terça-feira, 15 de outubro de 2013

Lendas e Fábulas

As Árvores e o Machado

Um homem foi à floresta e pediu as árvores que estas lhe doassem um cabo para o seu machado. O conselho das árvores concordou com o seu pedido e deu a ele uma jovem árvore para este fim. Logo que o homem colocou o novo cabo no machado, começou furiosamente a usá-lo e em pouco tempo havia derrubado com seus potentes golpes, as maiores e mais nobres árvores da floresta. Um velho Carvalho lamenta quando a destruição dos seus companheiros já está bem adiantada, e diz a um Cedro seu vizinho: O primeiro passo significou a perdição de todas nós. Tivéssemos respeitado os direitos daquela jovem árvore, ainda teríamos os nossos próprios e o direito de ficarmos de pé por muitos anos.


Moral da História: Quem menospreza ou discrimina seu semelhante, não deve se surpreender se um dia lhe fizerem a mesma coisa.



Autor: Esopo / Fábulas de Esopo
Fonte: alemdaterra.blog.terra.com.br/category/fabulas-lendas/
Criado por Tahyane







O Vento e a Lua 

Uma vez, havia um leão e um tigre que moravam numa floresta tranqüila. Eles se conheceram quando eram muito novos e não sabiam a diferença entre os leões e os tigres. Então, eles se tornaram bons amigos. 

Um dia, o leão e o tigre brigaram. O tigre disse: 

— Todo mundo sabe que o frio chega quando a Lua Cheia vira Lua Nova! 

E o leão disse: 

— Onde você ouviu essa bobagem? Todo mundo sabe que o frio chega quando a Lua Nova vira Lua Cheia! 

O leão e o tigre continuaram brigando. Como não sabiam quem estava certo, eles foram perguntar a resposta correta a um monge muito sábio e gentil que morava na floresta. O leão e o tigre cumprimentaram o monge e perguntaram quando é que o frio chega. O monge pensou e então respondeu: 

— Pode fazer frio em qualquer fase da Lua, desde a Lua Nova até a Lua Cheia. 

É o vento que traz o frio do norte, do sul, do leste ou do oeste. 

Então, vocês dois estão certos! E nenhum de vocês foi derrotado pelo outro. 

A coisa mais importante é viver sem brigar. 

O leão e o tigre agradeceram ao sábio monge. Eles ficaram felizes porque continuaram sendo amigos. 

O tempo vem e vai, mas a amizade permanece. 



(Contos Budistas Para Crianças) 


Fonte: alemdaterra.blog.terra.com.br/category/fabulas-lendas/ 
Criado por Tahyane 



As Codornas 

Há tempos, um bando de mais de mil codornas habitava uma floresta da Índia. Viviam felizes, mas temia enormemente seu inimigo, o apanhador de codornas. Ele imitava seu chamado e, quando se reuniam para atendê-lo, jogava sobre elas uma enorme rede e as levava numa cesta para vender. Mas uma das codornas era muito sábia e disse: 

"Irmãs! Elaborei um plano muito bom. No futuro, assim que o caçador jogar a rede, cada uma de nós enfiará a cabeça por dentro de uma malha e todas alcançaremos vôo juntas, levando-a conosco. Depois de tomarmos uma boa distância, deixaremos cair a rede num espinheiro e fugiremos". 

Todas concordaram com o plano. No dia seguinte, quando o caçador jogou a rede, todas juntas a içaram conforme a sábia codorna havia instruído, jogaram-na sobre um espinheiro e fugiram. Enquanto o caçador tentava retirar a rede de cima do espinheiro, escureceu e ele teve de voltar para casa. Isso aconteceu durante várias tentativas, até que afinal a mulher do caçador se aborreceu e indagou. "Por que você nunca mais conseguiu pegar nenhuma codorna?" 

O caçador respondeu: "O problema é que todas as aves estão trabalhando juntas, ajudando-se entre si. Se ao menos elas começassem a discutir, eu teria tempo de pegá-las.” Dias depois, uma das codornas acidentalmente esbarrou na cabeça de uma das irmãs quando pousaram para ciscar o chão. 

"Quem esbarrou na minha cabeça?", perguntou raivosamente a codorna ferida. "Não se aborreça. Não tive a intenção de esbarrar em você", disse a primeira. 

