segunda-feira, 17 de junho de 2013

Precisamos ser Universais

Precisamos ser Universais

Doravante, as pessoas precisam ser universais. A propósito disso, existe uma história interessante. Lego após a segunda Guerra Mundial, um ex-militar veio a mim muito nervoso e, com expressão de ressentimento, falou: “Não entendo de modo algum o motivo da rendição dos japoneses. É realmente algo inadmissível”. Impressionado por eu não ter dado importância ás suas palavras, perguntou: “O senhor é Japonês?” “Respondi”: “Não”. Ele ficou muito espantado e, trêmulo, insistiu: Qual é a sua nacionalidade?”Eu disse: “Sou Universal”. Ouvindo isso, o ex-militar ficou confuso e pediu que eu me explicasse melhor. O que vou escrever a seguir tem por base a explicação dada naquela oportunidade.

É errado distinguir um ser do outro os identificando como japonês chinês ou de outra nacionalidade qualquer. Os japoneses daquela época agiam assim. Tendo vencido as guerras contra a China e a Rússia, começaram a se orgulhar, por se verem incluídos entre os países de primeiro plano. Não só julgaram como também fizeram os outros julgar que o Japão era um País Divino, todo especial. Tais pensamentos acabaram por gerar a Segunda Guerra Mundial. Por idênticos motivos, passaram a desprezar os outros povos, como se estes fossem meros animais, pondo-se a matar pessoas com a maior naturalidade e a invadir as outras nações como bem entendiam. No final, entretanto, acabaram recebendo uma lição, sendo derrotados. A verdade é que enquanto cada povo tiver o pensamento de que, se o seu próprio país estiver bem, não interessa como estejam os demais, será impossível consegui-se a paz mundial.

Poderemos entender isso melhor imaginando, por exemplo, um conflito entre dois estados do Japão. Como o problema ocorre dentro de um mesmo país, tratando-se, portanto, de conflito entre irmãos é lógico que será fácil resolvê-lo. Logo, basta aplicarmos esse conceito em amplitude mundial. É como diz o famoso poema do Imperador Meiji: “Na era em que consideramos todos os povos irmãos inclusive os de além-mar- porque as ondas e os ventos se enfurecem? É exatamente isso. Se todos pensassem assim, se a humanidade tivesse esse sentimento amplo, amanhã mesmo estaria concretizada a paz no mundo. Todos os países formariam uma só família não havendo motivo para guerras.

Pensamentos egocêntricos que levam as pessoas a formar grupos que, dizendo-se defensores de determinada ideologia ou pensamento, consideram os demais como inimigos não só geram erros para a Nação, como também constituem um obstáculo para a paz mundial. Com base no que estou dizendo, é preciso que pelo menos todos os japoneses, em comemoração á assinatura do Tratado de Paz, tornem-se universais, libertando-se do pensamento amplo, irrestrito. Doravante, entre os pensamentos que dominam a humanidade, este deverá estar á frente de todos, pois o mundo inteiro precisa de pessoas que pensem assim. O assunto muda um pouco, mas também no que se refere á religião o comportamento deve ser o mesmo já está fora de época criar alas dentro de uma religião ou de uma seita.

Modéstia á parte, a nossa igreja não é assim. Ela não os proíbe contatar com as outras religiões. Ao contrário, esse contato é até motivo de alegria para nós, visto que pacifista, ela tem por objetivo harmonizar toda a humanidade, fazendo dos seres humanos uma só família. Sendo assim, consideramos todas as religiões como companheiras e queremos dar-lhes as mãos, caminhando lado a lado com elas. 

(03 de Outubro de 1951)


Fonte: Livro/ Alicerce do Paraíso
(Ensinamentos de Meishu-Sama)
Tradução: Fundação Mokiti Okada – M.O. A
14. Edição – São Paulo /SP.
Site: www.messianica.org.br






Dinheiro mal ganho Dinheiro mal gasto

Há um antigo ditado que encerra uma grande verdade “Dinheiro mal ganho, Dinheiro mal gasto”. Vou interpretá-lo espiritualmente. Existem vários tipos de investimentos, como a Bolsa de Valores, o aumento ou a diminuição do preço das mercadorias as apostas em corridas de cavalos, etc. De todos eles, o mais representativo é a Bolsa de valores, e por isso vou me deter em sua análise. Na época em que eu era agnóstico, lancei mão desse investimento. Durante alguns anos vendi e comprei ações, mas acabei tendo um grande prejuízo. Naturalmente, esse também foi um dos motivos que me levaram a entrar, para a vida religiosa.

