quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O Alvorecer da Nova Era

Monumento da IMM no topo do Monte Nokoguiri, local onde, no dia 15 de junho de 1931, Meishu-Sama acompanhado por 28 discípulos, recebeu de Deus a Revelação sobre a Transição da Era da Noite para a Era do Dia, que começava a se processar no Mundo Espiritual. A inscrição "Tenkei Reiseki" significa "Marco da Revelação Divina".


O ALVORECER DA NOVA ERA 

A partir do dia 4 de fevereiro de 1928, o fundador, que, através do transe de 1926, se conscientizara da sua importante missão de salvar o mundo, solidificou a decisão de dedicar-se de corpo e alma á Obra Divina. Três anos mais tarde, em meados de maio de 1931, ele recebeu a seguinte ordem de Deus: “No dia 15 de junho, vá ao Templo Nihonji, no monte Nokoguiri, situada em Boshu, no Estado de Tiba”. Imediatamente, iniciou os preparativos para seguir a Vontade do Altíssimo. O administrador do Templo era o bonzo zen Sogaku Harada; o bonzo responsável era Jossetsu Tanaka. Por coincidência, este e Seitaro Shimizu, discípulo do Fundador, eram amigos íntimos. Por isso, Shimizu foi incumbido de fazer os preparativos para a viagem. 

VISITA AO TEMPLO 

A programação de dois dias consistia em hospedagem no Templo, na noite do dia 14 de junho; na manhã seguinte, apreciação do nascer do Sol, no topo do Monte Nokoguiri; após o desjejum, no regresso da escalada, a realização de uma sessão de poesia. Os aspirantes a acompanharem o fundador eram vinte homens, entre os quais dois fotógrafos, e oito mulheres, perfazendo um total de vinte e oito pessoas. Na época, seus seguidores não chegavam a quarenta de modo que os participantes da peregrinação perfaziam mais da metade deles. 

No dia 14 de junho o Fundador, acompanhado de Yoshi, sua esposa, saiu do Shofu-So, em Omori, para ir á Estação Ryogoku, local de encontro com as demais pessoas. Os trinta partiram no trem das dezesseis horas, conforme estava programado. No trem, O Fundador fazia as pessoas rirem com suas graças, e os diálogos afluíam seguidamente. Da estação Hota o grupo seguiu, de táxi, em direção á casa de chá situada no sopé da montanha. Daí subiu pela escadaria de pedra com a ajuda de uma lanterna de papel, preparada de antemão. Quando chegaram ao Templo Nihon-ji, localizado no meio Don Monte Nokoguiri, já eram mais ou menos dez e meia da noite. 

Ás três horas da manhã do dia 15, como não conseguia dormir tranquilamente, o Fundador levantou-se. Logo em seguida toda a comitiva, de lanterna na mão, partiu pelo escuro caminho, ainda úmido pelo orvalho da noite, rumo ao topo da montanha. Quando lá chegaram, o céu começava a clarear. Felizmente, o tempo estava bom. Da névoa da manhã, pouco a pouco, surgia a grandiosa paisagem: o mar de Bosso, as montanhas das redondezas e os dez estados da Região Kanto, que podem ser divisados ao mesmo tempo. Era um cenário de beleza inexprimível. 

Em direção ao Sol, que se levantava, rompendo o alvorecer, a comitiva, liderada por Meishu-Sama, entoou em voz alta a oração “Amatsu-Norito”. Não há adjetivos que possam qualificar a sensação sublime e misteriosa experimentada naquele momento. Todos, emocionados, entoaram a oração com profundo respeito. Naquele instante, o Fundador teve uma misteriosa sensação espiritual e sussurrou para si mesmo: “Algo misterioso ocorreu”. Ele parecia ocultar alguma coisa no fundo de seu coração. 

Deixando o topo da montanha, a comitiva empreendeu a descida. No meio do percurso, sob a luz bem clara da manhã, viram uma estátua budista muito estranha. Quando eles subiram estava escuro, de modo que não puderam vê-la. Era uma estátua sem cabeça. Ao vê-lá, o Fundador associou a ela a misteriosa sensação experimentada no topo da montanha. Compreendeu então que, no mundo budista, estava se processando uma grande mudança. 

