sábado, 1 de setembro de 2012

PORCELANA JAPONESA



Porcelana Japonesa


“Arita ware (porcelana) ou "Porcelana Imari" como são conhecidos, foi enviado para os países estrangeiros, no século 17. Por isso, passou a ser chamada cerâmica japonesa "porcelana Imari".
É uma loja especializada em pintura de porcelana. O método de fabricação é passado de pai para filho. bastante conhecida na Província de Saga e Nabeshima cidades próxima a Nagasaki. 

Imaemon “Imaizumi XIII (1926 - 2001)” foi um dos melhores ceramistas no Japão. Ele foi registrado como "Living Tesouros Nacionais do Japão". Existe galeria onde expõem seus trabalhos uma loja onde você compra algumas peças raras. Agora, Imaemon Imaizumi XIV sucede à técnica tradicional. 
Potiche em porcelana japonesa com imagens florais 

Podemos apreciar as suas obras no museu de arte de Imaemom Imaizumi. Na região de Arita, são trabalhos diversificado, delicado e gracioso. Os japoneses mais antigos costumam exibir as peças de porcelanas preciosas na Tokonoma. 

(Tokonoma (床の間) é um termo japonês geralmente usado para referir a um espaço na casa, característico no estilo japonês onde geralmente são exibidos objetos, quadro, arranjos floral, okimono... são elementos essenciais da decoração interior tradicional japonês). Em Nabeshima a porcelana é de alta qualidade, são produzidos pelo forno da administração direta do clã feudal em Saga (Nabeshima) a partir do século 17 ao século 19. Simplesmente diz "Nabeshima". Os artigos de alta qualidade, como produto de negócios ou o presente a uma família para herdar o shogunato / ou a muitos daimyos do senhor feudal (famílias tradicionais). 

Bowl em porcelana japonesa com decoração floral acompanha peanha.


Bule em porcelana japonesa Stazuma. alça em palha.


Bule lilas com pintura japonesa em porcelana.


Conjunto em porcelana japonesa Noritake com 08 peças. 


Conjunto para saquê em porcelana japonesa na cor branca.

Conjunto de chá de porcelana japonesa do séc. XVII .


Dois Pratos decorativos porcelana japonesa pintado com gueixas.

IMARI - Antigo vaso bojudo em porcelana japonesa 


IMARI - Par de Potiches em porcelana japonesa do séc. XIX


Medalhão japonês em porcelana japonesa IMARI representação de caravela

Par de vasos em porcelana japonesa decorados com samurai

Par de vasos em  porcelana japonesa período Meiji 

Porcelana de cerâmica japonesa pintada com imagem realistas

Porcelana japonesa do séc. XIX pintada a mão

Pote de porcelana japonesa Kakiemon

Potiche de porcelana japonesa

Prato medalhão em porcelana japonesa 


SATZUMA - Antigo petisqueira em porcelana japonesa


Solifleur de porcelana japonesa nas cores branca 


Vaso de porcelana japonesa 



Grande Incensário em porcelana japonesa


Conjunto de 10 peças de porcelana japonesa








Fonte: Assim é o meu Japão: A tradição da porcelana japonesa
http//:assimeomeujapao.blogspot.com/.../tradicao-da-porcelana-japonesa.hotmail.com






DOUTRINA ESPÍRITA

Doutrina Espírita 

A reencarnação para os adeptos da doutrina espírita faz parte do processo evolutivo espiritual dos homens e é importante e fundamental na aplicação da justiça divina. No final do século 19 os estudos sobre reencarnação foram propagados no ocidente por meio dos trabalhos e pesquisas de Allan Kardec e de Helena Blavatsky, Fundadora da Sociedade Teosófica Kardec culminou seus estudos científicos sobre o Universo Espiritual com a publicação de sua primeira obra O Livro dos Espíritos, em 1857, dando origem á Doutrina Espírita, conhecida também como Espiritismo. Sua obra exaltava Deus como ser e fim Supremo e explicava que próximos á terra viviam os espíritos desencarnados, que aliviavam suas obrigações cármicas através da prática da caridade, pois a ajuda á humanidade era um meio eficaz de progresso em direção á perfeição. 

Para Kardec, os espíritos evoluíam por meio do carma e conseqüentemente pelas reencarnações sucessivas, idéias semelhantes as propagados pelo Budismo. A Doutrina Espírita, com Allan Kardec, trouxe de volta a reencarnação como paradigma fundamental de sua doutrina da evolução. A doutrina das vidas sucessivas é observada como alicerce da evolução e analisada sob o ponto de vista sociológico e moral. O seu significado pode ser resumido na frase: “Nascer, morrer, renascer ainda progredir sempre, tal é a lei”. 

A Doutrina prega que o espírito está em constante evolução e crescimento dos homens e é importante e fundamental na aplicação da Justiça Divina. Dessa forma, o principio da reencarnação é uma conseqüência necessária da lei do progresso. A evolução espiritual segundo Kardec tem como destino Deus e nos dá diversas oportunidades de aprendermos e crescermos corrigindo nossas falhas e erros. Por meio da reencarnação pode-se compreender a causa dos sofrimentos e dificuldades dos homens. Assim como a existência das desigualdades na Terra. 



Fonte: Revista Sexto Sentido Especial
(Mythos Editora – 2012/São Paulo/SP.
Site: www.revistasextosentido.net






A Lei do Carma conhecida como Lei de Causa e Efeito 


O termo “Carma” vem do sânscrito Karman e significa agir. Para as religiões orientais, como o Budismo ou Hinduísmo, assim como para Doutrina Espírita e a Teosofia, o carma é considerado um conceito espiritual filosófico até mesmo ético. Entretanto, existem divergências entre as crenças e tradições sobre o seu funcionamento e suas influências na existência de uma pessoa e em suas vidas subseqüentes. 

Muitos estudiosos comparam o carma á Lei da Física que determina que “para toda ação existe uma reação de forma equivalente em sentido contrário”. Dessa forma, toda ação implica conseqüências, pois tem como resposta uma reação. Ao praticar o mal o homem recebe de volta o mal, na mesma intensidade. O mesmo ocorre quando se pratica o bem. Em algumas concepções a alma é vista como entidade á qual o carma pertence. Outras doutrinas compreendem o carma como a própria alma. 

Na reencarnação, alguns defendem a idéia de que a ações de vidas passadas. Outras compreendem que a reencarnação trata do renascimento do carma. Grande parte dos reencarnacionistas acredita que o carma não significa castigo ou punição, mas sim aprimoramento, evolução. Alguns estudiosos associam o termo carma á ação e em termos metafísicos, a palavra pode ser compreendida como a lei da retribuição ou lei de causa e efeito. O termo carma e suas variações foram incorporados ao Espiritismo de Allan Kardec, como uma forma de designar o nível de evolução espiritual de cada pessoa. 

Na Doutrina Espírita, o conceito é conhecido e similar ao da lei de causa e efeito. Enquanto, geralmente a idéia de carma sugere uma dívida a ser resgatada, a lei de causa e efeito apresenta a idéia de que o futuro depende das ações e decisões de cada um no presente. “O conceito fundamental, sobre o qual repousa todo o correto pensamento interior sobre o carma”,diz Annie Besant(Teosofista) “É que ele é uma lei uma lei eterna, imutável, invariável, inviolável, uma lei que jornais pode ser quebrada existindo na natureza das coisas. Um Teosofista bem informado diria: “Não se deve interferir com seu carma”. 

