domingo, 19 de janeiro de 2014

QUATRO PESSOAS ESPERADAS

Quatro Pessoas Esperadas 

A Segunda Guerra Mundial terminou em agosto de 1945. Durante a guerra e mesmo depois dela, houve muita escassez de arroz. Estávamos cientes de que, em nossa Sede geral, onde muitas pessoas trabalhavam, havia grande falta de arroz. Morávamos em Nigata, distrito famoso pela produção de arroz de modo que não foi muito difícil conseguir suprimento para nós, e tudo fizemos para conseguir quantidades maiores para atender nossa Sede. 

Certa vez, conseguimos comprar um arroz próprio para ser moído com o qual fazíamos moti (bolinhos de arroz) para levar á Sede. Bem cedo, tomamos o trem para Atami, eu e mais três companheiros. Naquela época de difíceis condições, não havia trens expressos, de sorte que chegamos ao nosso destino depois de onze horas da noite. A princípio pareceu-nos que seria melhor dormir na estação e prosseguir pela manhã. Havia, contudo, desocupados pelas redondezas por isso concluímos que ali não era um lugar bom para pernoitar. Achamos melhor ir direto para a residência de Meishu-Sama. Assim que chegamos á porta, uma das servidoras abriu-a. Ela agradeceu-nos as caixas de bolos de arroz.

Fizemos menção de ir embora, dizendo-lhe que retornaríamos na manhã seguinte. “Por favor, fiquem conosco e durmam aqui; disse ela. Meishu-Sama falou-me, por volta das nove horas, que viriam que os convidasse a ficar. Preparamos camas para vocês”. Ficamos tão surpresos com isso que momentaneamente perdemos a fala, pois não havíamos avisado a Meishu-Sama sobre nossa vinda. Como pode ele saber? Até hoje não encontrei uma explicação.

(Ministro Responsável por uma Igreja Filial)


Fonte: Livro/Reminiscências sobre Meishu-Sama
Edição (Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
Vol. II – 5. Edição/Dezembro/1987 – São Paulo/SP.
Pág.(32/33)


Uma Palavra Falada ao Acaso 

Aconteceu no verão de 1954, no Solar de Contemplação da Montanha, em Hakone. Meishu-Sama apontou para o lugar onde hoje está seu mausoléu e disse: “Não tardará muito para que esse lugar seja minha moradia definitiva”. Pensei que ele se referia a uma nova residência que ali pretendesse construir. Agora verifico que se referia á sua morte, da qual já deveria estar ciente naquela ocasião. Certa vez, Meishu-Sama disse: “Eu falo a verdade de maneira simples, concisa e direta. Por isso é que muitas vezes as pessoas não chegam a entender”. 

(Um Servidor Doméstico) 

Fonte: Livro/Reminiscências sobre Meishu-Sama
Edição (Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
Vol. II – 5. Edição/Dezembro/1987 – São Paulo/SP. 
Pág.(35)

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