Os integrantes da comitiva retornaram ao templo Nihon-ji, depois de tomarem o café da manhã todos juntos, tiraram uma foto de lembrança, em frente ao prédio principal. O Fundador e sua esposa, Yoshi, tiraram outra, em frente ao prédio Donkai, templo budista construído abaixo do prédio principal do templo. Motokiti Inoue, um dos acompanhantes do Fundador, assim registrou suas impressões: “Nós não tínhamos condições de penetrar na parte mais profunda daquele acontecimento divino, mas foram dois dias paradisíacos, repletos de extasiante emoção, de alegria inigualável”. Essa viagem, envolvida numa atmosfera solene e artística, deixou uma lembrança inesquecível no coração dos participantes, independentemente da misteriosa revelação. 

REVELAÇÃO DO ALVORECER DA NOVA ERA 

Durante os três dias que se seguiram ao dia 15 de junho, ocorreram fenômenos misteriosos. O Fundador surpreendeu-se ao constatar que todos eles tinham relação com o acontecimento divino vivenciado no Templo Nihon-ji, e mostravam seu destino e a transformação do mundo. Assim, atirou-se á solução desse mistério com grande interesse. Relacionando os fatos misteriosos que aconteceram após a visita ao templo, o Fundador apreendeu o significado oculto dos fatos iniciados com o acontecimento ocorrido no topo do Monte Nokoguiri, dias atrás a percepção espiritual que ele tivera significava a Revelação Divina sobre a transição da Era da Noite para a Era do Dia. Assim, ele conscientizou-se ainda mais de que sua missão era divulgar amplamente a chegada do Mundo do Dia e construir uma nova civilização. 


(Extraído do Livro Luz do Oriente – Vol.1) 
Igreja Messiânica Mundial do Brasil 





JOHREI                 

Johrei é uma palavra criada por Meishu-Sama com a junção de dois ideogramas da língua japonesa que significam JOH = purificar e REI = espírito. Assim, ele denominou o método de canalizar com as mãos, a intangível, infinita e poderosa energia que, pela sua origem e benefícios é considerada Luz Divina. A felicidade ou a infelicidade depende do nível espiritual de cada um. Quanto mais impurezas espirituais e físicas o homem acumula, mais pesado fica o espírito, decaindo nas camadas do mundo espiritual onde a luz é escassa. O johrei purifica as impurezas do homem e possibilita que ele se eleve espiritualmente para os níveis onde a Luz é intensa. A Luz é a fonte da saúde, da sabedoria e da felicidade. 

Assim explica Meishu-Sama: ”A pregação das doutrinas religiosas agem do exterior para a alma. Mas o ato purificador do johrei projeta a Luz Espiritual diretamente na alma, despertando-a instantaneamente. Os que ingressam, alcançam rapidamente uma percepção superficial e, em seguida uma percepção mais profunda. Além de superarem suas próprias tragédias, tornam-se aptos, também, a eliminar as tragédias alheias”. 

Alguns Benefícios do Johrei: 

*Desperta o homem para a existência do Criador 

*Fortalece-o para que ele possa ultrapassar os desafios da vida 

*Torna-o saudável física e espiritualmente 

*Torna-o mais sereno e pacífico 

*Eleva a sua inteligência e a sua personalidade 

*Expande a sua aura, protegendo-o dos infortúnios 

*Possibilita-lhe perceber melhor a abundância e as oportunidades, propiciando a sua prosperidade. 

*Fortalece o sentimento de gratidão e o altruísmo. 

O QUE É O JOHREI? 

Johrei é o método de canalização da infinita energia vital do Universo para o aperfeiçoamento espiritual e físico do ser humano, restaurando a sua condição original, a sua verdadeira saúde prosperidade, paz e nobreza de sentimentos. 

COMO ELE ATUA? 

As invisíveis, mas poderosas ondas de luz que irradiam durante o johrei, eliminam as impurezas impregnadas no ser humano, revitalizando sua força natural de recuperação, também chamada de força curativa natural. 

POR QUE O JOHREI É DIFERENTE? 