Mas sempre que uma Lei Natural está em ação, podemos interferir nela até onde pudermos. Não ouvimos uma pessoa dizer solenemente: “Não se deve interferir na Lei da gravidade”. Entende-se que a gravitação é uma das condições com que temos de lidar, e que temos perfeita liberdade de anular qualquer inconveniência que ela possa causar contrapondo-lhe outra força, construindo um contraforte para suportar aquilo que de outra forma cairia ao chão sob a lei da gravidade ou de outro modo”. 

A lei do carma conhecido como lei de causa e efeito, prevê ação e reação e também a transmigração da alma marcada por nascimentos e renascimentos. De acordo com essa ideia cabe a cada ser humano buscar fazer o melhor possível em sua vida presente, pois todas as suas ações provocam reações nesta ou em outras vidas. Para grande parte das crenças e tradições, a lei do carma não é fixa ou rígida. Pelo contrário, ela é totalmente flexível e mutável. Dessa forma, as ações que ainda não foram realizadas podem ser evitadas, assim como as que estão em curso podem ser modificados. 

Entretanto, as ações finalizadas não podem ser revertidas. Diante disso, é importante perceber que todos os atos humanos devem ser ponderados e equilibrados. O retorno a uma nova vida por meio da reencarnação se dá para o crescimento e a evolução do espírito, e não deve ser considerado como algo punitivo. Embora a reencarnação esteja ligada á lei do carma, para muitos estudiosos, a “lei da causa e efeito” não é como a pena de talião expressa pela máxima “Olho por olho, dente por dente”, pois existe a atuação da Lei da Misericórdia, uma das variantes da Lei do Amor. 



Fonte: Revista Sexto Sentido Especial
(Mythos Editora – 2012 – São Paulo/SP.
Site: www.revistasextosentido.net






ORAÇÃO !


Oração


Senhor!


Os homens reúnem-se no mundo para pedir, reclamar, maldizer; legiões humanas devotadas à fé entregam-se para que as comandes; multidões sintonizam Contigo buscando servir-Te. 

Permite-nos agora um espaço para a gratidão por estes dias de entendimento fraternal que vivemos na Casa que nos emprestastes para o planejamento das atividades evangélicas do futuro. 
Como não estamos habituados a agradecer e louvar sem apresentar o rol das nossas súplicas permite-nos fazê-lo de forma diferente. 
Quando quase todos pedem pelos infelizes, nós nos atreveremos a suplicar pelos infelicita dores; quando os corações suplicam em favor dos caídos, dos delinquentes, dos que se agridem, nós nos propomos a interferir em benefício dos que fomentam as quedas, os delitos e a violência; quando os pensamentos se voltam para interceder pelos esfaimados, os carentes, os desiludidos, nós nos encorajamos a formular nossas rogativas por aqueles que respondem por todos os erros que assolam a Terra, estabelecendo a miséria social, a falência moral e a derrocada nas rampas éticas do comportamento. 

Não Te queremos pedir pelas vítimas de todos os matizes, senão, pelos seus algozes, os que entenebreceram os sentimentos, a consciência e a conduta, comprazendo-se, quais chacais sobre os cadáveres dos vencidos. 
Tu que és o nosso Pastor e prometeste apoio a todas as ovelhas, tem misericórdia deles, os irmãos que se cegaram a si mesmos e, ensandecidos, ateiam as labaredas do ódio na Terra e fomentam as desgraças que dominam no Mundo. 
Tu podes fazê-lo, Senhor, e é por isto que, em Te agradecendo todas as dádivas da paz que fruímos não nos podemos esquecer esses que ardem nas labaredas cruéis da ignorância, alucinados pelos desequilíbrios que os tornam profundamente desditosos. 

Retira dos nossos sentimentos de amor a cota melhor e canaliza-a para os irmãos enlouquecidos na volúpia do prazer, que enregelaram o coração longe dos sentimentos de humanidade e que terão que despertar, um dia, sob o látego da consciência que a ninguém poupa. 
Porque já passamos, em épocas remotas, por estes caminhos, é que Te suplicamos por eles, os irmãos mais infelizes que desconhecem a própria desditas. 

Quanto a nós, ensina-nos a não fruir de felicidade enquanto haja na Terra e na Pátria do Cruzeiro o que choram os que se debatem nos desvãos da perturbação, e, consciente ou inconscientemente, Te negam a sabedoria, o amor e a condução de ternura como Pastor de nossas vidas. 


Quando os Teus discípulos, aqui reunidos, encerraram esta etapa, damo-nos as mãos, e, emocionados, repetimos como os mártires do passado: - Em Tuas mãos depositamos nossas vidas, para que delas faças o que Te aprouver, sem nos consultar o que queremos, porque só Tu sabes o que é de melhor para nós. 

Filhos da alma: que vos abençoe o Pai de Misericórdia e permaneça conosco são os votos do servidor humílimo e paternal de sempre. 


Bezerra


Psicofonia de Divaldo Pereira Franco, na manhã de
18.11.1990, no encerramento da reunião do Conselho Federativo
Nacional, em Brasília, DF.
Em 28.02.2012.








Escrevia nos Tamancos: Direito e Esquerdo


Muitas vezes, Meishu-Sama fazia seu passeio diário em Hakone com Nidai-Sama e sua Tia. Ele saía bem vestido, mas, na volta, ia tirando cada peça de seu vestuário. Quando chegava à altura do Kanzan-Tei, estava só com a camisa de voili, e ia embora à frente dos demais com as pernas de fora meias de cor pretas, tamancos e com o chapéu na cabeça. 

Por falta de atenção do dedicante, usava os pés do tamanho trocado. Mais tarde, ele mandou que se escrevesse á tinta carvão, na parte de cima bem no centro do tamanco, em letras grandes “direito e esquerdo”. 

(Um Servidor) 

Fonte: Reminiscências de Meishu-Sama 
Edição em Português (Fundação Mokiti Okada – M. O. A) 
Vol. VI – 6. Edição/ Dezembro/1986 – São Paulo/SP. 







DEUS ESTÁ ABSOLUTAMENTE VIVO DENTRO DE NÓS


Deus está absolutamente vivo dentro de nós 

Orientação de Kyoshu-Sama Culto às Almas dos Antepassados - 1º de julho de 2012 
(Solo Sagrado de Atami/Japão) 


Felicitações a todos pelo Culto às Almas dos Antepassados!

Com imenso e profundo respeito, digo-lhes que o único e Supremo Deus a consciência que dá origem a todas as coisas. Ele é a própria vida eterna. Como Pai da nossa vida, Sua consciência existe no centro da nossa e é daí que nós nascemos. 

Sendo assim, quando digo que é com imenso e profundo respeito que me refiro a Deus, isto não significa de modo algum que O vejo como uma existência distante de nós. Pelo contrário. É justamente por Ele – o mais importante e venerável de todos – serem o Pai da nossa vida e Se encontrar dentro de nós, que me sinto impelido a referir-me a Ele desta maneira. 

Tenho a sensação de que nosso grandioso Pai está nos convocando: “Lembrem-se de Mim e retornem aos Meus braços.” Neste culto, agradecemos a graça de poder, por intermédio de Meishu-Sama, retornar aos braços de Deus juntamente com nossos antepassados. Com sentimento renovado, vamos também reafirmar nosso compromisso de servir a Deus, que se encontra junto a Meishu-Sama. Como todos sabem, no mês passado, antes do Culto do Paraíso Terrestre, foi concluída a reconstrução do Palácio de Cristal, que voltou a resplandecer sua luz clara e pura no Solo Sagrado de Atami, a Terra Celestial. 

