O Caminho da Salvação que começa e termina com Johrei
Em Setembro deste ano (2011), estive em Angola, Costa Ocidental da África, para participar da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da Escola Agrícola de Cacuaco. A Difusão da Obra Divina de Meishu-Sama neste continente teve início há vinte anos e, graças aos milagres do johrei, já está presente em dezessete Países e conta com mais de 66 mil messiânicos.
(Revmo. Tetsuo Watanabe)
Origem da Difusão do Johrei
Hoje, a prática da horta caseira, baseada nos preceitos da Agricultura Natural preconizada por Meishu-Sama, vem sendo ensinada em diversas escolas do continente. Por outro lado, vários terrenos estão sendo doados para o desenvolvimento da Agricultura natural. O governo de Angola, por exemplo, já doou cerca de 2.700 hectares, nos quais planejamos implantar o sistema agro florestal. No intuito de viabilizar a difusão das técnicas agrícolas, pretendemos também investir na formação de técnicas e na disseminação de técnicas sustentáveis de perfuração de poços que fornecerão água tanto para o consumo humano quanto para o uso agrícola.
Isto porque, quando se vive num país onde as mais diversas áreas ainda se encontram em desenvolvimento, antes de qualquer outra coisa o fundamental é ter água potável e alimentos seguros que garantam a vida. É também importante que haja condições em que seja possível dormir em paz. Promover a educação é o passo seguinte para que o povo de uma nação possa viver de maneira justa, correta e autônoma, livrando-se da demanda interesseira de países desenvolvida que só pensam em explorar seus recursos naturais. Trabalhamos cientes disso e, por está razão, os messiânicos da África se dedicam com tanto fervor as atividades que nossa Igreja vem desenvolvendo. Existe brilho e esperança em seu olhar.
A sociedade contemporânea e a dificuldade em aceitar o Johrei
Lembro-me com saudades do princípio da Difusão no Brasil, quando estava rodeado por pessoas que mostravam esse mesmo brilho. Delas eu recebia energia para me dedicar á divulgação do Johrei, correndo por toda parte. É verdade que, logo no início, quase ninguém queria receber johrei. Porém, quando os milagres começaram a surgir, as pessoas passaram a vir atraídas pela luz e, finalmente, uma grande instituição se estabeleceu. Creio que a Difusão no Japão dos anos quarenta também ocorreu de forma semelhante.
Entretanto, especialmente em países desenvolvidos vêm crescendo, de modo geral, o medo o preconceito e o desinteresse pela religião, que obstruem o desenvolvimento desta. No Japão, por exemplo, a situação das novas religiões foi particularmente agravada desde o ataque terrorista ao metro de Tóquio pela seita Aum Shinrikyo, conhecida também como seita Verdade Suprema, em 1995. Meu amigo Peter Clarke, sociólogo inglês, falecido recentemente, costumava dizer que mesmo na Inglaterra, conhecida pelo valor que conferi ás tradições, o número de jovens que freqüentam as igrejas vem diminuído consideravelmente. Creio que está tendência é fruto da falta de uma educação espiritualista e do ensino religioso correto.
O Brasil, membro do BRICS e forte candidato a se tornar uma das grandes potências econômicas do século 21, apesar de ser um país muito tolerante com relação ás religiões, futuramente, poderá também passar a vê-las com indiferença, caso a educação valorize somente o materialismo, que favorece a ganância e o egoísmo. Se isto ocorreu é possível que o johrei também venha a ser ignorado. Sendo assim antes que isto ocorra, gostaria muito que os ensinamentos de Meishu-Sama e o Johrei fossem assimilados como parte da própria Cultura Brasileira e de outros países como Tailândia, Sri Lanka, países da África etc.
