terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

LIÇÕES DE VIDA

BOLSA DE ÁGUA QUENTE 

Certa noite eu estava fazendo de tudo para ajudar uma mãe em trabalho de parto. Apesar do esforço, ela não resistiu, e nos deixou com um bebê prematuro e uma filha de dois anos em prantos. Era muito complicado manter o bebê vivo sem uma incubadora (não tínhamos eletricidade para ativar uma incubadora). Também não tínhamos recursos adequados de alimentação.Mesmo morando na linha do equador, as noites eram, não raro, frias com aragens traiçoeiras.

Uma das aprendizes de parteira foi buscar a caixa que reservávamos a tais bebês e os panos de algodão para envolvê-los. Uma outra foi alimentar o fogo para aquecer uma chaleira de água para a bolsa de água quenteSem demora retornou desconsolada pois a bolsa havia rompido. Borracha estraga fácil em clima tropical. "Era nossa última bolsa", disse-me.

Assim como no ocidente se diz que "não adianta chorar sobre o leite derramado", na África central poderia ser que "não adianta chorar sobre bolsas estragadas". Elas não crescem em árvores, e não existem farmácias no meio das florestas."Muito bem", disse eu, "coloquem o bebê em segurança tão próximo quanto possível do fogo e durmam entre a porta e o bebê para protegê-la das lufadas de vento frio. Mantenham o bebê aquecido."

Na tarde seguinte, fui orar com as órfãs que eventualmente quisessem reunir-se comigo. Fiz uma série de sugestões que pudessem despertá-las a orar e, também, contei-lhes sobre o bebê.Expliquei nossa dificuldade em manter o bebê aquecido em função da única bolsa de água quente que havia estourado. E que o bebê poderia morrer se pegasse frio. Mencionei a irmãzinha de 2 anos que não parava de chorar a perda e ausência da mãe

Durante as orações, uma das meninas de 10 anos, com aquela clarividência estonteante das nossas crianças africanas, orou: "Por favor, Deus, manda-nos uma bolsa de água quente. Amanhã talvez já vai ser tarde, Deus, porque o bebê pode não agüentar. Por isso, manda a bolsa ainda hoje."Enquanto eu ainda procurava recuperar o ar diante de tamanha audácia, num corolário, acrescentou: "E já que estás cuidando disso, por favor, Deus, manda junto uma boneca para a maninha dela, para que saiba que também a amas de verdade."

Como acontece muito com crianças, me colocaram em apuros. Poderia eu, honestamente, dizer "Amém" ? Eu simplesmente não podia acreditar que Deus poderia fazê-lo. A Bíblia diz isso. Mas há limites. Ou não? O único jeito de Deus atender tal pedido seria por encomenda à minha terra natal, via correio.Eu estava então na África, por 4 anos. E jamais havia recebido uma encomenda postal de casa. De qualquer forma, se alguém mandasse algo, poria nela uma bolsa de água quente? Eu morava na linha do equador. À meia tarde, durante uma aula da escola de enfermagem, veio um recado dizendo que um carro estacionara no portão de minha casa. Ao chegar em casa, o carro havia partido, mas deixara um pacote de 11 kg na varanda.

Meus olhos lacrimejaram.Não consegui abrir o pacote sozinho, e solicitei que algumas crianças do orfanato me ajudassem. Tudo foi feito com muito cuidado para que nada fosse danificado. Os corações batiam forte.Trinta a quarenta olhos acompanhavam arregaladamente cada ação. A camada de cima era composta de roupas coloridas e cintilantes. Os olhinhos das crianças brilhavam à medida em que as distribuía. Depois vieram as ataduras para os leprosos, caixinhas de passas de uva e farinha, que dariam gostosos bolos para o fim de semana.

Quando pus as mãos de novo na caixa, pasmem,... "Uma bolsa de água quente, novinha em folha" eu gritei! Eu não havia feito nenhuma encomenda neste sentido. Rute, que estava no banco da frente, saltou e começou a gritar: "Se Deus mandou a bolsa, Ele também mandou a boneca!" Enfiando as mãos na caixa, se pôs à procura da boneca. E lá estava ela, maravilhosamente vestida!