Meishu-Sama escreveu o seguinte poema: Está para nascer em Atami um lugar-modelo de beleza jamais vista. Durante sua construção, quase todos os dias, Meishu-Sama inspecionava as obras do Solo Sagrado da Terra Celestial, demonstrando especial entusiasmo pela construção do Templo Messiânico (inaugurado em junho de 1955 e construído em 1972) e do Palácio de Cristal. Por este motivo, podemos imaginar quão feliz Meishu-Sama deve estar. 

Membros e pioneiros, que, naquela época, vieram em grande número de todas as partes do país para dedicar na construção do Solo Sagrado de Atami, também devem estar muito felizes. Estou profundamente grato, pois sei que a permissão de termos concluído a reconstrução do Palácio de Cristal é um presente advindo do grande amor de todos os messiânicos que se empenharam integralmente na dedicação da grande construção, pois se tratava de uma divina obra de Meishu-Sama. 

Estou orando para que, de agora em diante, juntamente com todos que venham visitar o Palácio de Cristal, possamos apaziguar nosso coração e alegrar nosso espírito. Que possamos perceber que a partícula divina, pura e imaculada como o cristal, brilha intensamente dentro de nós. Da mesma forma que o Solo Sagrado é um lugar que transmite paz de espírito a milhares de pessoas ora para que todos nós possamos servir ao menos um pouquinho, como modelos de paraíso na Terra, acolhendo o maior número possível de pessoas com a luz que resplandece em nós. 

Sei que os senhores estão se dedicando com toda sinceridade à prática do amor altruísta, centralizando-se no Johrei e no desenvolvimento de atividades ligadas à agricultura e à alimentação naturais e ao belo. Em outras palavras, por meio destes três pilares, os senhores, como pioneiros da salvação, estão se dedicando para que surja o maior número possível de pessoas ligadas a Meishu-Sama. Agradeço de coração o empenho constante de todos. Gostaria de dizer também que as inúmeras experiências de fé, relatando como os senhores continuam se dedicando à prática do sonen, são muito inspiradoras. Por diversas vezes, Meishu-Sama enfatizou a importância da atuação do sonen, da atitude mental. No ano que antecedeu sua ascensão (1954), temos registros de que ele passou a dizer mais ou menos o seguinte aos dedicantes que serviam diretamente consigo: 

“Olhem, diferentemente do que foi até hoje, daqui por diante, o sonen se tornará ainda mais importante.”O fato de Meishu-Sama ter passado a enfatizar a importância do sonen às vésperas de sua Ascensão constitui-se uma importante mensagem para nós. 

Em um de seus poemas, ele disse: Embora a salvação da humanidade seja obra sua; Deus a realiza através do homem. A partir deste poema, sinto que Deus está desenvolvendo Sua obra de salvação não somente por meio do Johrei que ministramos ou das muitas atividades que realizamos. Ele utiliza o nosso sonen também. 

O sonen é invisível. Meishu-Sama nos ensina, no seguinte poema: 

Toda força visível é limitada. 

As invisíveis não têm limite. 

Meishu-Sama ensinou-nos, ainda, que “o pensamento [sonen], que não podemos ver, num instante 

Pode estender-se até o infinito” 

. Desse modo, acredito que o poder do invisível sonen vai muito além da nossa 

Imaginação: ele é imensamente forte e abrangente e 

Tem a capacidade de transformar o mundo visível. 

Deus fez com que o sonen parecesse ser uma coisa 

Nossa, mas, na verdade, não 

é. Ele pertence a Deus, que 

o utiliza. Por este motivo, é 

Melhor não nos apropriarmos do sonen como se ele 

Fosse nosso nem tentarmos 

Delimitar sua atuação ou ficar criando classificações com base na comparação do nível espiritual das pessoas: baixo 

Ou elevado. Seria mais adequado não discriminarmos as atuações o sonen, justificando-nos, por exemplo, que fazemos isso porque temos um eu [Ga.] muito forte. Não devemos tratar o sonen levianamente por ele ser invisível. Precisamos, sim, reconhecer o fato inexorável de que ele se encontra sob o domínio de Deus. Deus conhece perfeitamente nossa teimosia e, mesmo assim, nos perdoou e está nos criando e educando. Por esta razão, acho muito importante manifestarmos, antes de tudo, nossa intenção de encaminhar e entregar o sonen, que nos foi permitido pensar que era nosso, Àquele que o utiliza. 

Como este encaminhamento e entrega deve ser feitos ao Supremo Deus, que se encontra junto a Meishu-Sama, isto significa que aqueles não deverão ser dirigidos a um “lugar” longínquo, distante de nós; mas, sim, ao Supremo Deus, que se encontra no centro da nossa consciência. Outra coisa que não podemos esquecer é que, se temos a permissão de “encaminhar e entregar” o sonen é porque, por intermédio de Meishu-Sama, Deus está-nos convocando e acolhendo. Portanto, precisamos servir, tendo cuidado para não pensar que isto seja obra humana. Hoje, celebramos o Culto às Almas dos Antepassados. Que tipo sonen se liga à salvação dos antepassados quando servimos a Deus? Primeiramente, precisamos saber por que, nós e os antepassados, nascemos neste mundo. Para nos tornarmos que tipo de existência? Não foi para morrer que viemos a este mundo, mas sim, para nascermos novamente como seres que viverão eternamente. 

Para chamar nossa atenção para este fato, em 1954, ano que antecedeu sua ascensão, Meishu Sama disse que a experiência do “nascimento do Messias” vivida por ele não significava um “retornar à vida”, mas um “nascer de novo na mesma vida”. Logo, como estamos unidos a Meishu-Sama no Paraíso, que é o nosso mundo de origem, fomos e continuamos sendo abençoados, com a possibilidade de renascermos como filhos do Supremo Deus e de nos tornarmos seres que viverão para todo o sempre. Por meio da celebração da “Cerimônia Provisória da Vinda do Messias”, Meishu-Sama revelo unos os “renascimentos”, o fato, que ocorrera dentro dele. Se nos consideramos seus discípulos, aceitamos que esta realidade se aplica a nós também. Portanto, devemos comunicar a Meishu-Sama nosso desejo de conhecer, ao menos um pouco, esta sensação. 

Cada um de nós recebeu a missão de “nascer novamente” e para tanto existem esforços e avanços que precisam ser feitos diariamente. Contudo, movidos pela ignorância com relação a Deus, Pai da nossa vida, nós e os antepassados acabamos tomando a vida e toda a Criação como se fossem nossas. Acabamos, então, vivendo durante muito tempo sem saber que “nascer novamente” é o nosso destino. Com Seu imenso amor, Deus perdoou a todos nós, seres humanos, que viemos ignorando-O. Além disso, promoveu a grande transição da Noite para o Dia, que nos desperta do Mundo da Noite, encoberto pelas trevas da ignorância e da ilusão, transformando-o no Mundo do Dia, repleto de luz. 

Por intermédio de Meishu-Sama, tomamos conhecimento do perdão divino chamado “Transição da Noite para o Dia”. Entretanto, a maior parte dos nossos antepassados deixou este mundo sem saber que, justamente porque recebemos este perdão, fomos abençoados com a possibilidade de renascer. Mesmo dando tudo de si, muitos destes antepassados, assim como nós, acabaram se acostumando a uma vida cheia de altos e baixos, de alegrias e tristezas. Conforme Meishu-Sama nos ensinou, somos a síntese de um número incontável de antepassados. Estes continuam vivos, neste momento, conosco, dentro de todas as nossas células, da nossa consciência. Por este motivo, cada movimento do nosso coração, da nossa mente, está intimamente ligado ao sentimento deles. 

