DEVEMOS AGRADECER A TUDO E A TODOS
Numa de suas Palestras, o Mestre disse: “Doença é luxo: todo descontentamento ou insatisfação é luxo”. Essas palavras calaram fundo em meu coração. “E verdade” pensei “, como posso dar-me ao luxo de ficar doente ou deixar-me levar por sentimentos pessoais e nutrir descontentamentos e insatisfações, numa hora como esta, em que devemos pensar no bem de todos”? Refletindo assim, extinguiram-se instantaneamente os descontentamentos que eu mantinha em relação aos outros e que ás vezes surgiam em minha mente.
Mesmo durante uma tempestade, ou em dias de intenso calor, posso conversar e rir com meus amigos e conhecidos numa convivência harmoniosa e feliz. Só isso já constitui uma grande felicidade. Temos também amigos e parentes que nos amam sinceramente.As felicidades são incontáveis. Se, apesar disso, ás vezes surgiam insatisfações em mim, é porque minha mente ainda era muito pequena, muito mesquinha, muito individualista.
Devia envergonhar-me de nutrir descontentamentos e insatisfações, por menores que fossem. Quanto mais desejamos “ a máxima felicidade para o maior número de pessoas”, maior deve ser nosso empenho em rejeitar energicamente o apego a questões pessoais insignificantes. Se cada membro da família pensar no bem da sociedade, se cada ser humano pensar no bem da humanidade; enfim se cada pessoa abandonar o individualismo e procurar resolver a questões visando ao bem do “todos os conflitos deste mundo tem suas causas no apego das pesspas a si mesmas a seus sentimentos pessoais em detrimento do geral, do todo.
Cada um de nossos atos deve visar ao bem geral. Isto é, noque quer que façamos, não devemos ter em mente nossa própria conveniência , mas sim a felicidade geral do lar, da sociedade e a humanidade. Precisamos manter sempre firmes a convicção e a consciência de que cada um de nós pertence ao todo, e nortear nossa vida cotidiana baseados nessa convicção.
Este é o correto modo de viver. Foi justamente quando refletia profundamente nesses aspectos, que me chegou ás mãos uma revista, onde um articulista escreve: “Na fábrica onde eu trabalho, ouvi algo interessante numa das Palestras dirigidas as operários.
Foi dito que, nesta vida, o valor das pessoas é medido pelo seu espírito de dedicação. Devemos perguntar a nós mesmos se estamos doando-nos e dedicando-nos realmente e, se tivermos dívidas, devemos medir o nosso espírito de dedicação”. Um outro artuculista escreve com palavras veementes: “Estamos numa época em que é preciso viver com todas as forças, em meio á tempestade que assola o mundo.
Precisamos, daqui para a frente, ir cultivando uma nova maneira de viver e umanova mentalidade, adequadas a esta época. Somente aqueles que vivem com esforço sincero para melhorar são dignos de admiração. Uma vida bela, digna de admiração, é a vida dedicada ao amor. Vida dedicada ao amor é a vida empenhada na “doação de si mesmo”. Vida empenhada na “doação de si mesmo” é a vida dedicada ao trabalho em benefício de todos”.
Abandonar o egoísmo e trabalhar em benefício de todos este é, sempre o caminho certo. Esta deve ser a atitude natural das pessoas, mesmo quando o mundo não atravessa uma época de crise. É inadmissível esquivar-se de tomar essa atitude, argumentando: “Não vou fazer isso porque não me agrada”, “Isso é incompatível com meu gênio”. “Não é do meu gosto”etc. Mesmo um determinado gesto no dia a dia de uma pessoa, quando praticado com a mente voltada para o bem do todo, move os outros e faz com que a vida deles seja mais feliz.
De: O Livro da Mulher, 5. Ed. Pp.(126/130)
(Teruko Taniguchi)
Revista Seicho-no-ie - Ano: XXXI – N. 368 – Março /2016
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