A verdade dita num simples Comentário
Pelo fim do ano de 1939, fui servir na residência de Meishu-Sama. Certo dia, logo após minha chegada ao preparar-me para receber johrei de Meishu-Sama, ele me inquiriu: “Quando você operou o apêndice? Informei-lhe que havia sido em fevereiro daquele ano. “Na situação atual, prevejo que você terá mais uns treze anos de vida, se não tomar algum cuidado com isso”, disse-me. Eu o ouvi, mas não dei muita atenção ás suas palavras, até há pouco tempo. Agora compreendo como dei pouca importância ás sagradas palavras de Deus transmitidas por intermédio de Meishu-Sama.
Ele costumava dizer-nos: “lembrem-se de que mesmo um simples comentário que eventualmente faça contém uma importante verdade”. Eu havia esquecido essa declaração por muito tempo. Durante os treze anos que se passaram de nossa conversa, sofri inúmeras purificações, sentindo que uma milagrosa cura se processava gradativamente. No começo deste ano o local em torno da cicatriz da operação ficou avermelhado e enternecido como um grande caroço.
A dor que me causava era tão intensa que mal podia dormir á noite ou mesmo caminhar. Recebi johrei por certo tempo e eliminei grande quantidade de matéria purulenta em forma de uma pasta espessa.
Fonte: Livro / Reminiscências sobre Meishu-Sama
(Igreja Messiânica Mundial do Brasil)
(Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
5. Edição/ Dezembro/1987 – São Paulo/ SP. Vol. II
Não era Magia
Em maio de 1948, na ocasião em que trabalhava na construção de uma canalização de água no Solar da Contemplação da Montanha, no mini-Paraíso de Hakone, o cordão de meu Ohikari rompeu. Depois disso, não mais o usei, porque na realidade eu não entendia bem o que significava.
Certo dia, resolvi podar o enorme cipreste que havia no jardim para permitir que nossa plantação de verduras pudesse receber mais, sol. Para isso subi na árvore com um serrote preso á cintura. De repente, o galho em que me agarrava quebrou e despenquei de uma altura de quase quinze metros. Caí violentamente sobre a coxa batendo contra um tronco que estava no solo e fiquei sem poder mover-me. Tentei pedir socorro, mas a voz não saía. Tentei várias vezes até que consegui emitir alguns sons, o bastante para que minha mulher me ouvisse e viesse para me acudir. Ela chamou um ortopedista, membro da igreja.
Ele veio em seguida e me atendeu, mas eu continuava sem poder me movimentar porque a queda fora tão violenta que tive a impressão de que o cabo do serrote havia penetrado no meu corpo. Doía até quando respirava. Fiquei de cama durante duas semanas, impossibilitado de fazer qualquer coisa. Pensei que nunca mais poderia trabalhar mesmo depois que me recuperasse, e estava cogitando de pedir dispensa de meu trabalho. Foi nessa ocasião que recebi uma ajuda financeira de Meishu-Sama.
No décimo quinto dia, pude sentar pela primeira vez. No décimo sexto dia, já podia andar com a ajuda de uma bengala, e assim fui agradecer a Meishu-Sama o auxílio que me havia dado. Meu empregado mais antigo recomendou-me que pedisse johrei a Meishu-Sama. Assim, no décimo sétimo dia, fui até Shinzan-so, residência de Meishu-Sama em Hakone. Lá fiquei esperando junto á ponte até que Meishu-Sama terminasse seu café da manhã e saísse para atender seus compromissos do dia. Ao pedir-lhe johrei ele me disse; “Muito bem, vou ministra-lhe agora mesmo e você vai conseguir flexionar o tronco”.
Ele ministrou o johrei de uma distância de mais ou menos 2 metros durante um minuto, e perguntou: “Como se sente? Acho que pode curvar agora. Experimente”. Meio receoso, fiz uma tentativa e para espanto meu, verifiquei que podia flexionar o tronco. ”Você pode flexionar mais”, falou Meishu-Sama. Tentei outra vez e certifiquei-me de que podia movimentar-me ainda mais. Quando voltava para casa, imaginava que devia ter sido uma espécie de magia ou mágica. Se fosse, pensava, o encantamento desaparecerá com o passar do tempo. Acordei aquela noite, saí da cama e experimentei novamente fazer flexões. “Extraordinário!”, falei comigo mesmo, “O encantamento ainda está funcionando”.
Quando fui lavar o rosto pela manhã, pude curvar-me, pela primeira vez, desde que havia caído consegui usar as duas mãos. Cheguei á conclusão, então de que realmente havia sido curado pelo Poder de deus, atuando através de Meishu-Sama e de que não havia sido magia. Compreendi também, que Meishu-Sama era um homem maravilhoso. “Crer cegamente não é sinal de verdadeira Fé”, ensinava-nos Meishu-Sama. “Quando você obtém cura pelo johrei, você sente o poder de Deus. Este fato é que lhe permite conhecer a Verdadeira Fé”.
(Um Operário de Obras)
Fonte: Livro / Reminiscências sobre Meishu-Sama
(Igreja Messiânica Mundial do Brasil)
(Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
5. Edição/ Dezembro/1987 – São Paulo/ SP. Vol. II
Págs. (65 a 67)
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