Por algum motivo, estamos sempre nutrindo a insatisfação, a ira ou a resignação. Não raro, pensamos que não nos podemos considerar pessoas felizes; sentimo-nos tristes e preocupados com os diversos problemas da nossa sociedade. E ainda, estamos constantemente tentando demarcar o bem e o mal das coisas. Penso, porém, que é melhor não tentarmos negar ou repelir estas emoções. Isto porque, quando os vários tipos de problemas vêm à tona de forma que possamos percebê-los, reagimos. O fato de estas reações aflorarem em nosso coração, significa que Deus está revendo, com os antepassados, nossa arrogância, mesquinhez e parcialidade e está nos mostrando que Ele nos perdoou e que está nos acolhendo no Paraíso.Por esta razão, quando nos damos conta de que dentro de nós também existem arrogância, mesquinhez e outras características do gênero, é melhor compreendermos que Deus está salvando um grande número de pessoas, utilizando o nosso sonen – ou seja, o sonen das pessoas que estão unidas a Meishu-Sama. Acredito, ainda, que é muito importante transmitirmos nosso sentimento aos antepassados, que estão vivos dentro de nós, sem nos limitarmos à ocasião dos cultos matinais e vesperais, dos sufrágios e das visitas aos túmulos. 
Precisamos dizer a eles: “Muito obrigado por tudo até hoje. Deus já perdoou a todos, viu? E, por intermédio de Meishu-Sama, vamos juntos, retornar ao Paraíso. Vocês estão vivos!”. Assim, vamos nos entregar – nós e nossos antepassados – a Deus por meio de Meishu-Sama. Creio que Meishu-Sama está aguardando pacientemente este momento. Quando os antepassados conseguirem tomar conhecimento de que Deus já lhes concedeu o perdão para que possam nascer novamente como Seus fi lhos, já imaginaram quão imensas será sua alegria e salvação? Kyoshu-Sama e esposa: cumprimentos a missionários e membros da África. 

Nós nos encontramos na posição de educar o nosso sonen como “recipientes” do espírito do Supremo Deus para, juntamente com os antepassados vivos dentro de nós, voltarmos nosso sentimento e nossa mente para ele. Meishu-Sama atribuía toda a sua obra a Deus, pois não a considerava humana. Ele costumava dizer: “Não sou eu que sou importante. Maravilhoso é Deus, que nos concede Sua força.” Temos muito a aprender com esta postura de Meishu-Sama. Tenho certeza de que ele ficaria muito feliz se conseguíssemos manifestar nosso sonen de louvor a Deus. Quando, no nosso dia a dia, no trabalho e em outros lugares, acontecer qualquer coisa, mesmo que seja a mais corriqueira, que consigamos pensar: “Senhor, sois vós que estais realizando isto, não é? Muito obrigado!” Entretanto, não é fácil manter este sonen constantemente. 

Para tanto, precisamos nos exercitar com consciência. É como Meishu-Sama escreveu no seguinte Poema: 

Ao perceber quão limitada e pequena é a força humana, sentimos a alma viva de Deus dentro do nosso coração. 
Conduzidos por Meishu-Sama, vamos crescer e amadurecer para saborear, juntamente com os antepassados, 
A felicidade de saber que Deus está absolutamente vivo dentro de nós! E, cientes de que as bênçãos divinas 
Recaem sobre todas as criaturas, vamos agradecer Seu amor, que nada discrimina. 
Juntamente com os antepassados, vamos louvar a Deus e a Meishu-Sama, que se encontra uno a ele. 
Por último, oro para que, por meio dos senhores, as bênçãos de Deus possa ser plenamente partilhado
Com a humanidade, os antepassados e todas as criaturas. 

Muito Obrigado! 



Fonte: Revista Izunome
N.56/Agosto/2012
Site: www.messianica.org.br
Igreja Messiânica Mundial do Brasil

Tooro Nagashi



Tooro Nagashi

O Tooro Nagashi é tradicionalmente realizado no Japão. O Evento acontece ao anoitecer do último dia de Finados. (no Japão são três dias). Os participantes soltam barquinhos (tooros) contendo velas acesas e o nome dos falecidos no rio ou no mar para homenagear as almas dos antepassados. No Japão, o mais famoso Tooro Nagashi é o de Nagasaki. Conforme a região se solta os barquinhos durante a festa de Tanabata.
Como Começou 

Há cerca de 60 anos, um viajante japonês passou por esta região. Hospedou-se numa pensão de Seta Barras e certa manhã desceu ao rio para lavar o rosto, caiu e se afogou. A família dele no Japão pediu ao Obosan (Sacerdote) de Nichirenshu (uma das doutrinas do budismo) da mesma terra (província de Fukui) que um dia rezasse no Brasil pela alma do filho falecido. 

Em 1954 o casal Emei e Myoho Ishimoto, recém casados no Japão, veio para São Paulo quando a noiva tinha apenas 18 anos. O Sr. Emei Ishimoto, obosan de Nichirenshu, procurou o Sr. Bunzo Kasuga, único adepto de Nichirenshu de Registro e realizou o primeiro Tooro Nagashi em 1955. Nesta cerimônia religiosa do primeiro Tooro Nagashi de Registro, foram soltos sete tooros em homenagem a sete vitimas que foram: o viajante japonês, e as vítimas das famílias Hajime Yoshimoto, Tomeji Musha e Teizo Akune e outros. 

O sacerdote Emei Ishimoto e Bunzo Kasuga conseguiram a doação de um terreno da Prefeitura Municipal de Registro para construir o monumento em homenagem às vítimas de afogamento. O monumento foi erguido na Rua Miguel Aby-Azar, às margens do Rio Ribeira do Iguape, onde é realizada anualmente a cerimônia religiosa de Tooro Nagashi. 

Em 1984, faleceu Emei Ishimoto aos 57 anos de idade. Depois, a Sra. Myoho Ishimoto, viúva do Sr. Emei, continuou com a tradição e participa até hoje da cerimônia de Tooro Nagashi. Após o falecimento do Sr. Bunzo Kasuga, seu filho Kesao continuou organizando o Tooro Nagashi, juntamente com o Sr. Hajime Yoshimoto. 
Três anos antes de falecer o Sr. Kesao Kasuga procurou a Associação Cultural Nipo-Brasileira de Registro (Bunkyo), para pedir apoio para dar continuidade à cerimônia do Tooro Nagashi. O Bunkyo, que já angariava recursos junto a seus associados, passou a participar ativamente da organização do evento. Atualmente, o Tooro Nagashi é promovido por Nichirenshu do Brasil, Bunkyo, Registro Base Ball Clube (RBBC) e Prefeitura Municipal de Registro. 

No ano passado foram soltos 2.000 tooros no Rio Riveira. Neste ano, serão colocados 2.500 tooros nas águas do rio. A escuridão das águas reflete as luzes coloridas dos barquinhos, levando as almas dos antepassados. No céu, os fogos de artifício iluminam a noite, proporcionando uma paisagem de sonhos que emocionam a multidão. 
Atualmente, a cerimônia do Tooro Nagashi é ecumênica e conta com a participação de adeptos de Nichirenshu do Brasil, Registro Honganji, Igreja Católica, Seicho-no-Iê, Igreja Episcopal, Igreja Messiânica, Omotokyo e Sokagakkasi. As orações são dirigidas a todos os antepassados e não apenas às vítimas de afogamento. 
Na noite de dois de Novembro, antes de soltar os Tooros, dois jovens batem taiko (tambores japoneses) em um barco, para purificação das águas do rio. Depois os barquinhos começam a ser colocados um a um, colorindo as águas. O Tooro Nagashi de Registro integra o calendário oficial de eventos turísticos do município e do Estado de São Paulo. 





