sábado, 19 de abril de 2014
CRÔNICAS
TAPEANDO
Só agora, dois meses para Copa do Mundo, as autoridades responsáveis por aquilo que ficou popularizado como “o legado” começa admitir que as obras que assumiram não estarão prontas a tempo de receber os turistas esperados para a ocasião. Sinto muito, fica pra depois, e cara alegre.
Nos últimos sete anos, não há um presidente da República, um governador de estados onde ficam as cidades-sede, um prefeito destas cidades que não tenha culpa no cartório. Todos prometeram cumprir prazos, organizar aeroportos, melhorar a mobilidade, urbanizar a área em torno dos novos estádios, inaugurar estádios com antecedência... E nada foi feito. O Brasil piorou muito nos últimos sete anos.
E aí vem o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, e, diante da evidência de que seis aeroportos administrados por ele (Confins, Cuiabá, Curitiba, Salvador, Porto Alegre e Fortaleza) não terão suas obras concluídas antes da Copa, diz que “podemos tapear as obras de modo que melhore a operacionalidade sem terminar ela como um todo”. Desconfio da eficiência de qualquer administrador que usa a expressão “operacionalidade” para falar de seu trabalho. Mas Do Vale foi mais longe. Ele admitiu “tapear” as obras. Em outras palavras, quer enganar os usuários, fingindo que não há obras em andamento.
É verdade que a Infraero é uma empresa que perdeu toda a credibilidade. Mas o sujeito aceitou ser seu presidente. Ninguém o obrigou a isso. Ele está lá há três anos e duvido que, no cargo que ele aceitou ocupar, tenha alguma prioridade acima da entrega de aeroportos dignos de serem usados pela população brasileira. O sujeito fica três anos responsáveis pelas obras em seis aeroportos para, dois meses antes do prazo final de entregá-las, dizer que vai dar uma tapeada?
Com uma única declaração, o senhor Gustavo do Vale admite um retrocesso de 200 anos no desenvolvimento do país. Foi em 1811 que o regente Dom João obrigou a todos os moradores do Brasil a substituírem as gelosias de suas residências por janelas de vidro. As gelosias são as bisavós das venezianas, proteção de janelas muito popular no Rio de Janeiro até a alguns anos. Pelas gelosias, quem estava dentro de casa via o que acontecia na rua, mas quem estava na rua não via o interior das casas. Com a obrigação de instalar janelas de vidro, o carioca sentiu vergonha. Afinal, a maioria das casas não era mobiliada. As salas de visitas costumavam ter esteiras e, quando eram mais bem equipadas, uma mesa. Com as janelas de vidro, os estrangeiros, principalmente os ingleses, que freqüentavam a cidade, descobririam as condições franciscanas em que quase todos viviam. Foi um corre-corre da população para mobiliar pelo menos as salas, tudo para inglês ver pelas janelas de vidro.
O senhor Gustavo do Vale retomou a prática do Brasil Colônia. Quer mobiliar a sala para inglês ver.
Enquanto isso, em Guarulhos, a concessionária que ganhou a concessão para administrar o aeroporto mostra seu primeiro trabalho: criou uma sala VIP onde, por 800 reais, qualquer passageiro pode aguardar com conforto a espera de seu avião. A lotação de tal espaço diferenciado (para usar outra expressão de uso corrente entre executivos do Brasil) é de 20 pessoas. Deixa eu ver se entendi: o governo entregou o aeroporto para a iniciativa privada pensando em dar mais conforto para os passageiros, e a primeira medida que aparece é criação de uma área para 20 pessoas dispostas a pagar 800 reais? Eles também estão tapeando.
Autor: Artur Xexéo
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NEM LUXO NEM LIXO
Há algo curioso no balanço da primeira semana de funcionamento da campanha Lixo Zero, promovida pela prefeitura. Então, 90% das multas aplicadas pelos fiscais foram a sujismundos que jogaram guimbas de cigarro nas calçadas. O carioca que fuma é mesmo mal acostumado neste quesito. Trata a guimba como se ela não fosse lixo. Mas não é só o carioca. Em Nova York, fumantes também costumam jogar guimbas na rua. Nem por isso as calçadas de lá parecem tão sujas quanto as daqui.
Em Seul, uma das cidades mais limpas do mundo, há estações para fumantes no meio da rua. Caixas de areia circundam postes, e coreanos que fumam ficam ali, parados, até enterrar sua guimba. Apesar disso, há garis pelas ruas com material específico — uma espécie de lança — só para catar guimbas (eles usam também um produto especial para fazer com que chicletes desgrudem das calçadas). Se em uma semana de atuação a prefeitura só conseguiu multar jogadores de guimba, alguém pode me explicar como é que o resto do lixo vai parar nas calçadas?
A campanha é boa, a multa pode ajudar, mas tudo seria melhor se a prefeitura iniciasse a ação Lixo Zero após dar uma geral nas lixeiras da cidade. Sabe-se que elas são inadequadas. Não seria muito mais simpático se as multas começassem a ser emitidas depois de uma alteração no design das caixas coletoras? Assim, cada um faria a sua parte. O sujismundo pararia de jogar guimbas nas calçadas, a prefeitura ofereceria lixeiras decentes. As papeleiras cariocas só servem para lixo de pequeno porte. Uma das imagens mais feias da cidade é o lixo na calçada acumulado em volta delas. E as plaquinhas de alumínio que fazem parte da papeleira e supostamente servem para o carioca que fuma apagar seu cigarro e, depois, jogar a guimba naquela caixinha de plástico bonitinha mas ordinária já não existem em muitas das lixeirinhas da Comlurb.
Para não ser multado, o jeito é apagar no plástico mesmo. Mas nada me tira da cabeça a pergunta que não quer calar: se 90% do lixo jogado nas ruas são guimbas de cigarros, como é que 10% são capazes de sujar tanto as calçadas?
Além da prefeitura, o Rock in Rio também está preocupado com o lixo. A organização do festival está gastando R$ 20 milhões em propaganda para conscientizar a população carioca a deixar sua cidade mais limpa. Ou menos suja. A campanha ganhou o slogan “Lixo no lixo, Rio no coração”. O argumento é o de que não faz sentido a cidade mais bonita do mundo ser também a nona mais suja. Não sei não, mas acho que o Rock in Rio contribuiria mais para a limpeza da cidade se aplicasse estes R$ 20 milhões numa reforma das papeleiras. Ou no auxílio para aumentar a quantidade de lixo reciclável no Rio. O Rock in Rio sabe do que está falando. Ele é um grande produtor de lixo. No festival de 2011 foram recolhidas 311 toneladas de dejetos acumuladas durante toda a festa. Seu diretor, Roberto Medina, sabe que só conscientização não basta e, em entrevista na semana passada, anunciou que “não está resolvido ainda, mas pensamos em dar uma bag ecológica”.