A Salvação evolui de acordo com a mentalidade de cada época
O Japão contemporâneo, por exemplo, tornou-se uma sociedade individualista em que cada um participa do que quiser, diminuindo, a cada dia, a quantidade de pessoas que tomam parte em atividades religiosas. Mas isto como bem sabe os fiéis que têm filhos e netos não significa que o homem atual tenha perdido o interesse pelas coisas do espírito; ele simplesmente não gosta da idéia de fazer parte de uma determinada instituição religiosa, de ser forçado a participar de suas atividades ou de ter seus pensamentos e atitudes limitados.
Nossa igreja não impõe nenhum tipo de restrição, pois se baseia no ensinamento de Meishu-Sama “Liberdade na Fé”. Apesar disso, ela não consegue mudar, do dia para a noite, a grande onda que originou está aversão. Conforme ensina Meishu-Sama, é fundamental que, até mesmo as religiões, conheçam profundamente a mentalidade de cada época. (Ensinamento “O Espírito de Izunomê”). Assim, creio que, para a salvação por meio do Johrei ser assimilada mundialmente, precisamos, por um lado, conhecer bem o pensamento e o anseios dominantes da época e, por outro, fazer com que as pessoas compreendam a atuação da nossa igreja. Para tanto, é importante ampliar, com base nos ensinamentos de Meishu-Sama, o conceito de Johrei que, até então, viemos interpretando, principalmente como meio para solucionar problemas de doença, pobreza e conflito. Se fizermos isto, conseguiremos ampliar também o escopo da salvação. Com o intuito de facilitar a compreensão do que estamos dizendo, gostaria de apresentar um breve retrospecto da evolução do johrei ao longo do tempo.
Evolução do Johrei
Religião lado a lado com as Práticas Médicas
Em primeiro de Janeiro de 1935, Meishu-Sama fundou a Associação Kannon do Grande Japão (Daí Nippon Kannon Kai) que foi o embrião da Igreja Messiânica Mundial; o Johrei que praticamos hoje se chamava “Tratamento Espiritual de digitopuntura (shiatsu) no estilo Okada”. Naquela época, a Obra Divina era desenvolvida colocando-se a religião em pé de igualdade com as práticas médicas. O crescimento da nossa igreja foi tão expressivo que o então Jornal Tokyo Nichi Shinbun, um dos mais importantes na época, publicou uma matéria de página inteira intitulada “A celebridade do momento: O grande Mestre do Poder Kannon e as misteriosas graças promovidas por ele”.
A partir de 1936, porém, o militarismo intensificou-se, e o controle ideológico tornou-se ainda mais rígido. Devido á pressão das autoridades, Meishu-Sama dissolveu a Associação Kannon do Grande Japão e decidiu dar continuidade ás suas atividades sob a forma de terapia, por meio da Associação Japonesa de Saúde (Daí Nippon Kenko Kyo Kai) fundada por ele. Poucos meses mais tarde, a Polícia Metropolitana baixou uma ordem proibindo a prática dessas atividades terapêuticas, e a associação também foi dissolvida.
De “Tratamento Espiritual de Digitopuntura (Shiatsu)” Para simplesmente “Método de Shiatsu”
Em Outubro de 1937, graças á influência de algumas pessoas importantes do mundo político que tiveram a vida salva pelo Johrei, a proibição foi suspensa. Contudo, as autoridades exigiram que Meishu-Sama definisse a natureza de suas atividades: se eram religiosas ou terapêuticas. Ele optou pela segunda alternativa e deu continuidade ao seu trabalho, chamando-o de “Método de Shiatsu no estilo Okada”.
Assim, o aspecto religioso do seu trabalho foi deixado em segundo plano. O johrei daquela época era aplicado utilizando-se a ponta dos dedos ou a palma das mãos, movendo-a ligeiramente para esquerda e para a direita sobre a parte enfermas quase tocando o corpo do recebedor. No dia 28 de novembro de 1940, mais uma vez, Meishu-Sama foi obrigado a interromper suas atividades, devido á pressão das autoridades. Desta vez, porém, o trabalho de difusão do johrei teve continuidade por intermédio de seus discípulos.
