Os ancestrais esperam que seus descendentes pratiquem boas ações e sufraguem seus espíritos. Todavia, se os descendentes não se esforçarem muitas vezes, eles podem aparecer-lhes em sonho para transmitir-lhes suas dificuldades, ou então, fazem acontecer fatos estranhos para mostrar que estão sofrendo e comunicar seus desejos. Todas as coisas existentes no mundo têm espírito e unidos pelos chamados elos espirituais, influenciam-se mutuamente. É estes elos que, mesmo depois da morte, unem os habitantes do Mundo Espiritual ás pessoas deste mundo fazendo com que ambos se relacionem permanentemente. A elevação do espírito é algo que os olhos humanos não podem perceber. Existem grandes diferenças entre aqueles que na vida acumularam virtudes, recebe de Deus magníficas vestes, bela moradia e alimentos fartos, tornando-se habitante do Plano Superior, ao passo que o espírito que acumulou muitas máculas, não tem liberdade, ficando confinado no local do seu aprimoramento. 

Não podemos afirmar que, dentre os novos inúmeros ancestrais, não haja os que sofrem no Plano Inferior. Eles, obviamente, desejam elevar-se mais rapidamente e atingir um nível melhor. Por obra de Deus e dos nossos ancestrais é que estamos agora neste mundo, manifestando a ambos nossa profunda gratidão, estaremos correspondendo aos seus desejos. Essa é a missão do homem a qual não deve limitar-se aos nossos pais, mas estenderem-se aos nossos avôs, bisavós e assim por diante. Vejamos com detalhes, qual deve ser a nossa parte para correspondermos no desejo de nossos ancestrais. 

Meishu-Sama nos ensinou que o Mundo Espiritual é também o mundo da vontade e do pensamento. Assim, mantendo um sentimento correto, devemos em primeiro lugar, oferecer aos nossos ancestrais um culto no seu aniversário de falecimento e outros, como o Culto em Sufrágio dos espíritos, e fazer com todo amor as orações diárias no lar. Quando oramos juntos, pela beleza do espírito das palavras da oração proferida estamos purificando os ancestrais e a nós mesmos, que a entoamos. Mesmo sem o corpo físico, eles se alegram com os alimentos que lhes oferecemos, os quais representam a expressão do nosso amor; mas precisamos ter sempre em mente que isso só não basta para expressarmos todo o nosso sentimento. 

É de primordial importância termos a Imagem da Luz Divina em nosso lar, a qual possibilita graças não só para nós como também para nossos ancestrais, e do Altar dos Ancestrais. Procedendo assim, eles ficarão muito mais felizes, recebendo poderosa luz. Eles desejam que abracemos uma religião de verdadeiro poder; que, através da oração a Deus, recebamos luz e que, seguindo os ensinamentos recebidos e esforçando-nos na Prática do Amor Altruísta, nos purifiquemos e levemos nosso espírito. Através dos elos espirituais, nossa elevação se refletirá sobre nossos ancestrais e estarão a um nível mais elevado. 


Os Sufrágios permitem aos Ancestrais servir no Mundo Espiritual 


O ancestral que esta em nível inferior no Mundo espiritual antes de se esforçar para servir na obra de Deus, pensa primeira em ser salvo e, por esse motivo, fica apegado aos descendentes. Aquele que habita o Plano Superior no Mundo espiritual, está em plena atividade na obra de Deus, que é a obra de salvação. Quando o ancestral se eleva e passa a trabalhar com mais afinco, mais nos auxilia em nossas atividades deste mundo; o nosso servir dá bons frutos e contribui eficazmente para a realização do Plano de Deus. Vemos aí a importância de sufragar os espíritos dos ancestrais. 


Os Ancestrais nos Protegem 


No Ensinamento intitulado “Os Três Espíritos do Homem”, Meishu-Sama nos explica a função exercida pelos ancestrais. Além desses dois espíritos: Primordial e Secundário existe o Espírito Guardião. É o espírito de um ancestral. Quando uma pessoa nasce, é escolhido entre seus ancestrais um espírito que recebe a missão de guardá-la. É muito freqüente, diante de um perigo, o homem se salvar miraculosamente, sendo avisado em sonho ou tendo um pressentimento. Isso é trabalho do Espírito Guardião. No caso de querer graças através da fé, Deus atua por intermédio do Espírito Guardião. Os antigos provérbios: “A verdadeira sinceridade se transmite ao céu” ou: “A sinceridade se transmite a Deus, “significa a concessão das Graças Divinas através do Espírito Guardião. 

