Antes de Falar dos outros, Olhe para si mesmo
Certas pessoas costumam ver as outras com olhos aguçados, e fazer críticas a seu respeito. Quando pessoas assim faziam comentários sobre os outros com Meishu-Sama, ele logo dizia: “Isso não é da sua conta. Você deve preocupar-se consigo mesmo”. E perguntava: “E você, será que é perfeito? “Muitas vezes, vê pessoas ficarem totalmente desarmadas por essas reprimendas.
(Um Dirigente de Templo)
Interferência na Obra Divina através do Pensamento
Recebemos de Meishu-Sama o Ensinamento: “O pensamento do homem está ligado diretamente a Deus”. Tive algumas experiências que me levaram a crer que Meishu-Sama lia, totalmente, o nosso pensamento. Numa ocasião em que ele me escrevia o auxiliava, pensando a respeito do Donativo de Gratidão e, de repente, Meishu-Sama falou algo sobre dinheiro. Isso me deixou espantadíssimo, e logo pedi desculpas a ele, em pensamento.
Do mesmo modo, quando errávamos e pedíamos desculpas humildemente, de todo o coração, ele logo perdoava. Mas, caso procurássemos nos isentar da culpa, transferindo-a para outros, por mínimos que fossem tais pensamentos, Meishu-Sama realmente descobria tudo, com perspicácia. No final, sem ter como evitar, pedíamos perdão por havermos transferido a responsabilidade e também pela negligência. Refletindo sobre o quanto os nossos atos, as nossas palavras, e também naturalmente, os nossos pensamentos podem criar obstáculos á Obra Divina, não consegue encontrar, sequer palavras para pedir-lhe perdão.
(Um Servidor)
Fonte: Livro/ Reminiscência sobre Meishu-Sama
Vol.1 – Edição em Português (Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
6. Edição /Dezembro/1986- São Paulo/SP.
Evolua para um Segundo um Terceiro Eu
Há muito temo eu vinha trilhando o caminho religioso conhecia a maioria dos Ensinamentos, porém o mais importante, que é a Prática, estava quase a zero. Quando descobri que não passava de um simples conhecedor de Ensinamentos, senti vergonha e fiquei realmente desanimado. Num desses momentos de reflexão, recebi de Meishu-Sama as seguintes palavras: “O fato de se sentir desgostoso consigo mesmo significa o nascimento de um novo “eu”, ainda melhor, o que significa, também, que manifestou a capacidade de criticar seu velho “eu”, e isso é muito bom. Todo homem precisa evoluir para um segundo “eu”. Com essas palavras, ele me encorajou.
(Um Servidor)
A Constante Preocupação para Eliminar o Apego
Um dia, quando a entrevista já estava para terminar, em tom mais alto que o normal, Meishu-Sama disse: ”Hoje, como presente, ensinarei uma coisa boa”. Instintivamente, passamos a prestar maior atenção. Ele nos ensinou como o apego é algo errado. “Quando temos apego, o resultado será infalivelmente contrário. Procurando sempre eliminar o apego, devem deixar tudo nas mãos de Deus. Uma “vasilha com água, por exemplo: se a puxarmos, a água recua; se empurramos, a água vem na nossa direção”. Assim, ensinou-nos o segredo de tornar realidade tudo o que desejamos.
(Um Servidor)
Fonte: Livro/ Reminiscência sobre Meishu-Sama
Vol.1 – Edição em Português (Fundação Mokiti Okada – M. O. A)
6. Edição/ Dezembro/ 1986 – São Paulo/SP.
Warai Kanku Kai
Reuniões de Kanku Humorístico
Meishu-Sama estava sempre planejando algo novo, e seu entusiasmo e empenho para a realização desses planos eram surpreendentes. Por exemplo: quando começava a compor Tanka (estilo de Poesia Japonesa, composta de cinco versos, sendo que o primeiro e o terceiro possuem cinco sílabas e s demais sete). Ficava completamente absorto chegando a ficar acordado até as duas ou três horas da madrugada com o cachimbo na boca e compondo.
Meishu-Sama estimulava os membros a compor Poemas curtos (Kanku) que eram mais fáceis de serem elaborados. Posteriormente, a temática desses versos passou a ser o humor. Com isso, foi acrescentada a palavra Warai. Daí a denominação Warai kanku (Poemas Humorísticos). Havia composições extremamente engraçadas e, como o orador as lia de maneira impecável tais reuniões eram bem mais divertidas que qualquer comédia. Todos riam muito e eu mesma cheguei a ficar com dores nos músculos da barriga durante quase um dia todo. Obviamente, Meishu-Sama ria tanto que chegava a derramar lágrimas, limpando o rosto com freqüência. Esta cena era por si só, mais uma fonte de divertimento. Concluindo, Meishu-Sama criava uma atmosfera em que todos conseguiam esquecer as adversidades do dia a dia e viam nascer a esperança no amanhã, quando mais uma vez se empenhariam com o espírito renovado. Creio que vivíamos dias de profunda alegria.
(Yoshi Okada/ Nidai- Sama – Esposa de Meishu-Sama)
(Segunda Líder Espiritual da IMM)
Fonte: Livro/ Reminiscência sobre Meishu-Sama
Vol.1 – Edição em Português (Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
6. Edição / Dezembro/1986- São Paulo/SP.
Tempo e Lugar do Nascimento de Meishu-Sama
Meishu-Sama nasceu no Dia 23/12/1882, no dia seguinte ao solstício de inverno no hemisfério norte, quando os dias tornam-se mais longos que a noite. No Japão, dizemos que após esta data os dias começam a “ficar mais longos, correspondendo a uma malha de esteira por dia”. O fato de ter sido esta data do seu nascimento, dia em que o Mundo começa a mudar da fase negativa para a positiva, pode-se citar como de bom augúrio. Ele nasceu para trazer Luz ao Mundo.
Foi em 1928, com 48 anos de idade, que ele percebeu sua missão espiritual e encerrando as atividades comerciais iniciou nova vida. Eu diria que sua missão não foi determinada nesse momento, mas antes, antes mesmo do seu nascimento. Ele viu a luz do dia, próximo a um Templo de Kannon em Hashiba, Assakussa, situado na parte nordeste de Tóquio. A mãe de Meishu-Sama não teve leite suficiente para amamentá-lo e pediu á esposa do sacerdote do Templo Budista de Renso-ji que a auxiliasse para alimentá-lo.
Após a Segunda Guerra Mundial, visitei Hashiba e suas vizinhanças, juntamente com Meishu-Sama. O Templo Renso-ji, apesar de danificado, estava em pé, mas do seu antigo lar não havia vestígios, embora algumas pequenas casas permanecessem, como há alguns anos atrás.
(por Nidai-Sama)
Fonte: Livro/ Reminiscências sobre Meishu-Sama
Vol.1 – Edição em Português (Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
6. Edição/Dezembro/1986 – São Paulo/SP. – Pág.11
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