sábado, 13 de abril de 2013

Lanternas Orientais

LANTERNAS ORIENTAIS 

Lanternas Japonesas(Chiochin) usadas para decoração interna e externa das residências, restaurantes, festas japonesas e lojas comerciais.



















Fonte: Lanternas Orientais Ceramica
www.mascarte.net.br/index.php?pagina=1559438530

CRÔNICAS

AMOR E INVEJA 

São comuns as pessoas se encantarem por outras que possuem características de personalidade que elas não têm e gostariam de ter. Só não sei se numa relação amorosa entre pessoas tão diferentes há espaço para uma vida a dois satisfatórios. 

Quando um homem tímido e inseguro se casa com uma mulher extrovertida, falante, cheia de amigos, o que pode acontecer à vida deles? À primeira vista só coisas boas, claro. Ela possui o que falta a ele e, portanto, pode ajudá-lo a ser mais comunicativo, se soltar mais, conhecer mais pessoas. Um complementa o outro. Esse encaixe parece ser a solução perfeita. 

Além do tímido e da extrovertida, conhecemos também o decidido e a indecisa, o animado e a deprimida, o alienado e a sabe-tudo, a corajosa e o medroso, entre outros. Sem contar que existem várias outras diferenças sutis, difíceis de ser percebidas. Mas na maioria dos casos essa situação é bem mais complicada do que parece e surgem problemas. O primeiro deles é a acomodação. Ela impede o crescimento pessoal; o indeciso acaba deixando o outro resolver todas as questões que necessitem de decisão, não se empenhando para modificar o que não gosta em si próprio. 

Entretanto, há no amor entre duas pessoas muito diferentes um inconveniente mais sério e bastante comum: a inveja. Há quem diga até que a inveja nasce imediata e espontaneamente da admiração. Será que quando admiramos e nos encantamos tanto por alguém oposto a nós, estamos realmente satisfeitos com o que somos? O invejoso admira o invejado, desejaria estar em seu lugar, ser como ele é e não consegue. O pior é quando o invejoso, não suportando a sua própria inveja, passa a depreciar no outro, justamente os aspectos que gostaria de possuir. Ou então, o que também ocorre com freqüência, sutilmente sabota as realizações do parceiro, numa tentativa desesperada de diminuir seu sentimento de inferioridade. 

Na fase do encantamento apaixonado a inveja não se manifesta, por mais diferentes que sejam as pessoas. O que elas vivenciam é a ilusão da fusão romântica, em que os dois se transformam num só. Nesse momento não se deseja nada do outro além do amor. Contudo, todos sabem que esse período inicial de paixão não resiste à convivência cotidiana. 

Portanto, quando a inveja surge é um sinal de que o encantamento chegou ao fim. 


Autora: Regina Navarro Lins

Psicanalista e Sexóloga
Autora: do Livro “Ouro do Sexo
Editora: Ediouro
Enviado: Marly Santanelli
Site: http://www.velhosamigos.com.br 








DE REPENTE 60 (ou 2x30) 


Ao completar sessenta anos, lembrei do filme “De repente 30”, em que a adolescente, em seu aniversário, ansiosa por chegar logo à idade adulta, formula um desejo e se vê repentinamente com trinta anos, sem saber o que aconteceu nesse intervalo. Meu sentimento é semelhante ao dela: perplexidade. 

Pergunto a mim mesma: onde foram parar todos esses anos? Ainda sou aquela menina assustada que entrou pela primeira vez na escola, aquela filha desesperada pela perda precoce da mãe; ainda sou aquela professorinha ingênua que enfrentou sua primeira turma, aquela virgem sonhadora que entrou na igreja, vestida de branco, para um casamento que durou tão pouco!Ainda sou aquela mãe aflita com a primeira febre do filho que hoje tem mais de trinta anos. Acho que é por isso que engordei, para caber tanta gente, é preciso espaço! Passei batido pela tal crise dos trinta, pois estava ocupada demais lutando pela sobrevivência. Os quarenta foram festejados com um baile, enquanto eu ansiava pela aposentadoria na carreira do magistério, que aconteceu quatro anos depois. Os cinqüenta me encontraram construindo uma nova vida, numa nova cidade, num novo posto de trabalho. Agora, aos sessenta, me pergunto onde está a velhinha que eu esperava ser nesta idade e onde se escondeu a jovem que me olhava do espelho todas as manhãs. 

Tive o privilégio de viver uma época de profundas e rápidas transformações em todas as áreas: de Elvis Presley e Sinatra a Michael Jackson, de Beatles e Rolling Stones a Madonna, de Chico e Caetano a Cazuza e Ana Carolina; dos anos de chumbo da ditadura militar às passeatas pelas diretas e impeachment do presidente a um novo país misto de decepções e esperanças; da invenção da pílula e liberação sexual ao bebê de proveta e o pesadelo da AIDS. Testemunhei a conquista dos cinco títulos mundiais do futebol brasileiro (e alguns vexames históricos). 

Nasci no ano em que a televisão chegou ao Brasil, mas minha família só conseguiu comprar um aparelho usado dez anos depois e, por meio de suas transmissões, viram a chegada do homem à lua, a queda do muro de Berlim e algumas guerras modernas. Passei por três reformas ortográficas e tive de aprender a nova linguagem do computador e da internet. Aprendi tanto que foi por meio desta que conheci, aos cinqüenta e dois anos, meu companheiro, com quem tenho, desde então, compartilhado as aventuras do viver. Não me sinto diferente do que era há alguns anos, continuo tendo sonhos, projetos, faço minhas caminhadas matinais com meu cachorro Kaká pratica ioga, me alimento e durmo bem (apesar das constantes visitas noturnas ao banheiro), gosto de cinema, música, leio muito, viajo para os lugares que um dia sonhei conhecer. 

Por dois anos não exerci qualquer atividade profissional, mas voltei a orientar trabalhos acadêmicos e a ministrar algumas disciplinas em turmas de pós-graduação, o que me fez rejuvenescer em contato com os alunos, que têm se beneficiado de minha experiência e com quem tenho aprendido muito mais que ensinado. Só agora comecei a precisar de óculos para perto (para longe eu uso há muitos anos) e não tinjo os cabelos, pois os brancos são tão poucos que nem se percebe (privilégio que herdei de meu pai, que só começou a ficar grisalho após os setenta anos). 

