segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Contos e Lendas de Natal




    A Lenda de São Nicolau (St. Nicolas, Santa Claus,

    Papai Noel, Pai Natal) 



Nicolau, filho de cristãos abastados, nasceu na segunda metade do século III, em Patara, uma cidade portuária muito movimentada. Conta-se que foi desde muito cedo que Nicolau se mostrou generoso. Uma das histórias mais conhecidas relata a de um comerciante falido que tinha três filhas e que, perante a sua precária situação, não tendo dote para casar bem as suas filhas, estava tentado a prostituí-las. Quando Nicolau soube disso, passou junto da casa do comerciante e atirou um saco de ouro e prata pela janela aberta, que caiu junto da lareira, perto de umas meias que estavam a secar. Assim, o comerciante pôde preparar o enxoval da filha mais velha e casá-la. Nicolau fez o mesmo para as outras duas filhas do comerciante, assim que estas atingiram a maturidade. 


Quando os pais de Nicolau morreram, o tio aconselhou-o a viajar até à Terra Santa. Durante a viagem, deu-se uma violenta tempestade que acalmou rapidamente assim que Nicolau começou a rezar (foi por isso que tornou também o padroeiro dos marinheiros e dos mercadores). Ao voltar de viagem, decidiu ir morar para Mira (sudoeste da Ásia menor), doando todos os seus bens e vivendo na pobreza. Quando o bispo de Mira da altura morreu, os anciões da cidade não sabiam quem nomear para bispo, colocando a decisão na vontade de Deus. Na noite seguinte, o ancião mais velho sonhou com Deus que lhe disse que o primeiro homem a entrar na igreja no dia seguinte, seria o novo bispo de Mira. Nicolau costumava levantar-se cedo para lá rezar e foi assim que, sendo o primeiro homem a entrar na igreja naquele dia, se tornou bispo de Mira. 

S. Nicolau faleceu a seis de Dezembro de 342 (meados do século IV) e os seus restos mortais foram levados, em 1807, para a cidade de Bari, em Itália. É atualmente um dos santos mais populares entre os cristãos. S. Nicolau tornou-se numa tradição em toda a Europa. É conhecido como figura lendária que distribui prenda na época do Natal. Originalmente, a festa de S. Nicolau era celebrada a 6 de Dezembro, com a entrega de presentes. Quando a tradição de S. Nicolau prevaleceu, apesar de ser retirada pela igreja católica do calendário oficial em 1969, ficou associado pelos cristãos ao dia de Natal (25 de Dezembro) 

A imagem que temos, hoje em dia, do Papai Noel é a de um homem velhinho e simpático, de aspecto gorducho, barba branca e vestido de vermelho, que conduz um trenó puxado por renas, que esta carregado de prendas e voa, através dos céus, na véspera de Natal, para distribuir as prendas de natal. O Papai Noel passa por cada uma das casas de todas as crianças bem comportadas, entrando pela chaminé, e depositando os presentes nas árvores de Natal ou meios penduradas na lareira. Esta imagem, tal como hoje a vemos, teve origem num poema de Clement Clark More, um ministro episcopal, intitulado de “Um relato da visita de S. Nicolau”, que este escreveu para as suas filhas. Este poema foi publicado por uma senhora chamado Harriet Butler, que tomou conhecimento do poema através dos filhos de More e o levou ao editor do Jornal Troy Sentinel, em Nova Iorque, publicando-o no Natal de 1823, sem fazer referência ao seu autor. Só em 1844 é que Clement C. More reclamou a autoria desse poema. 

Hoje em dia, na época do Natal, são costume as crianças, de vários pontos do mundo, escrever uma carta ao S. Nicolau, agora conhecido como Papai Noel, onde registram as suas prendas preferidas. Nesta época, também se decora a árvore de Natal e se enfeita a casa com outras decorações natalícias. Também são enviados postais desejando Boas Festas aos amigos e familiares. 

Atualmente, Há quem atribuía à época de Natal um significado meramente consumista. Outros vêem o Papai Noel como o espírito da bondade, da oferta. Os cristãos associam-no à lenda do antigo santo, representando a generosidade para com o outro. 

Festas Felizes!





