segunda-feira, 4 de junho de 2012

Visões de Felicidades sob a ótica de grandes Personalidades


A Síndrome da Felicidade 
O que é pior: Ser infeliz ou estar convencido disso? 
                                                            (Mestre de Rose)


A teoria da síndrome da Felicidade baseia-se no fato de que o ser humano é um animal em transição evolutiva e que, dos seus milhões de anos de evolução, somente há uns míseros vinte mil anos começou a construir aquilo que viria a ser a civilização. E experimentou o gosto amargo das restrições impostas como tributo dessa aventura. Como animais, temos nossos instintos de luta, os quais compreendem dispositivos de incentivos e recompensa pela sensação emocional, e mesmo fisiológica, de satisfação cada vez que vencemos,quer pela luta, quer pela fuga (a fuga também é uma forma de vitória, já que o animal conseguiu vencer na corrida ou na estratégia de fuga; e seu predador foi derrotado, uma vez que não conseguiu alcançá-lo).
Numa situação de perigo, o instinto ordena lutar ou fugir. Quando acatamos essa necessidade psico-orgânica, o resultado na maior parte das vezes é a saúde e a satisfação que se instala no estágio posterior. Se não é possível fugir nem lutar, desencadeiam-se estados de stress que conduzem a um leque de distúrbios fisiológicos diversos. Isto tudo já foi exaustivamente estudado em laboratório e divulgado noutras obras. O que introduzimos na teoria da Síndrome da felicidade é a descoberta de um fenômeno quase inverso ao que foi descrito e que os pesquisadores ainda não situaram a contento. Trata-se daquela circunstância mais ou menos duradoura na qual não há necessidade de lutar nem de fugir porque está tudo bem. 
Bem demais, por tempo demais. Isso geralmente acontece com maior incidência nos países de grande segurança social e numa proporção assustadora nas famílias mais abastadas. O dispositivo de premiação com a sensação de vitória, sua conseqüente euforia e auto valorização por ter vencido na luta ou na fuga, tal dispositivo em algumas pessoas não é acionado com a freqüência necessária. Como conseqüência o animal sente falta afinal é um mecanismo que existe para ser usado, mas não o está sendo e, então, ele cai em depressão. Se quisermos considerar o lado fisiológico do fenômeno, podemos atribuir a depressão á falta de um harmônio, ainda não descoberto cientificamente, que denominei endo estimulina, e que o organismo pára de segregar se não precisa lutar nem fugir por um período mais ou menos longo, variável de uma pessoa para outra.
O cão doméstico entra em depressão, mas não sabe por quê. A Dona do cãozinho também não sabe a causa da sua própria depressão, já que o processo é inconsciente, porém seu cérebro, mais sofisticado que o do cão racionaliza, isto é, elabora uma justificativa e atribui sua profunda insatisfação a causas irrelevantes. Não adiantará satisfazer uma suposta carência, imaginariamente responsável pela insatisfação ou depressão: outra surgirá em seguida para lhe ocupar o lugar e permitir a continuidade da falsa justificativa. O exemplo acima poderia ser com pessoas de ambos os sexos e todas as idades, mas para ocorrer, é preciso que a pessoa seja feliz.
Resumindo, quando o ser humano está tendo que lutar por alguma coisa, não há espaço em sua mente para se senti infeliz. Se ele não pode lutar e nem fugir, primeiro sobrevêm reações violentas; depois a apatia e a somatização de várias doenças. Mas se está tudo bem, demais, por tempo demais, o indivíduo começa a sentir infelicidade por falta do estímulo de perigo-luta e recompensa. Como isso ocorre no inconsciente, a pessoa tenta justificar sua infelicidade, atribuindo-a a coisas que não teriam o mínimo efeito depressivo em alguém que estivesse lutando contra a adversidade. 


Exemplos: 