Há marcas do tempo, claro, e não somente rugas e os quilos a mais, mas também cicatrizes testemunham de algumas aprendizagens: a do apêndice me traz recordações do aniversário de nove anos passado no hospital; a da cesárea marca minha iniciação como mãe e a mais recente, do câncer de mama (felizmente curado), me lembram diariamente que a vida nos traz surpresas nem sempre agradáveis e que não tenho tempo a perder. A capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo diminuiu, lembro de coisas que aconteceram há mais de cinqüenta anos e esqueço as panelas no fogo. Aliás, a memória (ou sua falta) merece um capítulo à parte: constantemente procuro determinada palavra ou quero lembrar o nome de alguém e começa a brincadeira de esconde-esconde. Tento fórmulas mnemônicas, recito o alfabeto mentalmente e nada! De repente, quando a conversa já mudou de rumo ou o interlocutor já se foi, eis que surge o nome ou palavra, como que zombando de mim... 

Mas, do que é que eu estava falando mesmo?Ah, sim, dos meus sessenta. 

Claro que existem vantagens: pagar meia-entrada (idosos, crianças e estudantes têm essa prerrogativa, talvez porque não são consideradas pessoas inteiras), atendimento prioritário em filas exclusivas, sentar sem culpa nos bancos reservados do metrô e a TPM passou a significar “Tranqüilidade Pós-Menopausa”. Certamente o saldo é positivo, com muitas dúvidas e apenas uma certeza: tenho mais passado que futuro e vivo o presente intensamente, em minha nova condição de mulher muito sex agenária! 



Autora: Regina de Castro Pompeu.
Enviado por: Marília Belizzi




OS DOMINGOS PRECISAM DE FERIADOS 


Toda sexta-feira à noite começa o Shabat para a tradição judaica. Shabat é o conceito que propõe descanso ao final do ciclo semanal de produção, inspirado no descanso divino no sétimo dia da Criação. Muito além de uma proposta trabalhista, entendemos a pausa como fundamental para a saúde de tudo o que é vivo. A noite é pausa, o inverno é pausa, mesmo a morte é pausa. Onde não há pausa, a vida lentamente se extingue. 

Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta. Hoje, o tempo de "pausa" é preenchido por diversão e alienação. Lazer não é feito de descanso, mas de ocupações para não nos ocuparmos. A própria palavra entretenimento indica o desejo de não parar. E a incapacidade de parar é uma forma de depressão. O mundo está deprimido e a indústria do entretenimento cresce nessas condições. Nossas cidades se parecem cada vez mais com a Disneylândia. Longas filas para aproveitar experiências pouco interativas. Fim de dia com gosto de vazio. Um divertido que não é nem bom nem ruim. Dia pronto para ser esquecido, não fossem as fotos e a memória de uma expectativa frustrada que ninguém revela para não dar o gostinho ao próximo... 

Entramos no milênio num mundo que é um grande shopping. A internet e a televisão não dormem. Não há mais insônia solitária; solitário é quem dorme. As bolsas do Ocidente e do Oriente se revezam fazendo do ganhar e perder, das informações e dos rumores, atividade incessante. A CNN inventou um tempo linear que só pode parar no fim. Mas as paradas estão por toda a caminhada e por todo o processo. Sem acostamento, a vida parece fluir mais rápida e eficiente, mas ao custo fóbico de uma paisagem que passa. O futuro é tão rápido que se confunde com o presente. As montanhas estão com olheiras, os rios precisam de um bom banho, as cidades de uma cochilada, o mar de umas férias, o domingo de um feriado... 

Nossos namorados querem "ficar", trocando o "ser" pelo "estar”. Saímos da escravidão do século XIX para o leasing do século XXI - um dia será nosso?Quem tem tempo não é sério, quem não tem tempo é importante. Nunca fizemos tanto e realizamos tão pouco. Nunca tantos fizeram tanto por tão poucos... Parar não é interromper. Muitas vezes continuar é que é uma interrupção. O dia de não trabalhar não é o dia de se distrair literalmente, ficar desatento. É um dia de atenção, de ser atencioso consigo e com sua vida. A pergunta que as pessoas se fazem no descanso é: o que vamos fazer hoje? Já marcada pela ansiedade. E sonhamos com uma longevidade de 120 anos, quando não sabemos o que fazer numa tarde de domingo. 

Quem ganha tempo, por definição, perde. Quem mata tempo, fere-se mortalmente. É este o grande "radical livre" que envelhece nossa alegria - o sonho de fazer do tempo uma mercadoria. Em tempos de novo milênio, vamos resgatar coisas que são milenares. A pausa é que traz a surpresa e não o que vem depois. A pausa é que dá sentido à caminhada. A prática espiritual deste milênio será viver as pausas. Não haverá maior sábio do que aquele que souber quando algo terminou e quando algo vai começar. 

Afinal, por que o Criador descansou? Talvez porque, mais difícil do que iniciar um processo do nada seja dá-lo como concluído. 



Autor: Rabino Nilton Bonder
Enviado por: Wanda Cotelo
Site: http://www.velhosamigos.com.br









CONTOS E LENDAS

Lição do Mestre 


"Um mestre se reuniu com seu discípulo preferido e perguntou como ia seu progresso espiritual. O discípulo respondeu que estava conseguindo se dedicar a Deus todos os momentos de seu dia. 

- Então, falta apenas perdoar seu inimigos - disse o mestre. 

O dicípulo virou-se chocado: 

- Mas eu não preciso! Não tenho raiva de meus inimigos! 

- Você acha que Deus tem raiva de você? - perguntou o mestre. 

- Claro que não! - respondeu o discípulo. 

- E mesmo assim você pede Seu perdão, não é verdade? 

Faça o mesmo com seu inimigos, mesmo que não sinta ódio por eles. 

Quem perdoa, está lavando e perfumando o próprio coração. 

Autor: Desconhecido




Nova Chance


Havia um homem muito rico, que possuía muitos bens, uma grande fazenda, muito gado e vários empregados a seu serviço. 

Tinha ele um único filho, um único herdeiro, que ao contrário do pai não gostava de trabalho nem de compromissos. 

O que ele mais gostava era fazer festas e estar com seus amigos e de ser bajulado por eles. 

Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer, depois o abandonariam. Os insistentes conselhos do pai lhe retiniam os ouvidos e logo se ausentava sem dar o mínimo de atenção. 

Um dia, o velho pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro e dentro dele, ele mesmo fez uma forca, e junto a ela uma placa com os dizeres: "Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai." 

Mais tarde chamou o filho e o levou até o celeiro e disse: 

- Meu filho, eu já estou velho e quando eu partir, você tomará conta de tudo o que é meu, e sei qual será o seu futuro. Você vai deixar a fazenda na mãos dos empregados e irá gastar todo dinheiro com seus amigos, irá vender os animais, e os bens, para se sustentar, e quando não tiver mais dinheiro,seus amigos vão se afastar de você. E quando você não tiver mais nada, vai se arrepender amargamente de não ter me dado ouvidos. É por isso que eu construí esta forca, sim, ela é para você, quero que você me prometa que se acontecer o que eu disse, você se 

enforcará nela. 