A Lenda dos Reis Magos 


Conta a Lenda que, vindos do Oriente, três Reis Magos, Melchior, Gaspar e Baltazar, seguiram a Estrela de Belém, que os levou até ao menino Jesus. Os Magos, ao saber que se tratava do nascimento de um rei, tinham perguntado ao Rei Herodes sobre Ele. O Rei Herodes, que de nada sabia, pediu aos Reis Magos que assim que O encontrassem, o informassem sobre o local do nascimento, de modo a poder também ele visitá-Lo. É claro que a intenção de Herodes era ver-se livre desse novo Rei, pois o considerava uma ameaça. 

Os três Reis Magos ao encontrarem o Menino Jesus celebraram com júbilo o seu nascimento oferecendo-lhe Ouro, Incenso e Mirra, e venerando-O como Rei dos Judeus. Os Reis Magos não voltaram a estar com o Rei Herodes, após serem alertados em sonhos, da intenção deste em matar Jesus. 



A Lenda da Rosa de Natal 



Na noite em que o Menino Jesus nasceu uma pequena pastora, que no monte guardava o seu rebanho, viu passar alguns pastores e três Reis Magos, que se dirigiam para o estábulo onde Jesus estava em palhas deitado, junto de Maria e José. Os pastores levavam presentes e, os três reis magos, levavam ricas ofertas de ouro, incenso e mirra! 

A pequena pastora ficou triste, pois não tinha nada para oferecer ao menino Jesus, e começou a chorar. Um anjo, que por ali passava ao ver tamanha tristeza, passou junto da menina e, quando as suas lágrimas caíram na terra gelada, transformou-as em lindas rosas brancas, que a menina com o coração carregado de felicidade, rapidamente apanhou e levou como oferta ao Menino Jesus. 



A Lenda da Vela de Natal 




Era uma vez um pobre sapateiro que vivia numa cabana, na encruzilhada de um caminho, perto de um pequeno e humilde povoado. Como era um homem bom e queria ajudar os viajantes, que à noite por ali passavam, deixava na janela da sua casa, uma vela acesa todas as noites, de modo a guiá-los. E apesar da doença e a fome, nunca deixou de acender a sua vela. Veio então uma grande guerra, e todos os jovens partiram, deixando a cidade ainda mais pobre e triste. 

As pessoas do povoado ao verem a persistência daquele pobre sapateiro, que continuava a viver a sua vida cheio de esperança e bondade, decidiram imitá-lo e, naquela noite, que era a véspera de Natal, todos acederam uma vela em suas casas, iluminando todo o povoado. À meia-noite, os sinos da igreja começaram a tocar, anunciando a boa notícia: a guerra tinha acabado e os jovens regressavam às suas casas! 

Todos gritaram: “É um milagre! É o milagre das velas!”. A partir daquele dia, acender uma vela tornou-se tradição em quase todos os povos, na véspera de Natal. 


A Lenda da Flor de Natal 




Diz a lenda, que uma menina chamada Pepita, sendo pobre, não podia oferecer um presente merecedor ao menino Jesus, na missa de Natal. Muito triste, contou o fato ao seu primo Pedro, que ia com ela a caminho da igreja. Este lhe disse que ela não tinha que estar triste, pois o que mais importa quando oferecemos algo a alguém, é o amor com que oferecemos, especialmente aos olhos de Jesus.Pepita lembrou-se então de ir recolhendo alguns ramos secos que ia encontrando pelo caminho, para lhe oferecer. 

Quando chegou à igreja, Pepita olha para os ramos que colheu e começa a chorar, pois acha esta oferenda muito pobre. Mesmo assim, decide oferecê-las com todo o seu amor. Entra na igreja e, quando deposita os ramos em frente da imagem do menino Jesus, estes adquirem uma cor vermelha brilhante, perante o espanto de toda a congregação presente. Este fato foi considerado por todos os milagres daquele Natal. 


A Lenda das Renas do Papai Noel 



O Mito das Renas do Papai Noel foi criado na Europa do séc. XIX, a partir do costume de nos países como o Canadá (Norte), Alasca, Rússia, Escandinávia e Islândia, as pessoas se deslocarem na neve, usando um trenó puxado por renas. Porém, as renas do Papai Noel são especiais pois, apesar de serem semelhantes às renas que existem nesses países, são as únicas renas que conseguem voar, de modo a que o Papai Noel possa entregar os presentes no dia certo e sem atrasos a todas as crianças do mundo inteiro. 


Na tradição anglo-saxônica original só existem oito renas, número habitualmente utilizado para puxar os trenós tradicionais. Os seus nomes são: Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen ou em português, Corredora, Dançarina, Imperadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago. A rena Rudolph ou Rodolfo, que acabou por ser a mais conhecida, só mais tarde integrou o grupo (1939). 