Na Escandinávia, onde a população contra com uma das melhores estruturas de conforto, paz social, segurança pessoal e estabilidade econômica, é onde se verifica um dos maiores índices de depressão e suicídio no mundo. Durante a guerra do Vietnã, onde as pessoas teriam boas razões para abdicar da vida, o índice de suicídio foi quase nulo.
Os países mais civilizados, que não teriam motivos para passeatas e agitações populares, pois nada há a reclamar dos seus governos, com alguma freqüência realizam as mesmas passeatas, mas agora com outros pretextos, tais como a ecologia, o pacifismo ou a defesa dos direitos humanos na America do Sul. O movimento em defesa dos direitos da mulher surgiu justamente no país onde as mulheres tinham mais direitas e eram mesmo mais poderosos que os homens: Os Estados Unidos. Lá onde tradicionalmente se reconhece a imagem de superioridade da esposa com o rolo de massa dando o marido que tenta se explicar, justo lá foi onde as mulheres reclamaram contra sua falta de liberdade e igualdade. Já na Itália, Espanha, Portugal, América Latina, Ásia, países muçulmanos e outros onde a mulher poderia ter motivos na época para reclamar, em nenhum deles ela se sentiram tão violentamente prejudicada nos seus direitos quanto nos Estados Unidos.     
Assim, sempre que alguém começa a chorar suas mágoas, explico-lhe minha teoria da Síndrome da felicidade e concluo dizendo:
Se você se sente infeliz sem razão, ou o atribui a essas razões tão pequenas, talvez seja por que você é feliz demais e não está conseguindo metabolizar sua felicidade. Algo como indigestão por excesso de felicidade. Pense nisso e pare de reclamar da vida.

Obs: Mestre de Rose: É Presidente da Confederação Nacional e da União Internacional de Yôga. Foi o introdutor do Curso de Formação de Instrutores de Yôga nas Universidades Federais e Católicas de praticamente todos os Estados do Brasil e na Universidade Nacional da Argentina. Fundador da Primeira Universidade de Yôga do Brasil e da Universidade Internacional de Yôga, em Portugal, Mestre de Rose é um dos mais respeitados estudiosos e instrutores do Brasil.


Fonte: Revista Sexto Sentido
(A Revista do Novo Milênio)
Junho/2000- N.12 – São Paulo/SP.
Site: www.mythoseditora.com.br 
Pág.(20/21)



Visões de Felicidade sob a ótica de grandes Personalidades
Busca pela Felicidade e Alegria na Vida -  Osho

 
O que podemos esperar da vida além de ter alegria e felicidade? É tão importante alcançar objetivos pessoais e profissionais para ser feliz? Precisa mostrar ao mundo todos os seus feitos para seguir no caminho da busca pela felicidade? Estas são algumas das perguntas que Osho no seu estilo sempre Zen, tenta responder no seu livro “Alegria” (joy).   

Segundo Osho – As pessoas devem concentrar-se no seu interior. A verdadeira alegria está presente no interior de cada um. As pessoas estão continuamente á procura de encontrar a felicidade de fora de si mesmo, mas a felicidade e a alegria estão dentro de nós, à felicidade é o que nós somos está onde nos estamos. A busca pela felicidade fora de nós é algo temporário, uma vez que quando conseguir alguma coisa, você vai esquecê-la e começar a procurar outra coisa. Este processo é repetido e continuará para sempre, mesmo quando tenha tudo o que se pode imaginar.
Então qual é a solução para alcançar a felicidade? Osho com as suas frases zens e empolgantes, tenta responder a estas questões.

1* Não pense em problemas futuros 

A diferença entre os seres humanos e os outros animais é a sua capacidade de pensar racionalmente. Isto é bom e mau. A parte má primeira, os seres humanos estão sempre a pensar no futuro, algumas boas perspectivas e todos os possíveis problemas do mundo. “Eu não posso fazer isso”. Isto não vai funcionar. Estas são algumas projeções da mente para o futuro. Quando pensa que não vai conseguir fazer alguma coisa. Você está criando miséria na sua vida, está a criar infelicidade interior sem se perceber. O problema foi criado para você. A miséria foi criada por você. O problema ainda não existe.
Todos nós devemos começar a concentrarmos no presente, no que estamos a fazer agora. Eu estou a escrever este artigo e só estou a pensar na melhor maneira de transmitir-lhe a mensagem que desejo enviar, nada a mais. Eu poderia pensar que este artigo não é útil, que talvez eu não seja capaz de escrever isto. Se eu pensar desta maneira, eu nunca iria terminar o artigo, iria criar miséria no meu interior. A mensagem de Osho é clara. Concentre-se no presente, aprecie o que está a fazer agora, o livro que está a ler, no sorriso que outra pessoa esta a receber, na árvore onde passa todos os dias quando vai para o trabalho até mesmo as pequenas coisas são maravilhosas quando olha para elas com contemplação.

