segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Nós temos de dar o exemplo



NÓS TEMOS DE DAR O EXEMPLO
“O desrespeito á Natureza faz com que ela, de tempos em tempos, manifeste sua vontade, e ás vezes, sua ira. Para concretizarmos a construção da Cidade da Nova Era modelo de uma nova Civilização, precisamos primeiro nos tornar modelos de um novo comportamento”. É o que afirma o Presidente da Igreja Messiânica Mundial Tetsuo Watanabe, nesta Entrevista. 
O senhor acredita que mesmo nunca tendo lido Ensinamentos de Meishu-Sama, há pessoas cujo sentimento está tão afinado com a verdade que , quando ouvirem falar da construção da Cidade da Nova Era, irão querer se engajar, participar, ser útil na sua concretização? 

É lógico! Por isso é que nós vimos distribuindo a texto “Filosofia da Salvação”, junto com a Campanha “Uma flor para o Mundo Melhor”.Essa é uma das formas para podermos identificar quem está pronto para colaborar ou não. Os que estão prontos chegam. 

Em contrapartida, mesmo sendo membro mesmo tendo os Ensinamentos de Meishu-Sama, se não praticá-los a pessoa pode perder esse trem da Salvação? 

Não é bem perder no caso dos membros, é como se ela já tivesse embarcado e resolvesse descer antes do trem chegar ao destino, entende? ou o trem só faz uma rápida parada, numa determinada estação, para pegar mais gente, e a pessoa pensou que já tinha chegado no final da linha e saltou. Apenas os possuidores de Almas de ouro terão permissão para ir até o final da viagem. Por isso a distribuição dos mini-arranjos, junto com a “Filosofia da Salvação” é uma forma de convite para a sociedade, um meio de encontrarmos essas pessoas. Muitas vão receber esse convite e não sentirão nenhuma identificação com ele. Outras e serão muitas, também vão pensar: Puxa,era isso que eu estava buscando, esperando... 

Trata-se, então, apenas de ampliar cada vez mais a distribuição desse “Convite”não é ?As pessoas que com ele tenham afinidade e reconheçam que também tem missão com relação á concretização desse ideal irão aparecer.... 

Exatamente. Elas já existem já foram espalhadas pelo mundo inteiro, por Deus, eu acho. Agora está na hora de entregar o convite, avisando que chegou o momento. Por isso afirmei que nos próximos três anos, vamos distribuir esse convite, essa Filosofia da Salvação e a flor para um mundo melhor, para 50 milhões de Famílias. Queremos envolver o Brasil inteiro. Também vamos fazer o mesmo convite para o mundo todo, através da internet. 

Além de ter sido uma missão que Meishu-Sama nos legou através da Terceira Líder Espiritual, que outros pontos o senhor destacaria como evidência de que chegou realmente o momento certo para iniciar a preparação da construção da Cidade da Nova Era? 

Porque agora? Porque hoje, grandes cientistas estão descobrindo muitas coisas que Meishu-Sama já ensinava há 60 anos. Falam como se fosse descoberta deles. Eu quero que todos os membros reconheçam bem isso. Outro dia ouvi a declaração de um cientista na qual ele afirmava: “Água tem espírito; água tem sua própria vontade. Por isso é que não podemos sujá-la, poluí-la. A água está brava”! 

O Universo tem vontade, não é? E ás vezes manifesta seu desagrado através de maremotos, tufões... 

Tudo tem sua vontade. Meishu-Sama ensinava que a Terra, a Água, o Ar, tudo tem vida. Mesmo no ar, por exemplo, na atmosfera, existe um ambiente espiritual pesado ou leve, alegre ou triste. Isso é vontade do ar. Com o Solo é a mesma coisa, ele também tem vida, vontade. E está sempre querendo se aprimorar, crescendo cada vez mais, purificar-se, cumprir sua missão. Todo mundo sabe que, em determinados períodos da história, a Terra foi habitada por animais muito diferentes dos que temos hoje. Eles desapareceram. Por que? Porque sua missão terminou. Se o homem continuar sujando o Solo, sujando a Água, sujando o Ar, destruindo as matas, eles não vão permitir sua existência vão manifestar sua ira! 

Mas que apenas ensinar, nós messiânicos temos de nos tornar exemplos dessa postura de amor e respeito para com a Natureza não é ? 