Lanterna flutuante de Lotus mensagem de amor aos mortos Tooro.




Celebração Ecumênica do Tooro Nagashi






Fonte: www.nikkeyweb.com.br/sites/tooronagashi/

Meu Pai me aguardou para morrer

Meu Pai me aguardou para morrer 

Escrevi sobre minha mãe em outro capítulo, mas neste gostaria de escrever sobre o meu pai. Ele era mais calado. Isto não significava que entre nós dois houvesse qualquer distância. Lembro-me do calor de suas largas costas quando me carregava na infância. A alegria que eu sentia quando ele me levava sentado em seu pescoço. Não são essas alegres recordações que estão mais impregnadas na minha memória, mas sim a sua postura compenetrada nos afazeres da lavoura ou em qualquer outro serviço. 

Fomos sempre pobres, mas ele nuca fazia disso uma tristeza. Meu Pai viveu toda sua vida para a agricultura. Se quiser descrevê-lo agora, diria que era uma pessoa simplesmente para paradisíaca. Ele havia se destacado nas guerras contra a China e contra a Rússia e, apesar de ter lutado na frente de batalha, quando me alistei com distinção no Exército, e fui posteriormente mandado á Manchúria, ele foi o primeiro a mostrar lágrimas na despedida. Todo o dia deleitava-se com um copo de saquê na hora do jantar, e quando tínhamos visita e ultrapassava essa medida nem bem ficava eufórico e alegre, já acabava dormindo. 

Tinha mais de setenta anos quando tombou de derrame cerebral. Eu me encontrava na frente de guerra na Manchúria, mas recebi um aviso pelo sonho. Já estava terminando o verão de 1941. No final do ano seguinte, dei baixa e voltei para casa são e salvo. Em agosto de 1943, abriram-se as portas para a minha vida religiosa. Imediatamente, comecei ministrar johrei em meu Pai durante uma semana seguida. Ele conseguiu melhorar ate poder andar agarrado a um carrinho de bebê. 

Em Outubro de 1943, ignorando a oposição dos que me cercavam iniciei em Nagoya. A divulgação da fé que abraçara. Foi uma transformação abrupta de 180 graus, vendendo tudo que socialmente havia conseguido e lançando fora todo patrimônio material. Experimentando eu mesmos inúmeros milagres que nasciam do johrei, que curava através da imposição das mãos, entregaram-me totalmente a esta prática. Porém, precisei de bastante tempo para que os meus familiares aprovassem minha atitude. Somente meu Pai, desde o início, depositou inteira confiança em mim. Eu não tenho cabeça boa e não conheço muitas coisas e, portanto não posso fazer nada para ser útil aos outros; mas tenho certeza de que você conseguirá expressar assim a sua alegria em ver minha mudança de vida. Normalmente, eu ministrava de 30 minutos até uma hora de johrei, mas em meu Pai bastava uns 3 minutos e ele voltava as seu leito, dizendo estar aliviado. 

Sinto que fui aprofundando minha fé, acumulando as experiências na ministração do johrei. Aumentava gradativamente o número de pessoas que eu encaminhava á igreja. Nessa ocasião, eu levava a pessoa de Nagoya até á Sede em Tóquio, onde ela recebia as aulas e terminava com a outorga do Ohikari. Será que não pode vir a Nagoya para as aulas? Perguntava vez por outra ao Rev. Shibuí. Se você conseguir reunir cinqüenta pessoas poderei ir. Respondia-me. Eu me animava com essa resposta, e com o desejo de realizar os aprimoramentos em Nagoya, consegui depois de meio ano, em março de 1944, realizar a primeira aula naquela cidade. 

Ao termino das aulas, que foram feitas nos dias 5, 6,7 de março o Rev. Shibuí comunicou-me que poderia vir novamente no mês seguinte. Incentivado por suas palavras, fui aumentando o número de pessoas encaminhadas e a segunda aula ficou marcada para os dias 25, 26,27 de Abril. Nessa época, eu havia deixado minha família em Guifu, onde meus pais moravam e me deslocava até Nagoya. E como havia necessidade de e dirigir a regiões vizinhas para difundir e ministrar johrei voltava para casa uma ou duas vezes por semana. Em relação ao aprimoramento, tinha de cuidar da sua organização e andamento, além de outras atividades e, portanto era quase que obrigado a ficar no local desde a véspera. Todas as noites conversavam com os presentes. Esses dias eram importantes porque daí nascia aqueles que poderiam servir de lastro á difusão que se tornariam verdadeiros discípulos de Deus. 

No primeiro dia desse aprimoramento, na hora do descanso do almoço do dia 25, o primo da minha mulher veio correndo me avisar: Katsuiti volte depressa. Vim a pedido de Tomiko, sua esposa, pois seu Pai não se encontra bem. Parece que está ultrapassando o cume. Ela quer que você volte imediatamente, viera avisar-me rapidamente sobre a urgente situação. É natural que o filho, ao receber noticia de perigo dos pais, corria ao seu encontro, sem constrangimentos. Mas aqueles três dias eram importantes, pois, os que se reuniram foram todos encaminhados por mim e, portanto, não poderia deixá-los, abandonando-os daquele jeito. 

Queria voltar, queria presenciar o último suspiro de meu Pai. Era meu Pai, aquele que gostava de receber johrei comigo, e que mais do que ninguém, confiava na minha nova maneira de viver, incentivando-me e animando-me. Desejava ministrar-lhes o último. 

Disse ao meu primo: Peço desculpas pelo trabalho que lhe causei. Sou imensamente grato pelo favor de vir correndo me avisar, mas diga a Tomiko que não poderei voltar por três dias. Sua reação já era esperada. O que você esta dizendo? É o médico quem esta afirmando que não se sabe quando poderá morrer, e você diz que só pode vir depois de três dias? Ele já esta dormindo por três dias e na toma uma só gota de água. Ainda assim você se diz filho de Deus? Por que não pode voltar agora? Esses três dias são importantes para mim. Eu tenho que realizar esta tarefa sem nenhum contratempo. Meu Pai sabe que tipo de trabalho é o meu. Portanto, ele esperará três dias pela minha volta, tenho plena certeza disse-lhe afirmativamente. 

Estava certo de que neste seu segundo ataque de derrame ele não se salvaria como aconteceu quando ocorreu o primeiro. Ele já estava com 74 anos. Agora que estava para ultrapassar o cume da sua longa existência bem vivida, eu não sentia tanta tristeza e angústia pela eterna despedida. Mentalizando uma prece, pedi-lhe desculpas por não poder ir imediatamente, e dirigi-me ao meu primo: Por mais que você insista, eu ficarei aqui. Mas quando tudo se encerrar, voltarei correndo. Você deve estar louco. O que é essa reunião de salvar pessoas? Dizem que aquele que não vir a passagem dos pais é indigno. Pense no sofrimento de sua mãe e de sua esposa. Eu o desprezo, se quer saber ficou bravo, falava aos berros e, por fim, foi-se embora sozinho. 

Na tarde do dia 27, encerramos sem contra tempos o segundo aprimoramento e cerca de cinqüenta pessoas tornaram-se membros. Quando, após a limpeza e ordenação geral, Cheguei a casa, já era tarde avançada. Dormindo por seus dias, meu Pai ainda estava vivo. As pessoas que estavam sentadas á cabeceira, me receberam com olhares de desprezo e revolta. Segurando sua mão, mesmo sabendo que não adiantaria, falei: obrigado, papai, por me esperar vivo. E ele me respondeu por meio de uma tosse. Todos soltaram vozes de espanto. 