Além disso, os conhecimentos que adquiri sobre o lado espiritual da questão, mostraram-me que jamais se deve fazer tal tipo de investimento. Gostaria, portanto, que as pessoas interessadas na Bolsa de Valores não deixassem de ler este artigo. È costume dizer-se que, na Bolsa de Valores, cem pessoas perdem para uma lucrar, e é exatamente assim. Não existe, entretanto uma só pessoa que, tendo-se tornado multimilionária da noite para o dia, consiga conservar essa fortuna por muito tempo. Além disso, quem tem grandes ganhos é quem, mas perde; quanto mais a pessoa lucra, é como se em seu caminho existisse um precipício a esperá-la. Espiritualmente, a explicação é a seguinte: A grande maioria das pessoas que perdeu na Bolsa de valores sente-se decepcionada, inconformada, querendo de qualquer jeito recuperar o dinheiro perdida. Conseqüentemente, esse ressentimento converge para a pessoa que lhes sugou o dinheiro, mas como não sabe quem é, nem onde reside, acaba convergindo naturalmente para a Bolsa de Valores e se acumula nas notas de dinheiro. 

Analisando espiritualmente, no dinheiro que circula na Bolsa de valores imprime, nesse momento, a imagem do ódio do rancor do ressentimento de milhares de pessoas. Como essas imagens e as próprias pessoas prejudicadas estão ligadas por um ele espiritual, o desejo que elas têm de recuperar o dinheiro perdido continuamente esta puxando esse dinheiro. Por isso, ele nunca permanece muito tempo nos cofres da pessoa que o ganhou. Um dia, ele é puxado, e a pessoa sofre um grande prejuízo, ficando sem um vintém. Isso não ocorre apenas nos investimento, mas em tudo que se relaciona com dinheiro. Por exemplo: quando as riquezas são obtidas de forma ilícita; quando não se dá a alguém, intencionalmente e dinheiro que se deveria ter dado, quando não se paga uma dívida e em outras situações. Em tais oportunidades, a pessoa lesada fica furiosa, e , como no caso da Bolsa de Valores, aquele que a lesou fatalmente perderá dinheiro.


Outro fato que se precisa saber é que desde os tempos antigos, muitos prédios religiosos ficaram reduzidos a cinzas em conseqüência de incêndios. Parece impossível que templos relicários, santuários e outras construções realizadas com recursos puros sejam destruídos dessa forma. Mas existe motivo. É que, por ocasião de se angariarem fundos para construí-los, forçou-se a situação. Às vezes, determina-se uma quantia para os membros ou igrejas filiais, que são forçados a colaborar. Mas é uma atitude errada. Tratando-se de ofertas em dinheiro para a obra Divina, o correto é que a quantia seja determinada pela livre e espontânea vontade da pessoa. Só quando se faz uma oferta com alegria e satisfação é que o dinheiro se torna realmente puro. Outro fator importante é que as construções religiosas devem ser realizadas de acordo com a vontade de Deus; não se devem fazer coisas erradas, que as impregnem de máculas, caso contrário elas receberão o batismo do fogo. Voltando as caso da Bolsa de Valores, quando o objetivo não for o de lucrar comas cotações, trata-se de um bom investimento. Está muito certo comprar ações visando os juros, isto é os dividendos; não representa comprar nenhuma espécie de rancor. Pelo contrário, é um investimento muito útil ao desenvolvimento da indústria e deve ser bastante incentivado.

(25 de Junho de 1949)


Fonte: Livro / Alicerce do Paraíso
(Ensinamentos de Meishu-Sama)
14. Edição – São Paulo/SP.
Tradução: Fundação Mokiti Okada – M.O. A
Pág.: (301/302/303)
Site: www.messianica.org.br













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