Vem cá, o festival começa no dia 13 de setembro, e seu diretor ainda está “pensando” em como diminuir o lixo na Cidade do Rock? Na mesma entrevista, Medina diz que, em Lisboa, a área onde é realizado o Rock in Rio de lá fica mais limpa depois do evento do que antes. Sem querer desmentir Medina, não é o que diz a imprensa portuguesa. De acordo com o “Diário de Notícias”, após o show de Amy Winehouse, em 2008, foram recolhidas 14 toneladas de lixo. É bem menos do que é recolhido no Rio. Mas ainda é lixo à beça. E, como diria o Ancelmo, bag ecológica é o cacete.
Deixa-me eu ver se entendi: a presidente Dilma, insatisfeita com o trabalho do ex-ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota, tirou-o de Brasília e o mandou para Nova York. Fico imaginando o que ela não é capaz de fazer quando fica satisfeita.
Dou a maior força para este projeto "Mais Médicos" do governo. Se o Brasil tem carência de mémédicos, se médicos brasileiros não querem trabalhar em certas áreas do país, não há por que ser contrário à importação de profissionais estrangeiros. O que não entendo é o motivo de esses mémédicos receberem o privilégio de não se submeter ao Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), aplicado a qualquer profissional com diploma expedido por faculdade do exterior. É por que o Revalida é muito difícil? Então, os médicos que estão sendo importados nãnão precisam ser tão bons? É porque o curso de três semanas que o governo vai aplicar já é suficiente? Mas então não seria suficiente também para os outros, os que não querem participar dos Mais Médicos? É porque vivemos uma situação de emergência? Vem cá, a medicina brasileira vive uma situação de emergência há muito tempo. E nem por isso o governo pensou em acabar com o Revalida. Ou o Revalida é necessário ou é só mais um entrave burocrático entre tantos existentes no Brasil.
Nada justifica a agressividade com que vêm sendo tratados os médicos que chegaram aqui. Em Fortaleza, eles encontraram um corredor polonês formado por médicos cearenses na saída de uma aula. No Brasil, o direito a manifestação tem sido confundido com porrada. Quem é contra o sistema financeiro internacional depreda agências bancárias. Quem é contra a CPI dos Ônibus joga ovo em vereador. Quem é contra o resultado de futebol agride a torcida contrária. Quem é contra médico cubano faz corredor polonês. Conversar, que é bom ninguém conversa.
Com todo o respeito que a senadora Marina Silva merece esse partido Rede Sustentabilidade já começa chato só pelo nome.
Autor: Artur xexéo
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A IMAGEM
O Rio se olha no espelho e não gosta do que vê. Ali, no meio da testa, entre os olhos, estão as rugas de um estádio de futebol novinho, orgulho das autoridades que o chamam de “legado do Pan”, que precisa ser interditado por falta de segurança. Uma aplicação de Botox disfarça. Agora, é o pneuzinho na barriga formado pelo BRT, única novidade no transporte público nos últimos anos, vendido como solução para o futuro, que provoca uma morte atrás da outra na Avenida das Américas. Uma lipoaspiração dá um jeito. E as marcas de expressão que surgiram em torno dos lábios, consequência da fragilidade do Elevado do Joá que parece estar se desmontando? Um preenchimento labial resolve por enquanto. Pronto, o Rio já pode sair de casa sem provocar comentários maldosos dos vizinhos.
Mas, de repente, a cidade sofre um baque que não há cirurgia plástica que resolva. Um casal de turistas é atacado — ele é agredido, ela é estuprada — pelo motorista e por dois amigos seus numa van que os transportaria de Copacabana para a Lapa, percurso corriqueiro de turistas no Rio. E agora? O que os vizinhos vão dizer? A imagem da cidade está manchada, justo no momento em que ela se apronta para receber grandes eventos.
O Rio é vaidoso, todo mundo sabe. Mesmo assim, é difícil compreender porque, numa situação como esta, preocupa-se tanto com sua imagem. Alguém imagina que a Jornada Mundial da Juventude, a Copa do Mundo, os Jogos Olímpicos serão suspensos porque uma turista foi estuprada no que supostamente era um transporte público carioca? É claro que não. Mas e os turistas? Será que eles não vão evitar vir ao Rio por causa disso? Tomara que sim. Se for para serem estuprados em meio ao caótico transporte público da cidade, é melhor que não venham mesmo.
Imagens não fazem uma cidade. O Rio insiste em não acreditar nisso. Basta que um episódio de "Os Simpsons" brinque com algumas de suas mazelas para o programa de TV se transformar num incidente diplomático. Há oito anos, o seriado americano “Dexter” destrói a imagem de Miami. Se alguém levar a série a sério, vai acreditar que Miami possui a maior concentração de serial killers por metro quadrado de todo o planeta. Mesmo assim. a turistada, principalmente a brasileira, continua invadindo a cidade.
O caso da van que abalou a população no último fim de semana é exemplar. Três tarados pegaram emprestado uma vã ilegal e circularam pela cidade em busca de uma vítima. No meio do caminho, antes de encontrarem seu alvo, pegaram outros passageiros. Quando, enfim, o casal de turistas embarcou, despejaram os passageiros extras e atacaram a dupla de turistas.
Algumas perguntas: como é que uma van ilegal circula impunemente pela cidade? Pelo que se soube depois, não foi a primeira vez. Por que os passageiros que foram obrigados a desembarcar não procuraram a polícia para contar o que estava acontecendo? Por que a polícia não fez nada quando recebeu a queixa de um caso anterior semelhante?
As vans são poderosas no Rio. Não há governador neste estado que consiga administrar em paz sem fazer um tipo de acordo qualquer com seus proprietários. Ela é o exemplo mais evidente da falência de nosso transporte público. Vans ilegais circulam com a mesma desenvoltura das vans que o governo legalizou. É impossível botar um policial dentro de cada van para impedir crimes no interior do veículo. O Rio resolveu impedir a circulação de motoristas embriagados e criou a blitz da Lei Seca. Está dando certo, não está? Será que é muito difícil criar blitz para as vans? Não precisa ser uma ação que se espalhe pela cidade.