Rute nunca duvidara. Olhando para mim, perguntou: "Posso ir junto levar a boneca para aquela menina, para que ela saiba que Jesus também a ama muito?" Esse pacote estivera a caminho por 5 meses. Foi uma iniciativa da minha ex-professora de escola bíblica, cuja líder atendeu à voz do Senhor de enviar uma bolsa de água quente. E uma das meninas da turma decidiu mandar junto uma boneca cinco meses antes, em resposta a uma oração de outra menina de 10 anos que acreditou fielmente que Deus atenderia a sua oração, ainda naquela tarde." "E será que, antes que clamem, eu responderei...” (Is 65.24).

A oração que segue leva menos de 1 minuto. Ao recebê-la, faça-a. É só o que peço. Nada mais. Passe a mesma adiante para quem desejar. Mas não deixe de fazê-lo, por favor. A oração é um dos maiores presentes gratuitos que temos. Ela não custa nada, mas tem muitas recompensas. Continuemos orando uns pelos outros.

"Pai, peço-te que abençoes meus amigos ao lerem esta oração. Atenta para sua mente e corações. Onde houver dor, concede paz e misericórdia. Onde houver dúvidas, renova a confiança de que podes agir por meio deles. Onde houver canseira e esgotamento, dá compreensão, orientação e força para se colocarem sob a Tua liderança. Onde houver estagnação espiritual, peço-Te que os renoves mostrando-lhes que estás perto e queres que se aproximem de Ti e busquem intimidade Contigo. Onde houver medo, revela Teu amor, e concede-lhes Tua coragem. Onde houver qualquer pecado criando bloqueios, dá-lhes o poder de enxergá-lo para que as amarras se soltem em favor dos seus amigos. 

Abençoa tudo que somos e temos, abrindo nossos olhos e coração para onde a necessidade nos orientar. Dá-nos discernimento para reconhecer os obstáculos e a superá-los pelo Teu poder e amor”.

Peço-te isso em nome do Senhor!

Autor: Desconhecido



LIÇÃO DE BONDADE

Aquele moço seguia todos os dias pelo mesmo caminho. Em suas viagens diárias do subúrbio, onde morava, ao centro da cidade, onde trabalhava, o trem sempre passava por um viaduto de onde se podia ver o interior de alguns apartamentos no prédio localizado em nível inferior. 

Naquele lugar o trem diminuía a velocidade e por isso o rapaz podia observar através da janela de um dos apartamentos, uma senhora idosa deitada sobre a cama. Ele via aquela cena há mais de um mês. A senhora certamente convalescia de alguma enfermidade, era o que ele pensava. O jovem teve pena dela e desejou vê-la restabelecida.Num domingo, achando-se casualmente naquelas imediações, cedeu a um impulso sentimental e foi até o prédio onde a senhora morava.Perguntou ao porteiro o nome da anciã e depois lhe enviou um cartão com votos de restabelecimento, assinando apenas: "Um rapaz que passa diariamente de trem." 

Dali a uma semana mais ou menos, a caminho de casa no trem, o jovem olhou como sempre, para a janela. No quarto não havia ninguém e a cama estava cuidadosamente arrumada. No parapeito da janela, porém, estava afixado um pequeno cartaz escrito à mão e iluminado por uma lâmpada de cabeceira. Mostrava apenas uma frase singela de gratidão, dizendo: "Deus o abençoe" 

Aquele jovem do trem não tinha outra intenção a não ser ajudar anonimamente a uma pessoa desconhecida, atendendo a um apelo do seu coração generoso. E é por essas e outras razões que vale a pena acreditar que ainda encontramos pessoas boas no mundo. 

“Um gesto de solidariedade não custa nada, não tem contra indicação e está ao alcance de todos”. 

Autor: Desconhecido



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