MEISHU-SAMA TINHA RAZÃO
No final do mês de Julho de 1945, recebi um bilhete, que dizia: “Regresse á sua unidade no Regimento Utsunomiya no dia 15 de Agosto ás 13h00minhs”. Procurei imediatamente Meishu-Sama: “Não, você não deve ir” retrucou. Eu sabia que tinha que me apresentar, pois não havia alternativa, por isso falei categoricamente: “Nada posso fazer, tenho que ir!” Você vai se apresentar, Meishu-Sama respondeu, mas você não será necessário. Não entendi bem o que eu queria dizer.
Ao meio-dia de 15 de Agosto, quando me dirigia á minha unidade, aproveitei para visitar um amigo. Quando entrei em sua casa, encontrei-o imóvel em frente do rádio ouvindo uma estação. Intrigado com o que pudesse ter acontecido perguntei o que se passava. Disse-me: “O Imperador em pessoa anunciou o fim da guerra”. Um pouco confuso fui ao Quartel do Regimento, conforme determinaram. Lá me informaram que como a guerra havia terminado não mais se fazia necessária minha apresentação, podendo assim voltar para casa. Logo que regressei, procurei Meishu-Sama para dizer-lhe que havia retornado. E Meishu-Sama: “Está vendo? Você não foi necessário afinal”.
Ele sempre dizia: “Há um profundo significado em tudo que digo ou faço”. Pela primeira vez essas palavras soaram para mim e tocaram o fundo de meu coração.
(Um Ministro)
Fonte: Livro/Reminiscências sobre Meishu-Sama
Edição (Fundação Mokiti Okada – M.O. A) – Pág.(44/45)
Vol. II – 5. Edição/Dezembro/1987 – São Paulo/SP.
SALVO POR UM SOFRIMENTO
Em 1943, eu era oficial da Marinha, quando o submarino em que servia foi atingido por uma bomba. Fui lançado da torre e fiquei ferido. Voltei para casa, recebi johrei do Ministro Responsável por nossa igreja e já estava quase recuperado na Primavera de 1944, acompanhei o Ministro á visitar Meishu-Sama em Hakone. Aguardava ansiosamente o dia em que estaria completamente bom novamente.
Logo que Meishu-Sama nos viu, disse em tom sobre: “Você iria perder a vida” Porque teria Meishu-Sama dito tal coisa? Como até aquele momento eu não sabia ao certo quem ele era e o que representava, não dei muita importância ás suas palavras. Naquela noite o Ministro me disse: “Você melhorou muito com o johrei. Entretanto, ao invés de ser grato, você está muito impaciente desejando ser logo curado. Meishu-Sama pode sentir isso em sua mente de imediato e quis dar-lhe um aviso”.
Ele passou toda aquela noite esforçando-se numa tentativa de corrigir minha maneira de pensar. Desde então, meu professor passou a dar-me aulas diárias sobre gratidão e muitos outros assuntos espirituais, e comecei a procurar por em prática minha fé. Contudo, meu estado físico não melhorou o bastante que me permitisse retornar ao meu posto. Finalmente chegou o dia 15 de Agosto e com ele o fim da guerra. Depois de firmado o tratado de paz, meu estado físico começou a melhorar rapidamente e acabei ficando completamente curado.
Somente depois de ficar bom de tudo, é que compreendi o que Meishu-Sama queria dizer-me na frase: “Você iria perder a vida”. Com isso desejou comunicar-me que, se eu houvesse me restabelecido logo, teria sido morto, provavelmente no campo de batalha de Okinawa. Deus manteve-me na situação de ferido até o fim da guerra com o feto de preservar-me para sua Divina obra preparando-me para servir, melhorando minha sensibilidade espiritual.
Agora entendo que Deus manifestou seu grande amor através daquele fato e o meu coração transborda de gratidão a ele e a Meishu-Sama. Desde então tenho estado inteiramente devotado ao trabalho da Obra Divina.
(Um Ministro)
Fonte: Livro/Reminiscências sobre Meishu-Sama
Edição (Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
Vol. II – 5. Edição/Dezembro/1987 – São Paulo/SP.
Pág.(46/47)
Nenhum comentário:
Postar um comentário