quarta-feira, 2 de maio de 2012

Visões de Felicidade sob a ótica de grandes Personalidades



Felicidade pode ser Contagiosa

Um estudo publicado na Revista Científica “British Medical Journal” aponta que a felicidade de uma pessoa não é só uma escolha ou experiência individual, mas está vinculada “á felicidade dos indivíduos aos quais ela está ligada, direta ou indiretamente”. Os pesquisadores Nicholas Christakis, da Escola de Medicina de Harvard (Massachusetts) e, James Fowler, da Universidade de Califórnia, mediram, a partir de análises estatísticas, como as redes sociais estão relacionadas com a sensação de felicidade de uma pessoa. Segundo os dados do estudo, á felicidade de um indivíduo pode contagiar aqueles com quem ele se relaciona. “Mudanças na felicidade individual podem se propagar pela rede social e gerar grupos de felicidade e infelicidade,” dizem os pesquisadores. 

Não apenas os laços sociais mais próximos têm impactos nesses níveis de felicidade. O sentimento consegue atingir até três graus de separação (amigos de amigos de amigos). “Segundo Christakis e Fowler”, pessoas cercadas por pessoas felizes e aquelas que são centrais nessas redes de relações têm mais tendência a serem felizes no futuro. O estudo indica que esses grupos de “felicidade” resultam da disseminação desse sentimento, não sendo sós conseqüências de uma tendência de os indivíduos se associarem a pessoa com características similares ás suas. Se alguém se tornar feliz e viver a cerca de 1 km da casa de um amigo, este terá 25% mais chances de também desfrutar desse sentimento. Curiosamente, essa relação não foi observada entre colegas de trabalho, sugerindo que o contexto social pode afetar na difusão da felicidade. 


Questão geográfica e saúde Pública

A pesquisa também mostra que a proximidade geográfica é essencial para a propagação desse sentimento. Uma pessoa tem 42% mais chances de ser feliz se um amigo se tornar Feliz e viver distante dela menos de 800metros. O efeito é de apenas 22% caso o amigo more a mais de 2,2km. Para chegar a essas conclusões, os autores verificaram outro estudo composto de informações coletadas com 5.124 adultos com idades de 21 a 70 anos, entre 1971 e 2003, na cidade de Framingham localizada no Estado Norte- Americano de Massachusetts. 

Desenvolvida originalmente para analisar riscos de problemas no coração, esta pesquisa também colheu dados sobre a saúde mental dos entrevistados, que em diversos momentos, foram convidados a responder se concordavam ou discordavam de quatro afirmações: “Sinto-me esperançoso em relação ao futuro”, “Fui feliz”, “Aproveitei a vida” e “Senti-me tão bem como as outras pessoas”. Para chegar ao conceito da “felicidade” usado no estudo, Christakis e Fowler levou em conta a resposta afirmativa ás quatro sentenças. 

O especialista em psicologia da University college of London do Reino Unido, Professor Andrew Steptoe, disse que “intuitivamente faz sentido que a felicidade das pessoas á nossa volta tenha impacto em nossa própria felicidade. O que é um pouco mais surpreendente é que esse sentimento parta não só daqueles muitos próximos a você, mas também de pessoas um pouco mais distantes”. Conforme o professor, a pesquisa também pode ter implicações em políticas de saúde pública. “A felicidade parece estar associada a efeitos protetores da saúde. Se ela realmente for transmitida por conexões sociais poderia, indiretamente, contribuir para a transmissão social de saúde”, completou. 


Fonte: Revista Izunome
N.14 – Março/2009
Igreja Messiânica Mundial do Brasil (IMMB) 









Visões de Felicidade sob a ótica de grandes Personalidades


A Resistência e os riscos de ser Feliz - Luiz Antônio Gasparetto

Será mesmo que você pode ser feliz neste mundo? Ou você é daqueles que acreditam que a felicidade não é deste mundo? Ou ainda que a felicidade seja coisa rara, só para alguns momentos especiais e nada mais? Que a vida é sempre luta e sofrimento? Eu sei que você gosta de pensar no melhor, mas, na realidade, em que é que você acredita? Muitas pessoas foram criadas em um ambiente onde a riqueza era sinônima de desonestidade ou de tentação que nos levaria, caso viéssemos a prová-la, a uma vida fútil. 