Todas as práticas energéticas que objetivam restaurar a força curativa natural do ser humano usam uma energia que imanam do próprio praticante, o que restringe a sua ação devido ao limite da condição humana. Porém, como o johrei não utiliza a força humana, e sim a energia vital do universo, potencializada por Meishu-Sama, pode ser praticado indefinidamente e, o que é melhor, quanto mais se pratica, mais energia se recebe. 

COMO O JOHREI É MINISTRADO? 

Uma sessão de johrei dura, geralmente, quinze minutos. Dependendo da necessidade, o tempo de duração pode ser prolongado.A pessoa que direciona a energia é chamada de ministrante, e a distância entre está e a que recebe o johrei é de trinta centímetros a um metro.Inicialmente, o johrei é ministrado na parte frontal do recebedor e, depois nas costas. 

QUEM PODE MINISTRAR JOHREI? 

Todas que tenham experimentado o johrei até sentir o seu resultado e após a conclusão de um curso para receber o Sagrado Ponto Focal – “OHIKARI”; poderão ministrar johrei para qualquer pessoa, a qualquer hora e em qualquer lugar. 



Fonte: Revista Johrei Center 
(Publicação do Departamento de Expansão da Igreja Messiânica Mundial do Brasil) – São Paulo/SP.
Edição: SG comunicação Ltda. 
Site: www.messianica.org.br





ESTABELECIMENTO DO JOHREI (1* FASE) 

Depois de ter recebido a Revelação Divina, o Fundador, solidificando ainda mais a sua convicção e compenetrando-se profundamente do sentimento de missão, empenhou-se em salvar as pessoas do sofrimento que as afligia. O núcleo e também a força motora dessa salvação foi o johrei, que passou por diversas modificações até ser estabelecida a sua forma definitiva. 

A fonte do poder manifestado pelo Fundador foi-lhe atribuída por Deus na Revelação de 1926. Desde então, ele teve de percorrer um longo caminho, á procura de uma forma para manifestar esse poder de salvação. Através de experiências e da Providência Divina, foi arquitetando e intuindo diversas formas, avançando cada passo com firmeza. Esse era o caminho que Deus lhe reservara. No período inicial por volta de junho de 1930 de acordo com os registros feitos por Shinjiro Okaniwa, que servia ao lado do Fundador, o johrei começava com a entoação da oração “Amatsu-Norito” em seguida, depois de uma reverência com as mãos unidas, pressionava-se a região enferma com os dedos, passava-se nela a palma da mão e, por fim, soprava-se o local. Um pouco mais adiante, por volta de 1932, estendia-se a palma da mão em direção da pessoa e entoavam-se em silêncio, três vezes, a oração da contagem dos números sagrados. 

Outra forma consistia em escrever-se no ar, com o próprio dedo, a certa distância da pessoa: “Que esse interior seja purificado”, e outras palavras desse gênero. Ás vezes utilizava-se, paralelamente, o poder do Espírito da Palavra. Por exemplo: no caso de uma pessoa com dor de cabeça, falava-se: “Dor de cabeça, deixe esta criatura”, e dava-se um sopro. Além destes, empregava-se também o seguinte método: depois de se fazer a prece com as mãos unidas, levantava-se a mão em direção da pessoa e, ao mesmo tempo, dava-se um sopro, que era a materialização da ação do Deus da Purificação, o qual exorciza e purifica os crimes e pecados. 

Mais tarde, o Fundador disse: “Tempos atrás, quando eu curava doenças e me perguntavam com quem eu aprendera aquilo, eu respondia: Aprendi com a Grande Natureza. O meu professor é, em primeiro lugar, a Grande Natureza, e em segundo, o doente. Aprendi muito “na prática da cura de doenças”. Através da ministração diária do johrei em grande número de pessoas portadoras das mais diversas enfermidades, O fundador concentrando o seu pensamento na figura e na ação da Grande Natureza, esforçou-se em empregar as Leis do Céu e da Terra naquele ato sagrado, onde foi introduzindo uma atitude muito natural do homem: colocar a mão no lugar dolorido. Baseava-se em que a mão é o lugar onde o homem consegue concentrar melhor a sua vontade e também no fato de que, quando sacudimos alguma coisa, manifesta-se um poder espiritual. 