Claro. Porque entendemos isso, aprendemos com Meishu-Sama. Ele fundou nossa Igreja e ensinou a verdade, divulgou sua filosofia, para salvar a humanidade. Tudo o que há no Universo existe para que o homem possa manter sua vida e viver em harmonia com a Natureza e com seus semelhantes, e não para ser destruído por ele. Por isso é que precisamos dar vida a todas essas coisas, temos de viver em sintonia com elas. Mas, como nosso pensamento egoísta, materialista, que nos faz desrespeitar a existência dessa vida natural é que começamos a poluir a terra, a água, o ar... Como esse tipo de comportamento não podia continuar então Deus através de Meishu-Sama, nos legou uma Filosofia capaz de corrigir os erros da humanidade. 

Além do exemplo individual, como podemos na prática ensinar isso ás pessoas? 

Através de um modelo, que a Cidade da Nova Era. Porque não adianta cada um, sozinho, viver como habitante do Paraíso. Isso não basta.Temos de reunir as pessoas que já conquistaram essa condição para criar um modelo, uma Cidade cujos habitantes respeitam o meio ambiente, não poluem o solo, a água e o ar; e onde se vive em paz, praticando a verdade, a virtude e a beleza. Isso é que é Paraíso Terrestre. Verdade, Bem, e Belo, Saúde, Riqueza e Paz. 

Nós não estamos querendo criar uma cidade da Nova Era para voltar a levar uma vida primitiva, não. Por isso é que estamos desenvolvendo a Agricultura natural, criando sementes cada vez mais puras, que possam gerar produtos mais saudáveis, que contribuam para que as pessoas tenham mais saúde. Na pecuária é a mesma coisa. Devemos criar gados, porcos, frangos, animais sadios cuja reprodução esteja garantida, ao invés de criarmos animais clonados. Nós não queremos ir contra a Lei da Natureza. Queremos viver em harmonia com ela de modo que a espécie humana posa ser perpetuada. 

Em resumo, a base de todo o trabalho desenvolvido pela Igreja pela Korin e pela Fundação, com base nessa Filosofia, é o amor? 

Exatamente. Por isso é que a gente ensina: música tem seu espírito, sua influência. As Artes Plásticas também, as flores também. Um arranjo floral não pode ser composto de qualquer jeito. Tem de estar impregnado com o amor a espiritualidade de quem o compõe: Assim ,o Ikebana Sanguetsu irradia Luz, através da flor. Do mesmo modo a Arte, quando produzida com o amor,com espiritualidade consegue também purificar o ar. A Música também. Temos de ensinar esse espírito essa filosofia. Do contrário, o artista, por exemplo, só irá produzir Obras do tipo que em cada fase do mercado, puder ser vendida pelo preço mais alto, esquecendo-se da busca do seu próprio crescimento e de alcançar uma condição espiritual que influencie positivamente as pessoas que apreciarem sua Obra. Dessa forma, ele não cresce em amor. 



Fonte: Jornal Messiânico 
Ano: XXVIII – N.316 – Outubro/ 1999 
Igreja Messiânica Mundial do Brasil





LEMBRANÇAS DO SOLO SAGRADO
SINTO A VONTADE DE MEISHU-SAMA EM TODAS AS COISAS



Assanori Ito 
Takenaka / Engenharia e Construções 

Já faz mais de dois anos que vim para o Solo Sagrado de Atami, como responsável pela construção do Museu de Belas - Artes. Ao chegar aqui, antes de qualquer coisa, constatei como são belos os muros de pedra natural, que dizem ter sido construído com a orientação pessoal de Meishu-Sama. 

Para construir os muros que circundam o jardim das Ameixeiras e a Colina das Azaléias, utilizaram-se pedras de ande sito extraídas daqueles terrenos, pedras essas cuja altura beleza nos deixa encantados. Podemos dizer que as proporções, a constituição e a disposição de todo o Solo Sagrado são muito bem equilibrados. Na posição de quem lida com construções, sinto que todos que trabalharam nessa obra, nela depositaram realmente seus sentimentos. Todos os muros de pedra, com as pedras da escadaria, as árvores e as flores me impressionaram muito, parecendo dizer-me algo. Em todo i Japão, existe um grande número de jardins famosos, como o koraku-En e o kairaku-En, mas os jardins do Solo Sagrado têm uma atmosfera bem diferente, um aspecto “sui-generis”. Como Hobby, visito castelos e jardins famosos, mas além de se tratar de uma obra de grandes proporções, sinto que tudo o que existe no Solo Sagrado, está envolvido por um toque de trabalho manual. 


