sábado, 22 de novembro de 2014

MENSAGENS DE AUTOCONHECIMENTO

Aprenda a tomar boas decisões e melhore sua vida

A vida é feita de decisões. Veja alguns conselhos para você aumentar suas chances de optar pelo melhor caminho.Vira e mexe precisamos solucionar questões que podem abalam seriamente nossa vida. “Aceito a promoção que me obrigará a morar um tempo em outro país?” Ou: “Uso o dinheiro poupado para dar logo entrada na casa própria ou para fazer uma festa de casamento dos sonhos?” Nessas horas, o medo, a hesitação e até a pressa podem levar a decisões ruins. Em A Arte de Pensar Claramente (Objetiva), lançado em julho, o suíço Rolf Dobelli investiga os mecanismos que induzem ao erro e nos dá pistas de como desatar com sabedoria os grandes nós que surgem. Mas ele ressalta que nenhuma decisão pode ser considerada perfeita. “É até um paradoxo. Com a quantidade de opções que temos hoje, é impossível que exista apenas uma boa saída”, diz. Compreender isso ajuda a diminuir a pressão e nos libera para refletir com mais imparcialidade e sabedoria.

A boa notícia é que, uma vez solucionado um dilema, a sensação é deliciosa. “Ao ativarmos a área do cérebro responsável por essa tarefa, liberamos endorfina, que alivia o stress”, explica o coach Shirzad Chamine, professor da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, e autor de Inteligência Positiva (Fontanar). Para o psicólogo Hélio Deliberador, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), chegar a boas decisões depende um pouco de treino. “É um exercício que vai sendo aprimorado com a maturidade.” A seguir, os três especialistas dão suas dicas.

1. MANTENHA OS PÉS NO CHÃO

Ser realista ao tomar uma decisão reduz drasticamente o risco de se frustrar depois. “Encare a situação sem construir grandes expectativas, mas também sem ser pessimista”, diz Rolf Dobelli. Isso quer dizer que não é para ir em direção nem do oito nem do 80, pois é preciso manter o equilíbrio. Ao refletir, tome como base sua trajetória, considerando o que deu certo e o que deu errado. Para Dobelli, o fracasso tem mais a nos ensinar do que a vitória. Com os escorregões, aprendemos o que evitar. Mas ser racional não significa banir as emoções. Chamine avisa que elas contribuem para saber o que fazer, em especial quando há afetos envolvidos, como no dilema ter filho ou comprar uma casa. “Levar em conta o que diz a intuição é positivo se ela for combinada a fatos e números”, acrescenta. E autoconhecimento é essencial. “Se você sabe quem é, o risco de cair nas ciladas do pensamento é menor”, resume Deliberador.

2. TOME CUIDADO COM AS OPINIÕES ALHEIAS

Quando estamos com o peso de uma decisão importante nas costas, é comum recorrermos a amigos e familiares para conversar. Ok: só compartilhar a questão já significa dividir o fardo da decisão, tornando-a mais fácil. Mas o ideal é ficar nisso. Deixar-se influenciar pelas opiniões dos outros não costuma ajudar muito – e pode até atrapalhar. “A pessoa às vezes está vivendo um momento diferente do seu e leva em consideração fatores que não estão de acordo com suas necessidades”, afirma Deliberador. No fim, tomar uma decisão é algo muito pessoal. Portanto, o mais sábio é enfrentar a situação de maneira solitária. Se não resistir a buscar conselhos, procure filtrar o que ouve. “E recomendo dar atenção só a quem emite opinião depois de questionado sobre o assunto. Nesse caso, a tendência é elaborar comentários substanciosos e práticos, diferentes dos palpites aleatórios e sem sentido do dia a dia”, acredita Dobelli.

3. NÃO SE PRENDA AO PASSADO

Em geral, não enxergamos um acontecimento como um episódio isolado. Normalmente, o avaliamos sob o prisma de um longo histórico de ações e reações já vividas. Ao tomar decisões, isso pode atrapalhar. Por exemplo, uma mulher enfrenta uma séria crise em seu casamento há algum tempo e, quando está decidida a encerrá-lo, fica pensando se não é desperdício jogar fora dez anos de relação. Se for para ser mais feliz nos dez anos seguintes, por que não? Do mesmo modo, na carreira, não é raro uma pessoa rejeitar uma oferta e tanto de emprego porque dedicou anos e anos à empresa em que está. Ambos os casos são ciladas do pensamento. “Uma análise com essa lógica acrescenta culpa à equação, o que é uma forma de a gente se proteger do medo de romper com uma situação estável”, explica Rolf Dobelli. Para não cair na armadilha, experimente julgar isoladamente seu dilema, com foco só no hoje, sem deixar que nada do passado interfira.

4. RESPEITE O TEMPO CERTO

Não há como determinar um tempo mínimo ou máximo para tomar uma decisão. O ideal varia de pessoa para pessoa, mas os experts concordam que dois dias são suficientes para cumprir todo o trajeto da boa decisão. “O processo deve começar com muita pesquisa. Depois, de posse de informações, é que você está apta a refletir e chegar à melhor resolução”, defende Shirzad Chamine. Na hora H, ele indica se sentar em um local silencioso para ajudar a se concentrar. As respostas que surgirem ali costuma ser confiáveis. Para Dobelli, dormir ajuda. “No sono, o subconsciente reavalia a questão e nos dá dicas. Ao acordar, com a cabeça fresca e o dilema duplamente analisado, você está apta a tomar uma decisão final.”