É incontestável que isso se liga ao “Tamafuri” (sacudir um espírito destruído, fazendo-o renascer), mencionado nos livros clássicos. Assim, somando diversas pesquisas, buscando conhecer a Vontade Divina e fazendo-o passar por inúmeras modificações, o Fundador estabeleceu, em maio de 1934, a forma do johrei atribuído por Deus. Entretanto, na época, o método ainda não tinha esse nome. Até aquela data, chamava-se “tinkon”; depois, recebeu o nome de “shijutsu” (Técnica de Aplicação) Posteriormente ao Primeiro caso Tamagawa (Antes da Segunda Guerra Mundial, por duas vezes em 1936 e em 1940 o Fundador prestou depoimento na delegacia de Tamagawa por suspeita de ter infringido as Leis da Medicina. Em 1936, ficou preso durante dois dias, e em 1940, durante três. Esses acontecimentos são conhecidos, respectivamente, como Primeiro e Segundo caso Tamagawa). 

Quando o Fundador reiniciou suas atividades, em outubro de 1937, passou a ser chamado de “Tiryo” (tratamento) Após a Segunda Guerra Mundial, em agosto de 1947, o Fundador instituiu a “Nipon Kannon Kyodan” (Entidade Religiosa Kannon do Japão), e o método recebeu o nome de “Okiyome” (purificação). Só meses mais tarde seria chamado de johrei. Na época em que se desenvolvia o estabelecimento do método do johrei, ocorreu o seguinte episódio: Certo dia, quando Yoshihide Takei, diretor da filial situada na cidade de Omiya, no Estado de Saitama, visitou o Fundador, este lhe disse: “Sr. Takei, hoje eu vou permitir que o senhor aplique uma vez o tratamento através do Espírito da palavra experimente”. 

Naquele exato momento, Tomozo Hida, amigo de Takei e dono de uma loja de saquê em Assa-gaya, no Distrito de Suguinami, Tóquio veio receber johrei em virtude de uma forte dor de barriga. Imediatamente, Takei lhe disse: “Sr. Hida, deite-se aí. Hoje quem vai lhe fazer o tratamento sou eu”. E, fazendo-o deitar-se, aplicou o método purificador que recebera. Primeiramente, disse: ”Dor de barriga, deixe o Sr. Hida”, depois, soprou o local enfermo e, timidamente, perguntou: “como está?” o comerciante ficou bastante surpreso ao constatar que a dor que sentia ainda há poucos instantes atrás passara sem deixar o menor vestígio. 

Com um respeito ainda mais profundo pelo Fundador, que havia conferido tal poder a Takei também decidiu dedicar-se exclusivamente á sagrada tarefa de salvar as pessoas através do Poder de Deus. Abandonando sua profissão de comerciante, tornou-se discípulo do Fundador e ofereceu uma devotada dedicação á Obra Divina na época em que o Mestre residia no bairro de koji. Naquela época o Fundador dedicava-se intensamente ao tratamento por meio do johrei, hospedando muitos doentes no shofu-so. Além disso, usava também seus filhos, nas experiências que fazia. Na ocasião, somando Kunihiro, nascido em 24de março de 1932, ele tinha seis filhos: três meninos e três meninas. A respeito desse tempo, Mihomaro, seu segundo filho homem, nos conta: “Na época em que residíamos em Oomori, havia lá muitos doentes em estado que requeria internação. Eram portadores de doenças mentais ou tuberculose, e nós convivíamos com eles. Meu pai, tomando-os como base de suas experiências, ministrava-lhes johrei todos os dias, fazendo várias pesquisas. Eu também tinha um organismo frágil e sempre recebia johrei. Paralelamente, meu pai fez experiências dando-nos de comer apenas legumes e verduras, a mim e a meus irmãos; dessa forma, ele comprovou como uma pessoa se torna forte e saudável com esse tipo de alimentação.