O jovem riu, achou absurdo mas para não contrariar o pai prometeu, pensou que jamais isso pudesse ocorrer. 

O tempo passou, o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo, mas assim como se havia previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade. 

Desesperado e aflito, começou a refletir sobre a sua vida e viu que havia sido um tolo, lembrou-se do pai e começou a chorar e dizer: 

- Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido os teus conselhos, mas agora é tarde, e tarde demais! 

Pesaroso, o jovem levantou os olhos e longe avistou o pequeno celeiro, era a única coisa lhe restava. A passos lentos se dirigiu até lá. Entrando, viu a forca e a placa empoeirada e disse: 

- Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas pelo menos desta vez vou fazer a vontade dele, vou cumprir minha promessa, não me resta mais nada. 

Então subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço, e disse: 

- Ah, se eu tivesse uma nova chance - então pulou, sentiu por um instante a corda apertar sua garganta. 

Mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente, 

o rapaz caiu no chão, e sobre ele caíam jóias, esmeraldas, 

pérolas, diamantes. A forca estava cheia de pedras preciosas, e um bilhete que dizia: 

"Essa é a sua nova chance, eu te amo muito. Seu Pai"

Autor: Desconhecido



Como encontrar o verdadeiro caminho? 

“O mestre passeava por um campo de trigo quando um discípulo se aproximou e fez a seguinte colocação: 

- Não sei como distinguir o verdadeiro caminho. Qual é o segredo? 

- O que significa este anel no seu dedo direito? Perguntou o mestre. 

- Meu pai me deu antes de morrer. 

- Pois me entregue. O discípulo obedeceu, e o mestre atirou o anel no meio do campo de trigo. 

- E agora? Gritou o discípulo. Terei que parar tudo o que estava fazendo para procurar o anel! Ele é muito importante para mim! 

- Quando achá-lo, lembre-se: você mesmo respondeu a pergunta que me fez. É “assim que se distingue o verdadeiro caminho: ele é mais importante que todo o resto.” 

E você? Quando dará valor ao seu anel, à sua vida e conquistas? 

Não é necessário gastar energias para destruir o mal, mas sim para construir o Bem. 

Autor: Desconhecido

Momentos de Reflexão


A Caixa de Primeiros Socorros

Durante algum tempo, em nosso País, por força de lei, em todos os veículos foi obrigatório o seu porte. Referimo-nos á caixa de primeiros Socorros. Em nossos lares e escritórios, habitualmente a temos, para eventuais pequenas emergências, resultados de descuidos ou invigilâncias. 

Para a nossa intimidade, também uma caixinha de primeiros socorros se faz importante. Naturalmente seu conteúdo deverá ser um pouco diverso. Vejamos o que deveria conter esta caixinha especial de primeiros socorros: Um palito, Um elástico, Um curativo, um lápis, Uma borracha, Um chocolate e Um saquinho de chá instantâneo. 

Para quê servirá tudo isto? Vamos por partes: 

O palito servirá para nos lembrar de “escavar” nas pessoas da nossa convivência todas as qualidades que elas têm e, assim melhor conviver com elas. 

O elástico será para nos lembrar de ser flexíveis, já que nem as coisas, nem as pessoas são sempre da maneira como gostaríamos que fossem. 

O curativo haverá de nos ajudar para aqueles sentimentos feridos. Tanto os nossos, causados pelos que amamos, e quase sempre sem se aperceberem , bem como os sentimentos dos demais, tantas vezes atingidos pela nossa forma de ser e agir. 

O lápis servirá para que anotemos todos os dias, a quantidade enorme de bênçãos que nos chegam: o calor do sol, a frescura da chuva, o benefício dos ventos, o perfume das flores, o ar que respiramos, o alimento que nos sustenta, as roupas que nos protegem das intempéries, as pessoas que se constituem em nossas alegrias. E tudo o mais que pudermos lembrar. 

A borracha será bastante útil para nos lembrar que todos cometeram erros e, da mesma forma que desejamos que os outros nos desculpassem, também devemos “apagar” dos nossos relacionamentos o que de errado fizeram para conosco. 

O chocolate é para recordar que todos necessitaram da doçura de um afago, de um beijo e de um abraço diariamente. 

E o saquinho de chá? Bom, este será para que tomemos um tempo, relaxemos e façamos uma lista de todos os que nos amam, iniciando por Deus, nosso Pai, que nos criou e que todos os dias nos enviam as suas mensagens de amor. 

E, aproveitando esse tempinho, nos lembremos de que pode ser que para o mundo sejamos apenas alguém, mas para uma pessoa, que pode ser um filho, a esposa, o namorado, a mãe, um amigo, um animal de estimação sejamos todo o seu mundo. 

E, então que tal providenciar está Caixinha de Primeiros Socorros para as nossas Vidas? 







A Amizade Real 

Um homem que amontoara sabedoria, além da riqueza, auxiliava diversas famílias a se manterem com dignidade. 

Sentindo-se envelhecer, chamou o filho para instruí-lo na mesma estrada de bênçãos. 

Para começar, pediu ao moço que fosse até o lar de um amigo de muitos anos, a quem destinava 300 reais mensais. 

O jovem viajou alguns quilômetros e encontrou a casa indicada. Esperava encontrar um casebre em ruínas mas o que viu foi uma casa modesta, mas confortável. 

Flores alegravam o jardim e perfumavam o ambiente. O amigo de seu pai o recebeu com alegria. Depois de inteligente palestra, serviu-lhe um café gostoso. 

Apresentou-lhe os filhos que se envolviam num halo de saúde e contentamento. 

Reparando a fartura, o portador regressou ao lar sem entregar o dinheiro. 

Para quê? Aquele homem não era um pedinte. Não parecia ter problemas. E foi isso mesmo que disse ao velho pai, de retorno ao próprio lar. 

O pai, contudo, depois de ouvir com calma, retirou mais dinheiro do cofre, dobrou a quantia e disse ao filho: 

"Você fez muito bem em retornar sem nada entregar. Não sabia que o meu amigo estava com tantos compromissos. Volte à residência dele e em vez de trezentos, entregue-lhe seiscentos reais, em meu nome. De agora em diante, é o que lhe destinarei. A sua nova situação reclama recursos duplicados." 

O rapaz relutou. Aquela pessoa não estava em posição miserável. Seu lar tinha tanto conforto quanto o deles. 

"Alegro-me em saber", falou o velho pai. "Quem socorre o amigo apenas nos dias do infortúnio, pode exercer a piedade que humilha, em vez do amor que santifica. 