Assim, os ancestrais escolhidos como Espíritos Guardiões ficam junto aos descendentes, protegendo-os contra os perigos e procurando fazer com que eles levem uma vida correta. Exemplos como estes são comuns: uma pessoa que ia pegar um trem destinado a sofrer um acidente, lembra-se de que precisa telefonar, desce na próxima estação e sai ilesa. Outra, pensando em abrir uma loja e recebe proposta ajuda provém da interferência do Espírito Guardião. O Espírito Guardião, purificando-se e galgando níveis mais elevados no Mundo Espiritual, terá mais facilidade para nos proteger e nos encaminhar corretamente; estando num nível inferior, mesmo que o deseje, não terá forças para tanto. 

Tudo o que fazemos pensando nos nossos ancestrais, proporciona a elevação de seu nível espiritual, e o nível mais alto lhes dá maior força para nos proteger. Esse trabalho em conjunto dentro da Obra Divina reverterá em felicidade para nós e para eles. Se tudo ocorre primeiro no Mundo Espiritual é lógico que a nossa felicidade e o nosso êxito na missão que temos de cumprir no Mundo Material, são reflexos do trabalho realizado por nossos ancestrais no Mundo Espiritual. 

Portanto, é incorreto pensar em nossa felicidade esquecendo-nos deles. Eles amam seus familiares e estão ansiando pela nossa felicidade. Se obtivermos Bênçãos Divinas, bem como a nossa elevação Espiritual e Material graças aos ancestrais, quer dizer que estamos sempre juntos. É certo que o nosso servir e a nossa participação nos cultos também são realizados em conjunto com eles, isto é o Mundo Espiritual e o Material é como espelho, podendo-se dizer que tanto eles como nós temos um destino único e igual. Os ancestrais nos protegem e nós, orando por eles, nos elevamos; o nosso lar é salvo e, melhorando o nosso destino, podemos ser mais úteis na missão de construirmos o Paraíso Terrestre. 


Santuário dos Ancestrais 


A Igreja Messiânica Mundial estabeleceu o Santuário dos Antepassados no Solo Sagrado do Japão. No Brasil, construímos o Santuário dos Antepassados no Solo Sagrado, inaugurado em 1995, para que os ancestrais dos membros que já realizaram o Ofício Religioso de Assentamento e Sagração dos Ancestrais possa viver feliz no Mundo espiritual, recebendo a luz protetora de Deus. 

Até hoje, foram assentados mais de um milhão de ancestrais, incluindo a própria família do fundador da igreja; as famílias dos messiânicos pioneiros, os ancestrais dos membros tiveram ligação. No Santuário dos Ancestrais, são realizados respeitosamente, ofícios diários acompanhados de oferendas, além dos diversos ofícios mensais. Todos os anos, juntamente com o Culto Mensal do mês de julho, a igreja realiza o Culto dos Antepassados no Solo Sagrado do Japão e, no Brasil no dia 02 de Novembro. No Japão, acumulado com o Culto Mensal de Agosto, é realizado o Culto pela Paz mundial e o Ofício Religioso em Sufrágio das Vítimas de Guerra que, em nome da Paz, ofereceram suas preciosas vidas pelo bem de sua pátria e de seu povo. 



Fonte: Livro/ Sorei- Saishi (Culto aos Antepassados)
Edição: Fundação Mokiti Okada – M.O. A
1edição/Novembro/1997 – São Paulo/SP. 

Site: www.messianica.org.br
(Igreja Messiânica Mundial do Brasil)




Sorei-Saishi – Culto aos Antepassados 


(Passo a Passo) 

Como surgiu o Sorei-Saishi

*Na época de Meishu-Sama, o Culto aos Antepassados era realizado diante do Butsudan (Oratório Budista dos Antepassados). 

*Após a ascensão de Meishu-Sama, o Culto aos Antepassados Membros, passou a ser realizado no Nikoden, em Hakone. 

*Contudo, cada vez que se realizava esse Culto, o estado de ânimo e a saúde de Nidai-Sama se alteravam. 

* Ela então intuiu, que após o Culto, muitos espíritos não iam embora e se assentavam sobre ela, causando-lhe alterações. 