Parece que, através dos filhos, fez pesquisas que não poderiam ser feitas com pessoas que não fossem de sua família. Nessa época, fui acometido várias vezes de parotidite e sofri intensamente. Lembro-me de que ele fez uma experiência para saber o grau de diferença no processo da cura: não fazer nada, deixando a doença a cargo da natureza, ou ministrar johrei. Meu Pai também dava de comer aquele grande número de doentes, estudando bastante o cardápio. Por isso, a nós, crianças sadias não eram permitidas nenhum luxo, e só podíamos comer peixe de vez em quando. “Todos os dias chegavam muitos doentes, que ás vezes ocupava até o quarto das crianças, mas ele ministrava johrei nessas pessoas com todo amor”. 



ESTABELECIMENTO DO JOHREI (2* FASE) 

Assim, em contato com grande número de doentes e curando diversos tipos de enfermidades, o Fundador foi descobrindo, pouco a pouco, a forma de johrei que estava de acordo com a Vontade Divina. Ao mesmo tempo, descobriu a “Lei da Purificação”, profundamente relacionada com o Poder Divino do johrei. Deus lhe revelou que a doença, considerada por todos como algo terrível, na verdade é uma ação de limpeza do interior do corpo humano e, ao invés de ser prejudicial á saúde, é algo alentador, que torna o homem verdadeiramente saudável. A isso o Fundador chamou de “ação purificadora”. 

O homem, enquanto vive, acumula impurezas. As impurezas externas são retiradas com uma limpeza, como o banho, por exemplo; quanto ás interna, em princípio, deveriam ser expelidas por uma ação fisiológica. Entre elas, porém, existem partes que não conseguem ser expelidas, permanecendo no corpo. Quando esses resíduos atingem certo grau, começa uma ação eliminadora, com o trabalho do poder natural de cura que o próprio organismo possui. Esse processo é acompanhado de sofrimento. Eis a realidade do que se chama doença. Assim, a purificação é um processo da Grande natureza para aumentar a saúde, representando uma grande Bênção Divina. As impurezas do interior do corpo, em termos patológicos, são chamadas de toxinas, e em termos religiosos, máculas do espírito. 

A ação purificadora não surge apenas na forma de doença, mas também na forma de infortúnios, calamidades naturais etc. Tudo isso é uma ação purificadora, com o término da qual a situação será melhor que antes. A esse respeito, o Fundador explicou: “É ótimo que nos aconteçam coisas boas. Mas as coisas ruins ocorrem para a nossa purificação, e, quando esta tiver chegando ao fim,é óbvio que tudo será melhor. Por isso, tanto umas como outras são boas. Estou doente também. Essa é a verdadeira paz de espírito”. 

O johrei elimina as máculas espirituais, que são a causa fundamental de todos os sofrimentos, e acelera a ação purificadora. Como resultado, de acordo com a Lei do Espírito Precede a Matéria, se houver impurezas acumuladas no interior do corpo humano, o johrei as expelirá,amenizando o sofrimento causado por todos os tipos de problemas e conduzindo o homem á felicidade. Sendo assim o Fundador afirma: “O objetivo do johrei não é curar doenças. O johrei é um método criador de felicidade. Isto por que a doença também é uma purificação e sua origem é a ação eliminadora das máculas do espírito. Mas não é só. O johrei é uma ação que acaba com todos os sofrimentos do ser humano”. 

Até o início da Era Taisho, o Fundador contraiu diversas doenças; vitimado por tuberculose e tifo intestinal, esteve á beira da morte. Por isso, temia a doença, chegando mesmo a desejar ser amigo íntimo de algum médico. Entretanto, esse pensamento foi se modificando aos poucos, e mais tarde ele veio a experimentar verdadeiro horror pelas toxinas resultantes do uso de remédios acumulados. Além disso, desde que entrou para o Mundo da Fé, recebeu de Deus grande poder e inteligência, e seu pensamento em relação á doença sofreu uma modificação de cento e oitenta graus. 

“Sendo a doença 

Uma ação para purificar 

O corpo e a alma, 

Ela é a maior 

Bênção de “Deus”. 

“A ação que purifica 

As criaturas “possuidoras de muitas máculas é a tábua da verdadeira salvação”. 

