segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A Transição da Velha Cultura para a Nova Cultura

A Transição da Velha Cultura para a Nova Cultura

A Cultura atual, comparada á Cultura primitiva, de milhares de anos atrás, alcançou um progresso assombroso e está se expandindo cada vez mais. Todavia, o homem muito sofreu e lutou para chegar a esse ponto, enfrentando catástrofes naturais, guerras doenças e outros males. A história da humanidade mostra-nos as terríveis batalhas que viemos travando contra esses sofrimentos. 

É desnecessário dizer que, por trás dos objetivos do progresso, havia um plano no sentido de proporcionar a todos os homens um mundo mais feliz, de eterna paz. Para a concretização desse ideal , no entanto, os homens promoveram apenas o progresso da cultura material e consideraram a Ciência como única verdade, não dando atenção a nada mais. Toda vez que havia uma descoberta ou invenção, a humanidade os aplaudia, achando-as maravilhosas, crente de que, através delas, a felicidade aumentaria e, passo a passo aquele ideal estaria mais próximo. Foi assim que os homens viveram correndo atrás do sonho de alcançar a felicidade. 

Entretanto, o progresso da Ciência atingiu o ponto de se descobrir a desintegração do átomo. Essa grande descoberta deveria ser digna de comemoração, mas ao contrário do que se esperava, foi uma descoberta aterradora. O caminho que percorríamos pensando ser o caminho para o Céu na verdade era o caminho indesejável para o inferno. Inventou-se um material que, num segundo, pode acabar com milhares de vidas. Talvez a História ainda não tenha registrado nenhum acontecimento tão contrário a previsão dos homens. A humanidade ou, mais especificamente, os povos civilizados que inventaram esse terrível material, acabaram criando, também o problema de precisarmos fugir, a todo custo, da ameaça que paira sobre as nossas cabeças. 

É realmente paradoxal. Contudo, pensando bem, trata-se de uma invenção que em si mesma nada tem de temível; pelo contrário, é uma maravilha que vem contribuir para a felicidade do homem. Ela é temida por que pode ser empregada como instrumento de guerra, mas se for utilizada para a paz será realmente uma grande aquisição para a humanidade. No primeiro caso, seu emprego está baseado no mal; no segundo caso, está baseado no bem. Logo, tanto pode se tornar um instrumento benéfico como maléfico. Nesse sentido, se a pessoa que o manipula estiver do lado do bem, não haverá nenhum problema. 

Mas o caso não é tão simples assim. Em termos concretos, é preciso transformar o mal em bem. Torna-se desnecessário dizer que está é a sagrada missão da Religião. Até agora, a Religião, a Moral, a Educação e a Lei contribuíram para isso de certa forma, conseguindo alguns bons resultados, porém ainda hoje, ao contrário do que se esperava, o bem está sendo subjugada pelo mal. A preocupação existente de que o material atômico venha a ser utilizado por este último é uma prova de que dizemos. Entretanto, precisamos aprofundar outro aspecto da questão. Se o ato diabólico e destruidor representado pelo lançamento da bomba atômica forem permitidos, obviamente advirá o fim da humanidade. Sendo assim, é inadmissível que o criador do Céu e da terra e de tudo que neles existe, e também arquiteto do progresso atingido pela civilização, consinta passivamente essa catástrofe. 

Interpretando desse modo, que mais poderia ser isso senão o “Fim do Mundo” profetizado por Cristo? Caso não houvesse nenhuma outra profecia, a humanidade nada mais teria a fazer do que aguardar seu fim, mas Cristo também disse: É chegado o Reino dos Céus. Torna-se evidente, portanto, que essas duas grandes profecias estão indicando o futuro do mundo, ou seja, que virá o Fim do Mundo e se estabelecerá o Céu na Terra. Foi previsto, ainda o retorno de Cristo e a vinda do Messias. A propósito, também devemos pensar que para ficarmos absolutamente livres da destruição atômica, é necessário transformar o mal em bem, conforme já explanei. E quem poderia ter força ou poder para isso senão o próprio Messias? Não obstante, mesmo ocorrendo essa grande transformação, haverá muitos que não se converterão ao bem. A estes, para os quais não é possível esperar mais nada, só poderá acontecer pior dos piores. Cristo referiu-se a esse acontecimento com a expressão “Juízo Final”. 

Com base no que acabo de expor, os homens devem conscientizar-se de que estamos na fase imediatamente anterior a efetiva transição do mal para o bem da destruição para a construção da velha para a nova cultura. O plano para a nova cultura já esta muito bem preparado. Não foi elaborado pela inteligência nem pela força humana; há milhares de anos Deus o vem preparando com toda a meticulosidade. Estou vendo tudo isso de forma muito clara, e não apenas espiritualmente, mas inclusive através de fenômenos de ordem material. Vejo realmente com tanta clareza que, sem vacilação, posso afirmar que não há, em absoluto, nenhuma parcela de erro no que estou dizendo. 


Fonte: Livro/ Alicerce do Paraíso (06 de Setembro de 1950)

(Ensinamentos de Meishu-Sama)
14. Edição – São Paulo/SP.
Tradução: Fundação Mokiti Okada – M.O. A
Pág.: (64/65/66)

















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