Doutrina Espírita
A reencarnação para os adeptos da doutrina espírita faz parte do processo evolutivo espiritual dos homens e é importante e fundamental na aplicação da justiça divina. No final do século 19 os estudos sobre reencarnação foram propagados no ocidente por meio dos trabalhos e pesquisas de Allan Kardec e de Helena Blavatsky, Fundadora da Sociedade Teosófica Kardec culminou seus estudos científicos sobre o Universo Espiritual com a publicação de sua primeira obra O Livro dos Espíritos, em 1857, dando origem á Doutrina Espírita, conhecida também como Espiritismo. Sua obra exaltava Deus como ser e fim Supremo e explicava que próximos á terra viviam os espíritos desencarnados, que aliviavam suas obrigações cármicas através da prática da caridade, pois a ajuda á humanidade era um meio eficaz de progresso em direção á perfeição.
Para Kardec, os espíritos evoluíam por meio do carma e conseqüentemente pelas reencarnações sucessivas, idéias semelhantes as propagados pelo Budismo. A Doutrina Espírita, com Allan Kardec, trouxe de volta a reencarnação como paradigma fundamental de sua doutrina da evolução. A doutrina das vidas sucessivas é observada como alicerce da evolução e analisada sob o ponto de vista sociológico e moral. O seu significado pode ser resumido na frase: “Nascer, morrer, renascer ainda progredir sempre, tal é a lei”.
A Doutrina prega que o espírito está em constante evolução e crescimento dos homens e é importante e fundamental na aplicação da Justiça Divina. Dessa forma, o principio da reencarnação é uma conseqüência necessária da lei do progresso. A evolução espiritual segundo Kardec tem como destino Deus e nos dá diversas oportunidades de aprendermos e crescermos corrigindo nossas falhas e erros. Por meio da reencarnação pode-se compreender a causa dos sofrimentos e dificuldades dos homens. Assim como a existência das desigualdades na Terra.
Fonte: Revista Sexto Sentido Especial
(Mythos Editora – 2012/São Paulo/SP.
Site: www.revistasextosentido.net
A Lei do Carma conhecida como Lei de Causa e Efeito
O termo “Carma” vem do sânscrito Karman e significa agir. Para as religiões orientais, como o Budismo ou Hinduísmo, assim como para Doutrina Espírita e a Teosofia, o carma é considerado um conceito espiritual filosófico até mesmo ético. Entretanto, existem divergências entre as crenças e tradições sobre o seu funcionamento e suas influências na existência de uma pessoa e em suas vidas subseqüentes.
Muitos estudiosos comparam o carma á Lei da Física que determina que “para toda ação existe uma reação de forma equivalente em sentido contrário”. Dessa forma, toda ação implica conseqüências, pois tem como resposta uma reação. Ao praticar o mal o homem recebe de volta o mal, na mesma intensidade. O mesmo ocorre quando se pratica o bem. Em algumas concepções a alma é vista como entidade á qual o carma pertence. Outras doutrinas compreendem o carma como a própria alma.
Na reencarnação, alguns defendem a idéia de que a ações de vidas passadas. Outras compreendem que a reencarnação trata do renascimento do carma. Grande parte dos reencarnacionistas acredita que o carma não significa castigo ou punição, mas sim aprimoramento, evolução. Alguns estudiosos associam o termo carma á ação e em termos metafísicos, a palavra pode ser compreendida como a lei da retribuição ou lei de causa e efeito. O termo carma e suas variações foram incorporados ao Espiritismo de Allan Kardec, como uma forma de designar o nível de evolução espiritual de cada pessoa.
Na Doutrina Espírita, o conceito é conhecido e similar ao da lei de causa e efeito. Enquanto, geralmente a idéia de carma sugere uma dívida a ser resgatada, a lei de causa e efeito apresenta a idéia de que o futuro depende das ações e decisões de cada um no presente. “O conceito fundamental, sobre o qual repousa todo o correto pensamento interior sobre o carma”,diz Annie Besant(Teosofista) “É que ele é uma lei uma lei eterna, imutável, invariável, inviolável, uma lei que jornais pode ser quebrada existindo na natureza das coisas. Um Teosofista bem informado diria: “Não se deve interferir com seu carma”.
Mas sempre que uma Lei Natural está em ação, podemos interferir nela até onde pudermos. Não ouvimos uma pessoa dizer solenemente: “Não se deve interferir na Lei da gravidade”. Entende-se que a gravitação é uma das condições com que temos de lidar, e que temos perfeita liberdade de anular qualquer inconveniência que ela possa causar contrapondo-lhe outra força, construindo um contraforte para suportar aquilo que de outra forma cairia ao chão sob a lei da gravidade ou de outro modo”.
A lei do carma conhecido como lei de causa e efeito, prevê ação e reação e também a transmigração da alma marcada por nascimentos e renascimentos. De acordo com essa ideia cabe a cada ser humano buscar fazer o melhor possível em sua vida presente, pois todas as suas ações provocam reações nesta ou em outras vidas. Para grande parte das crenças e tradições, a lei do carma não é fixa ou rígida. Pelo contrário, ela é totalmente flexível e mutável. Dessa forma, as ações que ainda não foram realizadas podem ser evitadas, assim como as que estão em curso podem ser modificados.
Entretanto, as ações finalizadas não podem ser revertidas. Diante disso, é importante perceber que todos os atos humanos devem ser ponderados e equilibrados. O retorno a uma nova vida por meio da reencarnação se dá para o crescimento e a evolução do espírito, e não deve ser considerado como algo punitivo. Embora a reencarnação esteja ligada á lei do carma, para muitos estudiosos, a “lei da causa e efeito” não é como a pena de talião expressa pela máxima “Olho por olho, dente por dente”, pois existe a atuação da Lei da Misericórdia, uma das variantes da Lei do Amor.
Fonte: Revista Sexto Sentido Especial
(Mythos Editora – 2012 – São Paulo/SP.
Site: www.revistasextosentido.net
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