O TRATAMENTO DISPENSADO AOS ESCRITOS DE SUA AUTORIA
Na hora em que escrevia Meishu-Sama não colocava em cima da mesa senão os papéis a serem usados. Ao lado, numa mesinha mais baixa, punha o cinzeiro, o próprio etc. Manuseava seus escritos com todo o cuidado, guardando-os sempre numa CAIXA FECHADA. Procedia exatamente como nós, quando manuseamos seus livros de Ensinamentos. Às vezes chegava a revisá-los mais de vinte vezes, entregando os originais, de correções feitas a tinta vermelha, para a pessoa encarregada de passá-los a limpo.
Não tratava com desleixo nem mesmo os originais. Mandava queimá-los em hora determinada. Geralmente as pessoas não dão tanta importância a seus rascunhos. Portanto, é necessário que reflitamos profundamente sobre o fato de Meishu-Sama tratar seus manuscritos da mesma forma com que nós tratamos seus Livros de Ensinamentos.
(Shibutyo – (Um Dirigente do Templo Filial) – (Pág. 61)
Como um Gravador Ligado
Meishu-Sama sempre ia dormir precisamente ás duas horas da madrugada. Ás vezes, porém parava no meio do que estava ditando e dizia: “Amanhã terminaremos”. No dia seguinte ele dava prosseguimento ao trabalho, mas nem relia o que fora anotado; bastava-lhe ler a última linha ou as duas linhas finais, que dizia: ”Ah! Entendi” e já recomeçava a ditar. Quando eu me punha a ler um trecho bem anterior, fazendo-me gentil demais, ele me advertia. “Não é necessário voltar tanto; basta ler uma ou duas linhas. Que desperdício de tempo!”
Até parecia um gravador que fora desligado quando rodava uma fita e continuava a falar logo que voltava a ser ligado. Dessa maneira, quando Meishu-Sama mencionava o título do Ensinamento , este já estava pronto em sua mente, faltando-lhe apenas enunciá-lo. Enquanto ele ditava, não se observava nenhum sinal e reflexão em seu semblante. Nessas horas, portanto, ao mesmo tempo em que o ditava consagrava Ohikari, folheava livros sobre artes ou dava um retoque numa vivificação floral, demonstrando um grande prazer. Vez por outra, se por algum motivo não podia prosseguir no dia seguinte, fazia-o três dias ou uma semana depois. Mesmo nessas condições, bastava-lhe ler a última linha ou as duas linhas finais, para dar continuidade ao trabalho.
(Um Servidor) – Pág. (62/63)
Fonte: Reminiscências sobre Meishu-Sama
Tradução (Igreja Messiânica Mundial do Brasil)
Edição da Fundação Mokiti Okada – M.O. A
2. Edição/Julho de 1986/ Vol. III – São Paulo/SP.
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