* Em decorrência disso, passou a ficar clara a necessidade de se construir, o Santuário dos Antepassados, onde eles pudessem se assentar. 

*Em Outubro de 1958, o (Soreisha) foi concluído e nele passou a ser realizado o Culto aos Antepassados. 

*Mais tarde, foi construído um novo (Soreisha) no Solo Sagrado do Brasil. 

*Atualmente, os Cultos solicitados pelos Membros do Brasil, são realizados tanto no Santuário dos Antepassados de Guarapiranga como no Santuário dos Antepassados de Atami (Japão). 


Assentamento 


*Preencher a Ficha das linhagens familiares. 

*Apresentar a Ficha preenchida ao Sorei Saishi, que definirá quais as linhagens que devem ser cultuados. 

*Em seguida o Sorei – Saishi prepara a Tabela Anual de Cultos. 

*A Tabela tem por finalidade distribuir as Linhagens Familiares ao longo do ano, de forma a cultuar apenas uma linhagem em cada mês. 

*Devem ser assentados no Sorei-Saishi, somente os espíritos dos parentes mais próximos. 

Avós (Extensivo aos do Cônjuge) Pais/Sogros, Irmãos, Filhos/Netos 

*É importante manter o Sorei-Saishi compacto. 

*Caso contrário, a realização dos Cultos Subseqüentes se tornará um peso para o Membro. 


Shinrei-Saishi 


Assentamento de Espíritos de Pessoas Recém-Falecidas 

*O assentamento dos Espíritos de Pessoas Recém-Falecidas, deve ser solicitado imediatamente após a ocorrência do falecimento e enviado a Sede Central via fax. 

* Na Sede Central, o pedido é processado e enviado ao Solo Sagrado, que providencia o imediato assentamento do Espírito. 

Além de assentar o Espírito, a Sede Central também prepara os pedidos para os Ofícios religiosos de 10, 20, 30,40 e 50 dias de falecimento. 

*Após o Ofício Religioso de 50 dias de falecimento, o Espírito já está na condição de Antepassado. 

*Portanto o Ofício Religioso de 100 dias de falecimento, não está incluído no Shinrei-Saishi. Ele deve ser solicitado pelo membro, com o título de Nensai de 100 dias. 


Cultos Subseqüentes 


*As linhagens selecionadas na Ficha das Linhagens familiares devem ser cultuados anual, ente, sempre no mês constante na: Tabela Anual de Cultos. 

*Os Espíritos devem ser cultuados apenas nos aniversários que corresponderem a um Nensai (100dd,1, 2, 3, 4,5,10,15,20,30,40,50 e a cada 50 anos). 

*Podem ser realizados Cultos para Espíritos fora das datas de Nensai, sempre que o Membro solicitar o Culto com atraso. 

*Neste caso, o Nensai atrasados transforma-se em Ireissai. 

* De uma forma geral os Ireissai de Espírito poderão sempre ser aceitos desde que haja um motivo que o justifique. 

*Mas não podemos esquecer, que devemos nos desapegar dos Espíritos dos nossos Antepassados, para que eles possam bem cumprir suas missões no Mundo Espiritual. 


Gratidão 


*Todos os Membros com Sorei-Saishi, devem ter em suas casas uma cópia da Tabela Anual de Cultos. 

*Ao Início de cada mês, a Tabela deve ser consultada, observando se quais os Cultos que devem ser realizados. 

*Determinado o Espírito ou Linhagem que será Cultuado, é preciso que o Membro se prepare para realizar o Culto. 

*A preparação consiste em imaginar o Espírito, imaginando um presente que o fizesse feliz. 

*Tudo se passa como se o Espírito estivesse vivo e fossemos convidados para uma festa comemorando seu aniversário. 

*Basta agora então ir ao comércio e apressar o valor do Presente. 

*Finalmente com o valor do Presente no bolso, dirigir-se ao Sorei-Saishi e solicitar a Emissão do Pedido de Culto. 

*Logo após ter sido solicitado o Culto, colocar a importância relativa ao valor do presente no Envelope de gratidão do Sorei e depositá-lo na urna. 

*Ao colocar a Gratidão na urna, imaginar o Espírito e lembrar que aquela gratidão representa o presente que escolhemos. 