Conta-se que o Papai Noel ao chegar a uma das casas para entregar os presentes, encontrou por acaso a rena Rodolfo, que era diferente das suas outras renas, pois tinha um nariz vermelho e luminoso. Como nessa noite o nevoeiro era muito intenso, o Papai Noel pediu a Rodolfo que se juntasse a ele e liderasse as suas renas de modo a que não se perdessem pelo caminho. A partir daí, Rodolfo passou a ser a rena que guia o trenó do Papai Noel todos os Natais. 



Fonte: natal.com.pt/tradicoes-estrela-de-natal


Contos de Natal



O Pinheiro de Natal 


Conta a história que na noite de Natal, junto ao presépio, se encontravam três árvores: Uma tamareira, uma oliveira e um pinheiro. As três árvores ao verem Jesus nascer, quiseram oferecer-lhe um presente. A oliveira foi a primeira a oferecer, dando ao menino Jesus as suas azeitonas. A tamareira, logo a seguir, ofereceu-lhe as suas doces tâmaras. Mas o pinheiro como não tinha nada para oferecer, ficou muito infeliz. 

As estrelas do céu, vendo a tristeza do pinheiro, que nada tinha para dar ao menino Jesus, decidiram descer e pousar sobre os seus galhos, iluminando e adornando o pinheiro que assim se ofereceu ao menino Jesus. 



O Sonho do Papai Noel 



Papai Noel estava a sonhar um lindo sonho, do qual não queria acordar. Era véspera de Natal e todos estavam felizes! Ninguém estava sozinho! Todos tinham família, e uma casa onde estar, com a mesa pronta para a ceia de natal e com comida para todos. Não havia pobreza, nem ódio, nem guerras. Todos eram amigos, não havia brigas, palavrões nem má educação, e o Papai Noel via como todos eram carinhosos uns com os outros. As pessoas que se encontravam nas ruas, a caminho de casa, cantarolavam alegremente músicas de natal, levando as últimas prendas para colocar debaixo do pinheiro. Nem cão nem gato estavam sozinhos nesta noite fria. Todos tinham um lugar aconchegado onde ficar. 


E o Papai Noel não conseguia deixar de sorrir, de tanta felicidade ao ver o mundo cheio de paz, amor e harmonia! 

Mas o Papai Noel acordou e viu que tudo não passara de um sonho maravilhoso, e ficou triste. Só algumas pessoas no mundo eram felizes, capazes de celebrar o natal em alegria, paz e comunhão com os seus, de terem um lar, comida, roupa e amor. Então o Papai Noel pensou: Terei de continuar a ajudar crianças e adultos a ter um Natal Feliz! Vou preparar as renas e o meu trenó, para enchê-lo com prendas e distribuí-las esta noite, de modo a que, pelo menos uma vez por ano, haja alegria no coração de todos nós! 

E assim o Papai Noel continua, ano após ano, a cumprir a sua tarefa, até que um dia possa ver o seu lindo sonho concretizado. 

Ho, Ho, Ho! Feliz Natal a Todos! 






O Atraso do Papai Noel 



Todos os anos, como já é costume, o Papai Noel vai a uma pequena aldeia levar os presentes às crianças. Mas este ano aconteceu uma desgraça: O Papai Noel atrasou-se, e as crianças da aldeia ficaram preocupadas, pois ainda não receberam os presentes. 

- Onde está o Papai Noel? – Perguntou uma das crianças da aldeia aos seus amigos.
- Não sabemos – disseram todos em coro – O Papai Noel ainda não foi à nossa casa!
- O Papai Noel atrasou-se?! – Perguntou uma das crianças.
- Que estranho, o Papai Noel nunca se atrasa! – Disse a outra.
- Vamos ter com ele ao Pólo Norte! – falou entusiasmada uma criança.
- Boa idéia! – Disseram todos – Vamos à casa dele!

Assim o disseram, assim o fizeram! Foi todos à casa do Papai Noel, e quando lá chegaram bateram à porta e disseram:
- Papai Noel! Somos nós, as crianças da aldeia. 