Coloquei um pouco de água em minha boca e passou á sua boca, forçando-o a beber. Mesmo com os olhos cerrados, ele bebeu em grandes goles. O senhor me entende, papai? Perguntei-lhe, aproximando a cabeça. Sim com a voz abafada, meneou a cabeça afirmativamente. Este foi o momento máximo de sua passagem. Pude sentir que ele se aliviara, e, com certeza, podia ir a um bom lugar. Isso foi á uma hora da manhã. Na sua velhice, papai aumentara ainda mais sua bondade e expandia sua alegria contagiante, ando sempre com os seus netos. Fazia coisas engraçadas como colocar sobras de doces na sopa quente e as comia e, enchendo as bochechas, ria gostosamente. Quando comentou este fato com meus filhos, ainda é assunto de alegria. 

Se quisesse expressar em uma só palavra toda a vida de meu Pai, diria que foi um “Pai carinhoso”. Naquela manhã do dia 28, bem cedo colocamos seu corpo no caixão. Na hora da preparação, achamos estranho que seu corpo ainda não estivesse gelado. Nem tampouco enrijecido. Na região, era costume enterrar o falecido sentado e, nessas ocasiões, quando se dobravam as articulações as juntas estalavam; mas, no caso dele, não fizeram nenhum ruído e se dobraram maciamente. Seu rosto mostrava alguém que descansava, parecendo inclusive que dali a pouco tornaria a respirar e a sorrir novamente. 

Aquele era o primeiro dia que o Rev.Shibuí participava do aprimoramento em Osaka. Terminando cedo de manhã a colocação de papai no caixão, saí direto para aquela cidade. Transmitindo aos dedicantes da organização do aprimoramento a maneira como deveriam preparar e dar andamento voltou á noite, para o velório. No dia seguinte 29 de Abril, realizamos o enterro. Refletindo, entendo que meu Pai se fora quando as atividades de difusão iam um ritmo acelerado. Nem tive tempo para sentir tristeza. Achei que coma minha postura, atarefado que estava com as tarefas divinas, os meus familiares pudessem entender e aprofundar um pouco na compreensão da Fé, mas estava redondamente enganado. Ainda estava por vir essa compreensão. 

Dois anos após a morte de papai, quando transferimos a igreja para Obara, bairro de Ichinomiya, aconteceram várias coisas que só pude entender como sendo obra de espírito de meu Pai. Os fatos ocorridos ao alugarmos a casa, o carinho do homem que morava nela para com os meus filhos, a nova expressão da difusão, etc. são coisas que gostaria de relatar em outro capítulo. 



Fonte: Livro/ “Cem Estórias da minha Fé”
(Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
1.Edição/Julho 1987 – São Paulo/SP. Vol.II
Autor: Revmo. Katsuiti Watanabe
Igreja Messiânica Mundial do Brasil
Pág.(69/75)




Dilema envolvendo a morte de minha filha


No ano de 1946, ainda não havia se estabelecido um local para funcionar como igreja. A cidade de Nagoya sofrera bombardeio e as pessoas de meu relacionamento da época em que iniciara a difusão no outubro de 1943, se encontravam agora nas lavouras, e ali faziam os trabalhos de difusão, isto é cada lar era uma pequena igreja. 

As pessoas que conduzir ao caminho foram cada vez mais entendendo o círculo inicial, mas eu também, a pedido delas, percorria vários locais para realizar aprimoramentos. Quando estes eram feitos em Nagoya, elas vinham reunir-se para receber johrei comigo, uma vez que como haviam partido para difundir a fé em outras regiões, não era sempre que surgia uma oportunidade em que eu podia ministrar-lhes a Luz Divina. 

Havia também outro motivo. A difusão que fazíamos era centralizada no johrei, iniciando nesta como forma de mostrar a existência de Deus e terminando também nele com um meio de purificação espiritual. Eu mesmo, como era saudável, não fui salvo do sofrimento das doenças por tê-lo recebido. Lancei toda a minha vida nesta obra, porque presenciei a importante realidade em que os doentes se aliviavam e se curava com o simples fato de se entender a mão á sua frente. E a alegria dos que se salvaram através do johrei me incentivava a dedicar na Obra de Deus. Não obstante, aqueles que recebiam johrei, não conseguiam facilmente abrir os olhos para crerem que ele é á força de Deus. Compreendiam isso sim, que era um simples tratamento. 

Achavam também que a cura foi devida á maturação do tempo ou que o remédio que tomaram antes estava surtindo efeito. Não queriam reconhecer a eficácia do johrei. Ou, muitas vezes, achavam que eu o ministrava por ser uma pessoa especial. Dessa maneira, não era possível abrir um espaço para o caminho desenvolver. Os guerreiros de Deus devem ser pessoas que se voltam para terceiros e ativamente lhes ministram johrei. Para que se torne um combatente, é importante, acima de tudo, experimentar a sensação da força grandiosa da Luz de Deus, ministrando-a aos outros. A alegria ao vermos alguém ser curado pelo johrei que ministramos, é muito maior e mais profunda do que a de nos termos salvado. 

Formando este ponto de vista, decidi não ministrar johrei naqueles que não que não o ministravam-nos outros. Existem exceções, mas mesmo a pessoa que ingressara, na fé como deseja de próprias melhorarem, pare receberem johrei comigo, precisavam ministrá-lo. Então resolvi marcar um dia para eu próprio ministrar johrei. A Igreja- filial Wanouti ficava, na época, a cerca de cinco minutos de caminhada em direção morte da estação de Nagoya (Antes do bombardeio, tínhamos uma igreja no bairro Kohari. O Sr. Assano, que se tornara membro na primavera de 1945, adquiriu um imóvel em 46 e, no 1.andar dessa casa, realizávamos a reunião de aprimoramento mensal em Nagoya). 

Sendo um dia de início de verão, naquele dia também estavam cerca de cem pessoas para receber johrei comigo e era claro que o encontro iria até altas horas da noite. Às quatro da tarde, meu irmão veio com um aviso. Massako está em perigo de vida. Pedem para você voltar imediatamente. Ele viera de Kano, em Guifu, nossa terra natal, especialmente para me avisar. Minha família se encontra na residência paterna, perto da de meu irmão. Eu me deslocava, sem rumo, para realizar o trabalho de difusão. 

Quando voltara ao lar na semana passada, Massako, minha filha caçula de quatro anos, parecia ter apanhado um resfriado, mas, segundo meu irmão, a purificação era ainda mais severa, demonstrando sinais de peritonite. Nesses três dias, delirante de febre seus olhos perderam o brilho, sua barriga se enrijeceu e não se alimentava. Minha mulher também não sabia o que fazer. Segundo os que cuidaram dela, Massako tinha a sua vida contada para hoje ou amanhã. Assim relatou meu irmão. Havia perdido meu Pai, há poucos meses e, agora, minha filha se defrontava com a morte. Senti, num lampejo, que talvez Massako não se salvasse desta vez. No inverno, quando ainda andava tropegamente, caiu sentada no braseiro e queimaram profundamente as nádegas. No verão, caiu de bruços num fogareiro, e queimou o baixo abdômen. Parecia uma criança que já carregava alguma espécie de afinidade negativa. 

Depois de seu nascimento, passei me ausentar muito mais e, por isso, quase não a segurava, e ela mesma parecia não gostar que eu o fizesse. Porém, neste último mês, repentinamente, ela própria me pedia colo. Eu tinha plena confiança no johrei, mas para o caso de Massako, já não possuí a convicção. Desejei fortemente que estivesse junto de minha filha no momento de sua passagem, mas a minha fé não permitia que eu abandonasse aqueles tantas pessoas reunidas. Elas eram oriundas do Nordeste, ou kyushu e de outras regiões longínquas e tinham vindo especialmente para receber johrei. 