2* Controlem o seu Ego

O ego é parte de nós. Não é algo que se possa eliminar, faz parte de nós tal como um braço ou uma perna. O ego pode ser inimigo da alegria e da felicidade. Ele pode contro-lá-lo a si. O segredo para controlar o ego (ou ignorar) é a sua capacidade de negociar com ele. Ele é um negociador difícil. Quando ele quer alguma coisa, não é fácil dizer-lhe para ir embora, dizer-lhe para ir dar uma volta. Quando o ego começa a comandar, ela começa a controlar a forma como comunica com o mundo. Quando o ego controla sua vida, ele cria miséria na sua vida. Quando ele quer alguma coisa, está coisa não será suficiente para alimentá-lo para agradá-lo ele quer mais. Então qual é a solução? É controlar o ego. Osho dá pistas sobre possíveis caminhos de busca interior para consegui-lo.

3*Controlar a miséria quando alcançar a Felicidade

Outro assunto mencionado no livro é a relação entre a miséria e a felicidade. Uma sensação de felicidade irá conduzir a sua situação similar ao lado negativo da mesma moeda. Quando nós temos a melhor sensação do mundo, sabemos automaticamente que irá sentir o sentimento oposto no futuro. Esta é a forma do ego trabalhar. A melhor forma é receber a sensação negativa, lidar com ela da melhor forma, controlada. Não está a dizer que não se devem ter sensações positivas só para não ter as negativas. O importante é saber lidar com as duas de forma correta. Estes e outros temas interessantes são discutidos no livro.

Fonte: Livro/ Buy Joy Book from Amazon.
Autor: Osho

OBS: Segundo Osho – A alegria está dentro de nós. Ninguém a traz de fora. Ela não vem de fora, ela é a sua natureza, ela é você. Ela está escondida dentro, ela é a sua Alma. Se for jogado fora esse lixo que veio de fora e que tem sido acumulado, então a alma interna começará a expandir, começará a crescer. Você começa a ver a sua luz e a ouvir a sua dança, você começa a mergulhar na música mais interna.
Mais isso só acontece se você liberar o lixo de modo que o céu interior possa se estabelecer, algum espaço criado. Então aquele espaço que está escondido dentro pode expandir-se. A dor deve ser expressada para que aquela alegria possa expandir-se internamente. E quando a alegria começa a expandir-se, é necessário compreender também a segunda coisa. 
Se você reprimir a dor, ela cresce. Se a dor é reprimida ela cresce, se você a expressar, ela diminui. Com a alegria ocorre totalmente o oposto: Se você reprimir a alegria, ela diminui; se você a expressar ela aumenta. Assim, a primeira coisa é isso: que você tem que jogar fora a dor, porque ela diminui sendo expressa. Não a reprimia, pois ela cresce com a repressão. E quando você tiver a primeira visão da alegria que vem de dentro, então a expresse, porque quanto mais você expressar a alegria, mais ela aumenta internamente e camadas frescas começam a crescer.  
Isso é exatamente igual, quando você fica tirando água de um poço: nova água de fontes frescas encherá o poço. A fonte da alegria está dentro, assim não tenha medo de que ela irá diminuir por você expressá-la. A dor fica reduzida ao expressá-la, porque a sua fonte não está dentro. Ela dói trazida de fora, assim se você a expressar, ela ficará reduzida. Se você quiser enganchar-se na dor, então tenha isso em sua mente: nunca jogue- a fora. Se você quiser aumentar o seu sofrimento e isso é o que você está fazendo e parece que muitas pessoas estão fazendo então nunca expresse seu sofrimento, nunca o manifeste. 
Se lágrimas estiverem jorrando, então as engula, se você sentir raiva, reprima isso. Se qualquer problema estiver brotando internamente, reprima isso. Ele irá aumentar. Você se tornará um grande inferno. Se você quiser reduzir a dor, então a deixe acontecer; se você quiser aumentar a alegria então a deixe acontecer porque a alegria está dentro e novas camadas continuarão se revelando. E na medida em que você segue deixando a alegria acontecer você começará ter mais e mais vislumbres de pura alegria.
A alegria aumenta ao ser compartilhado. Somente então acontecerá aquilo para o que eu chamei aqui, e aquela jornada na qual eu gostaria que você fosse bem suavemente. Um pouco de coragem é requerida, e então os tesouros de alegria não estarão longe. Um pouco de coragem é requerida e você poderá abandonar o seu inferno exatamente como um homem que se sujou na rua e volta para casa para tomar um banho e a sujeira é lavada. Da mesma maneira meditação é o banho e a dor é a sujeira. Assim como depois do banho a sujeira foi lavada e você se sente fresco, da mesma forma você terá um vislumbre, sentindo dentro de si a felicidade e a alegria que é a sua natureza.


Fonte: Tradução: Sw. Bodhi Champak
Revista Osho Times – Nov./ 1995


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