Meishu-Sama passou a orientar e a incentivar a consolidação fé realizando encontros e entrevistas com eles. Sete anos mais tarde, em 10 de fevereiro de 1947, Meishu-Sama reformou o sistema: O trabalho que, então, venha sendo desenvolvido de modo descentralizado, utilizando- se o sobrenome de cada discípulo para dar nome aos centros de terapia (por exemplo: Método de Shiatsu no estilo (sobrenome do discípulo) foi unificado por meio da instituição da Associação de Divulgação da Terapia Japonesa de Purificação (Nippon Joka Ryoho Fukyu-Kai).
De “Tratamento Terapêutico para meio de criar Felicidade”
Em 30 de agosto de 1947, foi instituída a pessoa jurídica Igreja kannon do Japão (Nippon Kannon Kyodam), e o Johrei, que irá chamado de “chiryou” (tratamento), passou a ser denominado Okiyome (purificação). Somente em junho de 1948, ele recebe o nome de Johrei (purificação do espírito) como o conhecemos hoje. Conforme nos referimos há pouco, antes ele era aplicado utilizando-se a ponta dos dedos ou a palma das mãos e praticamente tocando o corpo do recebedor.
A partir desta mudança, ele deveria ser ministrado guardando-se uma distância de cerca de 10 cm e movimentando-se ligeiramente a mão para um lado e para o outro. Passados dois anos, em quatro de fevereiro de 1950, foi instituída a Igreja Messiânica Mundial (Sekai Meshiya Kyo) e o Grande Mestre passou a ser chamado de Meishu-Sama. Em maio do mesmo ano, ele sofreu perseguição religiosa e, em dezembro, publicou o artigo intitulado “Mudança no Método do Johrei”. Neste, explicou que, como se tratava de um método para irradiar a Luz Divina, ele deveria passar a ser transmitido por meio da imposição das mãos a uma distância de 30 a 60 cm, sem movimentá-las de um lado para o outro e tirando-se a força física.
Posteriormente, no ensinamento “Johrei e Felicidade”, publicado em 1952, Meishu-Sama deixaram claro o objetivo do Johrei: “Pode parecer que o Johrei da nossa igreja tem por finalidade a cura das doenças; na verdade, não é só isso. Ele tem um significado muito maior, sobre o qual vou escrever. Em poucas palavras, poderíamos dizer que ele é um meio de criar felicidade”.
Em primeiro de Julho de 1953, ele orientou: “Quanto mais profunda é a fé, maior se torna a força espiritual. Isto porque a “inteligência da percepção verdadeira” (Tie Shokaku) é a base”. Por meio desta orientação, Meishu-Sama está nos ensinando que o Johrei pode ser ministrado por qualquer pessoa que tinha recebido o Ohikari, porém a intensidade da luz varia fundamentalmente, de acordo com a elevação espiritual do ministrante.
O Sonen – Johrei
Depois que começou a purificar em 19 de abril de 1954, conta-se que Meishu-Sama, diversas vezes, comentou o seguinte: “A partir de agora, será o Mundo do Sonen. O Johrei vem em segundo lugar. Em primeiro, vem o sonen. Portanto, aprendam a imaginar”. (Jornal Tijo Tengoku, n.68). No Livro de Reminiscências sobre Meishu-Sama, consta que, certa vez ele permitiu que um dedicante que estava purificando ficasse sentado nem cantinho da sala na qual estava trabalhando alguns textos e que só de ficar ali, a pessoa melhorou. Na época, Meishu-Sama explicou: “Como a luz ficou mais intensa, é possível curar com o Sonen-Johrei”. (Reminiscências sobre Meishu-Sama).