Eu havia abandonado a família para me dedicar ao próximo, escolhendo viver o Caminho da Lei de Deus. Mesmo que me retalhassem o corpo não poderia deixar aqueles que se dedicavam de corpo e alma á Obra Divina sair correndo ao encontro de minha filha, que eu já não tinha esperança de salvar significava renunciar a Deus. Palavras e ações ficaram desencontradas. Ademais, iria a Tóquio naquela noite para entrevistar-me com o Mestre e também apresentar os devidos relatórios, e já tinha comprados as passagens. (Naquela época, havia limitação na venda de bilhetes de trem, e necessitava-se de uma preparação bastante antecipada). Entrei para o caminho largando meus negócios. Tinha decidido suportar qualquer sacrifício e, justo naquela hora naquela hora sentia-me vacilante. Minha posição era literalmente escolher um dos dois. 

Era impossível transmitir, em palavras, ao meu irmão o que eu sentia. Tenho ainda muitas coisas a fazer para o bem da Obra Divina. Peço que você, com as suas próprias mãos, possam cuidar dela pedi-lhe, como se estivesse fazendo uma profunda oração. Mais uma vez meu irmão expressou seu pedido, mas eu não o atendi. Não podia aceitar. Meu irmão mostrou em seu rosto o quanto me achava frio e incompreensível, suspirou desanimado e se foi. Continuei a ministrar johrei em todos e tomei o trem noturno. Na manhã seguinte, compareci a Hakone, terminei a entrevistar com o Mestre e quando cheguei ao Hazan-So, (Solar da Montanha Preciosa), no bairro Ueno-Kami, Tóquio, entregaram-me o telegrama de meu irmão. Massako havia partido deste mundo. Um membro fervoroso, que era oficial da Marinha, chamado Inagaki, que me acompanhava nas atividades desde a noite anterior, veio até meu quarto e disse: Posso avaliar como está se sentindo e calou-se, começando a chorar copiosamente. Havia alguém que compreendia meu interior. Emocionei-me com isso e senti até que essa emoção foi o prêmio maior que recebi de Deus. 

Dessa maneira, pude expressar minha tristeza, minha dor em relação á minha própria filha e, pedindo perdão pela minha falta como pai, verti lágrimas soltas. Colocado na posição de escolher entre minha filha e a Obra Divina, dei importância á segunda. Podia parecer um tanto desumano, mas senti que com a sua morte, minha filha me ensinou o quanto é rigoroso o Trabalho de Deus. Não tenho dados para saber como as outras pessoas que estavam ao meu redor encaravam a Obra Divina, mas como que fazendo desse acontecimento uma oportunidade, começou a se desenvolver uma grande e fervorosa atividade de difusão que se ligou a um grande crescimento. A morte de Massako foi para mim uma difícil escolha, mas para minha esposa também foi igualmente um grande dilema. 

Após terminar todas as atividades, ao chegar a casa, encontrei minha filha dentro do caixão Zinho, vestida com a sua roupa de comemoração do terceiro aniversário, maquilada suavemente. Parecia, com a sua franjinha, uma linda boneca, e fui colhido pelo ímpeto de abraçá-la e tomá-la no colo. Desde que me tornara membro da igreja, tudo que eu fazia era motivo de desgosto para minha mulher. Ela não queria se esforçar para compreender a Obra Divina. Detestava, simplesmente. Ela pensava que fosse um entusiasmo passageiro meu ou até encarava como um capricho. Como não podia me impedir, assistia a tudo calada, mas no fundo, estava até odiando por eu não dar mais atenção ao lar. 

Desta feita, por não eu regressado logo mesmo com a filha á beira da morte, seu interior em relação a mim era cheio de labaredas de ódio e rancor. De fato, não falou comigo e nem mesmo lágrimas me mostrou. Após ter realizado o funeral no dia seguinte, já saí para a difusão. Voltando após uma semana encontrei minha esposa, que emagrecera bastante e nem falou comigo. O filho mais velho disse-me, ás escondidas, que nessa semana ela não comera direito nem mesmo tomara chá, só permanecendo imóvel e calada. 

Senti aquela atitude mais como contrariedade por mim motivada pelo ódio, do que tristeza pela perda da filha. Porém, não era proposital a sua falta de apetite e sede. Senti em sua barriga algo endurecido, do tamanho de um pedregulho, ao ministra-lhe johrei, que não surtiu efeito satisfatório. Fazia dezessete anos que já vivia junto com minha mulher e nunca a repreendera severamente, mas desta vez, disse-lhe em tom rígido: Você está me achando um homem frio. Não compreende minhas convicções e nem procura entendê-las. Se não lhe agrada o que faço e acha que estou errado, pode pedir o divórcio. Leve todos os bens e dinheiro, o que quiser. Em relação aos filhos farei o que você desejar. 

Tomada de surpresa, permaneceu alguns instantes imóvel, fitando-me rancorosamente, mas logo começou a chorar alto. Eu permaneci olhando-a. Desculpe-me balbuciou, dirigindo-me, finalmente, palavras que há dias não ouvia. E, a olhos vistos, a rigidez de sua barriga desapareceu como uma pedra submerge num lago calmo. Aquele endurecimento era devido estar contra mim e contra deus, mas, com o simples pedido de desculpas, dissolveu-se completamente. Minhas palavras severas foram motivadas pelo ponto crucial a que chegamos a morte da nossa filha. Para minha mulher, até então, era um grande dilema optar por aceitar ou recusar a minha nova missão. Após isso, ela se esforçou em compreender minhas atividades no caminho e, posteriormente, também começou desenvolver sua dedicação á Obra Divina. 

Mais uma vez não pude deixar de sentir a importância da convicção e das atitudes daqueles que servem a Deus. 





Fonte: Livro/ “Cem Estórias da minha Fé”
(Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
São Paulo/SP. – Vol. II – 1 Edição/Julho/1987
Igreja Messiânica Mundial do Brasil
Autor: Revmo. Katsuiti Watanabe
Pág.(76/83)


Visões de Felicidade sob a ótica de grandes Personalidades

“Felicidade” – (Meishu-Sama) 

Em todos os tempos, o ser humano aspirou a felicidade, primeiro e último objetivo do homem e meta de todo preparo esforço e aperfeiçoamento. Mas quando poderá as criaturas consegui-la de fato? A maioria, não obstante ansiar pela felicidade permanece vítima das desgraças e deixa este mundo antes de desfrutar a alegria de vê-la concretizada. 

Será, então, a felicidade algo tão difícil de conseguir? Devo dizer que não. A felicidade baseia-se na eliminação de três fatores principais: doença, pobreza e conflito. Como essa eliminação não é fácil, a maior parte das pessoas submete-se a uma forçada resignação. Tudo se enquadra dentro da Lei de Causa e Efeito, e a felicidade não foge a essa lei. Descobrir sua causa será, pois, descobrir a chave do amor altruísta. Lutar pelo bem-estar do próximo é a condição essencial para nos tornarmos felizes. O mundo, entretanto está repleto de pessoas que buscam a felicidade apenas para si, indiferente á desgraça alheia. 

É uma tolice almejar a felicidade semeando a infelicidade. É como a água de um recipiente: se a empurramos, ela volta; se a puxarmos, ela se afasta. A necessidade da religião reside nesse ponto. O amor pregado pelo cristianismo e a caridade búdica têm por propósito infundir a fraternidade no coração humano. Contudo, essa verdade tão simples é difícil de ser reconhecida pelo homem. 