Mas, se houver blitz-surpresa em ruas de circulação de turistas, já não seria um adianto? Afinal, as vítimas do fim de semana passado não embarcaram num ponto obscuro da cidade, mas na Avenida Atlântica, em Copacabana. Não deveria ser fácil circular como uma van ilegal numa das ruas mais movimentadas do Rio.
Não é um exercício de imaginação supor que os passageiros que estavam na mesma van dos turistas não procuraram uma delegacia porque “a polícia não vai fazer nada mesmo”. Eles já deveriam estar aborrecidos por ter seu percurso interrompido.
Ainda iriam se preocupar em passar a noite numa delegacia, driblando a burocracia e o desinteresse de policiais para fazer uma denúncia? Taí uma imagem com que o Rio deveria se preocupar: a imagem da polícia.
Talvez essa imagem precise mesmo ser mais bem divulgada. Se há algum ponto positivo nesse caso é a rapidez com que a polícia prendeu os três suspeitos. Menos de 48 horas depois do crime já estavam todos detidos (resta saber por quanto tempo). Mas tudo tem seu contrapeso. Ao mesmo tempo em que os três tarados foram identificados, outra vítima do grupo os reconheceu. E a população ficou sabendo que ela já tinha dado queixa numa Delegacia de Mulheres. Se a polícia tivesse agido naquela ocasião com a mesma desenvoltura com que agiu agora, o crime contra os turistas não teria acontecido. Como se vê, não é por acaso que a imagem da polícia do Rio está desgastada.
A imagem do Rio e a possibilidade de turistas estrangeiros se sentirem desestimulados a nos conhecer é o menor problema dessa história toda. Quando a cidade se olhar no espelho e vir o que ela realmente é por debaixo das muitas camadas de maquiagem e aplicações de Botox, talvez o Rio descubra como se tornar uma cidade maravilhosa de verdade.
Autor: Artur Xexéo
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MOMENTO DE REFLEXÃO/MENSAGENS
Bom Dia!
Ao iniciar-se um novo período de tempo, em que o Criador lhe permite despertar para agir no bem, é importante meditar sobre a bênção deste dia, na construção da alegria e da paz tão almejadas. Não se importe se o dia amanheceu nublado ou chuvoso, ensolarado ou borrascoso; não se preocupe se o clima está frio ou se o calor promete castigar. Erga-se e ore, agradecendo a Deus o fato de ter você aberto os olhos no corpo físico, para um novo dia... Ele é ensejo de realizações positivas, de progresso para você.
Não se impaciente por se dar conta de que, no dia de hoje, você guarda bem pouco ou nenhum dinheiro para suas necessidades comuns.Pense que está com saúde, e que o trabalho, por mais simples, é a feliz oportunidade que a pessoa recebe de Deus para modificar a vida. Seja carpindo o solo ou recolhendo o lixo, preservando a higiene; seja lavando uma roupa ou conduzindo fardos, qualquer que seja o serviço, agradeça ao Senhor, seguindo adiante. Procure não se infelicitar se acordou febril, debilitado, doente. Você mantém a lucidez, pode pensar, pode agir. Busque o socorro de alguém, se não puder cuidar-se só.
Não despreze a prece com que você pedirá o auxílio divino diante do seu desequilíbrio orgânico. O auxílio virá. Espere, agindo. Seja como for, você tem hoje nas mãos os mais valiosos recursos para ser feliz, dentro do quadro das suas provações e merecimentos. Não se entregue à revolta, ao rancor, à mágoa, ao desalento. Seu dia deve ser um dia lindo; seu tempo deve ser abençoado. Enquanto é hoje, seja amigo de alguém, leal e prestativo. Enquanto é hoje, liberte-se dos vícios que o aprisionam, fiel ao bem, decidido.
Enquanto é hoje, cresça um pouco mais, vinculado a Jesus Cristo, a fim de que consiga viver um bom dia, em cada dia que passe por você. Vivendo bem o seu dia, você se estará preparando para o formoso dia sem nuvem, sem tormenta, sem noite, que o Criador a todos nos oferece depois de superados os tempos terrestres, educando-nos e valorizando as horas, com disposição e coragem, com grandeza d alma.
Enquanto puder escutar ou perceber a palavra hoje, com a audição ou com a reflexão, no campo fisiológico, valha-se do tempo para registrar as sugestões divinas e concretizá-las em sua marcha.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 31 do livro Nossas riquezas maiores, por Espíritos diversos, Psicografia de Raul Teixeira, ed. Frater.
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A DÁDIVA DE VIVER
Por vezes, você caminha pela vida com o olhar voltado para o chão, pensamento em desalinho, como quem perdeu o contato com sua origem divina.
Olha, mas não vê... Escuta, mas não ouve. Toca, mas não sente...
Perdido na névoa densa que envolve os próprios passos, não percebe que o dia o saúda e convida a seguir com alegria, com disposição, com olhar voltado para o horizonte infinito, que lhe acena com o perfume da esperança.
Considere que seu caminhar não é solitário e suas dores e angústias não passam despercebidas diante dos olhos atentos do Criador, que lhe concede a dádiva de viver. Sua vida na terra tem um propósito único, um plano de felicidade elaborado especialmente para você. Por isso, não deixe que as nuvens das ilusões e de revoltas infundadas contra as leis da vida, tornem seu caminhar denso e lhe toldem a visão do que é belo e nobre. Siga adiante refletindo na oportunidade milagrosa que é o seu viver. Inspire profundamente e medite na alegria de estar vivo, coração pulsante, sangue correndo pelas veias, e você, vivo, atuante, compartilhando deste momento do mundo, único, exclusivo. E você faz parte dele.
Sinta quão delicioso é o aroma do amanhecer, o cheiro da grama, da terra após a chuva, do calor do sol sobre a sua cabeça, ou da chuva a rolar sobre sua face. Sinta o imenso prazer de estar vivo, de respirar. Respire forte e intensamente, oxigenando as idéias, o corpo, a alma. Sinta o gosto pela vida. Detenha-se a apreciar as pequeninas coisas que dão sentido à vida. Aquela flor miúda que, em meio à urze sobrevive linda, perfumosa, a brilhar como se fosse grande. Sinta-se vivo ao apreciar o vôo da borboleta ou do pássaro à sua frente.