Tenho certeza de que, conforme vamos adentrando a Era do Dia, a Luz de Deus vai se tornando cada vez mais intensa. Entretanto, em minha opinião é fundamental reconhecer, com humildade, que por trás do Sonen-Johrei realizado por Meishu-Sama, existe um sonen sublime, pautada na inteligência de percepção verdadeira adequada no ritmo da nova era. A propósito ter inteligência da percepção verdadeira significa ter a extraordinária capacidade e sabedoria para captar a profunda razão das coisas. Em 10 de dezembro ou 1951, Meishu-Sama fez a seguinte advertência: “Saber entregar nas mãos de Deus é muito bom. Porém, é inadmissível deixar tudo por sua conta. Se pensarmos que tudo é vontade de Deus e ficarmos apenas nisso, acabaremos fracassando. Portanto, para distinguir uma situação da outra é preciso ter inteligência superior. Enfim, não podemos ficar presos somente a um ponto nem restritos á força humana.
O importante é harmonizar todas as coisas. Dessa forma, podemos concluir que a inteligência da percepção verdadeira não é algo que podemos obter simplesmente contando com a força que vem de fora recebendo Johrei. Precisamos sim ter o desejo de nos aproximar de Meishu-Sama e nos empenhar para elevar nossa razão, sentimento e vontade. Portanto, o esforço humano é necessário. Quanto mais elevado o nível daqueles três se tornar, maior será o poder do Johrei e a sensação de plenitude interior. Assim, conseguiremos nos aproximar da felicidade.
Diversas formas para purificar o Espírito
Em 10 de Dezembro de 1958, Nidai-Sama, herdeira da Obra Divina de Meishu-Sama, nos deu a seguinte orientação: “O maior objetivo do Johrei é construir o caminho para o Paraíso e fazer surgir e aumentar o número de seres humanos corretos. Se nos esquecermos deste objetivo e o Johrei for praticado visando somente á purificação, a religião não cumprirá sua missão original”.
Em minha opinião, o “Johrei que visa somente á purificação” é aquele que PE ministrado com o intento de solucionar os problemas que estão á nossa frente. Portanto, tenho a impressão de que Nidai-Sama está nos dizendo que existe um Johrei que não se reduz a isto. Na seqüência de sua orientação, ela disse: “É importante dar alimento á alma, ou seja, os ensinamentos”. Acredito que isto se relaciona ao artigo “Johrei através das letras”, escrito por Meishu-Sama, no qual ele diz que, ao lermos os textos escritos por ele, recebemos Johrei pelos olhos. Quando se referiu ao Jornal Hikari como “Balas de Luz”, em 1949, Meishu-Sama também nos ensinou o poder que os textos possuem.
Ampliando um pouco mais o conceito de Johrei, temos as seguintes palavras de Meishu-Sama: Qualquer pessoa que visite esse local (o Solo Sagrado) purificará seu espírito maculado pelas condições do mundo, e sua alma, completamente árida, será regada na própria fonte. (A Respeito do Paraíso Terrestre) Podemos concluir, a partir destas palavras, que só de pisar os modelos de Paraíso, a pessoa recebe Luz. Portanto, os Solos Sagrados também são uma forma de Johrei. Meishu-Sama ensina ainda que a apreciação de obras de alto nível artístico também eleva o espírito. A este respeito, escreveu o seguinte no ensinamento “A missão da Arte”; “O espírito dos artistas influenciará o espírito do povo. Falando mais claro, as vibrações espirituais imitidas pela alma do artista tocarão a sensibilidade das pessoas através das obras literárias, da pintura, dos instrumentos musicais, dos cantos, das danças, etc. O artista deve funcionar como orientador espiritual do povo”.
E não se trata apenas de receber luz por meio da apreciação da arte. Mesmo que cada um não chegue a se tornar um “Orientador Espiritual do povo”, é importante produzir obras que manifestem o máximo possível, verdade, bem e belo, como artistas que proporcionam alegria e prazer aqueles que estão perto de si. Ao ler isto, pode haver quem diga; “Mas eu não tenho nenhum talento artístico, não sei pintar, não sei tocar nenhum instrumento!” Isto não é verdade. Afinal, Meishu-Sama não nos ensina que tanto o Johrei, a Agricultura Natural e a Construção dos Protótipos do Paraíso também são formas de arte? Praticar o Johrei, produzir alimentos seguros, pensando na saúde das pessoas, tornarem o lar e o ambiente de trabalho mais belos por meio de nossas palavras e atitudes enfim, todas as ações que empreendemos no sentido de tornar este mundo um lugar Paradisíaco não seriam formas de arte que também transmitem Luz?