Mas a irmã agredida continuou a discutir: "Eu sustentei todo o peso da rede! Você não ajudou nem um pouquinho!", gritou. 

A primeira então se aborreceu e em pouco tempo estavam todas envolvidas na disputa. Foi quando o caçador percebeu a sua chance. Imitou o chamado das codornas e jogou a rede sobre as que se aproximaram. Elas ainda estavam contando vantagem e discutindo, e não se ajudaram a içar a rede. Portanto, o caçador ergueu-a sozinho e enfiou as codornas dentro da cesta. Enquanto isto, a sábia codorna reuniu as amigas e juntas voaram para bem longe, pois ela sabia que discussões dão origem a infortúnios. 

(Fábulas Budistas) 



Criado por: Tahyane 
Fonte: alemdaterra.blog.terra.com.br/category/fabulas-lendas/ 








O Leão o Urso e a Raposa 

Um Leão e um Urso capturaram um cervo e disputavam sua posse em feroz luta. Após terem lutado, e já muito feridos e fracos devido aos ferimentos, eles caíram no chão completamente exausto. Uma Raposa, que estava nas redondezas e a tudo observada a uma distância segura, vendo ambos estirados no chão, e, o cervo abandonado entre eles, correu entre os dois e agarrando a presa desapareceu no meio do mato. 

O Leão e o Urso vendo aquilo, mas incapazes de impedir, disseram: - Ai de nós, que nos ferimos um ao outro apenas para garantir o jantar da Raposa! Quem foi Esopo. 

Esopo é conhecido por suas inúmeras fábulas. Existem diferentes versões para a sua identidade: 

1ª versão: 

Fabulista grego do século VIU a.C.. O local de seu nascimento é incerto — Trácia Frigia, Etiópia, Samos, Atenas e Sardes todas clamam a honra. Eventualmente morreu em Delfos. Na verdade, todos os dados referentes a Esopo são discutíveis e se trata mais de um personagem legendário do que histórico. A única certeza é que as fábulas lhe atribuídas foram reunidas pela primeira vez por Demétrio de Falera, em 325 a.C.. Ao que tudo indica, viajou pelo mundo antigo e conheceu o Egito, a Babilônia e o Oriente. Concretamente, não há indícios seguros de que tenha escrito qualquer coisa. Entretanto, lhe foi atribuído um conjunto de pequenas histórias, de caráter moral e alegórico, cujos papéis principais eram desenvolvidos por animais. Na Atenas do século V a.C., essas fábulas eram conhecidas. Suas fábulas sugerem normas de conduta que são exemplificadas pela ação dos animais (mas também de homens, deuses e mesmo coisas inanimadas). Esopo partia da cultura popular para compor seus escritos, que refletem um caráter realista e irônico. 

2ª versão: 

Esopo era um escravo que viveu na Grécia há uns 3000 anos. Tornou-se famoso pelas suas pequenas histórias de animais, cada uma delas com um sentido e um ensinamento, e que mostram como proceder com inteligência. Os seus animais falam, cometem erros, são sábios ou tolos, maus ou bons, exatamente como os homens. A intenção de Esopo, em suas fábulas, é mostrar como nós, homens, podemos agir. Dizem que as fábulas de um Esopo encantaram tanto o seu dono que este o libertou. Dizem que esse Esopo recebeu honrarias e foi recebido em palácios reais. As fábulas de Esopo, contadas e readaptadas por seus continuadores, como Fedro, La Fontaine e outros, tornaram-se parte de nossa linguagem diária. "Estão verdes", dizemos quando alguém quer alcançar coisas impossíveis - o que é a expressão que a raposa usou quando não conseguiu as uvas… Esopo nunca escreveu suas histórias. Contava-as para o povo, que se encarregou de repetí-las. Mais de duzentos anos depois da morte de Esopo é que as fábulas foram escritas, e se reuniram às de vários Esopos.


 Em outros países além da Grécia, em outras civilizações, em outras épocas, sempre se inventaram fábulas que permaneceram anônimas. Assim, podemos dizer que em toda parte, a fábula é um conto de moralidade popular, uma lição de inteligência, de justiça, de sagacidade, trazida até nós pelos nossos Esopos. Esopo permanece mais como personagem legendária que histórica. 



Fonte: Wikipédia 
Criado por: Tahyane 
Fonte: alemdaterra.blog.terra.com.br/category/fabulas-lendas/ 



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