Quem espera o dia do sofrimento para prestar favor, poderá eventualmente encontrar silêncio e morte, perdendo a oportunidade de ser útil. 

Não devemos esperar que o irmão de jornada se converta em mendigo a fim de socorrê-lo. 

Isso representaria crueldade e dureza de nossa parte. 

Todos podem consolar a miséria e partilhar aflições. Raros aprendem a acentuar a alegria dos seres amados, multiplicando-a para eles, sem egoísmo e nem inveja no coração. 

O amigo verdadeiro sabe fazer tudo isto. Volte pois e atenda ao meu conselho. 

Nunca desejei improvisar necessitados em torno da nossa porta e sim criar companheiros para sempre." 

Entendendo a preciosa lição, o rapaz foi e cumpriu tudo o que lhe havia determinado seu pai. 

O verdadeiro amigo é aquele que sabe se alegrar com todas as conquistas. 

Se ampara na hora da dor e da luta, também sabe sorrir e partilhar alegrias. 

O amigo se faz presente nas datas significativas e deixa seu abraço como doação de si próprio ao outro. 

Incentiva sempre. Sabe calar e falar no momento oportuno. 
Pode estar muito distante, mas sua presença sempre perto. 

O verdadeiro AMIGO é uma Bênção dos céus aos seres na Terra. 



Fonte: Redação do Momento Espírita com base no cap. 18 do livro Alvorada cristã, pelo Espírito Néio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Site: www.reflexao.com.br






A Arte de Ensinar 


Dia desses um garoto de oito anos contava para a mãe suas experiências na sala de aula. Comentava sobre cada professor, sua maneira de ser e de transmitir ensinamentos. 

Dizia que gostava muito das aulas de uma determinada professora, embora não gostasse muito da matéria. 

Comentava, ainda, que detestava ter que assistir às aulas de sua matéria preferida porque não gostava da professora. 

Dizia, com a franqueza que a inocência infantil permite: A professora de História está sempre de mau humor. Ela grita com a gente por qualquer motivo e nunca sorri. 

Quando passa uma lição e algum aluno não faz exatamente como ela mandou, faz um escândalo. Todos os alunos têm medo dela. 

Já a professora de Português está sempre sorrindo. Brinca com a turma e só chama atenção quando alguém está atrapalhando a aula. Eu até fiz uma brincadeira com ela um dia desses, e ela riu muito. 

Depois de ouvir atentamente, a mãe lhe perguntou: E por que você não gosta das aulas de religião, filho? 

Ah, falou o menino, o professor é grosseiro e cínico. Critica todos os alunos que têm crença diferente da dele e diz que estão errados sempre que não respondem o que ele quer ouvir. 

E, antes de sair para suas costumeiras aventuras com os colegas, o garoto acrescentou: Agora eu sei que, por mais complicada seja a matéria, o que faz diferença mesmo, é o professor. 

De uma conversa entre mãe e filho, aparentemente sem muita importância, podemos retirar sérias advertências. 

E uma delas é a responsabilidade que pesa sobre os ombros daqueles que se candidatam a ensinar. 

Muitos se esquecem de que estão exercendo grande influência sobre as mentes infantis que lhes são confiadas por pais desejosos de formar cidadãos nobres. 

Talvez pensando mais no salário do que na nobreza da profissão, alguns tratam os pequenos como se fossem culpados por terem que passar longas horas numa sala de aula. 

Mais grave ainda, é quando se arvoram a dar aulas de Religião e agridem as mentes infantis com a arrogância de que são donos da verdade, semeando no coração da criança as sementes do cepticismo. 

Quem aceita a abençoada missão de ensinar, deve especializar-se nessa arte de formar os caracteres dos seus educando, muito mais do que adestrar-se em passar informações pura e simplesmente. 

É preciso que aqueles que se dizem professores tenham consciência de que cada criatura que passa por uma sala de aula, levará consigo, para sempre, as marcas indeléveis de suas lições. Sejam elas nobres ou não. 

É imprescindível que os educadores sejam realmente mestres, no verdadeiro sentido do termo. 

Que ensinem com sabedoria, entusiasmo e alegria. 

Que exemplifiquem a confiança, a paz, a amizade, o companheirismo e o respeito. 

E aquele que toma sobre si a elevada missão de ensinar Religião, deverá estar revestido de verdadeira humildade e da mais pura fraternidade, a fim de colocar Deus acima de qualquer bandeira religiosa. 

Deverá religar a criatura ao seu Criador, independente da Religião que esta professe, sem personalismo e sem o sectarismo deprimente, que infelicita os seres e os afasta de Deus. 

Por fim, todo professor deverá ter sempre em mente que a sua profissão é uma das mais nobres, porque é a grande responsável por iluminar consciências e formar cidadãos de bem. 

Mestre verdadeiro é aquele que ajuda a esculpir nas almas as mais belas lições de sabedoria. 

Verdadeiro Professor é aquele que toma das mãos do homem, ainda criança, e o conduz pela estrada segura da honestidade e da honradez. 

O verdadeiro mestre é aquele que segue à frente, sinalizando a estrada com os próprios passos, com o exemplo do otimismo e da esperança. 



Fonte: Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v. 11, Ed. Fep
Site: www.reflexao.com.br





A Arte dos Elogios 


Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos da América, realizaram um estudo com dez mil executivos Seniores para medir o poder da amizade na qualidade de vida dos Americanos. 

O resultado foi impressionante: ter amigos reduzia em nada menos que 50% o risco de morte, sobretudo por doenças, num período de cinco anos. Estas informações foram publicadas por um jornal carioca, recentemente, nos convidam a pensar a respeito das amizades que cultivamos. 

Muitos de nós temos facilidades para fazer novos amigos. Mas, nem sempre temos habilidade suficiente para manter essas amizades. É que, pelo grau de intimidade que os amigos vão adquirindo em nossas vidas, nos esquecemos de respeitá-los. 

Assim, num dia difícil, acreditamos que temos o direito de gritar com o amigo. Afinal, com alguém devemos desabafar a raiva que nos domina. Porque estamos juntos muitas horas, justamente por sermos amigos, nos permitimos usar para com eles de olhares agressivos, de palavras rudes. 

Ou então, usamos os nossos amigos para a lamentação constante. Todos os dias, em todos os momentos em que nos encontramos, seja para um lanche, um passeio, uma ida ao teatro ou ao cinema, lá estamos nós, usando os ouvidos dos nossos amigos como lixeira. 

É isso mesmo. Despejando neles toda a lama da nossa amargura, das nossas queixas, das nossas reclamações. Quase sempre, produto da nossa forma pessimista de ver a vida. Sim, nossos amigos devem saber das dificuldades que nos alcançam para nos poderem ajudar. O que não quer dizer que devamos estragar todos os momentos de encontro, de troca de afetos, com os nossos pedidos, a nossa tristeza. 