5. AVALIE OS RISCOS

Quando falamos em escolhas conscientes, isso significa que todas as possíveis consequências da opção selecionada devem ser avaliadas. “A pessoa madura fica com o caminho que trará mais benefícios e causará menos estragos”, resume Deliberador. Para que o processo seja eficiente, especialistas indicam fazer listas e cálculos em planilhas. Segundo Dobelli, colocar à prova a decisão quase tomada também contribui para confirmar se ela é a mais adequada. “A ideia é fazer o papel de advogado do diabo, questionando a teoria para se certificar de que não há brechas.” Nesse caso, o expert sugere até chamar alguém próximo para apresentar mais argumentos e ajudar a ver os vários aspectos da solução encontrada.

Fonte: Revista Claudia


Brigas Internas 

Você pode não saber, mas vive brigando com você. Sabemos disso quando os outros, o nosso externo, começa a manifestar essa briga. Não pense que quando aquela “louca” lhe dá uma fechada no trânsito e ainda fala mal a sua mãe, ela não está realmente falando com você. Ela aparece como um espelho da briga enorme que você está tendo dentro de si. Já percebeu que, muitas vezes, você é vítima dessas coisas? Parece que todo mundo resolve brigar justo com você naquele dia! Pois é, estes acontecimentos refletem sua briga interna. Somo guerreiros, lutadores, no mal sentido. Brigamos com tudo o que aprendemos e com tudo o que não aprendemos. E você, com quem ou com o que você está brigando? 

Com quem Brigamos? 

Brigar conosco mesmos não começa do nada. Claro que aprendemos isso de alguma maneira. A adolescência é o campo fértil para as nossas brigas internas. Na adolescência começamos a perceber que nossos pais não são tão perfeitos como pensávamos. E isso dá uma raiva! Nosso inconsciente percebe que acreditou a vida inteira, em coisas que nem sempre são reais! Uau! Que descoberta horrível! E agora? O que vamos fazer com tudo aquilo em que acreditamos? Não, Papai Noel não traz mais presentes. Deus não é um homem sentado numa nuvem branca olhando a gente aqui em baixo. Mas nós acreditamos nisso tanto tempo! Você cresce e enxerga que as coisas não são bem assim. Revolta-se, mas aceita. Percebe que a realidade não é apenas a visão dos seus pais. 

Por isso somos tão rebeldes na adolescência. Esse é, na verdade, o normal. Precisamos, para crescer como pessoas, reavaliar o que nos foi imposto. Precisamos entender que somos pessoas diferentes dos nossos pais, com outros sonhos, com outras perspectivas, com outras metas. 

Como continuamos a Brigar? 

Porém, nem sempre percebemos que a nossa adolescência acabou e que não precisamos mais nos revoltar. A falta de autoconhecimento faz com que guardemos aquelas brigas e revoltas em forma de mágoas. Mágoa nada mais é do que a raiva reprisada. Ela fica presa, fechada num canto ao qual não temos mais acesso. Temos raiva, ainda, de coisas que nos aconteceram há anos, mas não temos coragem de assumir. Assumir publicamente a nossa raiva, a nossa mágoa, é uma coisa muito feia na opinião social. Falar que nossos pais não foram perfeitos não é aceito pela nossa sociedade e, por isso, em nome de uma sociedade, guardamos a raiva e o ressentimento. 

Essa mágoa armazenada, a raiva, só nos faz mal. Trazem doenças como dores de estômago, problemas hepáticos e, muitas vezes, o câncer pode ser conseqüência de muita raiva acumulada. Se junta aí também a frustração de percebermos que não somos perfeitos, assim como percebemos que nossos pais não foram. 

Assim, continuamos as brigas da adolescência, mas internamente. Ao invés de falarmos mal nossa mãe por não ter feito determinada coisa por nós, falamos mal o espelho. Repetimos os padrões de agressividade que podem tanto ser voltados para os outros como para a gente mesmo. A agressividade que se volta contra a gente resulta, então, na depressão. 

Como paramos de Brigar? 

A primeira coisa que devemos abandonar se quisermos parar de brigar com a gente mesmo, é o orgulho. Por conta do orgulho não conseguimos “engolir” muitas coisas que nos aconteceram. Na verdade, o que nos aconteceu foi o normal: descobrir que nosso pai e nossa mãe são pessoas comuns, que têm seus defeitos e qualidades e que não acertam o tempo todo, assim como você; aceitar que você também não precisa ser perfeito, mesmo que tenha ouvido isso o tempo todo, desde o berço; aceitar que temos a vida que escolhemos que plantamos e que, sim, podemos mudar as coisas que realmente nos incomodam. 

Depois dessa aceitação vem a aceitação do si mesmo. Quando aceitamos o nosso si mesmo, ou seja, a nossa essência imperfeita com amor e carinho, sabe que não precisamos armazenar mais a raiva. A raiva continuará a fazer parte da nossa vida, mas não precisará mais ser armazenada como um veneno. Aprendemos a direcionar a nossa raiva de uma maneira saudável. Sabemos que quando estamos com raiva acabamos nos esforçando muito mais em conquistar algumas coisas, não é? A raiva é uma energia poderosa que pode, sim, nos ajudar, se não for usada de maneira nociva. Depois dessa aceitação da nossa raiva poderemos começar a cultivar a paciência, que nada mais é do que a aceitação do outro. 

Não é um processo rápido, muito menos fácil e nem caberiam tantos conceitos complicados num mesmo texto. Mas o passo mais importante, o da aceitação, pode ser decisivo pra que você comece a parar de brigar consigo mesmo e, conseqüentemente, pare de receber a energia da raiva de outras pessoas. Somos como uma antena parabólica: aquilo que emanamos recebemos novamente, no mesmo formato ou num formato diferente, mas com o mesmo conteúdo. Assim, receber mais amor só depende de nos doarmos mais como pessoas. Sem raiva. E sem brigas. 

Andrea Pavlovitsch – andreapavlovitsch@uol.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário