sábado, 1 de setembro de 2012

Visões de Felicidade sob a ótica de grandes Personalidades

“Felicidade” – (Meishu-Sama) 

Em todos os tempos, o ser humano aspirou a felicidade, primeiro e último objetivo do homem e meta de todo preparo esforço e aperfeiçoamento. Mas quando poderá as criaturas consegui-la de fato? A maioria, não obstante ansiar pela felicidade permanece vítima das desgraças e deixa este mundo antes de desfrutar a alegria de vê-la concretizada. 

Será, então, a felicidade algo tão difícil de conseguir? Devo dizer que não. A felicidade baseia-se na eliminação de três fatores principais: doença, pobreza e conflito. Como essa eliminação não é fácil, a maior parte das pessoas submete-se a uma forçada resignação. Tudo se enquadra dentro da Lei de Causa e Efeito, e a felicidade não foge a essa lei. Descobrir sua causa será, pois, descobrir a chave do amor altruísta. Lutar pelo bem-estar do próximo é a condição essencial para nos tornarmos felizes. O mundo, entretanto está repleto de pessoas que buscam a felicidade apenas para si, indiferente á desgraça alheia. 

É uma tolice almejar a felicidade semeando a infelicidade. É como a água de um recipiente: se a empurramos, ela volta; se a puxarmos, ela se afasta. A necessidade da religião reside nesse ponto. O amor pregado pelo cristianismo e a caridade búdica têm por propósito infundir a fraternidade no coração humano. Contudo, essa verdade tão simples é difícil de ser reconhecida pelo homem. 

Deus, por meio de seus representantes, criou as religiões, que por sua vez estabeleceram doutrinas, através das quais são indicadas as bases do viver. É as religiões que nos ensinam a existência de um ser invisível, para com a mais pura intenção, conduzir-nos ao caminho da Fé. Não é pequeno o empenho requerido para salvar uma pessoa. A vida, realmente, não tem sentido para a maioria, que não sendo ensinada a crer no invisível, parte para o além indiferente aos ensinamentos, ludibriada e perdida nas trevas. Todavia, para os que souberem desfrutar da alegria de viver, extasiar-se com as verdades, conseguir vida longa e o meio de ser verdadeiramente feliz, o mundo será sem dúvida, um Paraíso digno de ser vivido. Nós afirmamos que, para nos tornarmos felizes, há um caminho cujo rumo está indicado neste livro, apresentado com tal propósito. 

(1 de Dezembro de 1948) 
Ensinamento de Meishu-Sama 
(Alicerce do Paraíso – Vol. Único) 
Pág.(355 a 356) 



Segredo da Felicidade – Meishu-Sama 

Quando falo em “Segredo da Felicidade”, parece que me refiro a algo mágico e misterioso. Nada disso, porém. O “Segredo da Felicidade” é muito simples. Tão simples, que poucos conseguem descobri-lo. Quantas pessoas felizes conheceram? Talvez nenhuma. Isso mostra que o mundo está cheio de sofrimento. Todos vivem sob o risco de fracasso, dúvida, desespero, desemprego, doença, pobreza e conflito, acorrentados pelas dificuldades, como se estivessem numa prisão. 

Creio que todo ser humano, algum dia, perguntou a si mesmo: “Se Deus criou o homem, por que o faz sofrer tanto, ao invés de determinar que no mundo reine a felicidade?” Como essa interrogação permanece sem uma resposta, vamos tecer considerações a respeito. Muitos já me perguntaram: “Se Deus é Amor e Piedade, como deixou que o homem errasse, para depois levá-lo ao juízo final?” “E mais, se desde o início ele não criasse o homem como um ser malvado, não haveria necessidade de castigo ou juízo final”. Parecem-me observações bem lógicas. 

Falando a verdade, eu também penso assim. Se tivesse no lugar de Deus, poderia explicar tudo a respeito do problema. Como sou apenas “Uma existência criada”, não consigo dar a resposta que ele daria. Entretanto, esforço-me para compreender e imagino que a resposta da questão é a que vou a seguir. O bem e o mal se digladiam desde as eras mais remotas jamais um predominou definitivamente sobre o outro. Refletindo bem, foi em conseqüência do atrito entre ambos que a civilização atingiu tão grande desenvolvimento. 

Mas, como obter a felicidade neste mundo em que se empreende tal batalha? Deixando de lado todas as suposições com que temos tentado compreender a vontade de Deus, procuremos descobrir o meio de sermos felizes. Como venho afirmando há muito tempo, ”nossa felicidade depende de fazermos os outros felizes”. Esse é o meio mais seguro para alcançá-la, e eu o venho aplicando há muito anos com resultados maravilhosos. Foi por isso que escrevi este ensinamento. Simplificando o conselho, “pratiquemos o maior número possível de boas ações, pensemos em dar alegria ás outras pessoas”. 

Que a esposa estimule o marido a trabalhar para o bem- estar da sociedade e que o marido lhe dê alegria, mostrando-se gentil com ela e inspirando-lhe confiança. É natural que os pais amem os filhos. Mas devem fazer mais do que isso: devem cuidar do seu futuro com a máxima inteligência e eliminar atitudes autoritárias no trato com eles. Que na vida cotidiana suscitemos esperança no coração das pessoas com quem lidamos, tendo por lema proceder com amor e gentileza em relação a chefes e subalternos, bem como seguir as normas da honestidade. 

Aos políticos, cabe esquecerem a si próprios, pondo a felicidade do povo acima de tudo e erigindo-se como exemplos de boa conduta. O povo também deve praticar boas ações e esforçar-se constantemente para desenvolver sua inteligência. Sabemos que serão mais felizes aqueles que praticarem maior número de ações louváveis. Já imaginaram que povo e que nação surgiriam se todas as pessoas se unissem para praticar o bem? Um país assim seria alvo de respeito universal. Poderia ser considerado como uma parcela do Paraíso Terrestre, pois com o tempo, desapareceriam todos, os problemas de ordem moral, toda doença, toda pobreza e todo conflito. Seria como “bater com o martelo no chão” a pancada não poderia falhar. 

Por toda parte existem homens praticando o mal, mentindo, enganando, buscando atender ás exigências de seu próprio egoísmo. É uma sociedade de seres maldosos. Assim, a felicidade mantém-se muito distante. E o pior é que há quem julgue ser natural um mundo tão perverso, achando inútil tentar reformá-lo. Temos até encontrado quem procure impedir nossas tentativas de transformar em Paraíso este inferno terrestre. Essas pessoas, pelo mal que intentam, cavam sua própria desgraça, criando para si próprios o pior de todos os infernos. São merecedores de piedade e oramos constantemente para que sejam salvos. Tenho certeza de que, meditando sobre este ensinamento, todos perceberão que não é difícil ser feliz. 



(01 de Outubro de 1949)
Ensinamentos de Meishu-Sama
(Alicerce do Paraíso – Vol. Único)
Pág. (356 a 358) 




Visões de Felicidade sob a ótica de grandes Personalidades



O Guia Espiritual diz que a busca da Felicidade, hoje é

Comparada a da liberdade no final do século 19 - Divaldo Franco

(Diogo M. Vargas) 

Espiritismo - a "ciência, filosofia e religião", seguida por pelo menos 15 milhões de brasileiros - entra no século 21 com uma missão nunca tão ansiosa da população: tornar as pregações teóricas em práticas. Em síntese, levar a felicidade, deixar o materialismo de lado e esquecer as mazelas da humanidade, são os desafios que qualquer continente hoje corre atrás.
Divaldo Pereira Franco, um dos "pais" do espiritismo no Brasil, depois de Chico Xavier, conceitua a doutrina, também considerada polêmica, como de fundamentos próprios, porém, de acréscimo.
Em época de conflito humano - para muitos motivados por questão religiosa e pelo fanatismo fundamentalista - a busca pela felicidade tornou-se um desafio talvez tão grande quanto à procura pela liberdade, que marcou o final do séc. 19.
O espírito em sobreposição às condições materiais seria a saída? É o que tenta esclarecer o escritor mediúnico de 74 anos, 172 livros publicados e 54 países percorridos nesta entrevista dada à notícia. 

O que é preciso para ser Feliz, alcançar a Felicidade? O auto-descobrimento. Sempre contemos felicidade os padrões que nos dão: ter um iate, uma bela mansão, um carro de cada ano (...) são apenas ilusões míticas. Se em realidade falamos da felicidade, e isso se compõe a aparência, todos aqueles que a possuem seriam felizes. Mas estão saturados. A felicidade está em uma auto-análise e varia de indivíduo para indivíduo. Quando sabemos a quê aquilo nos torna melhores, encontramos o caminho. Jesus disse que há uma técnica para a felicidade: não fazer a outrem o que não desejas a si. 

Divaldo Pereira Franco
AN - Entrevista com Divaldo Pereira Franco: Desafios da humanidade sob a ótica Espírita
Site: www.1an.com.br/2001/nov/18/1ger.htm








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