Ou, então, que o luxo nos faria perder a humanidade, tornando-nos frios e decaídos, tendo como resultado final não só as desconsiderações de quem amaram como também a desaprovação de Deus e uma possível punição por isso. Em resumo, a riqueza é sinônima de perdição. Fica claro nesse exemplo que desenvolvemos defesas contra a riqueza, os mecanismos de defesa disparam criando impedimento para o nosso progresso. A verdade é que a maioria de nós tem uma série de crenças contra o sucesso, das quais nem sempre estamos conscientes, mas que nem por isso deixam de atuar com perfeição. 

É o caso daquele comerciante que, enquanto tinha apenas duas lojas,uma que ele mesmo tomava conta e outra que a sua esposa dirigia tudo ia bem. Porém, quando resolveram abrir a terceira a que segundo os critérios deles já era considerado como o início do estado de riqueza, nada mais deu certo. Não só a terceira loja não foi para frente como começou a afetar o desempenho das outras duas voltaram ao normal. E assim foi para o resto da vida. Tudo que tentavam fazer, além das duas lojas, jamais deu certo. Para eles, a riqueza era perigosa e sempre que conversavam com os filhos sobre as verdades da vida pregavam em bom português o indiscutível valor e a honrosa decência que era a vida deles, apesar de não terem muito dinheiro. Isso tudo não lhe soa familiar? 

Você pode saber lidar muito bem com uma promoção até certo nível salarial sem que represente a menor ameaça. Mas, dali para frente, se ganhar mais dinheiro, passa a se considerar rico. Claro que é preciso levar em conta o que é ser rico para um e o que é ser rico para outro. Para alguém que vem de uma família pobre, ter um carro, uma casa já pode ser considerada sinal de riqueza. Mas se a pessoa já vem de uma família que tem tudo isso, talvez só vá se considerar rico a partir do momento em que ter a segunda empresa. Vai depender então do nível de ameaça, que não é o mesmo para todos. Você também tem medo de ficar muito feliz e se entregar ao prazer. Você não se deixa ter nenhum tipo de aventura; não deixa porque é contra sua segurança, contra a idéia de conforto. Só de saber que corre esse risco, já pode começar a disparar em você o sistema de resistência. 

Aí, surgem os empecilhos que você coleciona: falta de dinheiro, problema financeiro, familiar e de saúde. Aquele que estiver mais á mão, você pega. Diz que as coisas não estão dando certo porque não são para você. Quando forem, elas virão na sua mão. Você se conformou e, se por um lado ficou triste, por outro sentiu até certo alívio. Como pode ficar feliz se cada vez que você pensa nisso vêm todos esses empecilhos? Acha que não é o seu caso, por que não quer ver. Mas será que não pode ter um minuto de felicidade? Claro que você não pode ter tudo certinho na vida, porque acha que tudo certinho é monótono. Será que quer mesmo ser feliz? 

Para ser feliz definitivamente, você precisaria não acreditar em coitado, em dificuldade, em problema, em luta, em heroísmo, nem em “Vitimismo”. Precisaria ter a ousadia de ser você, de fluir com o seu entusiasmo, de acreditar em motivação. Mas você não quer deixar de ter problema porque o desafio o motiva. Também faz muitos anos que você não sente motivação espontaneidade do entusiasmo e da vocação. È por isso que as pessoas dizem: felicidade é algo bonito, mas não é deste mundo. Estamos aqui nesta vida para passar provações e sofrimento, para pagar o carma. Não é assim que a gente aprendeu? E se não for bonzinho, vai para o inferno. Mas você já está vivendo num, só que esse é um inferno familiar. Outro pode ser pior, você imagina. 