Os amigos também têm suas dificuldades e para nos alegrar, procuram esquecê-las e vêm, com sua presença, colocar flores na nossa estrada árida. Outras vezes, nos permitimos usar nossos amigos para brincadeiras tolas, até de mau gosto. Acreditando que eles, por serem nossos amigos, devem suportar tudo. E quase sempre nos tornamos inconvenientes e os machucamos. 

Por isso, a melhor fórmula para fazer e manter amigos é usar a gentileza, a simpatia, a doçura no trato com as pessoas. 

Lembremos que a amizade, como o amor, necessita ser alimentada como as plantas do nosso jardim. Por isso a amizade necessita para se manter da terra fofa da bondade, do sol do afeto, da chuva da generosidade, da brisa leve dos pequenos gestos de todos os dias. 

Usa a cortesia nos teus movimentos e ações, gerando simpatia e amizade. 

Podes começar no teu ambiente de trabalho. Os que trabalham contigo merecem a tua consideração e o teu respeito. 

Torna-os teus amigos. Por isso, no trato com eles, usa as expressões: por favor, muito obrigado. 

Lembra-te de dizer bom dia, com um sorriso, desejando de verdade que eles todos tenham um bom dia.

Observa e ajuda quanto puderes, gerando clima de simpatia. 

Sê amigo de todos e espalha o perfume da amizade por aonde vás e onde estejas. 




Fonte: Sei nº 1676 de 13/05/2000 º pág. 2 º Amizade: um tesouro a ser Conquistada Vida Feliz nº CLXXIII
Site: www.reflexao.com.br





A Face do Senhor 

Narra antiga lenda que, após a descida de Jesus da cruz, Nicodemos, muito comovido, guardou o lenho e pôs-se a esculpir nele o amado amigo, conforme o vira pela última vez. 

Trabalhou por largo período com esforço e carinho, realizando uma escultura excepcional. 

Deixara, porém, o rosto para fazê-lo em último lugar. 

No entanto, por mais que tentasse não conseguia transmitir à madeira rústica a incomparável expressão de sofrimento e amor com que o Mestre exalara o último suspiro. 

Já desanimado e supondo-se incapaz de fazê-lo, adormeceu, numa oportunidade, exausto e triste, ante a magnífica obra inacabada. 

Sonhou, então, que um anjo se acercou da escultura e, rapidamente realizou o que ele tanto desejara fazer sem o conseguir. 

No auge do júbilo, Nicodemos despertou e, antes de lamentar haver sido apenas um sonho, se deparou com a face do Cristo superiormente esculpida, completando com perfeição o conjunto harmonioso. 

Na cidade de Luca, na Itália, encontra-se a "Santa Face", uma obra escultural de autor desconhecido, que a fantasia popular e religiosa vestiu de lenda... 

Deixando à margem o exagero, descobrimos uma simbologia oportuna que merece reflexão. 

Na sociedade moderna, em que a justiça, o amor e a liberdade são sacrificados, permanecem os instrumentos de flagelação que o cristão, à semelhança de Nicodemos, deve transformar na face da paz e do perdão em favor de uma vida digna de ser preservada. 

Quando, no entanto, os esforços parecerem inúteis e vãos, já à beira do desalento, os Espíritos da Luz vêm auxiliar a completar a obra que refletirá a presença do Cristo sustentando a criatura desesperada e infeliz. 

*** 

Cada um ver a face do Senhor, no mundo, conforme a sua necessidade. 

Madalena a viu de uma maneira diversa de Pilatos. 

Pedro a conhecia de forma diferente de Judas. 

João percebia a face do Mestre de forma diversa de Tomé, e assim por diante. 

E ainda hoje é assim. 

Deixe-se, pois, esculpir pelos anjos, de modo a oferecer a todos, a confortadora face do Senhor impressa em sua conduta. 



Fonte: (Baseado no livro Seara do Bem, cap. 24 - A Face do Senhor)
Site www.reflexao.com.br










A Arte do Matrimônio 


Qual será o segredo dos casamentos duradouros? Casais que convivem há anos fala de paciência, renúncia, compreensão. 

Em verdade, cada um tem sua fórmula especial. Recentemente lemos as anotações de um escritor que achamos muito interessantes. 

Ele afirma que um bom casamento deve ser criado. No casamento, as pequenas coisas são as grandes coisas. 

É jamais ser muito velho para darem-se as mãos, diz ele. É lembrar-se de dizer "te amo", pelo menos uma vez ao dia. 

É nunca ir dormir zangado. É ter valores e objetivos comuns. 

É estar unidos ao enfrentar o Mundo. É formar um círculo de amor que una toda a família. 

É proferir elogios e ter capacidade para perdoar e esquecer. 

É proporcionar uma atmosfera onde cada qual possa crescer na busca recíproca do bem e do belo. 

É não só casar-se com a pessoa certa, mas ser o companheiro perfeito. 

E para ser o companheiro perfeito é preciso ter bom humor e otimismo. Ser natural e saber agir com tato. 

É saber escutar com atenção, sem interromper a cada instante. 

É mostrar admiração e confiança, interessando-se pelos problemas e atividades do outro. Perguntar o que o atormenta, o que o deixa feliz, por que está aborrecido. 

É ser discreto, sabendo o momento de deixar o companheiro a sós para que coloquem em ordem seus pensamentos. 

É distribuir carinho e compreensão, combinando amor e poesia, sem esquecer galanteios e cortesia. 

É ter sabedoria para repetir os momentos do namoro. Aqueles momentos mágicos em que a orquestra do mundo parecia tocar somente para os dois. 

É ser o apoio diante dos demais. É ter cuidado no linguajar, é ser firme, leal. 

É ter atenção além do trivial e conseguir descobrir quando um se tiver esmerado na apresentação para o outro. 

Um novo corte de cabelo, uma vestimenta diferente. Detalhes pequenos, mas importantes. 

É saber dar atenção para a família do outro pois, ao se unir o casal, as duas famílias formam uma unidade. 

É cultivar o desejo constante de superação. 

É responder dignamente e de forma justa por todos os atos. 

É ser grato por tudo o que um significa na vida do outro. 

O amor real, por manter as suas raízes no equilíbrio, vai se firmando dia a dia, através da convivência estreita. 

O amor, nascido de uma vivência progressiva e madura, não tende a acabar, mas amplia-se, uma vez que os envolvidos passam a conhecer vícios e virtudes, manias e costumes um do outro. 

O equilíbrio do amor promove a prática da justiça e da bondade, da cooperação e do senso de dever, da afetividade e advertência amadurecida. 



Fonte: Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. A arte do matrimônio, no cap. Na mulher o homem aprecia, no cap.No homem a mulher aprecia, do livro Um presente especial, de Roger Patrón Liján, ed. Aquariana e cap. 2, do livro Vereda familiar, do Espírito Thereza de Brito, psicografia de Raul Teixeira, ed.FráterSite:

Site: www.reflexao.com.br









SOL E LUA


Sol e Lua

Gostaria de explicar o significado do Sol e da lua do ponto de vista religioso. Isso constitui um grande mistério, razão pela qual talvez pensem que eu esteja dando uma interpretação forçada ao assunto. O que eu vou dizer, no entanto, é a pura verdade, e todos devem dar-lhe a máxima atenção. 

O Japão possui três objetos tradicionalmente sagrados: Uma pedra (“tama”) uma espada (“tsurugui”) e um espelho “(kagami”). A Pedra representa o Sol; A Espada, a Lua; O Espelho, a Terra. A Pedra tem a forma do Sol; a Espada assemelha-se á Lua Crescente, e o espelho tem o formato de um polígono de oito lados. Estes lados representam os oito sentidos, ou seja, os pontos cardeais e colaterais: norte, sul, leste, oeste, nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste. 

Das três representações, a terra dispensa comentários, mas o Sol e a Lua têm um significado profundo. Valho-me da interpretação dada pela Igreja Tenrikyo. Ela confere á Lua o significado de empurrar, afastar, aguilhoar (tsuki) e ao Sol, o de puxar, atrair (hiku). Considero interessantíssima esta interpretação. Na era da Noite, tudo se fazia por repulsão. Os países chocavam-se uns com outros e o maior exemplo disso eram as guerras constantes. Ora, os choques são empurrões recíprocos. Antigamente a luta se fazia com espadas e a isto se dava o nome de tsukiau (golpear-se mutuamente). O mesmo termo também se aplica ao ato de cultivar amizade. Embora os sinais gráficos japoneses que representam os dois significados sejam diferentes, o som é idêntico. 
O termo “tsukissussumu” significa “Vitória”, mas sua tradução literal é “avançar empurrando”. É essa realmente a ação de “tsuki” (lua) que caracteriza a Era da Noite. Ao contrário, temos “hiki’ e “hiku” que significa “recuar”. Também significa “atrair” desistir da luta, ser derrotado, resignar-se, abnegar-se e ser modesto. Assim todas essas ações se opõem á ação da Lua. De acordo com esse principio na Era do Dia tudo se baseia em hiki (atração). Aplicado ao homem, “hiki” é a humildade, pois esta não dá ensejo a desavenças. Eis porque sempre dizemos que é melhor perder. Com base no mesmo princípio, será possível a eliminação do conflito a qual se inclui no objetivo final da nossa igreja; a construção de um mundo sem doença, pobreza e conflito. 

Pela mesma razão dizemos ser muito bom ficar resfriado (“Kase o hiku”). Como a ação da Igreja Messiânica Mundial está baseada no Sol, isto é, na atividade do elemento Fogo, devemos conscientizar-nos de que as nossas ações devem fundamentar-se na atração, e não na repulsão. Assim, muitas pessoas serão atraídas. Além disso, como o Sol é uma esfera, é natural que precisemos ser pacíficos, puros, alegres, corteses e flexíveis. 




(25 de Outubro de 1949) 



Fonte: Livro/ Alicerce do Paraíso
(Ensinamentos de Meishu-Sama) 
Tradução: Fundação Mokiti Okada 
14. Edição – São Paulo/SP.







Luz da Inteligência 

Todos se referem á inteligência como se fosse uma coisa única. Mas ela pode ser de vários tipos, apresentando diferentes níveis de profundidade. Dentre as inteligências, as mais elevadas são: a Divina, a Sagrada e a Superior. Precisamos aprofundar a nossa própria fé, a fim de cultivá-las. Elas surgem quando possuímos espírito correto, que admite a existência de Deus. 

Quando há esforço baseado na virtude, esses aspectos superiores da inteligência se desenvolvem, e a recompensa será a verdadeira felicidade. Em nível mais baixo, estão as inteligências calculista, ardilosa, satânica e outras, que nascem do mal. Todos os criminosos servem como exemplo. Os delinqüentes intelectuais especialistas em fraudes possuem passageiro nada mais são que portadores, em ampla escala, dessas inteligências nocivas. É interessante notar que quanto maior for a Inteligência do bem, ais profunda ela é; quanto maior a inteligência do mal, mais superficial. Basta analisar a vida dos criminosos, desde épocas remotas, para verificar o que estamos dizendo. Eles fazem planos aparentemente perfeitos, mas que,na prática, apresentam alguma falha. É essa falha que torna público e notório o seu fracasso. Por conseguinte, se o homem deseja crescente prosperidade, deve fazer esforços para aprofundar sua inteligência. 

A profundidade da inteligência depende da força da sinceridade. Assim, conclui-se que o homem cuja fé não é correta, nada conseguirá. Tão logo seja aceita essa teoria, desaparecerão os males da sociedade. O homem de hoje é superficial. Isto pode ser facilmente observado por quem examina os vários campos da atividade humana. Os políticos, por exemplo, só se ocupam de assuntos imediatos; qualquer outro é negligenciado até que tome vulto suas providências assemelham-se aos remédios alopatas: combatem os efeitos e não as causas. Ora, todo problema surge porque existe uma causa; nada acontece sem motivo. 

A inteligência superficial não consegue prever o futuro, ficando impossibilitada de estabelecer uma verdadeira política. No jogo de xadrez, o mestre ganha a partida porque “enxerga” os lances subseqüentes; o novato é derrotado porque não os prevê. Neste sentido, o homem deve conscientizar-se de que precisa cultivar as inteligências de nível superior, pois, sem elas não obterá o verdadeiro êxito. E devemos compreender que a Fé é o único meio para adquiri-las. 

(25 de Maio de 1949) 


As Cinco Inteligências 

Há vários tipos de inteligência. Formam uma escada de cinco degraus, na seguinte ordem: Divina, Sagrada, Superior, Ardilosa e Calculista. A Inteligência Divina é a mais elevada, e deus a concede a certas pessoas para que cumpram missões importantes. Bem afirma o ditado: “Diz-se que a inteligência é humana, quando o conhecimento é aprendido; é Divina, quando não depene de aprendizado”. 