Algo da união de Meishu-Sama, com os fiéis, algo de fundamental, envolve as pessoas que peregrinam a este lugar. Em muitas regiões, existem jardins construídos por Kobori Enshu e Musso kokushi em épocas antigas, mas os jardins do Solo sagrado possuem um aspecto totalmente diferente. São belos, alegres e cândidos ao extremo, e neles sinto uma ternura e um calor semelhantes aos do colo de minha mãe. Esses jardins, que Meishu-Sama construiu objetivando o Paraíso Terrestre, não se destinam simplesmente a serem apreciados, mas apreciando-os, nosso sentimento é purificado. Através deles, percebe-se a grandeza do ideal de construção do protótipo do Paraíso Terrestre. É jardins maravilhosos, que nos fazem sentir realmente terem sido construídos para a criação do ambiente do Solo sagrado, vivificando de forma plena os Ensinamentos e o pensamento de Meishu-Sama. 


O SOLO SAGRADO É A TERRA NATAL DA MINHA ALMA 

Hirohide Morimoto (62 anos) 
Sakata-gun / Estado de Shiga – Japão 


Mesmo que fosse uma única vez na vida, eu sempre desejei apreciar, com calma, a beleza das terras silenciosas do Solo Sagrado, que parecem imersas no ambiente descrito pelo poema de Bashô: “Serenidade o canto das cigarras /Penetra nas rochas”. Em julho de 1978, tive a permissão de participar do Aprimoramento e dedicação no Solo Sagrado, e os dias que ali passei obedeceram a uma programação bem suave. O Templo Messiânico, que vi erguer-se altivamente, entre a verde vegetação que o sol de verão iluminava, e cujo aspecto grandioso observou em frente ao “mitarai” (pia para purificar-se) emocionou-me profundamente. Quando me deparo com problemas no servir, e meu sentimento começa a vacilar e sinto vontade de abandonar tudo, relembro aquela figura sólida do templo Messiânico e, num instante, a indecisão voa longe. 

É incontável o número de vezes que peregrinei ao Solo Sagrado, mas, nessa oportunidade, parecia estar na minha própria casa. Também senti uma grande alegria inenarrável, ao ver que ele está mais bem equipado do que na última vez, transformando-se de modo a corresponder ao ideal de verdade, bem e belo. Relembrando a época em que me foi permitido fazer dedicação de vigia no Solo Sagrado, há quatro anos, no verão, sinto saudades das minhas caminhadas, passando de um lugar para o outro, e estou muito agradecido pelo fato de, até hoje, ter estado sempre com saúde e sob a proteção de Deus. 

É realmente uma grande alegria ouvir estas palavras todas as vezes que retorno aquele local: “Seja bem vindo de volta ao Solo Sagrado”. Subitamente volto a mim, ainda ouvindo o som dos tratores utilizados na obra de construção do Museu de Belas - Artes de Atami, que progride cada vez mais, e penso: ”O Solo Sagrado é grandioso é majestoso, é magnífico. Quando retornar a ele, quero abrir, calmamente, o meu coração e receber novas orientações”. 


O SOLO SAGRADO É MINHA TERRA NATAL 

Hiroko Oomori (47 anos) 
Tokushima – Estado de Tokushima – Japão 


Foi em agosto de 1972 que, envolvida por um ambiente espiritual tão límpido a ponto de me fazer esquecer o calor, pude apreciar sossegadamente o Shinsen-kyô de Hakone. Ouvindo o som das águas do córrego e olhando a paisagem do redor, senti realmente que o meu coração se tranqüilizava. Ao caminhar pelo verde exuberante do jardim de Musgos, descobri a Beleza nas árvores, nas ervas e em cada uma das rochas. Estou certa de que, em parte alguma, há um lugar tão maravilhoso. 

Aprendi que o Solo sagrado é o corpo de Meishu-Sama e que ele sempre está nos protegendo, mas, a me ver ali, juntamente com uma emoção que me deixou enrijecida, senti que estava sendo envolvida por algo grandioso e que meu corpo e o meu espírito ficavam leves. Foi com uma nova coragem que parte, pensando no dia em que voltaria a peregrinar ao Solo Sagrado. 

Existe um poema que diz: ”Só pensamos na nossa Terra Natal quando estamos longe dela”. Entretanto, pessoas que, como eu, freqüentemente sou transferida do local de trabalho, sempre são perseguidas pelo sentimento de que está num determinado lugar apenas provisoriamente. O fato de existirem pessoas e uma casa que me esperam, é um apoio para mim. É com o sentimento de que sempre PE possível retornar, que me lembro saudosamente da minha Terra Natal. 