“Mas eu me dou por feliz de a minha vida não ter grandes tragédias. Só de não ter isso, já está bom demais. Afinal, coisa pior poderia acontecer!” Nessa hora você não acredita mais em causa e efeito. O universo joga dado. Se cair um na minha vida, posso sofrer. Ainda bem que não sofri tanto; tem gente que sofri até demais!”Não é o que você diz? “Também não vou cuspir no prato em que como. Tentar uma coisa melhor, com uma qualidade de vida melhor? Esse não deu certo, quem me garante? É muito arriscado, tenho medo. “eu não vou”. 

Então, você continua o mesmo, porque é perigoso mudar. Qualquer mudança, agente já deve encarar com desconfiança. Mudar sem preparo psíquico? Não! Com essa cabeça que você tem, jamais vai ter a menor chance. Não pode nem ter entusiasmo, porque é perigoso. Não pode ficar contente, porque depois pode se decepcionar. Sobrou o quê? Sofrer pode, porque é seguro. Não adianta nem eu dar uma fórmula para você ser feliz, porque, se o ameaçar, não vai seguir. Você vai continuar igual. 





OBS: Luiz Antônio Gasparetto – É psicólogo e médium conhecido internacionalmente, além de um dos grandes nomes do espiritualismo moderno, ele utiliza sua experiência no campo da psicologia para elaborar idéias inovadoras sobre a existência humana, sempre buscando oferecer novos caminhos e possibilidades para o autoconhecimento. 

Fonte: (Texto Extraído do Livro “Prosperidade Profissional” de Luiz Antônio Gasparetto (Centro de Estudos Vida e Consciência Editora)
Revista Sexto Sentido/ A Revista do Novo Milênio/ N.12
Junho/2000 – São Paulo/SP. Pág. (24/25)
Site: www.mythoseditora.com.br





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A Arte da Felicidade

(Sua Santidade o Dalai Lama)


Para mim, o próprio objetivo da vida é perseguir a felicidade. Isso está claro. Se acreditarmos em religião, ou não se acreditamos nesta religião ou naquela; todos estão procurando algo melhor na vida. Por isso, para mim, o próprio movimento da nossa vida é no sentido da felicidade. Para mim, a felicidade pode ser alcançada através do treinamento da mente. Quando falo em “treinar a mente” neste contexto, não estou me referindo á mente apenas como a capacidade cognitiva da pessoa ou seu intelecto. Estou, sim, usando o termo no sentido da palavra sem em tibetano, que tem um significado muito mais amplo, mais próximo de psique ou espírito; um significado que inclui o intelecto e o sentimento, o coração e a mente. 

Por meio de certa disciplina interior, podemos sofrer uma transformação da nossa atitude, de todo o nosso modo de encarar e abordar a vida. Quando falamos dessa disciplina interior, é claro que ela pode envolver muitos aspectos, métodos. Mas em geral começa se identificando aqueles fatores que levam á felicidade e aqueles que levam ao sofrimento. Depois desse estágio, passa-se gradativamente a eliminar os que levam ao sofrimento e a cultivar os que conduzem á felicidade. É esse o caminho. Deixemos de lado por um momento as aspirações máximas espirituais ou religiosas, como a perfeição e iluminação, e lidemos com a alegria e a felicidade como as entendemos num sentido rotineiro ou material. 

Dentro desse contexto, há certos elementos essenciais que convencionamos reconhecer como propiciadores de alegria e felicidade. Por exemplo, considera-se que a saúde e um dos fatores necessários para uma vida feliz. Outro fator que encaramos como fonte de felicidade são nossos recursos materiais, ou a riqueza que acumulamos. Outro fator é ter amigos ou companheiros. Todos nós reconhecemos que, a fim de levar uma vida realizada, precisamos de um círculo de amigos com quem possamos nos relacionar emocionalmente e em quem confiemos. 