Tudo converge no “Johrei”
Eu recebo Johrei desde criança e, durante toda minha vida, pude sentir, em meu coro m seu poder. Depois que e tornei missionário, naturalmente ministrei Johrei a muitas pessoas que passavam por severas purificações e, nesses casos, também presenciei inúmeros milagres. Por isso, acredito que mais do que ninguém, compreendo o quanto o Johrei é maravilhoso. Fazendo, porém umas breves reflexões sobre minha atitude, na época em que estava na difusão, percebem que eu não me limitava á ministração do Johrei: cuidar, como Pai, de crianças que tinham ficado órfãs; transmitia e praticava os ensinamentos com intuito de melhorar, ao menos um pouquinho, a vida das pessoas, arrisquei minha vida, entrando em lugares perigosos, alegrei-me com aqueles que estavam felizes por terem recebido uma graça e chorei junto com aqueles que estavam sofrendo. Acredito que foi porque me dediquei desta maneira, desejando a felicidade das pessoas, que Deus concedeu a mim e a todas elas luz purificação e cura. Tenho certeza de que tudo o que realizamos com amor e sinceridade, pensando na felicidade do próximo, manifesta luz. Seja uma simples palavra, um sorriso, uma flor vivificada, uma hortaliça, uma refeição, a limpeza, o trabalho realizado, enfim tudo o que fazemos pensando no sentimento do outro libera Luz Divina.
Com isto, o espírito e o sentimento de nossos familiares e de todos que tem afinidades conosco são purificados e suas vidas ganham energia e serenidade. Quando ocorre alguma tragédia, poderíamos dizer que as ações empreendidas por inúmeras pessoas de bom coração com o intuito de prestar ajuda ás vitimas bem como ás lágrimas e o suor derramado nesta empreitada, são numa visão bem ampla, uma forma de Johrei, que transmite ás pessoas o amor de Deus. O johrei, porém, não se limita a solucionar problemas: ele ajuda na prevenção dos mesmos, para que eles não ocorram. Assim, tudo converge no “Johrei”. Em outras palavras, o grande objetivo da Igreja Messiânica é que as coisas “Comecem e terminem com o Johrei”.
Quem neste mundo sentiria medo ou teria preconceito contra um trabalho desses? Se as nossas intenções forem bem compreendidas, tenho certeza de que as pessoas também compreenderão mais facilmente o johrei pela imposição das mãos, que é um exemplo puro de amor altruísta. Creio que a difusão e a formação de herdeiros da fé também ocorrerão naturalmente.
Finalmente
Atualmente, nossa igreja vem difundindo e desenvolvendo pesquisas sobre o Johrei como medicina alternativa. Mas seria apropriado dizer que este é somente um aspecto do que é o Johrei em sua essência. Precisamos praticar o Johrei que Meishu-Sama disse ter um “significado muito maior”. E, conforme ele nos ensinou este Johrei não se restringe á solução da purificação pela doença: antes, é o Johrei da prática do amor altruísta, que salva e conduz verdadeiramente as pessoas á felicidade eterna. É este “Johrei da Salvação” que precisamos praticar. Por meio dele, gostaria que cultivássemos o amor e a sinceridade, polindo e elevando nossa fé.