A Inteligência Divina pode ser considerada como de caráter masculino em relação á inteligência sagrada, que por sua vez, pode ser considerada como e caráter feminino. A inteligência Superior é aquela manifestada pelas pessoas sábias. No budismo, denomina-se “Tié Shokaku” (Inteligência da percepção verdadeira) ou simplesmente “Tié” (inteligência). A ação dos espíritos malignos é que obscurece o discernimento humano. Os políticos e os intelectuais da atualidade dão-nos exemplo disto: gastam horas e horas discutindo problemas quase sempre de muito pouca importância. Quando se trata de assunto de grande monta, dezenas de pessoas passam a debatê-lo por várias horas, durante dias e dias, muitas vezes sem chegar á conclusão desejada. 

Isso prova a lentidão mental do homem contemporâneo, pois todo problema só apresenta uma solução. Jamais houve um problema com muitas respostas. E dizer que tantos cérebros levam vários dias só para encontrar a solução de um problema! É desolador... 

A causa dessa lentidão mental é a escassez de inteligência superior, pois as mentes se acham obscurecidas. E se elas estão obscurecidas é porque cultivam idéias satânicas, decorrentes da devoção ao materialismo. Essa devoção provém do não-reconhecimento da existência de Deus. Ora, se as pessoas não reconhecem a existência de Deus, é porque falta uma religião com o poder de inspirar-lhes essa crença. A verdadeira religião deve ser capaz de mostrar claramente que Deus existe. A própria necessidade de insistir neste assunto é decorrente da fraqueza mental do homem moderno. De acordo com a teoria que expomos quem possui inteligência superior, consegue resolver qualquer problema em poucos minutos. Eu, pessoalmente, limito a trinta minutos os debates de meus subalternos, seja qual for o problema discutido. 

Quando a questão se prolonga por mais de uma hora, aconselho que interrompam a reunião, deixando-a para outro dia, ou que me consultem sobre o assunto. É claro que não atendo á modéstia quando digo que quase sempre consigo resolver qualquer problema em poucos minutos, por mais difícil que ele seja. Excepcionalmente, se aparece uma questão que não resolvo logo a protelo sem em esforçar. Momentos depois, infalivelmente, vêm-me a inspiração para solucionar o caso. Analisemos a seguir a inteligência calculista. Todos a consideram uma inteligência superficial; seu sucesso é passageiro resultando sempre em derrota, e os que dela se utilizam perdem a confiança dos outros. A Inteligência Ardilosa pode ser considerada como perversidade é a inteligência do mal. Milhares de pessoas a empregam, quase sempre pertencentes ás classes dirigentes e intelectuais. Assim, é impossível a sociedade melhorar. Tão logo essa espécie de inteligência seja erradicada do Universo, surgirá uma sociedade sadia e países magníficos. Mas haverá meios de erradica? Certamente que sim. Basta destruirmos sua raiz. Essa tarefa cabe a uma religião poderosa, capaz de despertar a fé em Deus. 

(20 de Agosto de 1949) 



Fonte: Livro / Alicerce do Paraíso
(Ensinamentos de Meishu-Sama)
Tradução: Fundação Mokiti Okada
14. Edição – São Paulo/SP.
Igreja Messiânica Mundial
Pág. 36/37/38/39
Site: www.messianica.org.br







O Sol Espiritual que brilha em cada um de Nós


O Sol Espiritual que Brilha em cada um de Nós 

Com imenso e profundo respeito, digo-lhes que o único e Supremo deus vive eternamente dentro de nós e de todos os seres. Quando ainda nos encontrávamos no Céu, que é a origem de toda a Criação, Deus, com seu sopro, concedeu-nos sua vida, consciência e alma eternas. Isto por que ele deseja, do fundo do coração, que retornemos ao Paraíso e que renasçamos como seus verdadeiros filhos, vivendo conosco. 

Meishu-Sama renasceu e realizou a Vontade Divina, como um verdadeiro filho de Deus. Quero iniciar esta saudação louvando a Deus de todo coração e agradecendo profundamente a permissão de estarmos começando um Novo Ano radiante, unidos a Meishu-Sama e sendo criados e educados para nascermos novamente. Um Novo Ano chegou! No primeiro dia do ano, quando o Sol desponta no horizonte, costumamos vislumbrá-lo com um sentimento especial. Assim, o Sol de todos os dias ganha um brilho particular e até nos parece novo, porque olhamos para ele com um sentimento renovado. 

Na verdade, o que está brilhando não é somente o Sol que vemos lá fora. Existe dentro de cada um de nós, no interior da nossa consciência, um “Sol Espiritual”, que não podemos ver. Para mim, Meishu-Sama é este “Sol Espiritual”, que brilha intensamente. Mesmo que não o percebamos, ele constantemente resplandece como o Sol, em nossa consciência, iluminando com sua Luz todo o nosso ser, cada célula do nosso corpo. Por essa razão, vamos despertar do longo sono e saudar Meishu-Sama com o mesmo sentimento com que recebemos o Sol de uma nova manhã. Vamos também nos oferecer a ele de corpo e alma, com o sentimento de estarmos nos lançando, mergulhando em sua luz. 

Agindo assim, será que não conseguiremos perceber que já estamos sendo utilizados na nova etapa Pós-Transição da Noite para o Dia? Após esta fase, Deus está anunciando que ele uniu todos os seres da Criação ao nosso sentimento/consciência e, utilizando-nos, vem estendendo seu imenso perdão e salvação a todos as criaturas. 

“Um Novo Ano Chegou! 

No primeiro Dia do Ano, quando o Sol desponta 

No Horizonte, costumamos vislumbrá-lo 

Com um sentimento especial. 

Assim, o Sol de todos os dias ganha um brilho 

Particular e até nos parece novo, porque olhamos 

Para ele com um “sentimento renovado”. 

Reconhecendo este fato, não deveríamos nos comprometer juntamente com toda a humanidade, com os Ancestrais e Antepassados e com todas as criaturas a servir a Deus, que se encontra junto a Meishu-Sama? Neste sentido, gostaria de fazer um breve comentário sobre a essência da Fé dedicada ao servir a Deus como seguidor de Meishu-Sama. 

Ano passado, reinauguramos o Palácio de Cristal no Solo Sagrado de Atami, concluímos, com a construção de uma nova sala de chá, a ampliação da Vila Primavera-Outono – O Shunju-na, do Solo Sagrado de Kyoto, e iniciamos outras obras. Tudo isto só foi possível graças á dedicação sincera de todos. Por conseguinte, estou profundamente agradecido. Quando vemos ou ouvimos falar da surpreendente maneira como as novas obras dos Solos sagrados estão avançando, somos tomados de alegria e, naturalmente, nosso sentimento para com estes locais se eleva. Mesmo que não ocorra nenhuma grande mudança nos mesmos, creio que não podemos deixar de amá-los e devemos sentir gratidão por estarem sendo, diariamente, cuidados e tendo toda a sua beleza preservada. Assim, se sempre amarmos os Solos Sagrados que recebemos de Meishu-Sama e nos relacionarmos com eles do modo como saudamos o Sol, com sentimento renovado, tenho certeza de que eles continuarão brilhando todos os dias, proporcionando alívio e paz ao coração de muitas pessoas. 