Deus, por meio de seus representantes, criou as religiões, que por sua vez estabeleceram doutrinas, através das quais são indicadas as bases do viver. É as religiões que nos ensinam a existência de um ser invisível, para com a mais pura intenção, conduzir-nos ao caminho da Fé. Não é pequeno o empenho requerido para salvar uma pessoa. A vida, realmente, não tem sentido para a maioria, que não sendo ensinada a crer no invisível, parte para o além indiferente aos ensinamentos, ludibriada e perdida nas trevas. Todavia, para os que souberem desfrutar da alegria de viver, extasiar-se com as verdades, conseguir vida longa e o meio de ser verdadeiramente feliz, o mundo será sem dúvida, um Paraíso digno de ser vivido. Nós afirmamos que, para nos tornarmos felizes, há um caminho cujo rumo está indicado neste livro, apresentado com tal propósito. 

(1 de Dezembro de 1948) 
Ensinamento de Meishu-Sama 
(Alicerce do Paraíso – Vol. Único) 
Pág.(355 a 356) 



Segredo da Felicidade – Meishu-Sama 

Quando falo em “Segredo da Felicidade”, parece que me refiro a algo mágico e misterioso. Nada disso, porém. O “Segredo da Felicidade” é muito simples. Tão simples, que poucos conseguem descobri-lo. Quantas pessoas felizes conheceram? Talvez nenhuma. Isso mostra que o mundo está cheio de sofrimento. Todos vivem sob o risco de fracasso, dúvida, desespero, desemprego, doença, pobreza e conflito, acorrentados pelas dificuldades, como se estivessem numa prisão. 

Creio que todo ser humano, algum dia, perguntou a si mesmo: “Se Deus criou o homem, por que o faz sofrer tanto, ao invés de determinar que no mundo reine a felicidade?” Como essa interrogação permanece sem uma resposta, vamos tecer considerações a respeito. Muitos já me perguntaram: “Se Deus é Amor e Piedade, como deixou que o homem errasse, para depois levá-lo ao juízo final?” “E mais, se desde o início ele não criasse o homem como um ser malvado, não haveria necessidade de castigo ou juízo final”. Parecem-me observações bem lógicas. 

Falando a verdade, eu também penso assim. Se tivesse no lugar de Deus, poderia explicar tudo a respeito do problema. Como sou apenas “Uma existência criada”, não consigo dar a resposta que ele daria. Entretanto, esforço-me para compreender e imagino que a resposta da questão é a que vou a seguir. O bem e o mal se digladiam desde as eras mais remotas jamais um predominou definitivamente sobre o outro. Refletindo bem, foi em conseqüência do atrito entre ambos que a civilização atingiu tão grande desenvolvimento. 

Mas, como obter a felicidade neste mundo em que se empreende tal batalha? Deixando de lado todas as suposições com que temos tentado compreender a vontade de Deus, procuremos descobrir o meio de sermos felizes. Como venho afirmando há muito tempo, ”nossa felicidade depende de fazermos os outros felizes”. Esse é o meio mais seguro para alcançá-la, e eu o venho aplicando há muito anos com resultados maravilhosos. Foi por isso que escrevi este ensinamento. Simplificando o conselho, “pratiquemos o maior número possível de boas ações, pensemos em dar alegria ás outras pessoas”. 

Que a esposa estimule o marido a trabalhar para o bem- estar da sociedade e que o marido lhe dê alegria, mostrando-se gentil com ela e inspirando-lhe confiança. É natural que os pais amem os filhos. Mas devem fazer mais do que isso: devem cuidar do seu futuro com a máxima inteligência e eliminar atitudes autoritárias no trato com eles. Que na vida cotidiana suscitemos esperança no coração das pessoas com quem lidamos, tendo por lema proceder com amor e gentileza em relação a chefes e subalternos, bem como seguir as normas da honestidade. 

Aos políticos, cabe esquecerem a si próprios, pondo a felicidade do povo acima de tudo e erigindo-se como exemplos de boa conduta. O povo também deve praticar boas ações e esforçar-se constantemente para desenvolver sua inteligência. Sabemos que serão mais felizes aqueles que praticarem maior número de ações louváveis. Já imaginaram que povo e que nação surgiriam se todas as pessoas se unissem para praticar o bem? Um país assim seria alvo de respeito universal. Poderia ser considerado como uma parcela do Paraíso Terrestre, pois com o tempo, desapareceriam todos, os problemas de ordem moral, toda doença, toda pobreza e todo conflito. Seria como “bater com o martelo no chão” a pancada não poderia falhar. 

Por toda parte existem homens praticando o mal, mentindo, enganando, buscando atender ás exigências de seu próprio egoísmo. É uma sociedade de seres maldosos. Assim, a felicidade mantém-se muito distante. E o pior é que há quem julgue ser natural um mundo tão perverso, achando inútil tentar reformá-lo. Temos até encontrado quem procure impedir nossas tentativas de transformar em Paraíso este inferno terrestre. Essas pessoas, pelo mal que intentam, cavam sua própria desgraça, criando para si próprios o pior de todos os infernos. São merecedores de piedade e oramos constantemente para que sejam salvos. Tenho certeza de que, meditando sobre este ensinamento, todos perceberão que não é difícil ser feliz. 



(01 de Outubro de 1949)
Ensinamentos de Meishu-Sama
(Alicerce do Paraíso – Vol. Único)
Pág. (356 a 358) 




Visões de Felicidade sob a ótica de grandes Personalidades



O Guia Espiritual diz que a busca da Felicidade, hoje é

Comparada a da liberdade no final do século 19 - Divaldo Franco

(Diogo M. Vargas) 

Espiritismo - a "ciência, filosofia e religião", seguida por pelo menos 15 milhões de brasileiros - entra no século 21 com uma missão nunca tão ansiosa da população: tornar as pregações teóricas em práticas. Em síntese, levar a felicidade, deixar o materialismo de lado e esquecer as mazelas da humanidade, são os desafios que qualquer continente hoje corre atrás.
Divaldo Pereira Franco, um dos "pais" do espiritismo no Brasil, depois de Chico Xavier, conceitua a doutrina, também considerada polêmica, como de fundamentos próprios, porém, de acréscimo.
Em época de conflito humano - para muitos motivados por questão religiosa e pelo fanatismo fundamentalista - a busca pela felicidade tornou-se um desafio talvez tão grande quanto à procura pela liberdade, que marcou o final do séc. 19.
O espírito em sobreposição às condições materiais seria a saída? É o que tenta esclarecer o escritor mediúnico de 74 anos, 172 livros publicados e 54 países percorridos nesta entrevista dada à notícia. 

O que é preciso para ser Feliz, alcançar a Felicidade? O auto-descobrimento. Sempre contemos felicidade os padrões que nos dão: ter um iate, uma bela mansão, um carro de cada ano (...) são apenas ilusões míticas. Se em realidade falamos da felicidade, e isso se compõe a aparência, todos aqueles que a possuem seriam felizes. Mas estão saturados. A felicidade está em uma auto-análise e varia de indivíduo para indivíduo. Quando sabemos a quê aquilo nos torna melhores, encontramos o caminho. Jesus disse que há uma técnica para a felicidade: não fazer a outrem o que não desejas a si. 

Divaldo Pereira Franco
AN - Entrevista com Divaldo Pereira Franco: Desafios da humanidade sob a ótica Espírita
Site: www.1an.com.br/2001/nov/18/1ger.htm