Esta atitude, tal como nos orientou Kyoshu-Sama, tem por objetivo consumar o propósito do Supremo Deus, qual seja: “fazer com que toda a humanidade retorne ao seu Paraíso e renasça como seus verdadeiros filhos para que o Paraíso Terrestre se estabeleça”. (Quatro de fevereiro de 2011). Se a pessoa se dedicar com todo amor e sinceridade á elevação da fé, um dia, conseguira se aproximar, ao menos um pouquinho, de Meishu-Sama, cuja existência, por si só , era luz. Mesmo não levantando as mãos, tudo o que ele fazia ou produzia se tornava luz, purificando o espírito das pessoas que estavam á sua volta. É nisto que acredito.
Fonte: Revista Izunome
N.54 – Junho /2012 -São Paulo/SP.
Site: www.messianica.org.br
Igreja Messiânica Mundial do Brasil (Orientação do Revmo. Tetsuo Watanabe)
Cientistas da Saúde debatem sobre o Johrei
O Dr. Andrew Weil, Diretor do Centro de medicina Integrada da Universidade do Arizona e o Dr. Michael Dixon Presidente do Sistema Nacional de Segurança de Saúde da Inglaterra, visitaram o Japão em ocasiões diferentes, mas, durante a permanência no país, tiveram o primeiro contato com o Johrei e a Filosofia de Mokiti Okada.
O Texto a seguir foi editado a partir de material produzido em vídeo sobre o encontro que eles mantiveram em Washington em Outubro de 2010, e que teve como foco principal a troca de impressões sobre a contemporaneidade das propostas de Mokiti Okada, a importância das pesquisas sobre o Johrei e sua atuação nos âmbitos científico e social.
O Senhor introduziu no seu consultório a Prática da Terapia Espiritual como medicina complementar. Qual a receptividade dos seus pacientes com relação ao Johrei?
Dr. Michael Dixon: Para meus pacientes, o conceito que embasa a Prática do Johrei gera resultados, incríveis. Muitos deles dizem: “Infelizmente, não há nada que eu possa fazer pela minha garotinha ou pelo meu marido” ou algo parecido. Contudo, ao receberem informações sobre o Johrei descobrem algo que efetivamente funciona e que lhes dá uma visão completamente diferente sobre a vida, sobre coisas que podem fazer uns pelos outros. Isso lhes traz um novo modo de pensar ligado á Filosofia do Johrei.
Dr.Michael Dixon
É o dar e o receber e, portanto, você cria um paradigma de cura muito diferente, que não se refere ao paciente como sendo a vitima. É descobrir que você realmente pode fazer algo também ser capaz de compartilhar experiências com os outros. Acho que se trata de uma Filosofia maravilhosa um modo admirável de interagir de se comportar entre pessoas.
Quais as suas primeiras impressões sobre a Filosofia de Mokiti Okada?
Dr. Andrew Weil: Eu também fiquei impressionado quando fui ao Japão pela primeira vez. Lá, existe um movimento, uma tradição com a qual eu concordo inteiramente, em termos de princípios: a valorização da Arte e do Belo, a Agricultura Natural e este tipo de “cura” interativa. Acho isso muito bom até mesmo porque, com certeza, é coisas que eu aplico ou tento aplicar em minha vida. Esta é uma das razões por que eu me senti atraído pelo Johrei, desde a primeira vez que tive contato com ele.
Dr.Andrew Weil
Algum outro aspecto chamou a sua atenção, de modo particular?
Dr. Andrew Weil: Outro ponto da Filosofia de Mokiti Okada que eu achei muito atraente e útil é que ele define a doença como um processo de purificação. Essa abordagem está sendo capaz de dar ás pessoas um modo diferente de pensar a doença. Ao invés de ser algo terrível que está acontecendo com você, ela o está conduzindo a um ponto melhor de equilíbrio. Acho muito útil poder dar ás pessoas outros meios de conceituar a doença.
O Senhor é da mesma opinião?