O Solo Sagrado é a Terra Natal de nossas almas, á qual sempre podemos voltar, alegres tristes ou solitários. Sou um felizardo em poder sentir que ele á a minha terra natal. Minha filha, que atualmente tem quatorze anos, é o tesouro que eu e meu marido finalmente recebemos, após dez anos de casados. Como mãe, sinto imensa vontade de viver ao seu lado para sempre, mas isto é uma das coisas que está fora do nosso alcance. Para esta filha, que não tem irmãos nem irmãs, queremos deixar uma única herança: a Fé Messiânica. Estou orando para que o Solo Sagrado também se torne a terra natal de sua alma. Na vida, existem altos e baixos e, por isso aconteça o que acontecer, desejo que ela viva corajosamente, crendo em Deus e Meishu-Sama e tendo o Solo Sagrado como apoio de sua alma. 

OBTIVE PERMISSÃO PARA DEDICAR NO SOLO SAGRADO 

Konossuke Akiyama (49 anos) 
Yato – Estado de Aomori – Japão 

Em maio de 1952, tive a permissão de participar do Grupo de dedicação no Solo sagrado, dois anos após o meu ingresso na igreja. Na época, o Museu de Belas - Artes de Hakone se encontrava em plena construção e a ardorosa alegria e gratidão dos fiéis que participaram da dedicação enchiam todo o Solo Sagrado. Era a primeira vez que eu dedicava ali. O grupo, que procedia desde Hokkaido, no norte do Japão, até kyushu, no sul, estava muito animado, superando dificuldades de linguagem, costumes e idade. Entretanto, a sociedade atravessava uma fase muito difícil, e a alimentação e os recursos eram escassos. 

Meishu-Sama dedicava-se de corpo e alma á construção do Solo Sagrado, que seria o protótipo do Paraíso Terrestre. Eu tive a grande felicidade de poder tomar parte na construção do Museu de Belas-Artes de Hakone, como integrante do Grupo de Dedicantes. Como reconhecimento á dedicação do Grupo, um dia sim, outro não Meishu-Sama dispunha o tempo de modo que pudéssemos apreciar filmes, e participava desse lazer. Todas as vezes que eu observava a figura do Mestre visitando as obras e fazendo suas caminhadas, era dominado por um sentimento de gratidão e respeito. Como uns dos fiéis que se empenharam com o grande objetivo de construir o Museu de Belas-Artes de Hakone, desejam de Meishu-Sama, esforço-me por transmitir essa alegria ao maior número de pessoas, todas as vezes que encontro oportunidade para isso. Comparado ao que era naquela época, o shinsen-kyô transformou-se completamente. Fico impressionado, mas acho que isso aconteceu por que os planos de Meishu-Sama foram sendo concretizados um por um, e todas as vezes que vou ao Solo Sagrado de Hakone renovo o meu sentimento. 


JARDINS QUE TRAZEM SERENIDADE 

Harold Aldoni (36anos) 
Ontário / Canadá 

Fiquei maravilhado ao ver os jardins do Solo Sagrado de Hakone, quando vim pela primeira vez ao Japão, com a “Tourist Tour” de Toronto. Em meu País existem jardins floridos, mas não tão belos como estes, que parecem quadros. Eles são totalmente diferentes dos nossos. Foi a primeira vez que vi jardins tão amplos, nos quais se utilizam rochas em abundância. Nos jardins canadenses utilizam-se algumas pedras, mas rochas, quase nunca. Atualmente, sou professor de uma escola. Em novembro do ano passado, um de meus companheiros de trabalho veio ao Japão pela mesma empresa turística e mostrou-me muitas fotos tiradas na ocasião. 

Naquele momento, não percebi nada. Entretanto, ao visitar estes jardins, fiquei impressionado. É maravilhoso existir um lugar como este na atual sociedade, onde tudo está conturbado. São jardins transbordantes de calma e tranqüilidade. Ignoro com que base filosófica foi construída, mas sei que neles reina a paz e a quietude, que me trazem serenidade ao espírito. 






Fonte: Álbum Solo Sagrado 
A Terra Natal das Nossas Almas - volume: “Primavera e Verão”
Edição: Maio/1980 – São Paulo/SP.  (Tradução Igreja Messiânica Mundial do Brasil) 
Pág.(100 a 102) 




































Um comentário:

  1. Galdina, esse é um verdadeiro compêndio q só me trouxe aprendizado, acrescentou muito do pouco q sei sobre o assunto, tão sério, edificante!
    Sabia da sua capacidade de criação, mas mesmo assim, fiquei surpreso com tanto talento e inspiração. Messianismo, cromoterapia, Cristianismo,enfins, assuntos entrelaçados, tratados com a maior seriedade e conhecimento possíveis. Passaria horas dirigindo elogios ao blog - e vc sabe q nao sou de fazer média - mas prefiro resumir meus comentários a uma só frase:
    "muito obrigado" bjos do amigo Sérgio!

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