terça-feira, 14 de abril de 2015

LIÇÕES DE VIDA

A História de Rosa 


No primeiro dia de aula nosso professor se apresentou aos alunos, e nos desafiou a que nos apresentássemos a alguém que não conhecêssemos ainda. Eu fiquei em pé para olhar ao redor quando uma mão suave tocou meu ombro. Olhei para trás e vi uma pequena senhora, velhinha e enrugada, sorrindo radiante para mim. Um sorriso lindo que iluminava todo o seu ser. Ela disse: “Ei, bonitão. Meu nome é Rosa. Eu tenho oitenta e sete anos de idade. Posso te dar um abraço?” Eu ri, e respondi entusiasticamente: “É claro que pode!”, e ela me deu um gigantesco apertão.

Não resisti e perguntei-lhe: “Por que você está na faculdade em tão tenra e inocente idade?”, e ela respondeu brincalhona: “Estou aqui para encontrar um marido rico, casar, ter um casal de filhos, e então me aposentar e viajar”. “Está brincando”, eu disse.Eu estava curioso em saber o que a havia motivado a entrar neste desafio com a sua idade, e ela disse: “Eu sempre sonhei em ter um estudo universitário, e agora estou tendo um!”Após a aula nós caminhamos para o prédio da união dos estudantes, e dividimos um milk shake de chocolate. Nos tornamos amigos instantaneamente. Todos os dias nos próximos três meses nós teríamos aula juntos e falaríamos sem parar.Eu ficava sempre extasiado ouvindo aquela “máquina do tempo” compartilhar sua experiência e sabedoria comigo. No decurso de um ano, Rosa tornou-se um ícone no campus universitário, e fazia amigos facilmente, onde quer que fosse.

Ela adorava vestir-se bem, e revelava-se na atenção que lhe davam os outros estudantes. Ela estava curtindo a vida! No fim do semestre nós convidamos Rosa para falar no nosso banquete de futebol. Jamais esquecerei o que ela nos ensinou. Ela foi apresentada e se aproximou do podium. Quando ela começou a ler a sua fala, já preparada, deixou cair três, das cinco folhas no chão.Frustrada e um pouco embaraçada, ela pegou o microfone e disse simplesmente: “Desculpem-me, eu estou tão nervosa! Eu não conseguirei colocar meus papéis em ordem de novo, então deixem-me apenas falar para vocês sobre aquilo que eu sei”.

Enquanto nós ríamos, ela limpou sua garganta e começou: “Nós não paramos de jogar porque ficamos velhos; nós nos tornamos velhos porque paramos de jogar. Existem somente quatro segredos para continuarmos jovens, felizes e conseguir o sucesso. Primeiro, você precisa rir e encontrar humor em cada dia. Segundo, você precisa ter um sonho. Quando você perde seus sonhos, você morre. Nós temos tantas pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem desconfiam! Terceiro, há uma enorme diferença entre envelhecer e crescer... Se você tem dezenove anos de idade e ficar deitado na cama por um ano inteiro, sem fazer nada de produtivo, você ficará com vinte anos. Se eu tenho oitenta e sete anos e ficar na cama por um ano e não fizer coisa alguma, eu ficarei com oitenta e oito anos. Qualquer um, mais cedo ou mais tarde ficará mais velho. Isso não exige talento nem habilidade, é uma conseqüência natural da vida. A idéia é crescer através das oportunidades. E por último, não tenha remorsos. Os velhos geralmente não se arrependem por aquilo que fizeram, mas sim por aquelas coisas que deixaram de fazer. As únicas pessoas que tem medo da morte são aquelas que tem remorsos”.

Ela concluiu seu discurso cantando corajosamente “A Rosa”. Ela desafiou a cada um de nós a estudar poesia e vivê-la em nossa vida diária. No fim do ano Rosa terminou o último ano da faculdade que começara há tantos anos.Uma semana depois da formatura, Rosa morreu tranqüilamente em seu sono. Mais de dois mil alunos da faculdade foram ao seu funeral, em tributo à maravilhosa mulher que ensinou, através de seu exemplo, que nunca é tarde demais para ser tudo aquilo que você pode provavelmente ser, se realmente desejar.