*A Gratidão serve também para arcar os custos de manutenção da equipe que oficia os Cultos no Solo Sagrado e os custos dos diversos tipos de alimento que são oferecidos durante os cultos. 




Fonte: Liturgia da Igreja Messiânica Mundial do Brasil 

(Setor do Sorei-Saishi) 








VAMOS NOS TORNAR PIONEIROS DA SALVAÇÃO

Vamos nos tornar Pioneiros da Salvação 


Feliz Ano-Novo a Todos! 

Sob a proteção de Deus e Meishu-Sama, envolvido pelas orações da Terceira Líder Espiritual Sandai-Sama e agraciado com as orientações do nosso Líder espiritual Kyoshu-Sama, gostaria de agradecer, junto com todos os senhores a permissão de receber o novo ano com muita alegria no coração. 

Gostaria também de agradecer todos os senhores pelas dedicações repletos de amor que ofereceram ao longo do ano que findou, e também, novamente, solicitar o mesmo empenho e amor nas dedicações neste ano que acaba de nascer. Na ocasião do grande terremoto seguido de Tsunami na região nordeste do Japão, todos os messiânicos se esforçaram em várias atividades de ajuda humanitária, inclusive por meio de doações monetárias, o que gerou muitos depoimentos de gratidão por parte das vitimas dessa grande tragédia. Meu desejo é que esse empenho continue. 

No ano que passou, o mundo viveu momentos difíceis: o Japão sofreu com o grande terremoto seguido de um gigantesco Tsunami que culminou com o acidente nuclear de Fukushima; no Brasil e na Tailândia, o povo sofreu com as grandes enchentes; a zona do euro sofreu com a crise financeira, o Oriente Médio viveu momentos de muita tensão. Todos desejam a tão sonhada felicidade, mas a realidade mostra que a humanidade vive num mundo em que, a qualquer momento, qualquer um pode se deparar com um acidente, um infortúnio ou uma pode se deparar com um acidente, um infortúnio ou uma catástrofe que, até então, nem imaginava passar. Felizmente, nós messiânicos somos agraciados com Ensinamentos que mostram a importância de nos esforçarmos para nos elevar espiritualmente, aumentar a nossa aura e somar méritos, por meio da ministração do Johrei, da prática da agricultura natural e do consumo de alimentos saudáveis, bem como participando de atividades artísticas, o que nos permite diminuir consideravelmente qualquer infortúnio que venha aparecer em nossa vida. 

Há um poema de Nidai-Sama que diz: “Aquele que ama o mundo e ajuda seu semelhante, aonde quer que vá sempre será protegido por Deus”. Com base nisso, eu acho que a proteção que recebemos de Deus, depende muito do quanto estamos nos esforçando na prática do amor altruísta no nosso cotidiano. Quando Meishu-Sama nos ensinou as três formas de salvar, que são o johrei, a agricultura e alimentação natural, e o belo, seu desejo era o seguinte: “Pratiquem isso e salvem o maior número de pessoas que estejam sofrendo”. Essa era a manifestação do seu grande amor! Assim, vamos abraçar esse desejo de Meishu-Sama, participando ativamente da prática das três formas de salvação baseadas no amor altruísta, objetivando nos tornar “pioneiros da salvação” para que surjam muitas pessoas que foram salvas por Meishu-Sama. 

Sobre o Johrei e a Alimentação Natural 

Desde o acidente nuclear de Fukushima, os problemas com a contaminação por radioatividade vêm se agravando. Em relação a isso, uma das estratégias que tem sido ensinada á população é a importância de se evitar alimentos que tenham alta quantidade de radioatividade e consumir aqueles com capacidade antioxidante para aumentar a imunidade. Outra informação que vem sendo propagada é que a radioatividade deforma o DNA e aumenta o risco de aparecimento do câncer principalmente em gestante, bebes e crianças em fase de crescimento. 

A contaminação por radioatividade é um grave problema relacionado á saúde e á perpetuação da humanidade. Por isso, todos nós precisamos estar bem conscientes de que ao johrei e a agricultura natural são as melhores formas de aumentar a imunidade (força natural de recuperação), tão importante neste momento para a humanidade, e divulgar essa verdade para as pessoas ao seu redor, semeando a felicidade. 