Escute os barulhos da natureza, a água a escorrer no riacho, ou simplesmente aprecie o céu, com suas nuvens a formar desenhos engraçados fazendo e desfazendo-se sob seus olhos. Quão maravilhosa é a vida!
Mas, se o céu estiver escuro e você não puder olhá-lo, detenha-se no micro universo, olhe o chão.
Quanta vida há no chão...
Minúsculos seres caminhando na terra, na grama...
A formiga na sua luta diária pela sobrevivência...
A aranha, a tecer sua teia caprichosamente, e tantas coisas para ver, ouvir, sentir, cheirar, para fazer você sentir-se vivo. Observar a natureza é pequeno exercício diário que fará você relaxar, esquecer por instantes as provas, ora rudes, ora amenas, que a vida nos impõe. Somos caminhantes da estrada da reencarnação, somando, a cada dia, virtudes às nossas vidas ainda medíocres, mas que se tornarão luminosas e brilhantes.
Aprenda a dar valor à dádiva da vida. Isso fará o seu dia se tornar mais leve e, em silêncio, sem palavras, sem pensamentos de revolta, você terá tido um momento de louvor a Deus. Aprenda a silenciar o íntimo agitado e a beneficiar-se das belezas do mundo que Deus lhe oferece.
A sabedoria hindu aprecia, na natureza, o que Deus desejou para ela: que fosse aliada do homem no seu progresso, oferecendo o alimento, dando-lhe os meios de defender-se das intempéries.
E, sobretudo, sendo o seu colírio diário suavizando as aflições da vida.
Pense nisso, e aprenda a dar graças pela dádiva de viver.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em mensagem do Espírito Stephano, psicografada por Marie-Chantal Dufour Eisenbach, na Sociedade Espírita Renovação em junho de 2005
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A Força das idéias
Normalmente não nos damos conta da força que têm as idéias, no contexto geral da vida. A idéia é um elemento vivo de curta ou longa duração, que exteriorizamos de nossa alma e que, como criação nossa, forma acontecimentos e realizações, atitudes e circunstâncias que nos ajudam ou desajudam, conforme a natureza que lhe imprimimos. A idéia é força atuante, e raio criador que estabelece atos e fatos, enquanto lhe damos impulso.Quando várias idéias se somam, a sua força aumenta, atingindo grandes proporções.
Não é outro o motivo pelo qual as equipes de jogadores encontram dificuldades em vencer fora de casa, como se costuma dizer. É que a força das idéias dos torcedores, vibrando em uníssono, exerce grande influência, impulsionando o time tanto para a vitória como para a derrota. Assim acontece também, quando uma pessoa está prestes a deixar o corpo físico e outras tantas pessoas a retêm pelo desejo ardente de que não morra.
Se a hora é chegada, os Benfeitores Espirituais promovem a chamada melhora da morte, para que as idéias de retenção se afrouxem e o Espírito seja desligado do corpo, graças ao relaxamento das idéias-força, que retinham o moribundo. Nossas idéias podem ser flor ou espinho, pão ou pedra, asa ou algema, que arremessamos na mente alheia e que retornarão, inevitavelmente, até nós, trazendo-nos perfume ou chaga, suplício ou alimento, cadeia ou libertação.
O crime é uma idéia-flagelação que se insinuou na mente do criminoso.
A guerra de ofensiva é um conjunto de idéias-perversidade, subjugando milhares de consciências.
O bem é uma idéia-luz, descerrando caminhos de elevação.
A paz coletiva é uma coleção de idéias-entendimento, promovendo o progresso geral.
É por essa razão que o Evangelho representa uma glorificada equipe de idéias de amor puro e fé transformadora, que Jesus trouxe para as esferas dos homens, erguendo-os para Deus. Na manjedoura, implanta o Mestre a idéia da humildade. Na carpintaria nazarena, traça a idéia do trabalho.Nas bodas de Caná, anuncia a idéia de auxílio desinteressado à felicidade do próximo.
No socorro aos doentes, cria a idéia da solidariedade. No Tabor, revela a idéia da sublimação. No Jardim das Oliveiras, insculpe a idéia da suprema lealdade a Deus. Na cruz da renúncia e da morte, irradia a idéia do sacrifício pessoal pelo bem dos outros, como bênçãos de ressurreição para a imortalidade vitoriosa.
Não nos esqueçamos de que nossos exemplos, nossas maneiras, nossos gestos e palavras que saem da nossa boca, geram idéias.
Essas idéias, à maneira de ondas criadoras, vão e vêm, partindo de nós para os outros e voltando dos outros para nós, com a qualidade de sentimento e pensamento que lhes imprimimos, levando-nos ao triunfo ou à derrota.
É por isso que, em nossas tarefas habituais, precisamos selecionar as idéias que nos possam garantir saúde e tranqüilidade, melhoria e ascensão.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 20, pelo Espírito Emmanuel, do livro Vozes do grande Além, por Espíritos diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb
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O DESPERTAR
O Despertar
Meishu-Sama acordava mais ou menos ás sete e trinta hora em que um servidor o chamava, dizendo-lhe: “Está na hora”. Em seguida o servidor ligava o rádio e ainda na cama, Meishu-Sama ouvia os programas da N.H. K como, por exemplo, ”A visita de manhã”. Ás oito horas se levantava.
Havia um rádio em cada compartimento de sua casa. Exceto quando saía estava sempre com o rádio ligado, mesmo nos momentos de trabalho, como se fosse um fundo musical. Sobretudo nunca deixava de ouvir noticiários. Quando Meishu-Sama dormia profundamente e custava a despertar, o servidor encarregado de acordá-lo chamava-o inúmeras vezes, após dar-lhe o seu primeiro Bom Dia! Vez por outra, o servidor ficava esperando até ás oito horas quando voltava a chamá-lo, dizendo: “Está na hora do noticiário”. Ás vezes, nem assim Meishu-Sama despertava. Nessas ocasiões, ao acordar dizia: “O noticiário já terminou? Doravante chamei-me em voz alta, sem cerimônia”. Diante da explicação do servidor. “É que o senhor estava dormindo tão profundamente...” – Meishu-Sama replicava: “Não importa quão profundamente eu esteja dormindo. Pode até sacudir-me para eu acordar. Não se deve ter compaixão barata”.
O Banho
Meishu-Sama levantava-se ás oito horas e imediatamente ia tomar banho. Lavava o rosto, tendo cuidados especiais com os dentes, pois, quando jovem, sofrera durante muito tempo de dores terríveis, que até o fizeram pensar em suicídio. O banho durava cerca de dez minutos, e mesmo no banheiro Meishu-Sama ouvia os noticiários pelo rádio portátil. A temperatura da água era bem baixa; para outras pessoas, quase insuportável. O servidor sempre a regulava com o termômetro: tanto no verão como no inverno devia marcar 38 graus (Meishu-Sama tomava outro banho ás cinco e meia da tarde) Se a temperatura estivesse um pouco mais baixa ou mais alta, o servidor era imediatamente repreendido, pois Meishu-Sama tinha os sentidos muitos aguçado.
É curioso o fato de Meishu-Sama ouvir rádio até mesmo durante o banho, mas ele o fazia ainda, que estivesse extremamente atarefado; ouvia, sobretudo, os noticiários. Isso mostra seu grande interesse, como Fundador de uma religião, em estar sempre a par das mudanças, vinha-lhe á mente, com toda a clareza as soluções adequadas a cada caso. Ao ouvir, por exemplo, o programa “Doutor Rádio”, demonstrava um interesse extraordinário e ás vezes até fazia anotações. Certo dia, após sair do banho, Meishu-Sama foi para o seu quarto. Habitualmente, as pessoas que serviam diretamente com ele esperavam-no sair do banho para fazer-lhe a saudação matinal. (Os outros servidores saudavam-no na hora da primeira refeição).
Exatamente nessa hora, um dos servidores chegou com um ou dois minutos de atraso, por estar terminando um serviço que Nidai-Sama lhe havia solicitado. Meishu-Sama repreendeu-o severamente durante trinta minutos, querendo saber como ele interpretava a saudação matinal. E depois o advertiu: ”Sabe por que nesta casa não há Imagem da Luz Divina? Se sabe, deve compreender o verdadeiro significado da saudação de todas as manhãs”.
Leitura de Jornais
Após o banho, e ainda que fosse inverno e estivesse nevando, Meishu-Sama ficava semi-despido ou de “Yukata” (roupa leve, para ser usada após o banho) e durante vinte ou trinta minutos lia os jornais matutinos. A esse respeito ele explicava: “Sinto muito calor, mesmo depois de um banho de água morna”.
Meishu-Sama passava a vista em dezenas de jornais: não só nos jornais importantes de Tóquio, mas também nos regionais e marcava com um lápis vermelho os títulos dos artigos que desejava ir posteriormente com maiores detalhes. Á noite havia um horário destinado á leitura dos jornais, que era feita pelos servidores. Nisso, tal como em seu interesse pelo rádio, podemos descobrir um dos grandes segredos do vasto e profundo conhecimento que ele adquiriu sobre política, economia, religião, educação, arte e outros ramos da cultura, no seu dia-a-dia extremamente atarefado.
Fonte: Reminiscências sobre Meishu-Sama
Tradução(Igreja Messiânica Mundial do Brasil) - Vol. III
(Edição da Fundação Mokiti Okada - M.O.A)
2. Edição - Julho/1986 - São Paulo/SP.
As Visitas – O Barbeiro
Após a refeição matinal, quando Meishu-Sama esperava outras visitas além dos fiéis, ele próprio trocava o quadro do Toko-no-ma e fazia as vivificações florais, preparando-se para recebê-las. Procedia assim não apenas com as suas visitas, mas também quando iam á sua casa os mestres de chá e de nagauta (modalidade de música cantada) de Nidai-Sama. Ele dispensava atenção a tudo.
De dois em dois dias Meishu-Sama chamava o barbeiro, que alternadamente cortava-lhe o cabelo e fazia a barba. No início vinha um barbeiro de Tóquio. Entretanto, por um problema de horário, Meishu-Sama acabou por dispensá-lo chamando posteriormente um barbeiro local, que o serviu até a sua ascensão. Este se levantava metodicamente ás cinco horas da manhã, tomava seu banho e quinze minutos antes da hora marcada já se encontrava á disposição de Meishu-Sama. Aqui registramos uma recordação desse barbeiro: “Eu tinha o hábito de usar os melhores instrumentos quando ia a casa de Meishu-Sama. Se adquirisse outros de melhor qualidade,eram esses que eu usava. Um dia ele me disse: “A navalha de hoje é diferente, e a tesoura é nova não é? Mas estas “são melhores”.
Disse isso sem ter visto ainda aqueles instrumentos, observação que só os profissionais, após exame cuidadoso, poderiam fazer. Fiquei pois impressionado, com a sensibilidade de Meishu-Sama que não titubeara ao fazer aquela observação. Quando o barbeiro ia cortar-lhe o cabelo, Meishu-Sama chamava um servidor para ler-lhe um livro ou uma revista ou então ouvia rádio. Gostava principalmente de ouvir a leitura de livros relacionados com Arte, Construção, etc. Quando o servidor cometia alguma falha, ele corrigia imediatamente. Nos dias em que não havia visitas, Meishu-Sama geralmente ditava ensinamentos ou corrigia os que ditarão na noite anterior.
As Entrevistas
Nessa época eram reservados dez dias do mês para as entrevistas. No dia 1 Meishu-Sama concedia entrevistas nãos Ministros; nos dias (5, 6, 7, 15, 16, 17, 25,26e27) aos fiéis em geral e aqueles que se reuniam na Sede provisória, situada no bairro de Sakemi. Meishu-Sama dava amplos esclarecimentos sobre religião, política, cultura e outros assuntos de livre escolha.
Aproximadamente até o ano de 1952, ele sempre respondia ás perguntas que os fiéis formulavam por escrito. Nos últimos anos de sua vida, recebia as perguntas verbais dos Ministros e dava respostas imediatamente. Recebia também perguntas dos fiéis em geral, por intermédio deles. Nessa época, um jornalista expressou-se da seguinte maneira a respeito de uma entrevista realizada em Sakemi. “Fui tomado de espantos quando subi ao primeiro andar: um salão imenso de uma escada coberta de lona estava repleto de velhos e jovens, homens e mulheres totalizando um número superior a mil pessoas, que conversavam e riam alegremente. Parecia-me estar num salão de divertimento público, não havendo nada que lembrasse religião. Como eu não era fiel da igreja, mas um mero espectador intruso ficou retraído num canto. De repente, uma voz anunciou pelo alto-falante: “Iniciaremos, agora o Culto Matinal”. Todas as pessoas que estavam completamente descontraídas tomaram posição de sentido. O Culto era exatamente simples. Entoavam em uníssono uma oração chamada “Amatsu-Norito” e, em seguida um salmo da autoria do Fundador.
“Acho que o Fundador vai aparecer”- pensei. Engolindo em seco fiquei com o olhar fixo na entrada, á direita do Toko-no-má.nesse lugar havia um quadro da Deusa Kannon , pintado pelo próprio Meishu-Sama. Sem muita demora, a porta corrediça se abriu e o Fundador entrou. Todos fizeram reverência ao mesmo tempo. Ele passou em frente dos assistentes e subiu a um local que ficava num plano mais alto; mais ou menos trinta centímetros de altura. Sobre uma mesa redonda, havia um microfone. O Mestre sentou-se na cadeira atrás da mesa.
O Presidente da Igreja, que estava sentado na primeira fila, fez nova reverência e disse respeitosamente: “Meishu-Sama, faça o favor de conceder-nos sua orientação”. Calado o Fundador destampou a xícara de chá e bebeu um gole, dizendo em seguida: “Escrevi um artigo intitulado “Desejo a opinião dos Jornalistas”. Gostaria que o ouvissem. Um jovem recebeu o manuscrito das mãos do Mestre e leu-o diante de outro microfone. As entrevistas começavam ás onze horas e duravam cerca de uma hora. As leituras feitas pelos servidores versavam sobre religião, crítica de arte, problemas da atualidade etc. Ás vezes o Mestre os fazia ler textos humorísticos, de teor satírico, divertindo-se juntamente com eles”.
Fonte: Reminiscências sobre Meishu-Sama
(Tradução Igreja Messiânica Mundial do Brasil)
Edição da Fundação Mokiti Okada – M.O.A
2. Edição- Julho/1986 – São Paulo/SP. Vol. III
Págs. (11 a 17)
UM HOMEM COM REUMATISMO
Um Homem com Reumatismo
Certo dia um homem curvado com reumatismo, veio receber johrei. Eu disse: “Acreditarei no que o senhor ensina se me curar do reumatismo”. Meishu-Sama ajudou-o a sentar-se na cadeira e ministrou-lhe johrei durante cinco ou seis minutos. Logo após diante de meus olhos, aquele homem se levantou e permaneceu firme e ereto como um poste.
Meishu-Sama olhou para mim e sorriu. Meus sentimentos de respeito por Meishu-Sama aumentavam mais quando ele sorria para mim, do que quando acontecia de me falar com fisionomia circunspecta.
(Ministro Responsável de uma Igreja Regional)
Fonte: Livro/Reminiscências sobre Meishu-Sama
Edição (Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
Vol. II – 5. Edição/Dezembro/1987 – São Paulo/SP.
Pág.(69)
Uma cura surpreendente
Este fato aconteceu no verão de 1954, durante a permanência de Meishu-Sama em Hakone, onde morávamos. Certo dia em que estava fora, minha mulher começou a sentir forte dor de cabeça e de dente a ponto de desesperá-la. Ministrou johrei em si própria nas a dor não cedia.
Alguém a informou de que Meishu-Sama iria ao Komyodai aquela tarde e que seu carro passaria em frente da nossa casa. Minha mulher conseguiu limpar a área externa da casa com a mão segurando a parte dolorida do rosto. Feito isso, postou-se do lado de fora á espera do carro de Meishu-Sama. Para espanto seu, no momento em que o carro passou defronte dela, aquela terrível dor desapareceu. Nem bem tinha entrado em casa e sentado, começou a sair pus e sangue da gengiva, a inchação em torno do pescoço diminuiu e a dor de cabeça desapareceu. Ela se sentiu tão bem que tudo dentro de casa se tornou mais bonito e agradável.
(Um Ministro)
Fonte: Livro/ Reminiscências sobre Meishu-Sama
(Igreja Messiânica Mundial do Brasil)
(Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
5. Edição/ Dezembro/ 1987 –
São Paulo/SP. Vol.II / Pág.72
UM FILHO POR MILAGRE
Um Filho por Milagre
Eu e minha mulher não conseguíamos ter filhos após muitos anos de casados, por isso certo dia perguntou a Meishu-Sama porque não tínhamos essa graça. Meishu-Sama respondeu: “Quem lhe disse isso”? Muitas pessoas disseram que minha mulher não consegue engravidar porque é muito gorda. Falei. Você não crê em Deus? Perguntou Meishu-Sama. Por que dá ouvidos aos outros? Fiquei sem saber o que dizer e fechei os olhos. Em seguida ajoelhei-me e pedir perdão.
Se sua esposa engravidasse agora, disse Meishu-Sama, a criança nasceria aleijada ou teria vida curta. Deus está purificando você e ela, aguarde com paciência. Tenha fé e confie nele. Deus cuidará de tudo. Lembro-me de que, depois, Meishu-Sama ministrou johrei em minha mulher, na região do abdômen, por um período mais longo do que o usual. Resolvemos então não nos preocuparmos mais em ter filhos. Pouco tempo depois, voltamos a procurar Meishu-Sama. Assim que sentamos, ele disse á minha mulher: “Parece que você vai ter um neném”. Suas palavras foram tão inesperadas que não sabíamos o que responder.
Minha mulher foi quem falou: “Acho que não, pois não estou grávida. De qualquer forma, muito obrigada pelos votos”. Mudamos de assunto e depois de conversarmos, despedimos de Meishu-Sama sentindo-nos muito felizes. Algum tempo depois, viemos, a saber, que, embora minha mulher não se houvesse dado conta disso por ocasião de nossa visita, na verdade ela estava grávida. Com o coração pleno de gratidão, contamos o fato a Meishu-Sama, que também ficou muito feliz pela notícia.
(Ministro Responsável e uma Igreja Regional)
Fonte: Livro/Reminiscências sobre Meishu-Sama
Edição (Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
Vol. II – 5. Edição/Dezembro/1987 – São Paulo/SP.
Pág.(48/49)
A Segurança das palavras de Meishu-Sama
Nossa igreja foi criada no dia 1 de Janeiro de 1935. Meishu-Sama compôs um Hino para a Cerimônia de Inauguração Zenguen-Sandji, em que descrevia o mundo feliz da Nova Era, o mundo de Miroku (o mundo ideal). Nesse poema ele também dizia que “O tempo será perfeito, com ventos em cada cinco dias e chuvas em cada dez dias, nessa ordem exata”.
Isso aconteceu logo após a divulgação de seu poema, pois tivemos uma chuva muito forte no último dia de Dezembro. No dia seguinte o céu ficou limpo e tivemos bom tempo por mais quatro dias. O quinto dia foi de muito vento e, no décimo, voltou a chover. Realizamos nosso primeiro Culto no dia 11 de Janeiro. Naquela ocasião Meishu-Sama nos disse que o tempo que havíamos desfrutado no princípio do ano era um modelo do tempo no futuro do que Deus agora nos dava uma pequena demonstração. Fiquei deveras impressionado pela segurança das palavras de Meishu-Sama.
(Um Servidor)
Fonte: Livro/Reminiscências sobre Meishu-Sama
Edição (Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
Vol. II – 5. Edição/Dezembro/1987 – São Paulo/SP.
Pág.(57)
EXPERIÊNCIA DE FÉ COM A PRÁTICA DO SONEN
EXPERIÊNCIA DE FÉ PRÁTICA DO SONEN(ÁFRICA)
Sou Ministro Assistente e dedico atualmente como Chefe de Região das Províncias do Sul de Angola.
Em 9 de dezembro de 2010, desloquei-me para a Província da Huíla, fazendo trânsito em Benguela com os missionários que se encontraram a fazer difusão nessas províncias e em Namibe. À noite, nosso Presidente nos ligou para saber se tínhamos chegado bem, ao que lhe respondi afirmativamente. Em seguida, perguntou-me quantos Johrei havia ministrado naquele dia. Arranjei uma boa desculpa e lhe respondi: “Sensei, hoje viajei”. E continuou: “Quantos Johrei ministraste no autocarro?” Já envergonhado, contei-lhe que apenas tivera ministrado no motorista. Assim, ele me orientou a aprofundar no Johrei, não importa o lugar onde estejamos e lhe agradeci do fundo do meu coração.Porém, aquilo me fez refletir muito. Pensei em todas as viagens que já havia feito sem ter aprofundado no Johrei e assumi o compromisso de aprimorar nessa prática.
No dia seguinte, continuamos nossa viagem para a Huíla. Quando nos preparávamos para a saída de Benguela, fomos interpelados pela polícia e cada passageiro teve que abrir as bagagens para averiguação. Todavia, a mala onde eu levava os Ohikaris e as fotos de Meishu-Sama estava fechada com cadeado e havia me esquecido as chaves em casa. Dessa forma, um dos agentes me disse que minha mala ficaria na posse da polícia e que não poderia mais viajar. Comecei a dialogar com ele, o que despertou a atenção dos presentes. Ao me perguntar o que levava na mala, respondi-lhe que era o retrato do Messias Salvador da Humanidade. Então, ele me disse que queria ver aquele Messias. Foi quando alguém correu para o carro dele e trouxe um alicate e uma chave de fenda. Ao romper-se o cadeado, aumentou o aglomerado de pessoas como se alguém as tivesse chamado. Finalmente abri a mala e pude mostrar para todos o retrato do Messias Meishu-Sama. Também pedi perdão ao Messias porque realmente aquela multidão faz parte dos 100 mil que ainda não consegui encaminhar.
Ao subirmos para o autocarro, verifiquei que uma das passageiras estava embriagada e levava em suas mãos mais seis cervejas. Logo, começou a insultar o motorista e a disparatar todos os passageiros. Todos queriam bater nela. Lembrando-me da orientação do nosso Presidente em aprofundar no Johrei em todos os lugares e momentos, pedi ao Messias Meishu-Sama que me utilizasse como instrumento para ministrar Johrei nos passageiros. Dirigi-me para a senhora que estava embriagada e lhe pedi: “Por favor, posso fazer-lhe uma oração?” Ela olhou para mim e me perguntou se poderia fazer a oração mesmo com a cerveja na mão.
Respondi-lhe que cada um fizesse a sua parte, eu ministaria o Johrei e ela continuaria a beber a sua cerveja. E assim aconteceu. Como eu estava de pé e a senhora na primeira cadeira ao lado do motorista, todos os passageiros puderam assistir ao Johrei.
Passados cinco minutos, a senhora dormiu profundamente. Porém, continuava com a cerveja na mão e balançava para o lado do colega que constantemente se esquivava para não se molhar com a cerveja. Queria tirar a lata de sua mão, mas verifiquei que a segurava firmemente. Ali compreendi que o problema já não era dela, mas sim, dos seus antepassados. Fiz a primeira prática do sonen, tentei tirar a cerveja, mas continuava firme em sua mão. Fiz a segunda e nada. Ao fazer a terceira prática do sonen, ela libertou a cerveja.
A senhora que estava ao seu lado perguntou-me: “Pastor, como se chama a Vossa Igreja?” Respondi-lhe: “Igreja Messiânica Mundial de Angola”. E continou: “É verdade que a vossa Igreja chama os mortos?” Esclareci que não, que oramos para os nossos entes queridos que foram nossos avós, pais, tios, irmãos, que contribuíram para o nosso nascimento, educação, formação, deixaram-nos casas e outros bens materiais. Naquele momento, ela começou a chorar e me disse que era verdade o que acabara de falar, pois eles eram oito irmãos e ela era a única que estava viva. Também me falou que era vizinha do Johrei Center de Benguela e que estava disposta a ingressar na nossa Igreja. Assim, trocamos telefones para mantermos contacto.
Da mesma forma, o jovem que estava ao seu lado com a perna quebrada num acidente, chamou-me e disse que queria falar comigo. Em seguida, a senhora que estava embriagada puxou-me pela mão e me falou: “Senhor Pastor, a primeira pessoa que recebeu Johrei aqui neste autocarro fui eu, por isso, também devo ser a primeira a ser ouvida, depois, será a vez dele. Ao sentar-me, ela fez a reflexão profunda e me pediu um cordão para também poder ministrar Johrei. Então, disse-lhe que o cordão não é dado, mas adquirido por gratidão. Por isso, orientei-a que primeiro frequentasse a nossa Igreja, para depois receber o cordão, como acontece com todos os messiânicos. Depois, fui ministrar Johrei no jovem que também fez a sua reflexão profunda. Com isso, todos os passageiros começaram a pedir Johrei e se houvesse qualquer situação de desavença, chamavam-me: “Pastor…”
No regresso de Lubango para Benguela, peguei um táxi Land-Cruiser com bancos corridos, de forma que ficamos uns defronte aos outros e bem apertados. Todos resmungavam, pois cada banco tinha capacidade para cinco pessoas, mas levava uma a mais. Como não havia entendimento, perguntei a cada passageiro qual era a sua religião. Verifiquei que todos eram crentes, então, propus que fizéssemos a oração do Pai Nosso. Quando terminamos, o motorista arrancou o carro, ministrei Johrei em todos os passageiros e a viagem correu bem.
Com estas experiências, aprendi que os 100 mil que precisam ser salvos estão em todos os lugares onde estamos e passamos. Porém, com humildade, precisamos pedir ao Messias que nos utilize como seus instrumentos.Meu compromisso é continuar aprofundar no Johrei em todos os lugares onde o Messias me enviar e em todas as pessoas que eu tenha permissão.
Agradeço do fundo do meu coração ao Supremo Deus e ao Messias Meishu-Sama por me utilizarem como instrumento nesta grandiosa Obra Divina. Agradeço igualmente aos meus superiores pela confiança que me depositam.
Antonio Bento Carlos
Igreja Messiânica de Angola/África
20/12/2010
EXPERIÊNCIA DE FÉ PRÁTICA DO SONEN(ÁFRICA)
Chamo-me Santa Pedro, tenho 45 anos e conheci a Igreja Messiânica Mundial de Angola em outubro de 2005, por intermédio de meu esposo, Julião José de Almeida, membro do Johrei Center Viana Vila, em virtude de doenças constantes de meus filhos e conflitos familiares.
Meu filho primogênito padecia com infecção pulmonar há um ano, os outros tinham dificuldade para assimilar a matéria escolar e, o caçula, ainda tinha diarreias constantes, quase partindo para o mundo espiritual.
Sempre que conseguíamos uma residência para morar, depois de dois a três meses, acabávamos regressando para a casa de minha sogra, onde ficamos por 23 anos. Vivíamos em constantes conflitos com ela e com os cunhados e até mesmo era acusada de querer matar o meu esposo. Há muito tempo, arrastava este carma de ser a bruxa para todos e fui devolvida para a casa dos meus pais. Por insistência de minha família, com a saída do inquilino, voltei para minha residência.
Foi neste calvário que meu esposo falou-me da Igreja Messiânica e, no Johrei Center, fui recebida pelo plantonista, que me escutou atentamente e me deu as seguintes orientações:
- Receber 10 Johrei por dia;
- Assistir aos Cultos matinais e vesperais;
- Manter a Flor-de-Luz em casa;
- Encaminhar pessoas na porta da unidade;
- Peregrinar aos locais de maior luz, Sede Central e Polo de Agricultura Natural.
Não tive dificuldade para realizar estas práticas, pois frequentava uma congregação religiosa, exercendo a função de Diaconisa, portanto, já tinha certa compreensão espiritual. Ao encaminhar 50 pessoas na porta da unidade, notei que os problemas de saúde de meus filhos desapareceram e os conflitos familiares diminuíram consideravelmente. Em dezembro do mesmo ano, tornei-me membro com o compromisso de salvar muitas pessoas. Em quatro meses, com a permissão de Deus e Messias Meishu-Sama, abri o Núcleo de Johrei Bairro Esperança 2 em minha casa, tendo formado 43 membros.
Vivo há 28 anos com meu esposo sem que o mesmo tivesse realizado os deveres, tivemos 7 filhos vivendo fora de ordem. Nos encontros da coordenação, quando a Ministra Graça tocava nesse assunto, ficava nervosa e, em casa, falava para meu marido: “O que você está a pensar, na reunião, voltaram a falar sobre os casais regularizarem a situação marital. Qual é a tua decisão?”
Ele respondia com evasivas e, somente em 2008, apresentou a intenção de regularizar a situação com minha família, até que procurou minha mãe e lhe disse: “Vou pedir a sua filha em casamento”.
Em janeiro de 2010, recebeu a lista para a prepararação do evento. Depois disso, deixou de tocar no assunto, então, decidi encaminhar a situação com a Prática do Sonen, reconhecendo que aquele impasse era manifestação dos meus antepassados e agradecendo a Deus.
Porém, ele hesitou novamente e disse que só realizaria o pedido depois de reabilitar a casa toda. Fiquei nervosa e irritada, assim como meus filhos. Contudo, fui orientada a desapegar dos problemas não importando se fizesse o pedido ou não, mas que fosse feito o que Deus quisesse. Continuei com a prática de encaminhamento, entregando tudo nas mãos do Messias Meishu-Sama e realizei um donativo de gratidão.
Depois de recebermos a orientação para a dedicação de limpeza nas unidades e arredores, tive a intuição de que deveria aprofundar na limpeza profunda de minha casa para abrir meus caminhos, pois os antepassados estavam presos à sujeira e, no mundo espiritual, o pedido já havia sido realizado.
Dias depois, recebi a visita do responsável do Johrei Center e de cinco unidades ligadas que aprofundaram na limpeza da unidade e dos arredores, limpando a nave, o tecto, o quintal e as ruas. Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama, meu marido purificou com dor de dente e o pedido se concretizou uma semana depois da limpeza, em 27 de novembro, e o casamento foi marcado para março de 2011.
Com essa experiência aprendi que tudo são manifestações dos nossos antepassados e que esta situação rompeu o carma, pois nenhuma de minhas quatro irmãs tinha sido pedida em casamento antes. Mantendo a gratidão acesa no momento de desânimo, conseguimos romper barreiras e a prática da limpeza abre caminhos e ajuda a limpar as máculas espirituais da nossa linhagem. Como gratidão, realizei o Sorei-Saishi dos avós paternos e maternos, pois sinto que influenciaram muito na evolução de toda situação.
Meu compromisso é elevar a unidade para Johrei Center até dezembro de 2011, encaminhando muitas pessoas ao Paraíso.
Agradeço a Deus e ao Messias Meishu-Sama, aos meus antepassados, aos ministros, responsáveis, aos membros e frequentadores, em particular ao meu esposo, por ter me encaminhado, e à senhora Aolonia Matoso, por ter nos acompanhado pacientemente.
Santa Pedro
Igreja Messiânica Mundial de Angola/África
25/11/2010
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