Ora, todos esses fatores são no fundo, fontes de felicidade. No entanto, para que um indivíduo possa fazer pleno uso delas com o intuito de levar uma vida feliz e realizada, sua disposição mental é essencial. Ela tem importância crucial. Se utilizarmos nossas circunstâncias favoráveis, como a saúde ou a fortuna, de modo positivo, na ajuda aos outros, elas poderão contribuir para que alcancemos uma vida mais feliz. E naturalmente, nós desfrutamos desses aspectos: nossos recursos materiais, nosso sucesso e assim por diante. Porém, sem as atitudes mentais corretos sem a atenção ao fator mental, esses aspectos terão pouquíssimo impacto na nossa sensação de felicidade em longo prazo. 

Por exemplo, se a pessoa nutre pensamentos rancorosos ou muita raiva bem no fundo de si, isso acaba com a saúde e, assim destrói um dos fatores. Da mesma forma, quando se está infeliz ou frustrado no nível mental, o conforto físico não ajuda muito. Por outro lado, se a pessoa conseguir manter um estado mental calmo e tranqüilo, poderá ser muito feliz apesar de sua saúde ser frágil. Ou ainda, quando está vivendo um momento de raiva ou ódio intenso, mesmo possuindo bens maravilhosos, sente vontade e atirá-los longe de quebrá-los. 

Naquele instante, os bens não significam nada. Hoje em dia, há sociedades bastante evoluídas em termos materiais, e, no entanto em seu seio muitas pessoas não são muito felizes. Logo abaixo da bela aparência de afluência há uma espécie de inquietação mental que leva á frustração, a brigas desnecessárias, á dependência de drogas ou álcool e, no pior dos casos, ao suicídio. Não há, portanto, nenhuma garantia de que a riqueza em si possa proporcionar a alegria ou a realização que buscamos. 

Pode-se dizer também o mesmo a respeito dos amigos. Quando se está num estado exacerbado de raiva ou ódio, até mesmo um amigo íntimo parece de algum modo meio frio ou gélido, distante e perfeitamente irritante. Tudo isso indica a tremenda influência que o estado da mente, o fator mental, exerce sobre nossa experiência do dia-a-dia. Naturalmente, devemos encarar esse fator com muita seriedade. Portanto, deixando de lado a perspectiva da prática espiritual, mesmo em termos terrenos, no que diz respeito a levar uma existência feliz no dia-a-dia, quanto maior o nível de serenidade da mente, maior será nossa paz de espírito e maior nossa capacidade para levar uma vida feliz e prazerosa. 

Eu deveria mencionar, que quando falamos de um estado mental sereno ou de paz de espírito, não deveríamos confundir isso com um estado mental totalmente insensível, apático. Ter estado de espírito tranqüilo ou calmo não significa ser completamente desligado ou ter a mente totalmente vazia. A paz de espírito ou serenidade tem como origem o afeto e a compaixão. Nisso há um nível muito alto de sensibilidade e sentimento. 

Desde que falte a disciplina interior que traz a serenidade mental, não importa quais sejam as condições ou meios externos que normalmente se considerariam necessários para a felicidade, eles nunca nos darão a sensação de alegria e felicidade que buscamos. Por outro lado, quando dispomos dessa qualidade interior, nesse caso, mesmo que faltem vários recursos externos, que normalmente se considerariam necessários para a felicidade, ainda é possível levar uma vida feliz e prazerosa. 




OBS: Tenzin Gyatso – Sua Santidade o Décimo Quarto Dalai Lama, é Líder Espiritual e temporal do povo Tibetano. Ganhador do Prêmio Nobel da Paz e do Prêmio Wallenberg, conferido pela Fundação dos Direitos Humanos do Congresso dos Estados Unidos. 


Além de sua atuação como Líder Espiritual, o Dalai Lama tem sido visto como uma das personalidades marcantes do século XX e um dos maiores defensores dos Direitos Humanos no Planeta. 



(Texto Extraído do Livro “A Arte da Felicidade”, de Sua Santidade o Dalai Lama, e Howard C. Cutler)
(Livraria Martins Fontes Editora)
Fonte: Revista sexto Sentido
(A Revista do Novo Milênio)
Junho/2000- N. 12 – São Paulo/SP.
Site: www.mythoseditora.com.br
Pág.(18/19)



















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