Sobre a Agricultura Natural 

A agricultura natural está se expandindo por vários países. Na África, por exemplo, mais de 67 mil messiânicos já praticam esse método agrícola. Especialmente em Angola, eles estão focados em se tornar o celeiro da África com o intuito de erradicar a fome do continente. O governo já fez doações que ultrapassam 2.700 hectares de terra para a prática da agricultura natural, e os messiânicos estão tratando o solo e, até agora, já transformaram o equivalente a 200 campos de futebol em terra produtiva. 

Além disso, estão se empenhando na formação de elementos humanos, recebendo estagiários vindos de países vizinhos a estudar e se especializar em agricultura natural. Eles já estão construindo uma Escola Técnica com projeto de passar para uma Faculdade de Engenharia Agrícola. Outro projeto relacionado á agricultura natural desenvolvido na África e a horta comunitária, que está sendo aplicados em creches, escolas, hospitais, quartéis e presídios. A horta caseira também está recebendo muita adesão e já chega a amais de 36 mil o número de famílias messiânicas praticantes que plantam mão só para ser consumo, mas também para distribuir aos vizinhos, tendo dessa forma, a oportunidade de lhes ministrar johrei. Com isso, até um hospital criou uma sala especial para as pessoas virem receber johrei, aumentando ainda mais a Difusão dos Ensinamentos nesses locais. 

A força motriz da expansão da agricultura natural está na forte crença de que plantando pelo método da agricultura natural se colhe a felicidade. O praticante da horta caseira que agradece pelas Dádivas vindas da luz do sol, da água e do solo, acreditando que tudo foi criado por Deus, consegue colher produtos de alta qualidade. E ele sempre vai querer compartilhar essa alegria com outras pessoas. Quando morava no bairro de kaminogue, em Tóquio, Meishu-Sama, mesmo não sendo agricultor, preparou o solo num canto de seu quintal de sua casa e ali começou a desenvolver a agricultura natural. Gostaria que todos também se espelhassem nessa postura de Meishu-Sama e procurassem viver essa mesma experiência de “plantar a felicidade” utilizando os espaços livres do quintal ou mesmo a varanda, para expandir a alegria ao seu redor. 

Sobre a Arte 

Neste ano, o Museu de Belas-Artes de Atami completou 30 anos de existência. Quando vieram participar dos Cultos no Solo Sagrado, visitem o museu e apreciem as muitas obras de arte ali expostas. Nessa oportunidade, procurem captar o sentimento de Meishu-Sama quando propôs a construção de museus de belas-artes. Ele nos ensina que, ao nos deleitarmos com a arte, sem perceber, também estamos nos polindo. Está é uma bênção da arte! Mesmo atarefado com a Obra Divina, Meishu-Sama sempre encontrava tempo para apreciar obras de arte, escreveu poemas, fazer ikebanas, bem como criar projetos paisagísticos e arquitetônicos. 

Essa postura nos transmite a impressão de que ele fazia as coisas com muita alegria. Hoje, nós também vivemos um cotidiano muito corrido, e quanto mais atribuído for o nosso dia a dia, mais deveríamos ter, em nossos corações, o mesmo sentimento de Meishu-Sama quando compôs o poema: “As pessoas não sabem a alegria que sinto quando vivifico em meu quarto uma camélia que colhi no jardim”. Ou seja, mesmo que estejamos atarefados, precisamos vivenciar o belo buscando nossa elevação espiritual com o coração repleto de alegria. Neste ano, vamos comemorar o centésimo trigésimo natalício de Meishu-Sama e o qüinquagésimo ano de falecimento de Nidai-Sama. Em abril, está prevista a conclusão das obras de ampliação e da construção da casa de chá do Shunju-an do Solo Sagrado de Kyoto. E, em junho, teremos a finalização das reformas que estão sendo feitas no Palácio de Cristal, em Atami. 

Meishu-Sama nos ensinou que, durante a transição da Era da Noite para a Era do Dia no mundo espiritual, a destruição e a construção iriam avançar simultaneamente. Mesmo que estejamos vivendo momentos de severas provações, gostaria de unificar nosso sentimento em torno das orientações de Kyoshu-Sama e de avançar nossa obra de construção da Era do Dia com muita alegria e satisfação dentro de nossos corações. 

Encerro minha saudação de Ano-Novo, firmando esse compromisso com Deus e Meishu-Sama! 