Dr. Dixon: Realmente, esse é um conceito muito moderno. Veja bem: temos a atividade cancerígena e um sistema imunológico que está produzindo células contra aquele câncer o tempo todo. Em muitos casos, a patologia vence a batalha mas, se você resistir, sua sobrevida poderá ser bem mais longa se houver uma atitude mental correta com relação ao problema. Logo, este é o ponto de crença e do amor incondicional e coisas que as pessoas podem dar a elas mesmas. Isso também é ciência.
Trata-se de uma Filosofia maravilhosa entusiástica e acho que criar associações ao redor do mundo, como vocês fazem, é muito importante. Na Inglaterra, temos essa terrível expressão que todos ficam repetindo: “A sociedade está doente, a sociedade acabou”. Tivemos “um governo que disse, há alguns anos, que não existe tal coisa como sociedade”. Agora temos um governo que diz que deseja criar uma grande sociedade. Os governos não podem criar coisas como essa. Elas precisam ser feitas pelas pessoas e estas estão se relacionando, do mesmo modo que eu acho que os Johrei estão mostrando como fazer isso.
Como pioneiro da aplicação da medicina integrada, o Senhor vê algo inovador nos preceitos de Mokiti Okada?
Dr. Weil: Acho que a Filosofia de Mokiti Okada tem muito a oferecer, nos dias de hoje, em termos de como viver em harmonia com o meio ambiente e, sobretudo, como cultivar os alimentos apreciar o belo e descobrir o poder de cura que temos dentro de nós, podendo compartilhar isso com os outros. È uma Filosofia consistente e plenamente afinada com os preceitos da medicina integrada que PE praticada hoje. Há ainda um ponto que gostaria de abordar. Quando dou aula para médicos ou estudantes de medicina ou para o público em geral, freqüentemente faço a pergunta; “como podemos pensar que a única maneira legítima de tratar as doenças é prescrevendo medicamentos? “Está é uma questão importante. Tanto a ministração como a ingestão de remédios devem ser ações cuidadosas.
Dr. Dixon concorda com esse ponto de vista?
Plenamente. Mokiti Okada estava muito á frente de seu tempo, não acha? Eu adoro a tendência dos pacientes de serem capazes de se curarem. Podemos transformar nossas vidas mudando nossa dieta, mudando o nosso pensamento com técnicas corporais, ou seja, lá o que for. Nós, médicos na verdade, deveríamos estar tratando as pessoas capazes de uma forma nova, orientando-as e esperando que elas sejam capazes e tratar a si próprias. Acho que, se pudéssemos resumir o que Mokiti Okada diz e colocar suas propostas no cérebro de todos os médicos, enfermeiros e terapeutas do país, isso diminuiria consideravelmente os gastos com saúde.
O que fazer para levar essa nova visão ao maior número de pessoas possível?
Dr. Weil: Bem, o que eu acho interessante fazer é difundir a Filosofia de Mokiti Okada, que é uma Filosofia muito poderosa. Na verdade, ele é muito preciso. Logo, penso que familiarizar outras pessoas com os ensinamentos dele é muito importante, É muito valioso inclusive para mim e isso não precisa ser feito num contexto religioso.
Dr. Dixon: Exatamente. Mas é importante que as características do povo sejam preservadas. A Igreja Messiânica tem uma ampla membresia (grupo de pessoas que formam uma organização com uma norma ou princípios comuns a todos os participantes). No Brasil e eu acho que é porque o Johrei foi totalmente adaptado á cultura do País. Os Brasileiros são muito apaixonados, muito latinos, e a Prática do Johrei já incorporou essas características. O ideal seria formar pessoas que, tornando-se membros, poderiam difundir a Filosofia de Mokiti Okada de forma identificada com a cultura local. Apresentar um modelo já pronto, como se estivesse levando algo em que as pessoas deveriam acreditar é um método absoluto, no meu ponto de vista.
Fonte: Revista IZUNOME
N. 47 – Novembro /2011 – São Paulo/SP.
Igreja Messiânica Mundial do Brasil
Site: www.messianica.org.br
Manual do Auto-johrei
Fonte: Portal Gotas de Luz
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