Além dos Solos sagrados sobre a terra, existe dentro da nossa consciência, um solo agrado eterno, que é a origem desses outros. Meishu-Sama é o responsável, o “administrador”deste solo sagrado. Assim, vamos por seu intermédio, retornar aos braços de Deus, juntamente com toda a humanidade, com os ancestrais e antepassados e com todas as criaturas, acreditando que não importa quando e onde quer que estejamos nosso verdadeiro domicílio é este solo sagrado eterno. E ainda, oremos para que tenhamos a permissão de sermos utilizados juntamente com Meishu-Sama, que leva conforto e tranqüilidade a todas as pessoas. 

“Existe, no interior da nossa consciência, 

Um “Sol Espiritual”, que não podemos ver. 

Para mim, Meishu-Sama é este “Sol Espiritual”, 

Que brilha intensamente. 

Mesmo que não o percebamos, ele constantemente 

Resplandece em nossa consciência, iluminando 

Com sua Luz toda “o nosso ser”. 

Gostaria de finalizar esta saudação, louvando a deus, que tudo realiza, e rogando para que, ao longo deste ano, o novo Sol nasça, diariamente, dentro de cada pessoa unida a Meishu-Sama. Que, por intermédio de todos os senhores, a infinita Luz De Deus, que nada discrimina , possa guiar e iluminar o caminho de todas as pessoas! 

Muito obrigado e Feliz Ano Novo! 




Vamos despertar do longo sono e saudar 

Meishu-Sama com o mesmo sentimento com que 

Recebemos o Sol de uma Nova Manhã. 

Vamos também nos oferecer a ele de corpo e alma, 

Com o sentimento de estarmos nos lançando, 

Mergulhando em sua “Luz”. 




Orientação e saudação do Ano Novo do Líder Espiritual da IMM
(Yoiti Okada (Kyoshu-Sama)
01de janeiro de 2013 – Atami/Japão
Fonte; Revista IZUNOME
N.61 – Janeiro/ 2013 

Site: www.messianica.org.br 






Johrei – Um ato conjunto entre Deus e o Ser Humano 

Bom dia a Todos! 

Estão passando bem? Quero agradecer o empenho com que todos os senhores vêm conduzindo suas dedicações na Obra Divina junto a Meishu-Sama. Estamos iniciando o terceiro mês deste ano, e muitas experiências de fé têm chegado á Sede Central, mostrando o grande empenho de todos os senhores em se tornar Pioneiros da salvação, o número um na felicidade de alguém. Meus Parabéns a todos! 

No mês passado estive no Japão, participando do Culto do Início da Primavera. Nessa ocasião, recebemos as orientações de Kyoshu-Sama e do Presidente Mundial, Revmo. Tetsuo Watanabe. No encontro que tive com eles, os dois me disseram que estão com saudades do Brasil e mandaram um grande abraço a todos os senhores. Em sua palestra, kyoshu-Sama agradeceu aos messiânicos do mundo inteiro o empenho no desenvolvimento da obra Divina, por meio de johrei, do amor altruísta, da horta caseira e também, das expressões do belo no cotidiano, tornando-se, por meio dessas práticas, pessoas mais simpáticas, corteses e atenciosas, capacitadas a expressar a verdadeira postura do messiânico. 

Essas práticas fundamentais são muito importantes na vida dos messiânicos que querem tornar-se Pioneiros da Salvação. Vale lembrar que o Revmo. Watanabe nos orientou que a prática da horta caseira não visa somente cultivar alimentos saudáveis: é também para o nosso aprimoramento referente á verdade da Lei da Natureza. Ao cuidarmos e observarmos a força do solo e a vida existente na terra e nas águas, desperta em nós a gratidão ao Supremo Deus. 

Agora a pouco, a jovem Walquirya nos relatou a belíssima experiência que viveu ao ter seu primeiro contato com a fé messiânica. Através do johrei oferecido pela amiga, sua alma foi despertada, fazendo-a recuperar a fé em Deus e ter esperança e energia para a vida. Os senhores não acham que o nosso johrei tem a força de transformar a vida de uma pessoa? Depois de conhecer o johrei e ultrapassar sua dolorosa purificação, com dolorosa purificação, com a perda da mãe e do filho, a depressão e os conflitos com a irmã, ela recebeu o Ohikari no final do ano passado. E, em apenas três meses, por meio da ministração do johrei, já se tornou a Pioneira da Salvação de outras três pessoas, além de estar levando a Luz de Meishu-Sama através do canto e de suas aulas de música. 

No ensinamento lido hoje, Meishu-Sama esclareceu que a principal característica da salvação promovida pela nossa igreja é que, primeiramente, precisamos nos elevar espiritualmente e estender a escada da salvação ás pessoas que se encontram em sofrimento, puxando-as a um nível mais alto. Meishu-Sama também nos ensina que, quando recebemos nosso Ohikari, para que possamos tornar ministrantes do sagrado johrei, ocorre à elevação do nosso espírito. Isto é recebemos a permissão de Deus de evoluir para servir, para sermos úteis. Por esse motivo, Kyoshu-Sama nos ensinou que, ao recebermos o Ohikari, nós que estamos na posição de sermos salvos, ganhamos a permissão de trabalhar em conjunto com Deus, na salvação de outras pessoas. 

Entretanto, para darmos continuidade á nossa evolução, é necessária empenhar-nos constantemente para apresentar o caminho da felicidade a quem está ao nosso redor, por meio da Prática do Johrei, da horta caseira e das atividades do Belo. Assim, atingiremos a salvação integral, que abrange o corpo, a mente a alma. Não seria essa a postura de um Pioneiro da Salvação? Por isso, é importante sempre procurar nos aprimorar, evoluir, crescer... Crescer para nos qualificar cada vez mais, tornando-nos úteis á Obra Divina, como Pioneiros da Salvação, o número um na felicidade de nosso semelhante, praticando as três colunas da salvação e, assim, concretizar a salvação de muitas pessoas. Nesse sentido, vamos nos empenhar neste mês de março? 

Muito Obrigado e Boa missão a todos! 




Saudação do Rev. Hidenari Hayashi (Presidente da IMMB)
Solo Sagrado de Guarapiranga/SP. 
03 de março de 2013 
Fonte: Revista IZUNOME 
N.63 – Março /2013 – São Paulo/SP
Site: www.messianica.org.br