Assim, nos poemas que compunha, o Fundador empenhava-se ativamente para a salvação do próximo. Na Era Taisho, como qualquer ser humano, ele deparava com muitos sofrimentos e, ultrapassando-os um a um, compenetrara-se na busca do que é a verdade na vida humana. Recordando o seu próprio caminhar, conscientizou mais uma vez de que as experiências por que passara era imprescindível para poder salvar as pessoas. Ele exprimiu o poder de salvação do johrei a Luz de Deus com a expressão “Radiação do Espírito Divino”.

Existe episódio que provam o grande poder espiritual do Fundador nessa época. Um deles aconteceu em agosto de 1929. Yamamuro, seu primeiro discípulo, que se empenhou no trabalho de difusão nas proximidades do bairro de Koji, localizado no centro de Tóquio, ficou espantado ao ver que o leque que lhe dera emitia uma Luz Espiritual, e imediatamente lhe relatou o fato, conforme já dissemos em páginas anteriores. No dia 04 de janeiro de 1934, aconteceu um fato interessante: depois de passar os três primeiros dias do Ano Novo muito atarefado o Fundador estava no jardim de sua casa, em Omori, empinando um papagaio que havia comprado no dia anterior. O grande papagaio com o desenho de Dharma ia subindo pelo límpido céu de inverno. 

De repente, olhando para o céu, Shinjiro Okaniwa, que ocasionalmente havia saído para o jardim teve uma surpresa: o papagaio, com um aspecto imponente, emitia raios de luz violeta para todos os lados, como acontece com os fogos de artifícios, num raio de mais ou menos 2 metros. Ele chamou todo mundo para ver, gritando bem alto. As pessoas ali reunidas disseram que, ao contemplar aquela luz, chegaram a estremecer emocionadas com a sua magnificência. Nisso, o Fundador disse a alguém: “Segure um pouco, que eu vou ao toalete,” e entregou o cordão do papagaio a essa pessoa. A maravilhosa luz apagou-se instantaneamente. Entretanto, quando ele retornou e pegou o cordão, novamente ela se expandiu no céu. Okaniwa, que estava ao seu lado, perguntou admirada a razão daquele fato misterioso. 

Muito tranquilamente, o Fundador respondeu-lhe: ”Não é nada de mais. A luz que se irradia do meu corpo, passa da mão para o fio e, chegando ao papagaio, não tem mais campo para ser transmitida. Começa então, a irradiar-se. É só isso”. E todos ficaram ainda mais admirados. Esse poder espiritual conferido ao Fundador por Kannon tinha profunda relação com o fenômeno da Transição da Noite para o Dia. Enquanto era Noite no Mundo Espiritual o Mundo Material também estava num período de trevas, como acontece á noite. Entretanto, assim como ao nascer o dia o Sol brilha intensamente, também o Mundo Espiritual fica todo iluminado. 

Conseqüentemente, á medida que a Transição avança nesse mundo, o poder de Deus aumenta cada vez mais e, obviamente, o fenômeno causará grande influência no futuro da humanidade. É que, na medida em que o Mundo espiritual se torna Dia e a luz aumenta o bem e o mal são focalizados pela luz do dia, sendo revelados nitidamente; chegou o momento em que as pessoas têm de purificar os pecados cometidos e lhes é exigidos que paguem por eles. A isso, Jesus Cristo referiu-se com as expressões “juízo Final” e “Fim do Mundo,” e Sakyamuni, com as expressões “Destruição de Buda” e “Destruição da Lei”. Essa verdade foi apreendida pelo Fundador com base na Revelação Divina e por isso é de uma natureza que supera explicações e compreensão teórica. 

Sagrado é o Deus 

Que com o nome da Kannon 

Salva “o mundo”. 

“Kannon, Messias, 

Miroku, Komyo Nyorai 

Os nomes diferem, 

Mas Deus “é um só”. 



Fonte: Livro/ Luz do Oriente (Biografia de Mokiti Okada) Vol. 1 
(Tradução Fundação Mokiti Okada – M.O. A – 3. Edição – São Paulo/ Abril/1999) 
Págs. (322 a330) 






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