Lembre-se: Envelhecer é inevitável, mas crescer é opcional!

Autor: Desconhecido





A Lição do Velho 


Havia numa aldeia um velho muito pobre, mas até reis o invejavam, pois ele tinha um belíssimo cavalo branco. Reis ofereciam quantias fabulosas pelo garanhão, mas o homem dizia: 

-Este animal não é um cavalo para mim; é uma pessoa. E como se pode vender uma pessoa, um amigo? 

O homem era pobre, mas jamais vendeu o cavalo. Numa manhã, descobriu que o cavalo não estava na cocheira. A aldeia inteira se reuniu, e disseram: 

- Seu velho estúpido! Sabíamos que um dia o cavalo seria roubado. Teria sido melhor vendê-lo. Que desgraça! 

O velho disse: 

- Não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está na cocheira. Este é o fato, o resto é julgamento. Se trata-se de uma desgraça ou de uma benção, não sei, porque este é apenas um julgamento. Quem pode saber o que vai se seguir? 

Pessoas riram do velho. Elas sempre pensaram que ele era um pouco louco. Mas, quinze dias depois, de repente, numa noite, o garanhão voltou. Não havia sido roubado, ele havia fugido para a floresta. E não 

apenas isso: ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo. 

Novamente, as pessoas se reuniram e disseram: 

- Velho, você estava certo! Não se trata de uma desgraça, na verdade provou ser uma benção. 

O velho disse: 

- Vocês estão se adiantando mais uma vez. Apenas digam que o cavalo está de volta. Quem sabe se é uma benção ou não? Este é apenas um fragmento. Você lê uma única palavra de uma sentença – como 

pode julgar todo o livro? 

Desta vez, as pessoas não podiam dizer muito, mas interiormente achavam que o velho estava errado. Doze lindos cavalos tinham vindo. O velho tinha um único filho, que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde, o filho caiu de um cavalo e fraturou as pernas. As pessoas se reuniram e, mais uma vez, julgaram. 

Elas disseram 

:- Você tinha razão novamente. Foi uma desgraça. Seu único filho perdeu o uso das pernas, e ele era o arrimo da sua velhice. Agora você esta mais pobre do que nunca. 

O velho disse: 

- Vocês estão obcecados por julgamento. Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe se isso é uma desgraça ou uma benção. A vida vem em fragmentos, mais que isso nunca é dado. 

Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra, e todos os jovens da aldeia foram forçados a se alistar. Somente o filho do velho foi deixado para trás, pois recuperava-se das fraturas. A cidade inteira estava chorando, lamentando-se porque aquela era uma luta perdida e sabiam que a maior parte dos jovens jamais voltaria. 

Então, elas vieram até o velho e disseram: 

- Você tinha razão, velho - aquilo se revelou uma benção. Seu filho pode estar aleijado, mas ainda está com você. E nossos filhos foram-se para sempre. 

O velho disse: 

- Vocês continuam julgando. Ninguém sabe! Digam apenas que seus filhos foram forçados a entrar para o exército e que meu filho não foi. Mas somente Deus sabe se isso é uma benção ou uma desgraça. Não julguem, porque dessa maneira retardarão sua união com a Divindade. Vocês ficarão obcecados com fragmentos, pularão para as conclusões a partir de coisas pequenas. 

Quando alguém julga deixa de crescer. O julgamento significa um estado mental estagnado. E a mente deseja julgar, porque estar em um processo é sempre arriscado e desconfortável. Na verdade, a jornada nunca chega ao fim. 

Um caminho termina e outro começa. Uma porta se fecha, outra se abre. Quando você atinge um pico, sempre existirá um pico ainda mais alto. Aqueles que não julgam estão satisfeitos simplesmente em viver o momento presente e em nele crescer. Somente estes são capazes de caminhar com Deus... 

Autor: Desconhecido 

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