O Papai Noel foi abrir a porta e disse:
- Entrem crianças, entrem. Desculpem-me eu tenho uma rena doente e tive de arranjar outra, ia agora mesmo para a aldeia…
- Papai Noel, nós não sabíamos o que tinha acontecido e ficamos preocupados, mas agora já estamos mais descansadas. – Interromperam as crianças.
- Agora podemos ir todos no meu trenó para a aldeia! – Sugeriu o Papai Noel.
- Sim! Nós íamos adorar.
- Então vamos!

Foram todos para a aldeia, mas quando lá chegaram encontraram as mães muito preocupadas com o desaparecimento dos seus filhos, e com o atraso do Papai Noel.
- Ai, ai, esquecemo-nos de avisar as nossas mães, e elas agora estão preocupadas.
- Olhem – disse uma das mães – não é os nossos filhos e o Papai Noel?
- São! Mas como é que os nossos filhos estão com o Papai Noel?
- Pois não sabemos!
Já era muito tarde, e já passava muito da hora de abrir os presentes.

- Fomos ver o Papai Noel, porque ele estava atrasado e esquecemo-nos de vos avisar, desculpem! – Disseram todas as crianças, envergonhadas.
Uma das mães respondeu:
- Não faz mal, o que importa é que todos estão bem. Vamos abrir as prendas?
O Papai Noel deu então os presentes às crianças e prometeu nunca mais se atrasar. 


[Enviado em Dezembro de 2011 por Luísa Silva] 


Fonte: natal.com.pt/tradicoes-estrela-de-natal 





Tradições de Natal




A Estrela de Natal 


A Estrela de Natal, também conhecida como a Estrela de Belém, tornou-se num ornamento típico das nossas casas, na época de Natal. É colocada no topo da árvore de Natal ou no presépio e lembra-nos a estrela que guiou os três Reis Magos até ao local onde o Menino Jesus nasceu. 

A estrela característica possui quatro pontas que representam os pontos cardeais (norte, sul, este, oeste) e uma cauda luminosa, fazendo lembrar um cometa. Também se usa a estrela de cinco pontas lembrando o ser humano (Cabeça, braços e pernas). A estrela de Natal para além de ter orientado os reis magos, representa a Luz do Mundo, Jesus Cristo. 

Cientificamente, Johannes Kepler, astrônomo, matemático e astrólogo alemão do séc. XVII, explica o aparecimento da estrela de Belém com o fato de ter havido, na altura, uma conjunção entre o planeta Júpiter e o planeta Saturno, na constelação de peixes, que levou a formação de uma luz intensa, fora do normal, e que deu origem a esta “Estrela”. 

A referência bíblica da estrela de Natal é feita no Evangelho de Mateus, onde relata a vinda de sábios do oriente para visitar o Messias recém-nascido. Como não sabiam onde se encontrava Jesus, os três Reis Magos perguntaram na corte do Rei Herodes, mas sem sucesso. Herodes ao saber do nascimento do Rei dos Judeus pediu-lhes que assim que encontrassem Jesus, o informassem. 

Os reis magos, vendo surgir no céu uma luz intensa, seguiram-na, encontrando em Belém o Menino Jesus. Estes ofereceram a Jesus prendas, mas não voltaram à corte do Rei Herodes. 



O Presépio 


A palavra Presépio deriva do latim praesepium, que quer dizer curral, estábulo ou lugar de recolha de gado.
Conta a tradição católica que o presépio teve origem surgiu no séc. XIII, em Úmbria (região da Itália central). Foi S. Francisco de Assis que, com a permissão do Papa, criou um presépio com figuras humanas e animais, recreando o local de nascimento de Jesus, que serviu de pano de fundo para a missa de Natal desse ano. Esta representação teve tanto sucesso, que se tornou numa referência Cristã, representativa do Natal, em quase todo o mundo. 

Em Portugal, o presépio tem tradições muito antigas (por volta do séc. XVII). É colocado no início do Advento sem a figura do menino Jesus, que será posta na noite de Natal, após a missa do galo. O presépio é desmontado no dia seguinte ao Dia de Reis. 

Na tradição Portuguesa, as figuras que se colocam no presépio, além da Sagrada família (S. José, Maria e o Menino Jesus), dos pastores e alguns animais, e dos três Reis Magos, também encontramos figuras como o moleiro e o seu moinho, lavadeiras, membros de um rancho folclórico e outros personagens típicos da cultura portuguesa. Tradicionalmente feito de barro, podemos encontrar ainda peças de diversos materiais, desde tecido ou madeira até porcelana fina. 

Fonte: natal.com.pt/tradicoes-estrela-de-natal 








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