Saudação de Ano Novo
Revmo. Tetsuo Watanabe (Presidente Mundial da IMM)
(01 de Janeiro de 2012)



Fonte: Revista IZUNOME
N.49 – Janeiro/2012 – São Paulo/SP
Site: www.messianica.org.br
Igreja Messiânica Mundial


Contos e Lendas


"Céu e Inferno" 



Um dia, enquanto caminha pela rua, uma mulher de sucesso, Diretora de Recursos Humanos, é tragicamente atropelada por um caminhão e morre. Sua alma chega ao Paraíso e se encontra, na entrada, com São Pedro, em carne e osso. 

Bem-vinda ao Paraíso, diz São Pedro. 

Antes que você se acomode, parece que temos um problema. Você vai perceber que é muito raro um diretor chegar aqui e não estamos seguros do que fazer com você. 

* Não tem problema, deixe-me entrar. 

* Bom, eu gostaria, mas tenho ordens do Superior. 

O que faremos é fazer com que você passe um dia no inferno e outro no Paraíso, e então poderá escolher onde passar a eternidade. 

* Então, já está decidido. 

Prefiro ficar no Paraíso, diz a mulher. 

* Sinto muito, mas temos nossas regras. 

E, assim, São Pedro acompanha a Diretora ao elevador e desce, desce, desce até o inferno. 

As portas se abrem e aparece um verde campo de golfe. 

Mais distante um belo Clube. Lá estão todos os seus amigos, colegas diretores que trabalharam com ela, todos em trajes de festa e muito felizes. Correm para cumprimentá-la, beijam-na e se lembram dos bons tempos. Jogam uma agradável partida de golfe, mais tarde jantam juntos num clube muito bonito e se divertem contando piadas e dançando. 

O Diabo, então, era um anfitrião de primeira classe, elegante, charmoso, muito educado e divertido.
Ela se sente de tal maneira bem que, antes que se dê conta, já é hora der ir embora. Todos lhe apertam as mãos e se despedem enquanto ela entra no elevador. 

O elevador sobe, sobe, sobe, e ela se vê novamente na porta do Paraíso, onde São Pedro a espera. 

* Agora é a hora de visitar o céu. 

Assim, nas 24 horas seguintes, a mulher se diverte pulando de nuvem em nuvem, tocando harpa e cantando. É tudo tão bonito e tão sereno, que, quando percebe, as 24 horas se passaram e São Pedro vai buscá-la. 

* Então, passou um dia no inferno e outro no Paraíso. Agora você deve escolher sua eternidade. 

A mulher pensa um pouco e responde: 

Senhor, o Paraíso é maravilhoso, mas penso que me senti melhor no inferno, com todos os meus amigos e aquela intensa vida social. 

Assim, São Pedro a acompanha até o elevador, que outra vez desce, desce, desce, até o inferno. 

Quando as portas do elevador se abrem ela depara com um deserto, inóspito, sujo, cheio de desgraças e coisas ruins. Vê todos os seus amigos, vestidos com trapos, trabalhando como escravos, aguilhoados por diabos inferiores, que estão recolhendo as desgraças e colocando-as dentro de bolsas pretas. O Diabo se aproxima e conduz a mulher pelo braço, com brutalidade. 

* Não entendo - balbucia a mulher. - Ontem eu estava aqui e havia um campo de golfe, um Clube, comemos lagosta e caviar, dançamos e nos divertimos muito. Agora tudo o que existe é um deserto cheio de lixo e todos os meus amigos parecem uns miseráveis. 

O Diabo olha para ela e sorri: 

* Ontem estávamos te contratando. Hoje você faz parte da equipe.

Fonte: Autor desconhecido





O SOL E O VENTO" 


O Sol e o Vento discutiam sobre qual dos dois era mais forte e o vento disse:
- Provarei que sou o mais forte.
Vê aquele Velho que vem lá embaixo com um capote?
Aposto como posso fazer com que ele tire o capote mais depressa do que você.
O Sol recolheu-se atrás de uma nuvem e o Vento soprou até quase se tornar um furacão, mas quanto mais ele soprava, mais o Velho segurava o capote junto a si.
Finalmente o Vento acalmou-se e desistiu de soprar.
Então o Sol saiu de trás da nuvem e sorriu bondosamente para o Velho.
Imediatamente ele esfregou o rosto e tirou o capote.
O Sol disse então ao Vento que a Gentileza e a Amizade eram sempre mais fortes que a Fúria e a Força 

Fonte: Autor desconhecido